sábado, 23 de julho de 2011

Bruxinhos "reais" param a chuva e descolam emprego para a avó



Eles fazem foguinho com as mãos, como Harry Potter?

Não, não fazem.

Matam criancinhas para preparar poções mágicas?

"Só sacrificamos virgens", ironiza Bruno Marques, 18.

Que tal sobrevoar o trânsito de São Paulo montados em suas vassouras 2.0?

"Ha-ha-ha, melhor ainda se eu pudesse 'aparatar' [forma de teletransporte descrita na saga de J.K. Rowling]", brinca Natasha Kandayan, 19.

Para os praticantes de wicca (bruxaria), o sapo do senso comum está longe de virar príncipe. Natasha até considera "bonitinha" as aventuras de Harry Potter, mas insiste: aquele mundo mágico não passa de ficção. Bruxaria pra valer "é mais sutil", diz.

Ela nasceu Natasha, mas você pode chamá-la de Prytania, "a senhora de toda magia". É, afinal, o nome pagão que escolheu para si, "em homenagem a uma deusa antiga". A adoção do R.G. místico é de praxe na doutrina.

Pois bem: Prytania não precisou cursar Hogwarts para aprender uns truquezinhos aqui e lá, como fazer parar de chover -ela jura que consegue, mas o céu azul chochou os planos do Folhateen de propor um "test-drive".

Estudante de história, a moça se encontrou com dezenas de bruxos, de todas as idades, no último fim de semana, na sede do grupo Abrawicca, em Brasília. Na mochila, um "kit-wicca" de primeira: caldeirão, cálices e velas. Os objetos, explica, representam energias do universo.

Energia. O professor de inglês Bruno, que prefere ser chamado de "Booh", diz estar aprendendo a moldá-la, como se fluidos da natureza fossem massinha de modelar. Garante que, assim, já descolou emprego para ele e a avó.

Antes, o rapaz era católico fervoroso e coroinha. Mas deixou de se sentir à vontade na igreja. Como quando se descobriu gay e ouviu esta do padre: "Viva sua sexualidade de forma santa! Vire padre!".

Foi por meio de um "SMS espiritual" que ele afirma ter despertado para a bruxaria. "Estava sozinho. Uma voz doce disse apenas: 'Bruno'. Senti na hora que ela [a deusa] estava me chamando."

E Bruno não esconde de ninguém o amor pelo "sagrado feminino", princípio que guia o universo wicca. "Minhas alunas têm medo que eu faça o cabelo delas cair...", diz aos risos. Mais sério, completa: "Se eu quisesse, até poderia...".

Fonte: Folha

Nota: Vejam como e com o que os nossos estão se envolvendo. Muitos, se envolvem por apenas curiosidade, muitas vezes por influências da mídia. Os filmes que eles estão assistindo o que estão ensinando a eles? Será que filmes como Harry Porter que ensina bruxaria é algo que pode os influênciar para o bem? Devemos nos policiar com filmes que assistimos e o que eles estão assitindo. Pense nisto...

Um comentário:

Renata Almeida disse...

Só era o que faltava...ri muito!