sexta-feira, 30 de maio de 2008

Células-tronco Embrionárias


O debate sobre o uso de células-tronco embrionárias nas pesquisas genéticas está em foco em todos os noticiários atuais aqui no Brasil. O motivo é a apreciação por parte do Supremo Tribunal Federal acerca da permissão ou não de pesquisas desse tipo aqui no País.

Alguns Adventistas têm enviado perguntas sobre como devemos nos posicionar em relação à esta temática.

Como a Bíblia é um livro escrito há milhares de anos (apesar de seus princípios serem imutáveis e eternos), ela não trata de certos temas relacionados com a vida humana deste 3º milênio. Você não encontrará nas Escrituras alguma referência específica a: Internet, Clonagem humana, Cocaína, Crack, Megasena... e... pesquisa com embriões.

Como eu disse, a Bíblia trata dos PRINCÍPIOS, e não entra nos detalhes de certos temas específicos (apesar de alguns insistirem em que ela deveria detalhar), como é o caso aqui.

Portanto, a Igreja Adventista não tem ainda uma posição "oficial" e "fechada" sobre este assunto, mas já divulgou alguns documentos que podem orientar o posicionamento da membresia. Afinal, o próprio Espírito de Profecia nos aconselha a pensarmos por nós mesmos, e não sermos "meros refletores de pensamentos alheios". Ou seja, vamos ver quais princípios bíblicos estão envolvidos no tema da pesquisa de células-tronco, e analisamos até onde podemos tomar uma posição sobre o tema.

No livro Declarações da Igreja, publicado pela CPB em 2005 (o qual eu aconselho que todos leiam), encontramos alguns princípios norteadores sobre terapias genéticas humanas.

Vejamos...

Tendo em vista que a terapia genética ainda está no seu início, é nossa responsabilidade como cristãos pensantes estar a par de seu potencial para satisfazer as necessidades humanas, entender os riscos biológicos e genéticos que acarretam, e evitar o seu uso impróprio. Decisões nesta área complexa e em expansão devem estar em harmonia com os seguintes princípios bíblicos:

1. Aliviar o sofrimento e preservar a vida. A Bíblia indica que Deus está sempre preocupado com a saúde, o bem-estar e a restauração de Suas Criaturas (Prov. 3:1-8; Sal. 103:2-3; Mat. 10:29-31, 11:4-5; Atos 10:38; João 10:10). Ele nos ordena a continuar Seu ministério de cura (Mat. 10:1; Luc. 9:2). Visto que a terapia genética pode prevenir doenças genéticas e restaurar a saúde, deveria ser bem-vinda como um meio de cooperar com a iniciativa divina de aliviar o sofrimento que pode ser evitado.

2. Proteger de danos. As Escrituras nos incumbem de defender as pessoas vulneráveis (Deut. 10:17-19; Sal. 9:9; Isa. 1:16-17; Mat. 25:31-46; Luc. 4:18-19). Quando a doença ou desordem genética não é uma ameaça à vida, a intervenção genética pode ser considerada somente se houver sido alcançado um alto nível de segurança e a vida estiver protegida em todos os seus estágios de desenvolvimento. Mesmo em situações em que a vida está em jogo, os riscos envolvidos em intervenções genéticas devem ser ponderados tendo em vista a probabilidade de cura.

3. Honrar a imagem de Deus. Os seres humanos, criados à imagem de Deus (Gên. 1:26-27), são diferentes em classe e grau de todas as outras criaturas terrenas, tendo habilidades racionais dadas por Deus, apreço aos valores espirituais e a capacidade de fazer decisões morais (1Reis 3:9; Dan. 2:20-23; Fil. 4:8-9; Sal. 8:3-8; Ecles. 3:10-11). Devem ser tomadas precauções em relação a qualquer ação que possa mudar permanentemente o genoma humano e afetar sua capacidade.

4. Proteger a autonomia humana. Deus confere um grande valor à liberdade humana (Deut. 30:15-20; Gên. 4:7). Alterações genéticas que possam limitar as habilidades do indivíduo, restringir sua participação na sociedade, reduzir sua autonomia ou prejudicar sua liberdade pessoal devem ser rejeitadas.

5. Entender a Criação de Deus. Visto que Deus dotou os seres humanos de inteligência e criatividade, Ele pretende que eles sejam responsáveis pela Criação (Gên. 1:28) e cresçam na compreensão dos princípios de vida, incluindo a função de seus corpos (Mat. 6:26-29; 1Cor. 14:20; Sal. 8:3-9; 139:1-6, 13-16). O estudo e a pesquisa ética só podem aumentar nosso apreço pela sabedoria e a bondade divinas.

Págs. 177-178.

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Até o momento, sem ter parado ainda para analisar detalhadamente a "teologia" da questão de pesquisa com células-tronco, eu raciocino da seguinte maneira...

a) Se o sistema nervoso só é formado após os 14 dias de fecundação do óvulo;
b) Se os embriões utilizados nas pesquisas terão menos de 14 dias, portanto, estarão ainda desprovidos de células da "consciência", digamos assim;
c) Se estarão congelados há mais de 3 anos;
d) Se, caso não sejam utilizados nas pesquisas, nunca se tornariam uma vida humana, pois não poderão ser implantados no útero de alguma mulher;
e) Se estas pesquisas permitirão que o sofrimento de um grande número de pessoas, que hoje sofrem de doenças degenerativas, seja aliviado;

Então...

Até o presente momento, eu não vejo mal na pesquisa responsável e ética com o uso de células-tronco, conforme as diretrizes acima.

Posso estar enganado, mas é o que eu penso até agora.

Fonte:
Gilson Medeiros

Uma Doença Chamada "Tristeza"


Há algumas semanas, a revista ÉPOCA (nº 511) fez uma matéria de capa sobre o tema da "tristeza".

A reportagem me chamou a atenção, entre outros pontos, devido à uma lista de personalidades que sofreram de depressão:

BEETHOVEN - um dos maiores gênios da música, era atormentado pela depressão.
NIETZSCHE - filósofo ateu declarado, o qual "decretou" a morte de Deus, vivia depressivo e tinha pensamentos suicidas. Com apenas 40 anos foi internado com crises de loucura, que permaneceram até o fim de seus dias (ele não conhecia a "paz" que só Jesus pode dar...).
VAN GOGH - pintor que sofreu de depressão durante toda a vida, por fim, matando-se com um tiro no peito.
SANTOS DUMONT - "pai" da aviação, que também sofria de depressão profunda. Também cometeu suicídio.
FERNANDO PESSOA - escritor português que escreveu obras tristes e melancólicas, como reflexo de sua própria vida. Morreu de complicações no fígado, em virtude de entregar-se à bebida.
JANIS JOPLIN - cantora americana, sofria de depressão desde a adolescência. Bebia muito e morreu por overdose de heroína.
ELIS REGINA - considerada a maior intérprete da música brasileira, também sofria de momentos de depressão. Morreu de overdose de álcool e cocaína.

Depressão

Segundo a Organização Mundial de Saúde, a depressão estará entre as doenças que mais vão matar nos próximos anos. Alguns dizem que ela ficará na 2ª posição do ranking de doenças fatais.

Na Igreja, é também comum encontrarmos pessoas que passam por momentos de depressão. Às vezes pode ser resultado de um trauma recente, ou mesmo de problemas trazidos há vários anos. Essa "tristeza" vai se tornando uma patologia tal que a pessoa já não consegue mais sentir prazer em nada, e a tendência é pensar apenas em suicidar-se.


Como a depressão pode fazer com que você se sinta exausto e desamparado, você desejará e provavelmente necessitará de ajuda de outras pessoas. Entretanto, quem nunca sofreu um distúrbio depressivo pode não compreender completamente seus efeitos.

As pessoas não têm a intenção de magoá-lo [o depressivo], mas poderão dizer e fazer coisas que magoam. É interessante que as pessoas que lhe são mais próximas leiam esta matéria para que possam compreendê-lo melhor e ajudá-lo.

Como Ajudar Alguém com Depressão?

A coisa mais importante que alguém pode fazer por uma pessoa deprimida é ajudá-la a se submeter a um diagnóstico e a um tratamento adequados. É importante encorajá-la a continuar se tratando até que os sintomas desapareçam (após várias semanas), ou a procurar tratamento diferente, se não ocorrer melhora. Às vezes, pode ser necessário marcar uma consulta e acompanha-la até o médico, bem como verificar se ela está tomando a medicação corretamente.

A segunda coisa mais importante é oferecer-lhe apoio emocional. Isto envolve compreensão, paciência e encorajamento. Procure conversar com a pessoa deprimida e escute-a com atenção. Não menospreze os sentimentos expressos, porém chame a atenção para a realidade e ofereça esperança. Referências a suicídio são importantes [e indicam o real desejo de cometê-lo]. Devem sempre ser relatadas ao médico.

Convide a pessoa deprimida para caminhadas, passeios e outras atividades físicas. Insista delicadamente se seu convite for recusado. Encoraje a participação em atividades que anteriormente lhe proporcionavam prazer, como: passatempos, esportes, atividades culturais ou religiosas, porém não a force a assumir rapidamente muita responsabilidade de uma vez. O deprimido necessita de distração e companhia, porém cobrar demais dele pode piorar-lhe a sensação de fracasso.

Não acuse o deprimido de se fingir de doente ou de ser preguiçoso, nem espere que ele melhore de uma hora para outra. Com o tempo e tratamento adequado, a maioria das pessoas com depressão melhora. Tenha isto em mente e procure reafirmar à pessoa deprimida que, com o tempo e ajuda, ela se sentirá melhor.

Fonte: http://www.portalnatural.com.br/mostramateria.asp?codigodamateria=27




O que o Espírito Santo ensinou sobre Depressão?

Trechos do livro "Como Lidar com as Emoções", de Ellen White (2007).


"Uma criança freqüentemente censurada por alguma falta especial, vem a considerar aquela falta como uma peculiaridade sua, ou alguma coisa contra que seria vão esforçar-se. Assim se cria o desânimo e a falta de esperança, muitas vezes ocultos sob a aparência de indiferença ou rebeldia" (pág. 55).

"Minha irmã, se quiser obter preciosas vitórias, encare a luz que procede do Sol da Justiça. Fale com esperança e fé, e ações de graças a Deus. Seja animada, esperançosa em Cristo. Aprenda a louvá-Lo. Esse é o grande remédio para as doenças da mente e do corpo" (pág. 58).

"(...) Nossos sentimentos poderiam nem sempre ser de natureza alegre; as nuvens por vezes ensombrariam o horizonte de nossa vida; mas a esperança do cristão não repousa sobre a base arenosa dos sentimentos. (...) Quando a depressão nos envolve, isso não é evidência de que Deus tenha mudado. Ele é o mesmo 'ontem, e hoje, e eternamente' - Heb. 13:8" (pág. 62).


A esperança é Jesus... sempre!

As Leis da Bíblia


Basta uma olhada rápida na Bíblia para percebermos que os seus escritores tratam de mais de um tipo de Lei, pois em alguns momentos ela é considerada abolida por Cristo (cf. Efés. 2:15), mas em outros ela é chamada de “lei da liberdade” (cf. Tiago 2:12).

Há alguma contradição no texto bíblico? Os autores estão ensinando doutrinas opostas? Ou será que eles estão tratando de leis diferentes?!

Tomemos o exemplo de Paulo:
Em Efés. 2:5 o apóstolo diz que Jesus “aboliu na sua carne a lei dos mandamentos na forma de ordenanças”. Porém, no mesmo livro, em 6:1-3, Paulo aconselha os filhos a seguirem um Mandamento da Lei moral, que trata da honra devida ao pai e à mãe (cf. Êx 20:12).

Como é possível!? A lei foi ou não abolida com o sacrifício de Cristo? Paulo está se contradizendo? Ou será que ele está tratando de duas leis diferentes...?

Parece-me que esta última é a única alternativa lógica para solucionarmos tão “aparente” discrepância bíblica.

É claro que, como estudioso das Escrituras, o grande apóstolo da graça tinha conhecimento de que existiam leis diferentes que conduziam a vida do povo de Deus, na época representado pela nação de Israel. Haviam as leis civis, que tratavam de assuntos ligados ao dia-a-dia comercial, político, econômico, familiar, pecuniário, etc (cf. Lev. 25:35-38; Deut. 15:12-18; etc.); haviam as leis de higiene, destinadas a manter um ambiente livre de contaminações (cf. Deut. 23:9-14); tinham também as leis destinadas à distinção entre animais limpos e imundos (cf. Lev. 11); também aquelas referentes aos sacrifícios expiatórios do santuário, com todo o seu ritual e símbolos que apontavam ao Messias - estas últimas eram as chamadas “leis cerimoniais” (que podem ser vistas, por exemplo, em quase todo o livro de Levítico); assim como também havia a Lei moral, baseada nos 10 Mandamentos entregues a Moisés no Sinai (cf. Êx 20).
Dessas leis, a que Jesus “cravou na cruz” foi a que tratava dos aspectos simbólicos que deveriam retratar o Messias vindouro, o “Cordeiro” que resgataria o povo de Deus da escravidão do pecado (cf. Isa. 53). Todo esse cerimonialismo (ofertas de animais, derramamento de sangue inocente, purificações rituais do santuário, etc.), tudo se cumpriu no sacrifício perfeito e eficaz que o Senhor Jesus Cristo realizou por nós no Calvário. Era dessa lei transitória que Paulo estava tratando em Efés. 2:15, uma lei baseada em “ordenanças”.

Porém, a Lei moral, firmada em tábuas de pedra, escrita pelo dedo do Criador e Redentor do mundo (Êx. 31:18), nunca passou. Ela reflete dois princípios básicos, sobre os quais deve estar firmada a vida do servo de Deus:

1. Amar a Deus sobre todas as coisas (cf. Deut. 6:5; Mat. 22:37-38). Isto está perfeitamente traçado nos primeiros 4 Mandamentos, pois através do cumprimento deste grupo de preceitos demonstramos, realmente, se amamos a Deus acima de tudo – trabalho, família, riquezas, prazeres, amigos, etc. Muitos, por exemplo, não querem guardar o santo sábado para não perderem um emprego ou algum recurso financeiro que é conquistado no 7º dia (feiras, comércio, etc.). Esses não estão amando a Deus sobre todas as coisas, pois estão demonstrando uma fé vacilante (cf. Sal. 37:25), ou "arrogante", o que é pior!

2. Amar ao próximo como a nós mesmos (cf. Lev. 19:18; Mat. 22:39; Tiago 2:8). Neste princípio divino baseiam-se os outros 6 Mandamentos da Lei moral. Guardando tais Mandamentos, estaremos demonstrando amor, respeito e consideração pelo nosso próximo, a começar pela própria família, especialmente os pais.

Jesus, da forma sábia como Lhe era peculiar, mostrou que destes dois grandes princípios dependem não só a Lei, mas toda a Bíblia (cf. Mat. 22:40).

Os Adventistas crêem neste maravilhoso ensino de Jesus, de que o amor é o cumprimento da Lei de Deus – primeiro para com Ele, e depois para com Suas criaturas. Muitos hoje dizem que amam a Deus, mas suas vidas demonstram que este é um amor frágil e conveniente, pois está baseado em um falso sentimento de “liberdade” para desobedecer a Sua Lei.

Amar também envolve obedecer, pois a Bíblia chega a ser “dura” ao chamar de “mentiroso” aquele que afirma amar e conhecer a Deus, mas que não está disposto a obedecê-Lo na guarda dos Mandamentos, custe o que custar (cf. 1Jo 2:4; Jo 14:15). Os que pensam assim (que a graça os liberta da obediência aos Mandamentos), encaixam-se perfeitamente na descrição bíblica sobre os apóstatas do primeiro século, que estavam transformando a graça de Deus em “libertinagem” (cf. Judas 4). Veja que coisa horrível!

Espero que você, caro leitor, reflita com carinho e paciência neste tema tão importante, pois envolve aspectos eternos. Você acredita que uma pessoa que não obedece a Deus pode REALMENTE considerar-se um “servo” dEle?

Fonte:Gilson Medeiros

quinta-feira, 29 de maio de 2008

SABADO = BENEFÍCIO AO HOMEM



Deus estabeleceu o sábado para o bem do homem, não para servir-lhe de perturbação e ser-lhe um peso. Jesus disse que o sábado foi feito por causa do homem" (não por causa dos judeus), para o benefício de todos os seres por Ele criados, sobretudo nestes tempos de tanta tensão e inquietude.

Devidamente considerado, o sábado é uma indiscutível bênção e não há fundamento em falar de "sentido levítico" desse mandamento. Ao proclamá-lo no Sinai Deus não acrescentou a Ele regras leviticas nem as normas insensatas que mais tarde foram adicionadas por religiosos fanáticos de Israel.

Muitos cristãos admitem ser necessário ter um dia para descanso e especial dedicação a Deus. Pois bem, foi Deus quem o estabeleceu para um duplo propósito: para que o homem descansasse de suas obras ao longo da semana, e para que servisse de memorial a Sua criação e um dia especial para dedicar-se à Sua adoração.

É verdade, ninguém guarda o sábado perfeitamente, mas isso não se aplica só ao sábado. Ninguém guarda mandamento nenhum de modo perfeito, pois "a lei do Senhor é perfeita", "santa, justa e boa" (Sal. 19:7; Rom. 7:12) e nós somos todos tão imperfeitos. . . Até nossas obras de justiça não passam de "trapos de imundície" (Isa. 64:6).

Jesus disse que "se me amais, guardareis os Meus mandamentos". João diz que tais mandamentos "não são penosos" (I João 5:3). Temos aí um dos muitos paradoxos bíblicos. Como se pode considerar os mandamentos "não-penosos" quando a sociedade que nos rodeia não nos permite uma observância perfeita dos mesmos? Lembre-se, isso não se aplica só ao sábado. O mundo que nos rodeia incentiva acima de tudo o pecado, em suas várias formas: egoísmo, adultério, mentira, cobiça. . .

Eu diria que os mandamentos não são penosos para quem realmente ama ao Senhor de todo o coração, e ao próximo como a si mesmo (Mat. 22:36-42). Esse é o grande desafio: desenvolver esse tipo de amor a Deus e aos semelhantes ao ponto de que a obediência a Deus, por difícil que humanamente pareça, não pareça um peso, e sim um prazer.

Quanto ao fato de que os judeus não querem nem apertar um botão no sábado, ou caminhar certa distância nesse dia, onde na Bíblia o sábado é estabelecido nesses termos? Jesus veio corrigir as falsas concepções quanto à observância do sábado, que tinha sido desvirtuada pelos fariseus e saduceus de Seu tempo.

João no Apocalipse fala que há um "dia do Senhor" (1:10), e em toda a Bíblia somente o sábado merece esse título. A observância do domingo procede do paganismo romano, como tem sido demonstrado por pesquisadores, como o Dr. Bacchiocchi nesses materiais que temos divulgado. Assim, dizer que observa o domingo para celebrar a Ressurreição pode parecer algo muito nobre e do agrado de Deus, contudo, lembre-se que Caim também tinha as melhores intenções em sacrificar os vegetais ao Senhor, mas o que ele praticava simplesmente não correspondia aos requisitos divinos, e o seu sacrifício não foi aceito.

Uma sociedade moderna em que a maioria observasse o sábado teria que ajustar-se segundo circunstâncias específicas. Um pastor adventista logicamente trabalha, e até mais do que o normal, no dia de sábado, mas isso está previsto na lei (ver Mat. 12:5). No sábado o sacerdote sacrificava em dobro. . . Mas era uma atividade que visava aos interesses do povo de Deus e do Seu Reino.

Num local onde a população é quase toda adventista, havia um problema: malfeitores aproveitavam-se da ausência dos moradores quando iam à igreja no sábado para invadir-lhes as casas. Que fazer? Os adventistas do local estabeleceram um sistema de guarda, em que um morador por semana ficava "de plantão" como guarda no dia de sábado para que os moradores locais não sofressem tais inconveniências. Não estaria este individuo trabalhando para o benefício do povo de Deus? Ele estaria preocupado com questões seculares, é verdade, mas numa circunstâncias especial, causada pelo mundo de pecado em que vivemos. Na Nova Terra tal problema certamente inexistirá (Isa. 66:22, 23).

É verdade, quem não tem o seu próprio automóvel terá que valer-se do transporte público no sábado, mas o sistema já existe, não foi criado para transportar essa pessoa. Ela se vale do que se pratica no mundo, pelas circunstâncias especiais de vivermos numa sociedade que não segue o plano divino, não é uma teocracia, como era o ideal para Israel. Com ela ou sem ela, o sistema continuaria a existir do mesmo modo. Se o motorista estivesse trabalhando só para essa pessoa, então teríamos que analisar o problema dentro de um contexto ético-moral que tal prática constituiria.

Enfim, irmã, a Bíblia é muito clara que no final da história humana, os que serão reconhecidos como seguidores de Cristo são os que fazem "a vontade do Pai que está nos céus" (Mat. 7:21). E onde tal vontade é mais claramente exposta senão em Sua lei dos Dez Mandamentos? (ver também Apoc. 14:12).

Os que proclamarem "Senhor, Senhor" recordando as muitas coisas maravilhosas que praticaram poderão ser passados por alto naquele dia. A razão? Jesus diz: "Apartai-vos de mim, vós que praticais o que é contrário à lei" (Mat. 7:23) [segundo tradução literal do original grego, pois a mesma palavra anomian de Mateus 7:23 se acha em 1 João 3:4 com o sentido de "transgressão da lei"].

Assim, quando diz que sua "visão da vontade de Deus é mais espiritual do [que] legalista" a irmã incorre no equívoco de julgar os que buscam observar o sábado como legalistas. Mas por que isso só se aplicaria ao mandamento do sábado, e não aos demais nove do decálogo? O ser legalista independe do mandamento, e tem que ver com a atitude de cada um para com o príncipio de obediência integral a Deus.

Não somos salvos por observar mandamentos da lei, pois a salvação não é por méritos que possamos ter reunidos por nossas obras. Contudo, a obediência a Deus procederá do sentimento de que "nós amamos, porque Ele nos amou primeiro".

Aprendamos a amar verdadeiramente, ao Senhor e aos nossos semelhantes, que é a fórmula para o cumprimento da lei (Rom. 13:10).

Bíblia e O Grande Conflito na lista dos mais lidos





Levantamento feito pelo Instituto Ibope Inteligência a pedido do Instituto Pró-Livro aponta que 39% dos 95,6 milhões de leitores de livros no Brasil estão na faixa etária de 5 a 17 anos e outros 14% possuem entre 18 e 24 anos. Segundo a pesquisa, divulgada nesta quarta-feira (28), os leitores mais jovens também são os que mais lêem. A pesquisa "Retratos da Leitura do Brasil", que estudou o comportamento, gosto e preferência dos leitores, aponta ainda que enquanto 90% dos adultos leitores com mais de 40 anos de idade preferem ler em locais silenciosos, muitos jovens com idade entre 14 e 17 anos dizem que gostam de ler ouvindo música. Já 14% das crianças com menos de 10 anos curtem os livros ao mesmo tempo em que assistem à TV.

Além disso, o tema é o fator mais importante na hora de escolher um livro para ler - 63% das pessoas que responderam à pesquisa disseram que este é o fator que mais influencia a escolha de uma obra. Em seguida está o título do livro (opção de 46% dos entrevistados), seguido de dicas de outras pessoas, que engloba 42% do grupo ouvido.

A maioria dos leitores (86%) lêem livros em casa; 36% na sala de aula e 12% na biblioteca. No caso de leitura de jornais, 53% dos leitores lêem em casa e 15% no trabalho. Outro fator interessante é que o brasileiro lê, em média, 4,7 livros por ano. O estudo constatou que somente a leitura de livros indicados pela escola, o que inclui os didáticos, mas não só, chega a 3,4 livros per capita. A leitura feita por pessoas que não estão mais na escola ficou em 1,3 livro por ano. A pesquisa também confirma que as mulheres lêem mais que os homens – 5,3 contra 4,1 livros por ano.

Outra constatação interessante da pesquisa é o papel das famílias, em especial a mãe, na influência da leitura para os filhos. Entre as crianças de 5 a 10 anos, 73% delas citam as mães como quem mais as estimularam a ler. Além disso, o estudo mostra que um em cada três leitores tem lembranças da mãe lendo algum livro e 87% afirmam que os pais liam para eles quando estavam iniciando na prática da leitura.

A Bíblia é vitoriosa em todos os rankings de leitura. [Veja lista do G1 abaixo.] Ela é a obra mais lida pelos leitores entrevistados (45%), seguida dos livros didáticos (34%), que são obrigatórios na idade escolar. Ela também aparece no topo dos livros mais lidos tanto por homens quanto por mulheres. Se levarmos em consideração a escolaridade do entrevistado, ela é a obra mais lida para os que cursaram até a 4ª série e é o gênero mais lido entre os leitores com mais de 50 anos. [Detalhe: o best-seller O Grande Conflito, da escritora Ellen White, aparece em vigésimo terceiro lugar.]

Quando questionados sobre o último livro que o leitor leu ou está lendo, a Bíblia também aparece em primeiro lugar no ranking, seguida do livro Código da Vinci. Mais de mil títulos foram citados pelos entrevistados, sendo que o número de citações da Bíblia foi 18 vezes maior que a do Código da Vinci.

A Bíblia também está no topo dos livros mais importantes na vida dos leitores. A obra foi citada dez vezes mais que "O sítio do pica-pau amarelo", numa referência às obras de Monteiro Lobato, segundo colocado na lista.

A pesquisa foi realizada entre os dias 29 de novembro e 14 de dezembro do ano passado. Foram aplicadas 5.012 entrevistas nos domicílios, com 60 questões. A margem de erro é de 1,4%.

Segundo a pesquisa, declaram-se não-leitores 48% da amostra (não leram um livro nos três meses anteriores à pesquisa), o que representa 77,1 milhões de pessoas. Essa proporção desce para 45% se forem considerados os que não leram um livro no ano anterior. Entre os não-leitores, 33% são analfabetos e 37% estudaram até a 4ª série. A maior parcela de não-leitores está entre os adultos: 30 a 39 (15%), 40 a 49 (15%), 50 a 59 (13%) e 60 a 69 (11%).

(G1 Notícias)

Nota: Ellen White escreveu na Review and Herald de 21 de novembro de 1878: "As publicações devem ser multiplicadas e espalhadas como folhas de outono. Esses mensageiros silenciosos estão iluminando e modelando a mente de milhares em todo país e em todo clima."

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Olá pessoal, como estamos passando por um processo de reformulação do blog, estaamos modificando o nome do blog de Ciência, Cultura e Religião para Advius Proclamando a Volta de Jesus. Espero que vocês gostem e aprovem as mudanças.

ADVIUS. PROCLAMANDO A BREVE VOLTA DE JESUS

Pastor adventista em Israel fala sobre lei do sábado


O Dr. Jacques Doukhan, diretor do Instituto de Estudos Judaico-Cristãos do Seminário Teológico Adventista da Universidade Andrews, em Berrien Springs, Michigan, perguntou ao presidente da Igreja Adventista do Sétimo Dia em Israel, pastor Richard Elofer (foto), sobre o assunto da suposta mudança do sábado para o domingo. Eis aqui a resposta:

Queridos amigos, tenho recebido e-mails de alguns de vocês sobre uma suposta mudança na legislação em Israel a respeito do sábado. A última foi de Jacques Doukhan me perguntando se essas notícias são verdadeiras.

É importante difundir esse e-mail entre nosso povo para substituir sua fantasia por uma realidade e pensar que o povo judeu seguirá o papado para mudar o sábado pelo domingo. Os judeus fiéis remanescentes, como os ortodoxos e os do movimento conservador, nunca desistirão do sábado em favor do domingo. Temos que dizer e pregar isso. Se há uma igreja remanescente, há um Israel remanescente que se manterá fiel à lei de Deus, mesmo embora de tempos em tempos pensemos que eles estão mantendo isso demais.

Aqui está minha resposta sobre essa legislação:

Prezado Dr. Doukhan,

Obrigado por me enviar seu e-mail e por sua pergunta sobre esse assunto de “Israel mudando sua legislação do sábado para domingo”. Estou vivendo em Israel e fico feliz por você ter vindo a mim a fim de saber se essa proposta de “Leis Dominicais” é verdadeira ou não.

Primeiro de tudo, de acordo com suas notícias, essa iniciativa viria do PNR, que significa Partido Nacional Religioso em Israel. As pessoas que pensam que essas notícias são verdadeiras realmente não conhecem os judeus religiosos de Israel, do Brooklin e de outras partes do mundo. Eles estão prontos para ser mártires antes de permitir uma mudança na lei do sábado. Há uma máxima em Israel que diz que “não foi Israel que guardou o sábado, mas o sábado guardou Israel”. Os religiosos judeus sabem muito bem que se eles subsistiram até hoje é porque têm sido fiéis a Deus e à Sua Lei, e não é hoje que eles desistirão de sua fidelidade ao sábado.

Algumas pessoas, especialmente adventistas que estão com muita pressa de ver a perseguição chegar, estão prontos mesmo para distorcer quaisquer notícias sobre o sábado e o domingo, para levar o nosso povo a pensar que está cada vez mais perto do fim. Eles estão prontos para tornar suas fantasias em realidade, acreditando que mesmo os judeus passarão as “Leis Dominicais.” Isso não acontecerá.

Eis o assunto exatamente:

Israel é um país que quis, desde a sua criação, seguir a lei de Deus e essa lei especifica que temos que trabalhar seis dias e então descansar um dia, no sábado. É por isso que a semana de cinco dias de trabalho e dois dias de folga não existe em Israel. Mas algumas pessoas religiosas reclamam que não têm tempo para visitar suas famílias, nem de aproveitar alguns entretenimentos saudáveis, nem ir a algum lugar com seus carros durante o dia de folga, porque o dia de folga em Israel é somente o sábado e é proibido para os judeus quebrarem a lei do sábado com todas essas atividades. Em adição a isso, eles argumentam que se tivessem um segundo dia de folga, como os países ocidentais, talvez mais judeus retornassem à observância do sábado e teriam outro dia para ir à praia, e se tornariam mais religiosos.

Mas o governo não está pronto para ir nessa direção de dar um segundo dia de folga oficialmente. Eles calcularam que custaria bilhões de dólares por ano para a economia israelense, caso decidissem dar um segundo dia de folga. E mesmo se o Knesset decidisse tal coisa, não seria obrigatório, porque de acordo com a Bíblia temos que trabalhar seis dias e descansar no sábado; somente o sábado seria obrigatório para companhias que empregam pessoas. Se você tem sua própria companhia e não tem nenhum empregado, então você é livre para fazer o que quiser quando quiser, mesmo abrir no sábado. De fato, muito poucos cafés e armazéns estão abertos no sábado e a maior parte do tempo os empregados são palestinos, assim como a maioria dos empregados de hotéis no sábado.

A discussão é também para decidir se esse segundo dia de folga seria sexta-feira ou domingo. Aqueles que defendem sexta-feira, dizem que sexta-feira já é um “meio dia” de folga. Para algumas administrações e companhias, já é um dia de folga; e os Ministérios já estão fechados na sexta-feira. A consultoria jurídica de nossa organização é fechada na sexta-feira e no sábado. Outros locais de trabalho, como bancos, fecham na sexta-feira ao meio-dia para dar tempo a seus empregados de se prepararem para o sábado. E todas as outras companhias como supermercados, construtoras, etc., fecham por volta das 3h da tarde. Então, eles dizem que uma vez que muitas companhias e escritórios têm meio dia de folga, custaria menos decidir que sexta-feira seja o segundo dia de folga.

Aqueles que defendem o domingo são os banqueiros e pessoas que têm negócios fora do país. Porque na maioria dos países o domingo é um dia de folga, Wall Street e outros mercados de ações estão fechados e os bancos são limitados em suas transações. Toda vez que tenho que fazer câmbio no domingo, meu banco poderia não fazer, porque eles dizem que o mercado de ações está fechado na Europa e eles não sabem quanto será a cotação na segunda-feira de manhã, na abertura do mercado. Finalmente, teve um ano em que nossa agência bancária decidiu fechar no domingo e abrir mais tarde da noite durante a semana, para resolver esse problema (mas muitas outras agências e bancos ainda abrem aos domingos).

Mas tudo isso não tem nada a ver com substituir o sábado pelo domingo.

Acredito que as pessoas que estão por trás desses rumores poderiam ser anti-semitas ou mesmo partidárias da “Teologia da Substituição”, e estão felizes em dizer: “Veja, Israel realmente tem sido rejeitado por Deus; eles têm até rejeitado a lei de Deus e o sábado.” Deixe-me dizer a essas pessoas que isso jamais acontecerá. Talvez judeus reformados que não acreditam na inspiração da Bíblia possam ir por esse caminho de dizer que não importa se é sábado ou domingo, mas os judeus conservadores e ortodoxos, jamais. Eles darão a vida, se necessário (como têm feito durante os últimos 4 mil anos), mas não desistirão da lei de Deus e do sábado.

Como pastores e ministros adventistas do sétimo dia, temos que ter cuidado com o que pregamos. Lembro-me que estava em uma convenção da ASI, em agosto, e alguém veio até mim dizer que G. Edward Reid, diretor de Mordomia da NAD, fez uma pregação e falou sobre essa nova legislação. Ele me perguntou se era verdadeiro ou não. Eu disse a ele que não é verdadeiro. E mais tarde, em setembro, eu estava em um conselho pastoral na Holanda, onde conheci o irmão Reid, e lhe disse que temos que ter cuidado com o que pregamos ou dizemos, porque com nossa autoridade, enquanto pastores e líderes, temos grande influência sobre nosso povo e não podemos espalhar notícias falsas.

No entanto, de fato, a lei em Israel não mudou e duvido que mudará algum dia (enquanto Israel for um país judeu). Mas, mesmo que uma nova legislação venha a dar um segundo dia de folga, nunca será no lugar do sábado que Deus santificou no sétimo dia da semana da Criação.

Espero que minha resposta seja útil para elucidar a situação atual em Israel nas mentes de muitos membros e amigos.

Richard Elofer, presidente da IASD em Israel

Fonte:
www.michelsonborges.com

terça-feira, 27 de maio de 2008

Sobrevirão tempos difíceis


Sabe, porém, isto: nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis, pois os homens serão egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes, desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, enfatuados, mais amigos dos prazeres que amigos de Deus, tendo forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder. Foge também destes" - 2Tim. 3:1-5

- Mulher confessa que matou e bebeu o sangue da própria filha em ritual satânico em São Paulo.
- Pai e madrasta são acusados de estrangular e jogar criança, ainda viva, de janela do 6º andar.
- Pai aprisiona a própria filha durante mais de 20 anos, violentando-a freqüentemente, e tendo 7 filhos com ela, um dos quais ele mesmo incinerou o corpo após o bebê nascer morto.
- Adolescente é vítima de rituais macabros de tortura, realizados por mulher que se dizia sua "mãe" adotiva.
- Jovem de classe média, atropela e mata uma família inteira, e depois vive como se nada tivesse acontecido.
- Doméstica é agredida a socos e ponta-pés por grupo de jovens ricos que só queriam "se divertir".
- Jovem morre de overdose de drogas após passar uma noite inteira em festa "rave".
- A "parada" do movimento homossexual é aclamada como "evento turístico", recebendo o apoio de diversas autoridades públicas.
- Marcha da maconha é organizada por pessoas que "exigem" o direito de fumar o quê e onde quiserem.

E as misérias continuam... Quando mais os dias passam, mais nós vivenciamos em tempo real cada uma das palavras desta profecia bíblica escatológica (referente aos últimos dias).

"Os homens serão..."

1. "egoístas"
Enquanto milhões de seres-humanos tentam sobreviver com o mínimo do mínimo necessário, alguns poucos privilegiados ficam cada vez mais ricos. Por exemplo, os grandes bancos do Brasil a cada 3 meses batem recordes de lucratividade, às custas das altas taxas de juros cobradas dos pequenos investidores e clientes em geral. Para muitos destes banqueiros, o que importa é que eles ganhem novos BILHÕES a cada ano, independente de que MILHÕES passem fome em decorrência deste capitalismo selvagem.


2. "avarentos"
A avareza é o "apego exagerado e anormal ao dinheiro". É o "desejo ilimitado de acumular e adquirir riquezas".
Este característica do homem destes últimos dias foi recentemente vista com relação à disputa por um prêmio de loterial aqui no Brasil. Um bilhete foi sorteado e gerou uma fortuna de R$ 27 milhões. O empregado teve de entrar na justiça para que seu patrão lhe desse a metade do prêmio (R$ 13 milhões), uma vez que a aposta foi feita em "sociedade". Foi a avareza que fez com que o homem achasse que não viveria bem com APENAS 13 milhões de reais, e sumisse para não dividir o prêmio que seu empregado (e antigo amigo).

3. "jactanciosos"
A "jactância" é a soberba, a arrogância, o desejo de se "gabar" com exagero. O jactancioso adora ostentar luxo, conhecimento, histórico familiar, etc., diantes das pessoas que o rodeiam.
Isso me fez lembrar aquelas pessoas que estão dispostas a tirarem do bolso até R$ 35.000,00 (o preço de um bom carro ou de uma casa popular no Nordeste) apenas pelo prazer de usarem uma fantasia chamativa nos desfiles das escolas de samba. Quanta jactância!

4. "arrogantes"
Os que dirigem sabem muito bem que no trânsito é muito comum encontrarmos pessoas arrogantes. Especialmente aqueles que pensam que seus carrões de luxo (que muitas vezes a dona verdadeira é a financeira, que está doida para tomar o carro de volta por inadimplência), menosprezam os motoristas dos calhambeques da vida.
Sem falar nos que gostam de exercitar sua arrogância nos corredores dos Shoppings, considerados os grandes "templos" do capitalismo moderno.

5. "blasfemadores"
A moda nos círculos acadêmicos (ou não) é declarar-se "ateu". Proliferam nas livrarias inúmeras publicações questionando a existência, supremacia, autoridade, caráter, amor (etc., etc.) de Deus. Os jornalistas já perceberam que vendem muitas revistas e jornais se publicarem matérias que coloquem em dúvida a fé cristã. Quanto mais blasfêmias, melhor!


6. "desobedientes aos pais"
Não é preciso ir muito longe para vermos como as crianças de hoje estão rebeldes e desobedientes para com seus pais. Muitas vezes como reflexo da própria educação relapsa e negligente que tiveram... por parte dos próprios pais.

7. "ingratos"
Na minha opinião, esta é uma das maiores falhas do homem dos nossos dias: a ingratidão. É muito triste você ser "apunhalado" exatamente por aquela pessoa que você ajudou a se levantar. Pode ser a ingratidão de um filho para com seus pais; de um esposo para com sua esposa; de um amigo para com outro, etc. É uma pena que os exemplos de ingratidão estejam tão visíveis nos dias atuais... e até mesmo na Igreja!

8. "irreverentes"
O irreverente é aquele que é "desrespeitoso", ou seja, que não tem zelo pelas coisas sagradas. Muitos fazem da fé apenas um "meio de vida", sem o mínimo de respeito pelos princípios divinos explanados nas Escrituras. Já chegaram até ao cúmulo de processarem Deus por Ele não cumprir Suas promessas da maneira como "deveria" ter feito... pode?!

9. "desafeiçoados"
Estas pessoas não têm "afeto" por outros; agem por instinto mal e perverso. Também é muito comum encontrarmos pessoas assim - que não têm nenhum sentimento de remorso em prejudicar aos outros.

10. "implacáveis"
É uma pena que até na igreja existam pessoas assim. Elas não conseguem enxergar seus semelhantes com a ótica do perdão e da misericórdia. Estão sempre com um "chicote" para castigar os que erram.

11. "caluniadores"
Neste grupo estão os que gostam de fofocas e "disse-me-disse". Estão sempre dispostos a propagarem uma mentira, mesmo sabendo que ela pode manchar irremediavelmente a vida de outras pessoas. Aqui também encontramos muitos "irmãos".

12. "sem domínio de si"
O domínio próprio é uma das partes do fruto do Espírito Santo. Em contraste, muitas pessoas desses últimos dias estariam descontroladas em sua vida pessoal, totalmente à mercê das paixões, vícios e luxúrias.

13. "cruéis"
As maiores barbaridades são vistas diariamente nos noticiários. Os bandidos perderam totalmente o senso de limite em suas violências. Crueldades inimagináveis a bem pouco tempo, hoje são rotina nos programas jornalísticos.


14. "inimigos do bem"
De tudo o que seja de boa índole, e que esteja de acordo com os princípios divinos, estas pessoas procuram se distanciar. Aqui se enquadram a maioria dos marginais (e muitos políticos e corruptos) da sociedade atual.

15. "traidores"
Assim como a ingratidão, eu vejo a traição como o ponto mais vil e desprezível da personalidade humana. Desde os primórdios, este traço pecaminoso é observado nos seres humanos pecadores.

16. "atrevidos"
Aqui estão os imprudentes, os que agem sem pensar. Também envolve os "descarados" e "insolentes", que não têm qualquer pudor para com os princípios conservadores que regem toda e qualquer sociedade humana. Os criadores de moda que insistem em lançar tendências que deixam o homem mais "feminino", também podem se enquadrar nos "atrevidos" que Paulo mencionou.

17. "enfatuados"
Esta palavra não é muito usada na linguagem do dia-a-dia do brasileiro. Ela é a tradução de uma variante do termo grego TUPHOO, que pode ser entendido como "orgulhoso", "vaidoso", "soberbo". Portanto, Paulo aqui se refere às pessoas que fazem da ostentação pessoal o objetivo máximo de suas vidas. Aqui estão os homens e mulheres que gastam mais dinheiro nos salões de beleza, nos cremes rejuvenescedores (?), nos tratamentos estéticos dispendiosos e pouco ortodoxos, do que com alimento (seja físico ou espiritual). Neste grupo também encontraremos muitos professos cristãos (e até Adventistas!).

18. "amigos dos prazeres"
Não há como negar que nossa geração é a que mais tem demonstrado este amor pelos prazeres que afastam de Deus. Especialmente o sexo livre e sem responsabilidades tem trazido grandes males para toda a sociedade... a AIDS que o diga!

19. "têm forma de piedade"
Este talvez seja um grupo bem distinto dos outros que Paulo menciona antes. Nesta categoria se enquadram todos os que querem "parecer" religiosos, mas que não o são de verdade, pois negam o "poder" da fé em suas vidas.
É uma pena, mas também neste grupo encontramos muitos "irmãos", que vivem uma vida de legalismo, passando todo o tempo acusando os irmãos que eles julgam serem menos consagrados.
Paulo chama bem a atenção para estes que têm "forma de piedade" (capa de santidade), mas que escondem uma vida podre de pecados e vícios.

Foge de todos estes...

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Ao analisarmos uma lista tão extensa de características daqueles que viveriam nos últimos dias da História deste mundo, podemos ter, pelo menos, 2 reações:

1) Tristeza, por ver que nós mesmos em determinados momentos estamos enquadrados em algumas destas características; ou
2) Alegria, por saber que a nossa redenção está agora mais próxima do que quando, no princípio, cremos.

Fonte:www.prgilsonmedeiros.blogspot.com

10 Principais razões que desautorizam a observância dominical

(1) Nenhuma Ordem de Cristo ou dos Apóstolos. Não há mandamento de Cristo ou dos apóstolos concernente a uma celebração semanal ou anual da ressurreição de Cristo. Temos as ordens no Novo Testamento que dizem respeito ao batismo (Mat. 28:19-20), à Ceia do Senhor (Mar. 14:24-25; 1 Cor. 11:23-26) e lavapés (João 13:14-15), mas não há ordenança ou mesmo qualquer sugestão para celebrar a Ressurreição de Cristo num domingo semanal ou num domingo de Páscoa anual.
Sendo que o domingo seria uma “novidade”, um novo princípio de adoração, sobretudo ao substituir uma tradição tão arraigada na cultura nacional e religiosa dos judeus, como o sábado, sem dúvida qualquer alteração nesse sentido daria margem a comentários, explicações, instruções específicas justificando a alteração, sobretudo quando os primeiros conversos à religião cristã eram originários do judaísmo e “zelosos da lei” (Atos 21:20). Nada, porém, consta das páginas neotestamentárias a respeito de tal mudança ou de debates a respeito.
O sábado permaneceu válido e vigente como todos os demais mandamentos do Decálogo após a cruz. Prova disso é o testemunho de Lucas, escrevendo 30 anos após o evento da Ressurreição, que descreve a ação das santas mulheres seguidoras de Cristo preparando ungüentos e especiarias para embalsamar o Seu corpo. Elas trabalharam ativamente nisso até que, ao aproximarem-se as horas do sábado, cessaram suas atividades e “no sábado descansaram segundo o mandamento” (Luc. 23:56).
Para Lucas, portanto, que declara ter buscado informar-se pormenorizadamente de tudo quanto se relacionava com a experiência do Cristo (Luc. 1:1-4), o dia de repouso “segundo o mandamento” era o sábado. Ele se refere ao domingo simplesmente como “o primeiro dia da semana”, sem atribuir-lhe nenhum título especial (ver Luc. 24:1).
O mesmo Lucas relata nos Atos dos Apóstolos como nas decisões do Concílio de Jerusalém de Atos 15, ao ser tratado o problema dos judaizantes, não se traça nenhuma norma contra a observância do sábado (Atos 15:20), uma demonstração de que tal instrução se fazia desnecessária. Todos o observavam regularmente e não havia necessidade de dar instruções a respeito. Paulo num sábado, quando não havia sinagoga em certa localidade, foi para junto de um rio cultuar a Deus (Atos 16:13). Em Corinto passou um ano e meio pregando todos os sábados e jamais se lembrou de dizer aos que ali se reuniam para mudaram o dia de culto para o domingo (Atos 18:1-4, 11).

(2) Jesus Não Fez Qualquer Tentativa de Instituir um Memorial de Sua Ressurreição. Se Jesus desejasse que o dia de Sua ressurreição se tornasse um dia memorial e de culto, Ele teria Se aproveitado daquele evento para estabelecer tal memorial. É importante observar que as instituições divinas como o sábado, batismo, Santa Ceia, todas remontam sua origem a um ato divino que os estabeleceu. Sobre o dia de Sua ressurreição, contudo, Cristo não realizou qualquer ato para instituir um memorial relativo ao excepcional evento.
Pensando bem, tanto a Ressurreição como a Morte de Cristo são eventos igualmente importantes, fundamentais para a fé cristã. Ambos poderiam merecer um dia especial comemorativo. Se a Ressurreição devesse ser celebrada regularmente num dia especial dada a sua importância, por que não a morte do Salvador? Então, temos dois acontecimentos exponenciais para o cristão—a morte e a ressurreição de Cristo. Qual mereceria um dia memorial? Possivelmente ambos, mas as Escrituras não estabelecem isto, nada fica implícito que houve alteração no texto da lei divina por causa de qualquer desses eventos.
Se Jesus desejasse memorializar o dia de Sua ressurreição, muito provavelmente teria dito às mulheres e discípulos naquele dia: “vinde à parte e celebremos Minha Ressurreição!” Em vez disso Ele disse às mulheres: “Ide avisar a meus irmãos que se dirijam à Galiléia” (Mat. 28:10) e aos discípulos: “Ide . . . fazei discípulos . . . batizando-os” (Mat. 28:19). Nenhuma dessas declarações do Salvador ressurreto revela intenção de memorializar Sua Ressurreição por tornar o domingo o novo dia de descanso e culto para a comunidade cristã.
A razão é que nosso Salvador desejava que Seus seguidores vissem o evento como uma realidade existencial a ser experimentada diariamente pelo viver vitorioso mediante o poder de Sua ressurreição, antes que por um celebração litúrgico/religiosa a ser realizada no domingo. Paulo expressa a esperança de “conhecê-lo e o poder de Sua ressurreição” (Fil. 3:10), mas nunca menciona o seu desejo de celebrar a Ressurreição no domingo semanal ou no domingo de Páscoa.

(3) O Domingo Nunca é Chamado de “Dia da Ressurreição”.O domingo nunca é chamado no Novo Testamento de “Dia da Ressurreição”. É repetidamente designado de “primeiro dia da semana”. As referências ao domingo como dia da ressurreição aparecem inicialmente na primeira parte do quarto século, especificamente nos escritos de Eusébio da Cesaréia. Por esse tempo o domingo havia se tornado associado com a Ressurreição e conseqüentemente foi referido como “Dia da Ressurreição”. Mas este fato histórico ocorreu vários séculos após o começo do cristianismo.

(4) O Domingo-Ressurreição Pressupõe Trabalho, Não Repouso ou Adoração. O domingo-Ressurreição pressupõe trabalho, antes que descanso e culto, porque não assinala o término do ministério terreno de Cristo, que findou numa sexta-feira à tarde quando o Salvador declarou: “Está consumado” (João 19:30), e daí descansou na tumba segundo o mandamento. Em vez disso, a Ressurreição assinala o início do novo ministério intercessório de Cristo (Atos 1:8; 2:33), o qual, à semelhança do primeiro dia da criação, pressupõe trabalho, e não descanso.

(5) A Ceia do Senhor Não Foi Celebrada no Domingo em Honra da Ressurreição. Historicamente sabemos que os cristãos não podiam celebrar a Ceia do Senhor numa base regular aos domingos à noite porque tais reuniões eram proibidas pela lei romana da hetariae—uma lei que proibia todos os tipos de refeições comunitárias à noite. O governo romano temia que tais reuniões noturnas se tornassem ocasiões para tramas políticas.
A fim de evitar as batidas da polícia romana, os cristãos alteravam regularmente o tempo e lugar da celebração da Ceia do Senhor. Finalmente, mudaram o serviço sagrado da noite para a manhã. Isso explica por que Paulo é tão específico quanto ao modo de celebrar a Santa Ceia, mas vago quanto à questão do tempo da assembléia. Notem que quatro vezes ele repete a mesma frase: “Quando vos reunis” (1 Cor. 11:18, 20, 33, 34). Esta linguagem deixa implícito tempo indefinido, mais provavelmente porque não havia um dia instituído para a celebração da Santa Ceia.
Se, como alguns eruditos pretendem, a Ceia do Senhor era celebrada no domingo à noite, como parte do culto do Dia do Senhor, Paulo não teria deixado de mencionar o caráter sagrado do tempo em que se reuniam. Isso teria fortalecido o seu apelo para uma atitude de mais reverência durante a participação na Ceia do Senhor. A falha de Paulo em mencionar o “domingo” como o tempo da reunião ou o uso do adjetivo “do Senhor-kuriakê” para caracterizar o dia como “dia do Senhor” (como ele fez com referência à Ceia do Senhor), demonstra que o apóstolo não atribuía qualquer significação religiosa ao domingo.

(6) A Ceia do Senhor Comemora o Sacrifício de Cristo, Não Sua Ressurreição. Muitos cristãos hoje consideram a Santa Ceia como o centro de seu culto dominical em honra à Ressurreição. Mas na igreja apostólica, a Santa Ceia não era celebrada no domingo, como acabamos de ver, e não se relacionava com a Ressurreição. Paulo, por exemplo, que alega transmitir o que “recebeu do Senhor” (1 Cor. 11:23), explicitamente declara que o rito comemorava, não a ressurreição de Cristo, mas Seu sacrifício e Segunda Vinda (“anunciais a morte do Senhor até que Ele venha”—1 Cor. 11:26).
Semelhantemente, a Páscoa, celebrada por muitos cristãos no Domingo de Páscoa, era observada durante os tempos apostólicos, não no domingo para comemorar a Ressurreição, mas segundo a data bíblica de 14 de Nisã, primariamente como um memorial do sofrimento e morte de Cristo. Ao contrário do que muita gente pensa, o Domingo de Páscoa era desconhecido da igreja apostólica. Foi introduzido e promovido pela Igreja de Roma no segundo século a fim de mostrar separação e diferenciação da Páscoa judaica. O resultado foi a bem-conhecida controvérsia sobre a data da Páscoa que finalmente levou o bispo Vítor de Roma a excomungar os cristãos asiáticos (cerca de 191 AD) por recusarem adotar o Domingo de Páscoa. Essas indicações mostram que a ressurreição de Cristo no primeiro dia da semana não influenciou a igreja apostólica a adotar o domingo semanal e a Páscoa anual para celebrar tal evento.

(7) A Ressurreição Não é a Razão Dominante Para a Observância do Domingo nos Documentos Mais Antigos.As mais antigas referências explícitas à observância do domingo se encontram nos escritos de Barnabé (cerca de 135 AD ) e Justino Mártir (cerca de 150 AD). Ambos esses autores de fato mencionam a Ressurreição, mas somente como a segunda de duas razões, importante, porém não predominante. A primeira motivação teológica de Barnabé para a guarda do domingo é escatológica, ou seja, o fato de que o domingo é o “oitavo dia” e representaria “o início de outro mundo”. A noção de que o domingo era o “oitavo dia” foi mais tarde abandonada porque não faz sentido falar em “oitavo dia” numa semana de sete dias. A primeira razão de Justino para a assembléia dos cristãos no Dies Solis—o dia do sol, é a inauguração da Criação: “Domingo é o primeiro dia em que Deus, transformando as trevas em matéria-prima, criou o mundo”. Essas razões foram finalmente abandonadas em favor da Ressurreição que se tornou a razão primária para a observância do domingo.

(8) Nada Indica que no Estabelecimento do Novo Concerto Houve Alteração Nos Termos do Mandamento do Dia de Repouso Bíblico. Nada é dito de que na escrita da lei divina nos corações e mentes dos que aceitam os termos do Novo Concerto (Novo Testamento) dá-se alguma alteração nos termos dessa lei no sentido de que o domingo toma o lugar do sábado (Heb. 8:6-10). Sendo que esta passagem é uma reprodução de Jeremias 31:31-33, quando a promessa de um novo concerto foi feita primeiramente a Israel, em função do cativeiro que defrontava em vista de seu pecado (e uma das razões da punição era exatamente a negligência quanto ao mandamento do sábado—ver Jer. 17:19-27), entende-se que as “Minhas leis” [de Deus] referidas em Hebreus mantêm-se as mesmas, logicamente no que tange a seus aspectos não-prefigurativos.
A parte cerimonial dessa lei cessou na cruz, e os leitores primários da epístola aos hebreus (os cristãos judeus) sabiam disso, pois quando tal epístola foi por eles recebida já sabiam que o véu do Templo se rasgara de alto a baixo, findando o cerimonial que apontava a Cristo e Seu sacrifício. E se pairassem ainda dúvidas a respeito, o próprio teor da epístola resolveria o problema, pois seus capítulos 7-10 definem exatamente o fim dessas cerimônias, enquanto ressaltam que a lei divina é escrita nos corações dos verdadeiros filhos de Deus—em seus aspectos morais e outras normas de caráter ético, higiênico, etc., sem mais as cerimônias prefigurativas (ver também Efé. 2:15).

(9) A Igreja Católica Apresenta-se Como Autora da Mudança do Dia de Repouso do Sábado Para o Domingo. Documentos vários da Igreja Católica dão conta de que foi ela que realizou tal alteração, como se pode exemplificar por algumas declarações oficiais dessa igreja, como consta abaixo:

“Foi a Igreja Católica que, pela autoridade de Jesus Cristo, transferiu este repouso para o domingo em lembrança da ressurreição de nosso Senhor. Assim, a observância do domingo pelos protestantes é uma homenagem que prestam, malgrado seu, à autoridade da Igreja [Católica]”.—Louis Gaston de Ségur, Plain Talk About the Protestantism of To-day [Conversa Franca Sobre o Protestantismo de Hoje] (Boston; Patrick Donahoe, 1868), p. 225.
Também outro documento católico confirma isto:
“P. Como provamos que a Igreja tem poder de ordenar as Festas e Dias Santos?
“R. Pelo ato mesmo de mudar o sábado para o domingo, que é admitido pelos protestantes, e, portanto, contradizem-se por observarem tão estritamente o domingo, enquanto violam a maioria das outras festas ordenadas pela mesma igreja.
“P. Como se prova isto?
“R. Porque por observarem o domingo reconhecem o poder da Igreja para ordenar festas e exigi-las sob pena de transgressão, e por não observarem as demais, igualmente por ela ordenadas, negam de fato o mesmo poder”. — Manual of Christian Doctrine [Manual da Doutrina Cristã], ou Catholic Belief and Practice [Crença e Prática Católicas] (Dublin: M. H. Gill & Son Ltd., 1916) pp. 67, 68.
(10) O Sábado Será Restaurado na Nova Terra Quando o Pecado For Eliminado do Universo. Se tivesse havido alteração nos termos do dia de repouso divino, isso se refletiria em profecias do mundo futuro, quando o profeta declara que “nos novos céus e a nova terra” todos os moradores virão “adorar perante mim diz o Senhor” no dia de sábado. A profecia de Isaías diz respeito especificamente ao regime da Nova Terra, como indica o contexto. Quando não houver mais pecado e pecadores, nesse novo ambiente “em que habita a justiça” (2 Ped. 3:13) TODOS os mandamentos da lei divina serão respeitados, e sendo que “o sábado foi feito por causa do homem” (Mar. 2:27), prosseguirá no regime santo da Nova Terra, não o domingo, o que seria de se esperar caso tivesse havido tal mudança.
A bem conceituada versão francesa de Louis de Segond assim verte a passagem: “. . . à chaque sabbat, toute chair viendra se prosterner devant moi, dit l‘Éternel” [a cada sábado toda carne virá se prostrar perante mim, diz o Eterno]. Isso também é comunicado pela nossa Bíblia na Linguagem de Hoje, da Sociedade Bíblica do Brasil: “. . . em todos os sábados pessoas de todas as nações virão me adorar no Templo”.
CONCLUSÃO: As 10 razões dadas acima são suficientes para desacreditar a alegação de que a ressurreição de Cristo no primeiro dia da semana causou o abandono do sábado e a adoção do domingo. A verdade é que inicialmente a Ressurreição era celebrada existencialmente, antes que liturgicamente, ou seja, por uma maneira vitoriosa de vida, não mediante um dia especial de adoração.
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Obs.: Este artigo é uma adaptação do texto “Sete Principais Razões Que Desautorizam a Observância Dominical”, do Dr. Samuele Bacchiocchi, com adição pelo Prof. Azenilto G. Brito de mais três razões e vários parágrafos adicionais às 7 razões apresentadas no texto original.

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Israel discute lei para mudar o sábado


Segundo o jornal israelense Israel National News,, está ocorrendo um debate no partido NRP, liderado por Zevulon Orlev, baseado numa pesquisa feita entre a população quanto a sua proposta sobre a mudança do sábado para o domingo, nesse país. Houve 56% de apoio ao projeto de mudança, com apenas 30% de objeção. Por ele, o domingo se torna o dia de descanso, embora o sábado ainda permaneça. Os meios de transporte e de divertimento funcionariam, então, no sábado, mas não no domingo. Essa lei daria início a uma transferência da solenidade do sábado para o domingo, e à secularidade do domingo para o sábado.

O sábado é o dia de descanso em Israel. As repartições públicas ainda continuariam fechadas no sábado, mas o transporte e as diversões passariam a abrir. A idéia é dar às famílias mais tempo para passarem juntas. O tempo de trabalho seria compensado pelo aumento das horas de segunda a sexta-feira.

Imagine as implicaçõs e precedentes de uma lei dessas (caso seja aprovada) para outros guardadores do sábado...

domingo, 25 de maio de 2008

Vazio do secularismo inglês


O número de casos ligados ao abuso de álcool atendidos nos hospitais na Inglaterra mais que dobrou na última década. Em 2007, houve 207.800 admissões hospitalares do tipo, comparadas com 93.500 em 1996, segundo um relatório divulgado nesta semana pelo Centro de Informação do NHS (National Health Service), o serviço público da saúde do país.
As ocorrências registradas em 2007 foram de doenças ou problemas de saúde causados direta ou indiretamente pelo consumo abusivo de álcool, desde doenças do fígado a ferimentos contraídos em quedas ou acidentes provocados pela embriaguez. Desse total, 57.142 casos tiveram como causa direta o abuso de álcool, como embriaguez profunda, dependência, cirrose e intoxicação aguda. O estudo revelou ainda que 9% desses casos envolveram um jovem com menos de 18 anos.

Hábitos
O relatório do NHS também apresentou uma pesquisa envolvendo 8 mil adolescentes, que revelou uma queda, nos últimos cinco anos, no número de jovens que já consumiram álcool. O estudo apontou que 45% de jovens entre 11 e 15 anos disseram, em 2006, que nunca consumiram uma bebida alcoólica, comparados com 39% em 2001.

Mas aqueles que admitiram beber dizem estar bebendo mais - 11,4 "unidades" de álcool em média por semana, o número mais alto já registrado pela pesquisa. E 30% dos adolescentes de 15 anos disseram que consideram aceitável ficar bêbado pelo menos uma vez por semana.Varuna Aluvihare, especialista em doenças do fígado no Kings College Hospital, disse que a idade dos pacientes com o problema vem caindo.

"Nós estamos vendo um grupo mais jovem, bebendo às vezes grandes quantidades, o que pode ser muito danoso. Nós vemos pessoas nos seus 20 ou 30 anos. Quando eu comecei a trabalhar, nós víamos pessoas de 50 anos (com o problema).". O estudo também revelou um aumento de 20% no número de prescrições médicas dadas por médicos para tratar a dependência de álcool nos últimos quatro anos. Em 2006, foram registradas 6.500 mortes relacionadas ao uso de álcool. A secretária de Saúde Pública, Dawn Primarolo, disse que o governo já está agindo para enfrentar o problema. "O NHS gasta 217 milhões de libras ao ano em tratamentos especializados e acabamos de gastar 6 milhões de libras em uma campanha para ter certeza de que as pessoas sabem o quanto estão bebendo", afirmou.

Fonte: BBC

NOTA: Este quadro inglês é profundamente sintomático. Retirou-se Deus da sociedade inglesa, que é uma das mais secularizadas do mundo, atualmente. Resultado inevitável: um descontrole social que, ao que tudo indica, só tende a crescer. Uma civilização que foi ´celeiro de missionários cristãos´, hoje, carece urgentemente ouvir novamente sobre os fundamentos da fé em Jesus Cristo.

Arcebispado da Argentina busca apoio para descanso dominical

Arcebispado de Corrientes [Argentina] está juntando assinaturas para evitar que se trabalhe esses dias [domingos] e também nos feriados. Buscam que os empregados possam descansar e compartilhar esses dias em família. Paróquias e sedes católicas de Corrientes começaram a campanha, que foi copiada de uma iniciativa de uma dona de casa cordobesa.

Naquela província se logrou reunir 400.000 assinaturas que serão levadas ao Congresso nacional junto com um projeto de lei que impõe que os comércios fechem às 13 horas do sábado até a última hora do domingo. Também, incluem na petição que não se trabalhe nos feriados.

A precursora sustenta que estes dias, "desde o alvorecer do século XX", são "o tempo necessário para o encontro semanal da família, que se reúne em torno da mesa avós, pais, filhos e netos; o assado, o macarrão caseiro, os diálogos sobre política, desporto ou religião." A mulher crê que é o momento em que cada membro da família pode muito bem saber o que ocorre aos outros membros. Por isso, considera necessária a medida, para promover a união.

Basicamente, eles acreditam que a origem deste problema é que os supermercados estão abertos nos fins de semana e horas extraordinárias. Estes, para além do pessoal que trabalha nos mesmos, obrigam muitas outras empresas menores a abrir também para não perder clientes.

Por seu lado, o Arcebispo correntino acredita que os domingos são também um dia para o encontro religioso. De acordo com o Jornal Diário República, a iniciativa já conta com o apoio de 110 delegações de sindicatos de trabalhadores e "o movimento é patrocinado pela Conferência Episcopal Argentina."

Fonte:www.minutoprofetico.blogspot.com

Desvendando Daniel: nos bastidores


O capítulo 10 é uma espécie de introdução à quarta grande profecia do livro de Daniel relatada nos capítulos 11 e 12. Esses três capítulos formam uma unidade. Setenta anos se passaram desde que Daniel e seus amigos foram forçados a deixar Jerusalém. Daniel tinha a idade avançada, mas ainda cumpria seus deveres nas cortes daquele governo estrangeiro. Ciro havia emitido um decreto permitindo que os filhos de Israel voltassem e reconstruíssem os muros e o templo de Jerusalém. Daniel não voltou com eles, possivelmente por causa da idade, ou porque sentiu que podia ajudar mais o seu povo usando sua influência na corte suprema do rei da Pérsia.

Os samaritanos haviam oferecido seus serviços para a reconstrução de Jerusalém. Por causa da sua idolatria, a oferta foi recusada. Como vingança, começaram a fazer oposição à obra de reconstrução, de acordo com a descrição encontrada nos livros de Esdras e Neemias.

Como resultado da oposição, a obra de reconstrução teve que parar. Era tempo de Páscoa, mas o templo ainda estava em ruínas. Os judeus continuavam como prisioneiros após os 70 anos, por isso Daniel orou por três semanas e jejuou.

Daniel 10:1: "No terceiro ano de Ciro, rei da Pérsia, foi revelada uma palavra a Daniel, cujo nome é Beltessazar; a palavra era verdadeira e envolvia grande conflito; ele entendeu a palavra e teve a inteligência da visão."

A nova visão mencionada ocorreu “no terceiro ano de Ciro, rei da Pérsia”. Foi cerca do ano 535 a.C. e “envolvia grande conflito”. A crise devia ser muito grande, pois Daniel sentiu profunda tristeza durante três semanas.

Daniel 10:2: "Naqueles dias, eu, Daniel, pranteei durante três semanas."

Daniel 10:3: "Manjar desejável não comi, nem carne, nem vinho entraram na minha boca, nem me ungi com óleo algum, até que passaram as três semanas inteiras."

Daniel está outra vez de joelhos! Todos os seus problemas eram resolvidos com oração. Como um jovem na corte de Nabucodonosor, ele encontrou a solução para uma situação aparentemente sem esperança por meio da oração. Deus respondeu aquela oração, dando-lhe uma visão do que fora o sonho do rei.

Quando ameaçado de ir parar na cova dos leões, ele orou três vezes ao dia com as janelas abertas. Deus respondeu sua oração fechando a boca dos leões. Quando preocupado com a profecia de Jeremias sobre a restauração de Jerusalém, ele orou, confessando seus pecados e os do povo. Deus enviou o Seu maior anjo, Gabriel, para responder aquela oração.

Em todos os momentos Daniel buscava ao Senhor. Um exemplo de fé.

Daniel 10:4: "No dia vinte e quatro do primeiro mês, estando eu à borda do grande rio Tigre,"

Daniel 10:5: "levantei os olhos e olhei, e eis um homem vestido de linho, cujos ombros estavam cingidos de ouro puro de Ufaz;"

Daniel 10:6: "o seu corpo era como o berilo, o seu rosto, como um relâmpago, os seus olhos, como tochas de fogo, os seus braços e os seus pés brilhavam como bronze polido; e a voz das suas palavras era como o estrondo de muita gente."

Comparando a visão que Daniel teve com a de João na ilha de Patmos (Ap 1:13-16), é evidente que o Ser glorioso que ele viu às margens do rio Tigre não era outro senão Jesus Cristo, o Filho de Deus.

Daniel 10:7: "Só eu, Daniel, tive aquela visão; os homens que estavam comigo nada viram; não obstante, caiu sobre eles grande temor, e fugiram e se esconderam."

A mesma experiência de Paulo no caminho de Damasco (At 9:7). A visão que Daniel teve foi sobremaneira grandiosa e sobrenatural que os seus companheiros, presentes na ocasião, ficaram tão aterrorizados que fugiram para se esconder.

Daniel 10:8: "Fiquei, pois, eu só e contemplei esta grande visão, e não restou força em mim; o meu rosto mudou de cor e se desfigurou, e não retive força alguma."

Daniel 10:9: "Contudo, ouvi a voz das suas palavras; e, ouvindo-a, caí sem sentidos, rosto em terra."

O efeito da visão em Daniel foi o mesmo que nos outros mortais a quem fora dado um vislumbre da Divindade. Na ilha de Patmos, João “caiu a seus pés como morto” (Ap 1:17). No Monte da Transfiguração, Pedro, Tiago e João “caíram sobre o seu rosto e tiveram grande medo” (Mt 17:6).

Daniel 10:10: "Eis que certa mão me tocou, sacudiu-me e me pôs sobre os meus joelhos e as palmas das minhas mãos."

Daniel 10:11: "Ele me disse: Daniel, homem muito amado, está atento às palavras que te vou dizer; levanta-te sobre os pés, porque eis que te sou enviado. Ao falar ele comigo esta palavra, eu me pus em pé, tremendo."

O mesmo privilégio de Daniel, ao ser reconhecido como homem muito amado é estendido a cada um de nós, que temos em Jesus o Salvador e Senhor de nossas vidas.

Daniel 10:12: "Então, me disse: Não temas, Daniel, porque, desde o primeiro dia em que aplicaste o coração a compreender e a humilhar-te perante o teu Deus, foram ouvidas as tuas palavras; e, por causa das tuas palavras, é que eu vim."

Quando Pedro, Tiago e João caíram com temor sobre seus rostos no Monte da Transfiguração, a Bíblia diz: "Aproximando-se deles, tocou-lhes Jesus, dizendo: Erguei-vos e não temais!" (Mt 17:7). Na ilha de Patmos, quando João viu Jesus e caiu a Seus pés como morto, também ouviu dEle: "Não temas" (Ap 1:17).

A oração de Daniel foi ouvida desde o momento em que se pôs de joelhos e a pronunciou. Ele não tinha qualquer evidência de que suas orações estavam sendo ouvidas. Mas seguia em súplica em todos os momentos, mantendo, assim, sua fé inabalável.

Que notícia! Assim também acontece com as nossas orações. Elas são ouvidas imediatamente no Céu. E a partir daí tem início um processo que os próximos versículos nos revelam.

Nos bastidores

Temos, agora, uma visão privilegiada do que acontece nos bastidores. Toda oração sincera é ouvida no Céu, muito embora a resposta pareça demorar mais do que podemos compreender. Daniel orou três semanas antes que a resposta viesse, ainda que o anjo lhe tivesse garantido que suas palavras foram ouvidas desde o primeiro dia.

Deus ergueu o véu e mostrou a Daniel as realidades do mundo invisível – o conflito entre as forças do bem e do mal. Na Bíblia, somente em Daniel 10 encontramos uma explicação tão completa quanto ao processo da oração. Esse processo não aconteceu só com Daniel, mas acontece até hoje, toda vez que elevamos nossas orações ao Senhor.

Daniel 10:13: "Mas o príncipe do reino da Pérsia me resistiu por vinte e um dias; porém Miguel, um dos primeiros príncipes, veio para ajudar-me, e eu obtive vitória sobre os reis da Pérsia."

Daniel 10:14: "Agora, vim para fazer-te entender o que há de suceder ao teu povo nos últimos dias; porque a visão se refere a dias ainda distantes."

Satanás: o príncipe deste mundo

É fundamental para a compreensão dessa passagem que não percamos de vista o contexto em que essa visão foi dada. Deus queria restabelecer Seu povo em Jerusalém e moveu o coração de Ciro para que emitisse um decreto ordenando a reconstrução do templo.

É Deus quem “remove os reis e estabelece os reis” (Dn 2:21). Através de Isaias, cerca de 150 anos antes, Deus já havia profetizado que Ciro favoreceria Israel (Is 44:28; 45:1), a quem Deus escolhera para cumprir o Seu propósito. Enquanto isso, Satanás procurava frustrar o plano divino junto aos reis da Medo-Pérsia. Os vizinhos de Judá estavam tentando influenciar o rei da Pérsia a retirar a sua ajuda e a revogar sua ordem para reconstruir Jerusalém.

Quando Satanás tentou Jesus, o Salvador disse: “Agora é o juízo deste mundo; agora será expulso o príncipe deste mundo” (Jo 12:31). Satanás é o príncipe deste mundo, assim como, naquele contexto, era o príncipe do reino da Pérsia.

A batalha entre o bem e o mal

Pelo fato de ele haver se oposto a um anjo de Deus durante três semanas, devemos concluir que se tratava de um anjo mau. 2 Pedro 2:4 fala dos anjos que pecaram e foram expulsos do Céu. Paulo disse que os deuses adorados pelas nações de seu tempo, na realidade, eram demônios (1Co 10:20). Paulo também revelou que nossos verdadeiros inimigos não são pessoas comuns, feitas de “carne e sangue”, mas que, em verdade, são “principados” e “potestades”, as “forças espirituais do mal” e os “dominadores deste mundo tenebroso” (Ef 6:12). Por três vezes Jesus identificou Satanás como “príncipe” (Jo 12:31; 14:30; 16:11). Algumas versões bíblicas apresentam o texto de Daniel 10:13 fazendo referência ao “anjo príncipe do reino da Pérsia”.

Portanto, Satanás estava impedindo que as orações de Daniel fossem respondidas, porque estava influenciando a mente do rei Ciro para não deixar os israelitas voltarem para sua terra. Por isso, Daniel orou e, enquanto ele orava, suas orações subiram a Deus, e no mesmo instante Deus mandou o anjo Gabriel para influenciar a mente de Ciro.

“Mas o príncipe do reino da Pérsia [Satanás] me resistiu por vinte e um dias.” O que aconteceu foi que Satanás entrou em luta com o anjo Gabriel, para impedir que ele dissipasse a escuridão e a mente de Ciro pudesse ser aberta e o rei da Pérsia tivesse a oportunidade de tomar sua decisão livremente. Gabriel iria afastar todas as influências más que possuíram a mente de Ciro. Mas quando ele começou a fazer isso, Satanás apresentou-se pessoalmente, porque não queria que o povo de Israel voltasse para Jerusalém para adorar o verdadeiro Deus. Neste ponto, travou-se um terrível combate na mente de Ciro. As forças do bem contra as forças do mal; as forças de Cristo enfrentando as forças de Satanás. Essa batalha aconteceu na mente de Ciro, exatamente como acontece em nossa mente. Porém, as orações de Daniel trouxeram ajuda celestial para resolver o problema.

Satanás continua exercendo grande influência sobre este mundo e sobre a mente de todas as pessoas que permitem serem comandadas por ele. Ele continua fazendo de tudo para atrapalhar os planos de Deus e, muitas vezes, influencia a mente de pessoas que são usadas para atrapalhar a resposta às orações.

Livre-arbítrio

Deus respeita nossa liberdade de escolha. Ele nunca manipula a vontade. Nunca coage. Daniel orou e suas preces subiram até ao Céu. O Senhor Jesus disse a Gabriel: “Eu respeito a oração de Daniel e sua liberdade de escolha, mas também respeito o livre arbítrio de Ciro.” Por essa razão, nosso Senhor enviou o Espírito Santo para trabalhar na mente de Ciro. Deus pode olhar para Satanás e dizer: “Eu preciso respeitar a liberdade de escolha de Daniel e ele está orando por Ciro. Então irei dobrar Meus anjos e enviarei grandes fontes de força espiritual para abrir a mente do rei.”

Não há contradição entre a atividade de Deus na História e a liberdade humana. Sua vontade pré-ordenada não anula a liberdade humana. A pessoa é livre para tomar decisões (Js 24:15; 1Rs 18:21). Mas qualquer decisão traz consigo os seus resultados inevitáveis. A pessoa pode escolher servir à vontade divina dentro do curso de eventos determinados por Deus.

As profecias descrevem o plano universal de Deus para a humanidade e para o Seu povo e, portanto, são incondicionais. Como Senhor soberano da História, Ele a dirige, sem violar a escolha ou o livre-arbítrio humano, em direção a um objetivo em particular, isto é, o estabelecimento do Seu reino eterno na Terra. Em conseqüência, a profecia tem um elemento de determinismo a partir do fato de que o plano de Deus triunfará, apesar de qualquer oposição.

Os versículos relatam que, embora Satanás e Cristo estivessem trabalhando pela mente do rei persa, nenhum deles podia forçá-lo. O livre-arbítrio humano, embora seja um dos maiores dons que recebemos, custou um preço terrível: a morte de Jesus na cruz. Se não tivéssemos livre-arbítrio, não poderíamos ter pecado; e se não tivéssemos pecado, não teria havido cruz, porque não haveria necessidade dela. Assim, de muitas formas, a cruz é o maior exemplo não só da realidade do livre-arbítrio humano, mas das conseqüências de abusarmos dele.

O conhecimento divino a respeito daquilo que os homens irão fazer não interfere em suas decisões efetivas, assim como o conhecimento que um historiador possui sobre os atos passados das pessoas não interfere naquilo que elas fizeram. O conhecimento antecipado de Deus penetra no futuro sem alterá-lo. A presciência de Deus jamais viola a liberdade humana.

A oração abre um novo caminho

Em cada mente existe uma guerra, em cada coração existe uma luta e anjos bons e maus combatem a fim de conquistar a vida espiritual dos filhos de Deus. Mas, quando oramos, abre-se uma avenida para que os anjos bons desçam em maior número para trazer a luz e a verdade. Percebeu? Se Daniel tivesse interrompido suas orações já nos primeiros dias, a batalha estaria perdida. Por isso é importante - vital - nos mantermos sempre em oração, esperando no Senhor as respostas. Elas certamente virão.

Em Daniel 2, Deus respondeu à oração de Daniel concedendo a interpretação do sonho de Nabucodonosor. Em Daniel 6, Deus enviou um anjo para livrá-lo dos leões. Em Daniel 9, Ele enviou a mais exaltada de Suas criaturas, o anjo Gabriel. Agora, em Daniel 10, Deus enviou o Seu próprio Filho.

Deus sempre irá além. Sempre nos dará mais do que aquilo que pedimos. Quando oramos a Deus por nós mesmos ou por terceiros, um processo é desencadeado no céu. O anjo confirmou que todas as orações são ouvidas na hora em que as pronunciamos, e a partir daí são comissionados anjos e meios para que as respostas venham de acordo com o plano de Deus. Mas Satanás, que é o príncipe deste mundo, nos conhece muito bem, sabe exatamente nossas condições, o que nos faz cair, nossas fraquezas, e sempre tentará atrapalhar, juntamente com seus outros anjos caídos, os propósitos de Deus em nossas vidas.

A boa-nova é que assim como Satanás influencia nossas mentes com seus anjos, Deus, Miguel e os santos anjos também têm essa missão. Ao lado de Miguel, a vitória é certa.

Quem é Miguel?

Miguel desceu em auxílio ao anjo Gabriel, liderando todas as tropas celestes, e derrotou Satanás. Quem quer que seja Miguel, conclui-se que ele é mais poderoso do que Satanás. Vamos ver algumas passagens bíblicas para identificá-lo. O nome “Miguel” é mencionado em apenas cinco lugares (Dn 10:13, 21; 12:1; Jd 9; Ap 12:7). Antes de lermos esses textos é bom lembrar um detalhe importante: todas as vezes que o nome Miguel é mencionado, o contexto é de um confronto pessoal com Satanás. O nome Miguel é um nome de guerra. Em Apocalipse 12:7-9, verifica-se que Miguel é suficientemente poderoso, tinha anjos a Seu lado e autoridade para expulsar a Satanás do Céu. Em Judas 9, constatamos que Miguel tinha poder para derrotar Satanás e ressuscitar Moisés.

No idioma hebraico, o nome Miguel significa uma pergunta: “Quem é igual a Deus?” E quem é o único que é igual a Deus? Claro, só pode ser Jesus Cristo. Devemos ficar felizes ao saber que Aquele que é como Deus pode expulsar Satanás do Céu e da nossa vida.

O Arcanjo

A palavra arcanjo significa “comandante e chefe dos anjos”. Uma das funções de Cristo é comandar os anjos, como se pode ver em 1 Tessalonicenses 4:16 e 17. Nessa passagem, é-nos dito que Ele virá com voz de arcanjo. Ele virá comandando os anjos, como alguém superior. O termo grego arch significa superioridade, primazia, proeminência e também o que comanda, que chefia. O fato de que o Arcanjo é o chefe dos anjos não faz dele um ser criado. A Bíblia apresenta apenas um arcanjo, e este é Miguel.

Por ocasião da segunda vinda, é a voz do Arcanjo que assinala a ressurreição dos mortos, de acordo com 1 Tessalonicenses 4:16. E de acordo com João 5:28 e 29, é a “voz do Filho de Deus” que provoca a ressurreição dos mortos. Daniel 12:1-4 diz que, quando Miguel Se erguer no tempo do fim, “muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão”. Miguel, o Arcanjo cuja voz irá despertar os mortos, é Jesus, o Filho de Deus e nosso Salvador. Pelo fato de ser tanto Deus quanto um Anjo (o Mensageiro muito especial enviado à Terra pelo Pai), Ele é inevitavelmente o Chefe dos anjos – o Arcanjo.

Uma dimensão maior do grande conflito

O capítulo 10 não se limita ao conflito existente durante o Império Medo-Persa. Possui uma dimensão muito maior, pois o anjo explicou ao profeta que “a visão se refere a dias ainda distantes” e o capítulo 11 continua a mencionar a seqüência do “conflito” no Império Medo-Persa e o seu desenvolvimento até a vinda de Cristo. O assunto em jogo é, na verdade, todo o futuro da humanidade.

Daniel 10:15: "Ao falar ele comigo estas palavras, dirigi o olhar para a terra e calei."

Outra vez Daniel ficou abismado, não somente com o poder dos seres celestiais com quem ele estava se comunicando, mas com o impressionante conceito de um conflito cósmico envolvendo longo período de sofrimento para aqueles a quem ele amava. A profecia de 2.300 anos o havia deixado abalado, e agora lhe era dito: “A visão é ainda para muitos dias.”

Daniel 10:16: "E eis que uma como semelhança dos filhos dos homens me tocou os lábios; então, passei a falar e disse àquele que estava diante de mim: meu senhor, por causa da visão me sobrevieram dores, e não me ficou força alguma."

Daniel 10:17: "Como, pois, pode o servo do meu senhor falar com o meu senhor? Porque, quanto a mim, não me resta já força alguma, nem fôlego ficou em mim."

Daniel sentiu outra vez o toque celestial, e recuperou a fala. A magnitude da profecia deixou-o sem fôlego. Ele disse: “Por causa da visão me sobrevieram dores.” A que visão ele estava se referindo?

Daniel 10:18: "Então, me tornou a tocar aquele semelhante a um homem e me fortaleceu;"

Daniel 10:19: "e disse: Não temas, homem muito amado! Paz seja contigo! Sê forte, sê forte. Ao falar ele comigo, fiquei fortalecido e disse: fala, meu senhor, pois me fortaleceste."

Pela terceira vez, Daniel foi chamado de “muito amado”. Em três ocasiões Daniel quase sucumbiu ante a glória divina. Três vezes foi encorajado. Por alguns momentos até deixou de respirar. Por fim, foi “fortalecido” pela palavra de Deus.

Daniel 10:20: "E ele disse: Sabes por que eu vim a ti? Eu tornarei a pelejar contra o príncipe dos persas; e, saindo eu, eis que virá o príncipe da Grécia."

Daniel 10:21: "Mas eu te declararei o que está expresso na escritura da verdade; e ninguém há que esteja ao meu lado contra aqueles, a não ser Miguel, vosso príncipe."

Aqui, o anjo está falando sobre outro conflito entre ele e o “príncipe da Pérsia”. Vemos em Esdras 4:4-24 que essa luta continuou por muito tempo, depois da visão.

Nos capítulos 2, 7 e 8 de Daniel foi predito que o domínio do mundo pelos gregos seria o próximo grande marco profético. Isso agora é reiterado.

“Ninguém há que esteja ao meu lado contra aqueles”

O anjo que está falando com Daniel anuncia que ele e Miguel assumem toda a responsabilidade sobre as coisas deste mundo. Assim, se pudermos dizer como o anjo que somente Miguel está ao nosso lado nesta batalha, que apenas olhos espirituais podem ver, é como dizer que estamos do lado mais poderoso e certamente vitorioso.

O fato de sabermos que Miguel é Jesus nos faz relembrar que o foco principal das profecias de Daniel não é Antíoco Epifânio e nem o anticristo. O foco repousa sempre sobre Jesus Cristo. Jesus é a pedra fundamental de Daniel 2. Ele é o Filho do homem que vem sobre as nuvens em Daniel 7. Ele é o Messias e Príncipe que foi cortado na profecia das setenta semanas, e que não obstante faz com que Seu concerto prevaleça.

Satanás também dirige o seu exército de anjos caídos (Ap 12:7) e “anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar” (1Pd 5:8). Cada cristão deveria ser um Daniel e orar regular e sistematicamente para que Jesus (Miguel) envie os Seus anjos para lutar com os demônios que diariamente tentam manter o controle da nossa mente e do lar em que vivemos.

Uma vez que as “hostes espirituais da maldade” tentam nos controlar, Paulo insiste em que todos os cristãos se revistam da “armadura de Deus” (Ef 6:12-18). Ele acrescenta, no verso 18: “vigiando com toda perseverança.” Os anjos de Satanás são decididos e teimosos. Um deles resistiu a Gabriel durante três semanas. Não fosse a constante oração de Daniel e teria sido derrotado. Em meio a provações e lutas, devemos elevar nossas orações a Miguel que, estando ao nosso lado, vencerá qualquer batalha.

(Texto da jornalista Graciela Érika Rodrigues, baseado na palestra do advogado Mauro Braga. O textos anteriores podem ser obtidos no marcador "Daniel")

Desvendando Daniel: nos bastidores

O capítulo 10 é uma espécie de introdução à quarta grande profecia do livro de Daniel relatada nos capítulos 11 e 12. Esses três capítulos formam uma unidade. Setenta anos se passaram desde que Daniel e seus amigos foram forçados a deixar Jerusalém. Daniel tinha a idade avançada, mas ainda cumpria seus deveres nas cortes daquele governo estrangeiro. Ciro havia emitido um decreto permitindo que os filhos de Israel voltassem e reconstruíssem os muros e o templo de Jerusalém. Daniel não voltou com eles, possivelmente por causa da idade, ou porque sentiu que podia ajudar mais o seu povo usando sua influência na corte suprema do rei da Pérsia.

Os samaritanos haviam oferecido seus serviços para a reconstrução de Jerusalém. Por causa da sua idolatria, a oferta foi recusada. Como vingança, começaram a fazer oposição à obra de reconstrução, de acordo com a descrição encontrada nos livros de Esdras e Neemias.

Como resultado da oposição, a obra de reconstrução teve que parar. Era tempo de Páscoa, mas o templo ainda estava em ruínas. Os judeus continuavam como prisioneiros após os 70 anos, por isso Daniel orou por três semanas e jejuou.

Daniel 10:1: "No terceiro ano de Ciro, rei da Pérsia, foi revelada uma palavra a Daniel, cujo nome é Beltessazar; a palavra era verdadeira e envolvia grande conflito; ele entendeu a palavra e teve a inteligência da visão."

A nova visão mencionada ocorreu “no terceiro ano de Ciro, rei da Pérsia”. Foi cerca do ano 535 a.C. e “envolvia grande conflito”. A crise devia ser muito grande, pois Daniel sentiu profunda tristeza durante três semanas.

Daniel 10:2: "Naqueles dias, eu, Daniel, pranteei durante três semanas."

Daniel 10:3: "Manjar desejável não comi, nem carne, nem vinho entraram na minha boca, nem me ungi com óleo algum, até que passaram as três semanas inteiras."

Daniel está outra vez de joelhos! Todos os seus problemas eram resolvidos com oração. Como um jovem na corte de Nabucodonosor, ele encontrou a solução para uma situação aparentemente sem esperança por meio da oração. Deus respondeu aquela oração, dando-lhe uma visão do que fora o sonho do rei.

Quando ameaçado de ir parar na cova dos leões, ele orou três vezes ao dia com as janelas abertas. Deus respondeu sua oração fechando a boca dos leões. Quando preocupado com a profecia de Jeremias sobre a restauração de Jerusalém, ele orou, confessando seus pecados e os do povo. Deus enviou o Seu maior anjo, Gabriel, para responder aquela oração.

Em todos os momentos Daniel buscava ao Senhor. Um exemplo de fé.

Daniel 10:4: "No dia vinte e quatro do primeiro mês, estando eu à borda do grande rio Tigre,"

Daniel 10:5: "levantei os olhos e olhei, e eis um homem vestido de linho, cujos ombros estavam cingidos de ouro puro de Ufaz;"

Daniel 10:6: "o seu corpo era como o berilo, o seu rosto, como um relâmpago, os seus olhos, como tochas de fogo, os seus braços e os seus pés brilhavam como bronze polido; e a voz das suas palavras era como o estrondo de muita gente."

Comparando a visão que Daniel teve com a de João na ilha de Patmos (Ap 1:13-16), é evidente que o Ser glorioso que ele viu às margens do rio Tigre não era outro senão Jesus Cristo, o Filho de Deus.

Daniel 10:7: "Só eu, Daniel, tive aquela visão; os homens que estavam comigo nada viram; não obstante, caiu sobre eles grande temor, e fugiram e se esconderam."

A mesma experiência de Paulo no caminho de Damasco (At 9:7). A visão que Daniel teve foi sobremaneira grandiosa e sobrenatural que os seus companheiros, presentes na ocasião, ficaram tão aterrorizados que fugiram para se esconder.

Daniel 10:8: "Fiquei, pois, eu só e contemplei esta grande visão, e não restou força em mim; o meu rosto mudou de cor e se desfigurou, e não retive força alguma."

Daniel 10:9: "Contudo, ouvi a voz das suas palavras; e, ouvindo-a, caí sem sentidos, rosto em terra."

O efeito da visão em Daniel foi o mesmo que nos outros mortais a quem fora dado um vislumbre da Divindade. Na ilha de Patmos, João “caiu a seus pés como morto” (Ap 1:17). No Monte da Transfiguração, Pedro, Tiago e João “caíram sobre o seu rosto e tiveram grande medo” (Mt 17:6).

Daniel 10:10: "Eis que certa mão me tocou, sacudiu-me e me pôs sobre os meus joelhos e as palmas das minhas mãos."

Daniel 10:11: "Ele me disse: Daniel, homem muito amado, está atento às palavras que te vou dizer; levanta-te sobre os pés, porque eis que te sou enviado. Ao falar ele comigo esta palavra, eu me pus em pé, tremendo."

O mesmo privilégio de Daniel, ao ser reconhecido como homem muito amado é estendido a cada um de nós, que temos em Jesus o Salvador e Senhor de nossas vidas.

Daniel 10:12: "Então, me disse: Não temas, Daniel, porque, desde o primeiro dia em que aplicaste o coração a compreender e a humilhar-te perante o teu Deus, foram ouvidas as tuas palavras; e, por causa das tuas palavras, é que eu vim."

Quando Pedro, Tiago e João caíram com temor sobre seus rostos no Monte da Transfiguração, a Bíblia diz: "Aproximando-se deles, tocou-lhes Jesus, dizendo: Erguei-vos e não temais!" (Mt 17:7). Na ilha de Patmos, quando João viu Jesus e caiu a Seus pés como morto, também ouviu dEle: "Não temas" (Ap 1:17).

A oração de Daniel foi ouvida desde o momento em que se pôs de joelhos e a pronunciou. Ele não tinha qualquer evidência de que suas orações estavam sendo ouvidas. Mas seguia em súplica em todos os momentos, mantendo, assim, sua fé inabalável.

Que notícia! Assim também acontece com as nossas orações. Elas são ouvidas imediatamente no Céu. E a partir daí tem início um processo que os próximos versículos nos revelam.

Nos bastidores

Temos, agora, uma visão privilegiada do que acontece nos bastidores. Toda oração sincera é ouvida no Céu, muito embora a resposta pareça demorar mais do que podemos compreender. Daniel orou três semanas antes que a resposta viesse, ainda que o anjo lhe tivesse garantido que suas palavras foram ouvidas desde o primeiro dia.

Deus ergueu o véu e mostrou a Daniel as realidades do mundo invisível – o conflito entre as forças do bem e do mal. Na Bíblia, somente em Daniel 10 encontramos uma explicação tão completa quanto ao processo da oração. Esse processo não aconteceu só com Daniel, mas acontece até hoje, toda vez que elevamos nossas orações ao Senhor.

Daniel 10:13: "Mas o príncipe do reino da Pérsia me resistiu por vinte e um dias; porém Miguel, um dos primeiros príncipes, veio para ajudar-me, e eu obtive vitória sobre os reis da Pérsia."

Daniel 10:14: "Agora, vim para fazer-te entender o que há de suceder ao teu povo nos últimos dias; porque a visão se refere a dias ainda distantes."

Satanás: o príncipe deste mundo

É fundamental para a compreensão dessa passagem que não percamos de vista o contexto em que essa visão foi dada. Deus queria restabelecer Seu povo em Jerusalém e moveu o coração de Ciro para que emitisse um decreto ordenando a reconstrução do templo.

É Deus quem “remove os reis e estabelece os reis” (Dn 2:21). Através de Isaias, cerca de 150 anos antes, Deus já havia profetizado que Ciro favoreceria Israel (Is 44:28; 45:1), a quem Deus escolhera para cumprir o Seu propósito. Enquanto isso, Satanás procurava frustrar o plano divino junto aos reis da Medo-Pérsia. Os vizinhos de Judá estavam tentando influenciar o rei da Pérsia a retirar a sua ajuda e a revogar sua ordem para reconstruir Jerusalém.

Quando Satanás tentou Jesus, o Salvador disse: “Agora é o juízo deste mundo; agora será expulso o príncipe deste mundo” (Jo 12:31). Satanás é o príncipe deste mundo, assim como, naquele contexto, era o príncipe do reino da Pérsia.

A batalha entre o bem e o mal

Pelo fato de ele haver se oposto a um anjo de Deus durante três semanas, devemos concluir que se tratava de um anjo mau. 2 Pedro 2:4 fala dos anjos que pecaram e foram expulsos do Céu. Paulo disse que os deuses adorados pelas nações de seu tempo, na realidade, eram demônios (1Co 10:20). Paulo também revelou que nossos verdadeiros inimigos não são pessoas comuns, feitas de “carne e sangue”, mas que, em verdade, são “principados” e “potestades”, as “forças espirituais do mal” e os “dominadores deste mundo tenebroso” (Ef 6:12). Por três vezes Jesus identificou Satanás como “príncipe” (Jo 12:31; 14:30; 16:11). Algumas versões bíblicas apresentam o texto de Daniel 10:13 fazendo referência ao “anjo príncipe do reino da Pérsia”.

Portanto, Satanás estava impedindo que as orações de Daniel fossem respondidas, porque estava influenciando a mente do rei Ciro para não deixar os israelitas voltarem para sua terra. Por isso, Daniel orou e, enquanto ele orava, suas orações subiram a Deus, e no mesmo instante Deus mandou o anjo Gabriel para influenciar a mente de Ciro.

“Mas o príncipe do reino da Pérsia [Satanás] me resistiu por vinte e um dias.” O que aconteceu foi que Satanás entrou em luta com o anjo Gabriel, para impedir que ele dissipasse a escuridão e a mente de Ciro pudesse ser aberta e o rei da Pérsia tivesse a oportunidade de tomar sua decisão livremente. Gabriel iria afastar todas as influências más que possuíram a mente de Ciro. Mas quando ele começou a fazer isso, Satanás apresentou-se pessoalmente, porque não queria que o povo de Israel voltasse para Jerusalém para adorar o verdadeiro Deus. Neste ponto, travou-se um terrível combate na mente de Ciro. As forças do bem contra as forças do mal; as forças de Cristo enfrentando as forças de Satanás. Essa batalha aconteceu na mente de Ciro, exatamente como acontece em nossa mente. Porém, as orações de Daniel trouxeram ajuda celestial para resolver o problema.

Satanás continua exercendo grande influência sobre este mundo e sobre a mente de todas as pessoas que permitem serem comandadas por ele. Ele continua fazendo de tudo para atrapalhar os planos de Deus e, muitas vezes, influencia a mente de pessoas que são usadas para atrapalhar a resposta às orações.

Livre-arbítrio

Deus respeita nossa liberdade de escolha. Ele nunca manipula a vontade. Nunca coage. Daniel orou e suas preces subiram até ao Céu. O Senhor Jesus disse a Gabriel: “Eu respeito a oração de Daniel e sua liberdade de escolha, mas também respeito o livre arbítrio de Ciro.” Por essa razão, nosso Senhor enviou o Espírito Santo para trabalhar na mente de Ciro. Deus pode olhar para Satanás e dizer: “Eu preciso respeitar a liberdade de escolha de Daniel e ele está orando por Ciro. Então irei dobrar Meus anjos e enviarei grandes fontes de força espiritual para abrir a mente do rei.”

Não há contradição entre a atividade de Deus na História e a liberdade humana. Sua vontade pré-ordenada não anula a liberdade humana. A pessoa é livre para tomar decisões (Js 24:15; 1Rs 18:21). Mas qualquer decisão traz consigo os seus resultados inevitáveis. A pessoa pode escolher servir à vontade divina dentro do curso de eventos determinados por Deus.

As profecias descrevem o plano universal de Deus para a humanidade e para o Seu povo e, portanto, são incondicionais. Como Senhor soberano da História, Ele a dirige, sem violar a escolha ou o livre-arbítrio humano, em direção a um objetivo em particular, isto é, o estabelecimento do Seu reino eterno na Terra. Em conseqüência, a profecia tem um elemento de determinismo a partir do fato de que o plano de Deus triunfará, apesar de qualquer oposição.

Os versículos relatam que, embora Satanás e Cristo estivessem trabalhando pela mente do rei persa, nenhum deles podia forçá-lo. O livre-arbítrio humano, embora seja um dos maiores dons que recebemos, custou um preço terrível: a morte de Jesus na cruz. Se não tivéssemos livre-arbítrio, não poderíamos ter pecado; e se não tivéssemos pecado, não teria havido cruz, porque não haveria necessidade dela. Assim, de muitas formas, a cruz é o maior exemplo não só da realidade do livre-arbítrio humano, mas das conseqüências de abusarmos dele.

O conhecimento divino a respeito daquilo que os homens irão fazer não interfere em suas decisões efetivas, assim como o conhecimento que um historiador possui sobre os atos passados das pessoas não interfere naquilo que elas fizeram. O conhecimento antecipado de Deus penetra no futuro sem alterá-lo. A presciência de Deus jamais viola a liberdade humana.

A oração abre um novo caminho

Em cada mente existe uma guerra, em cada coração existe uma luta e anjos bons e maus combatem a fim de conquistar a vida espiritual dos filhos de Deus. Mas, quando oramos, abre-se uma avenida para que os anjos bons desçam em maior número para trazer a luz e a verdade. Percebeu? Se Daniel tivesse interrompido suas orações já nos primeiros dias, a batalha estaria perdida. Por isso é importante - vital - nos mantermos sempre em oração, esperando no Senhor as respostas. Elas certamente virão.

Em Daniel 2, Deus respondeu à oração de Daniel concedendo a interpretação do sonho de Nabucodonosor. Em Daniel 6, Deus enviou um anjo para livrá-lo dos leões. Em Daniel 9, Ele enviou a mais exaltada de Suas criaturas, o anjo Gabriel. Agora, em Daniel 10, Deus enviou o Seu próprio Filho.

Deus sempre irá além. Sempre nos dará mais do que aquilo que pedimos. Quando oramos a Deus por nós mesmos ou por terceiros, um processo é desencadeado no céu. O anjo confirmou que todas as orações são ouvidas na hora em que as pronunciamos, e a partir daí são comissionados anjos e meios para que as respostas venham de acordo com o plano de Deus. Mas Satanás, que é o príncipe deste mundo, nos conhece muito bem, sabe exatamente nossas condições, o que nos faz cair, nossas fraquezas, e sempre tentará atrapalhar, juntamente com seus outros anjos caídos, os propósitos de Deus em nossas vidas.

A boa-nova é que assim como Satanás influencia nossas mentes com seus anjos, Deus, Miguel e os santos anjos também têm essa missão. Ao lado de Miguel, a vitória é certa.

Quem é Miguel?

Miguel desceu em auxílio ao anjo Gabriel, liderando todas as tropas celestes, e derrotou Satanás. Quem quer que seja Miguel, conclui-se que ele é mais poderoso do que Satanás. Vamos ver algumas passagens bíblicas para identificá-lo. O nome “Miguel” é mencionado em apenas cinco lugares (Dn 10:13, 21; 12:1; Jd 9; Ap 12:7). Antes de lermos esses textos é bom lembrar um detalhe importante: todas as vezes que o nome Miguel é mencionado, o contexto é de um confronto pessoal com Satanás. O nome Miguel é um nome de guerra. Em Apocalipse 12:7-9, verifica-se que Miguel é suficientemente poderoso, tinha anjos a Seu lado e autoridade para expulsar a Satanás do Céu. Em Judas 9, constatamos que Miguel tinha poder para derrotar Satanás e ressuscitar Moisés.

No idioma hebraico, o nome Miguel significa uma pergunta: “Quem é igual a Deus?” E quem é o único que é igual a Deus? Claro, só pode ser Jesus Cristo. Devemos ficar felizes ao saber que Aquele que é como Deus pode expulsar Satanás do Céu e da nossa vida.

O Arcanjo

A palavra arcanjo significa “comandante e chefe dos anjos”. Uma das funções de Cristo é comandar os anjos, como se pode ver em 1 Tessalonicenses 4:16 e 17. Nessa passagem, é-nos dito que Ele virá com voz de arcanjo. Ele virá comandando os anjos, como alguém superior. O termo grego arch significa superioridade, primazia, proeminência e também o que comanda, que chefia. O fato de que o Arcanjo é o chefe dos anjos não faz dele um ser criado. A Bíblia apresenta apenas um arcanjo, e este é Miguel.

Por ocasião da segunda vinda, é a voz do Arcanjo que assinala a ressurreição dos mortos, de acordo com 1 Tessalonicenses 4:16. E de acordo com João 5:28 e 29, é a “voz do Filho de Deus” que provoca a ressurreição dos mortos. Daniel 12:1-4 diz que, quando Miguel Se erguer no tempo do fim, “muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão”. Miguel, o Arcanjo cuja voz irá despertar os mortos, é Jesus, o Filho de Deus e nosso Salvador. Pelo fato de ser tanto Deus quanto um Anjo (o Mensageiro muito especial enviado à Terra pelo Pai), Ele é inevitavelmente o Chefe dos anjos – o Arcanjo.

Uma dimensão maior do grande conflito

O capítulo 10 não se limita ao conflito existente durante o Império Medo-Persa. Possui uma dimensão muito maior, pois o anjo explicou ao profeta que “a visão se refere a dias ainda distantes” e o capítulo 11 continua a mencionar a seqüência do “conflito” no Império Medo-Persa e o seu desenvolvimento até a vinda de Cristo. O assunto em jogo é, na verdade, todo o futuro da humanidade.

Daniel 10:15: "Ao falar ele comigo estas palavras, dirigi o olhar para a terra e calei."

Outra vez Daniel ficou abismado, não somente com o poder dos seres celestiais com quem ele estava se comunicando, mas com o impressionante conceito de um conflito cósmico envolvendo longo período de sofrimento para aqueles a quem ele amava. A profecia de 2.300 anos o havia deixado abalado, e agora lhe era dito: “A visão é ainda para muitos dias.”

Daniel 10:16: "E eis que uma como semelhança dos filhos dos homens me tocou os lábios; então, passei a falar e disse àquele que estava diante de mim: meu senhor, por causa da visão me sobrevieram dores, e não me ficou força alguma."

Daniel 10:17: "Como, pois, pode o servo do meu senhor falar com o meu senhor? Porque, quanto a mim, não me resta já força alguma, nem fôlego ficou em mim."

Daniel sentiu outra vez o toque celestial, e recuperou a fala. A magnitude da profecia deixou-o sem fôlego. Ele disse: “Por causa da visão me sobrevieram dores.” A que visão ele estava se referindo?

Daniel 10:18: "Então, me tornou a tocar aquele semelhante a um homem e me fortaleceu;"

Daniel 10:19: "e disse: Não temas, homem muito amado! Paz seja contigo! Sê forte, sê forte. Ao falar ele comigo, fiquei fortalecido e disse: fala, meu senhor, pois me fortaleceste."

Pela terceira vez, Daniel foi chamado de “muito amado”. Em três ocasiões Daniel quase sucumbiu ante a glória divina. Três vezes foi encorajado. Por alguns momentos até deixou de respirar. Por fim, foi “fortalecido” pela palavra de Deus.

Daniel 10:20: "E ele disse: Sabes por que eu vim a ti? Eu tornarei a pelejar contra o príncipe dos persas; e, saindo eu, eis que virá o príncipe da Grécia."

Daniel 10:21: "Mas eu te declararei o que está expresso na escritura da verdade; e ninguém há que esteja ao meu lado contra aqueles, a não ser Miguel, vosso príncipe."

Aqui, o anjo está falando sobre outro conflito entre ele e o “príncipe da Pérsia”. Vemos em Esdras 4:4-24 que essa luta continuou por muito tempo, depois da visão.

Nos capítulos 2, 7 e 8 de Daniel foi predito que o domínio do mundo pelos gregos seria o próximo grande marco profético. Isso agora é reiterado.

“Ninguém há que esteja ao meu lado contra aqueles”

O anjo que está falando com Daniel anuncia que ele e Miguel assumem toda a responsabilidade sobre as coisas deste mundo. Assim, se pudermos dizer como o anjo que somente Miguel está ao nosso lado nesta batalha, que apenas olhos espirituais podem ver, é como dizer que estamos do lado mais poderoso e certamente vitorioso.

O fato de sabermos que Miguel é Jesus nos faz relembrar que o foco principal das profecias de Daniel não é Antíoco Epifânio e nem o anticristo. O foco repousa sempre sobre Jesus Cristo. Jesus é a pedra fundamental de Daniel 2. Ele é o Filho do homem que vem sobre as nuvens em Daniel 7. Ele é o Messias e Príncipe que foi cortado na profecia das setenta semanas, e que não obstante faz com que Seu concerto prevaleça.

Satanás também dirige o seu exército de anjos caídos (Ap 12:7) e “anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar” (1Pd 5:8). Cada cristão deveria ser um Daniel e orar regular e sistematicamente para que Jesus (Miguel) envie os Seus anjos para lutar com os demônios que diariamente tentam manter o controle da nossa mente e do lar em que vivemos.

Uma vez que as “hostes espirituais da maldade” tentam nos controlar, Paulo insiste em que todos os cristãos se revistam da “armadura de Deus” (Ef 6:12-18). Ele acrescenta, no verso 18: “vigiando com toda perseverança.” Os anjos de Satanás são decididos e teimosos. Um deles resistiu a Gabriel durante três semanas. Não fosse a constante oração de Daniel e teria sido derrotado. Em meio a provações e lutas, devemos elevar nossas orações a Miguel que, estando ao nosso lado, vencerá qualquer batalha.

(Texto da jornalista Graciela Érika Rodrigues, baseado na palestra do advogado Mauro Braga. O textos anteriores podem ser obtidos no marcador "Daniel")