quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Igreja festeja aniversário de Maradona com casamento


A Igreja Maradoniana, fundada em homenagem ao ex-jogador Diego Armando Maradona, promoveu nesta terça-feira, em Buenos Aires, um casamento coletivo para festejar o aniversário do ídolo.

Nascido no dia 30 de outubro de 1960, Maradona completa 47 anos nesta terça e, como já é característico, seus mais fervorosos fãs festejaram a data com a cerimônia semelhante a uma missa.

A igreja improvisada, que tem suas paredes forradas de cartazes do jogador, tem até um altar em homenagem a Maradona.

A Igreja Maradoniana afirma ter 60.000 afiliados de 54 países e foi fundada em 1998.

O craque propriamente não pôde estar presente para saudar os noivos, mas enviou os parabéns pela internet, o que foi exibido em telões.

As noivas estavam vestidas tradicionalmente de branco, mas os noivos exibiam o clássico número 10 nas costas.

Com infomações da agência AFP.

Nota: Isto é mais um aprova de que o mundo não sabe diferenciar o santo do profano. Ao declarar o decálogo, Deus deixou escrito com seus dedos que não fizemos deuses e nem adorassemos imagens. Esta é uma rpva de que perto esta o dia de sua volta triunfante.

terça-feira, 30 de outubro de 2007

Quem foi Ellen Gould White?


Quem foi Ellen G. White e porque milhões de pessoas consideram seus escritos de especial valor e significado?

Ela era uma pessoa de notáveis talentos espirituais, que viveu a maior parte de sua vida durante o século 19 (1827-1915), mas através de seus escritos ela continua exercendo um extraordinário impacto em milhões de indivíduos ao redor do mundo.

Durante toda a sua vida ela escreveu mais de 5.000 artigos e 49 livros; mas hoje, incluindo compilações de seus manuscritos, mais de 100 livros estão disponíveis em inglês, e cerca de 70 em português. Ellen G. White é a escritora mais traduzida em toda a história da literatura. Seus escritos abrangem uma ampla variedade de tópicos, incluindo religião, educação, saúde, relações sociais, evangelismo, profecias, trabalho de publicações, nutrição e administração. Sua obra-prima sobre o viver cristão feliz, Caminho à Cristo , já foi publicada em cerca de 150 idiomas.

Os adventistas do sétimo dia crêem que a Sra. White era mais que uma escritora talentosa - ela foi apontada por Deus para ser uma mensageira especial a fim de atrair a atenção de todos para as Santas Escrituras, e para ajudá-los a se prepararem para a segunda vinda de Cristo. Desde os 17 anos de idade até o seu falecimento, aos 87 anos, Deus lhe deu cerca de 2000 sonhos e visões. As visões variavam em duração, podendo ser de menos de um minuto até cerca de quatro horas. O conhecimento e conselhos recebidos através dessas revelações foram por ela escritos a fim de serem compartilhados com outros. Assim, seus escritos são aceitos como inspirados pelos adventistas do sétimo dia, e a qualidade excepcional dessas obras é reconhecida mesmo pelos leitores ocasionais.

Como nos é declarado no livro Nisto Cremos “Os escritos de Ellen White não constituem um substitutivo para a Bíblia. Não podem ser colocados no mesmo nível. As Escrituras Sagradas ocupam posição única, pois são o único padrão pelo qual os seus escritos – ou quaisquer outros – devem ser julgados e ao qual devem estar subordinados” ( Nisto Cremos, Associação Ministerial, Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia, Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 1989, p. 305).

Contudo, conforme escreveu Ellen White, “O fato de que Deus revelou Sua vontade aos homens por meio de Sua Palavra, não tornou desnecessária a contínua presença e direção do Espírito Santo. Ao contrário, o Espírito foi prometido por nosso Salvador para aclarar a Palavra a Seus servos, para iluminar e aplicar os seus ensinos” ( O Grande Conflito, p. 9).

A biografia a seguir é um relato mais detalhado da vida e obras dessa extraordinária mulher que, passando por todos os testes de um verdadeiro profeta conforme apontados pelas Sagradas Escrituras, ajudou no estabelecimento da Igreja Adventista do Sétimo Dia.

Porque a Bíblia Católica é diferente da Bíblia Protestante?


A Bíblia protestante é constituída por 66 livros, 39 dos quais formam o Antigo Testamento e 27 o Novo Testamento. Já a Bíblia católica possui, além desses 66 livros, outros sete livros completos (Tobias, Judite, I Macabeus, II Macabeus, Baruque, Sabedoria e Eclesiástico) e alguns acréscimos ao texto dos livros de Ester (10:4 a 11:1 ou a 16:24) e Daniel (3:24-90; caps. 13 e 14). Esses livros e fragmentos adicionais são chamados de deuterocanônicos , pelos católicos, e de apócrifos , pelos protestantes. Os apócrifos (ou deuterocanônicos) foram produzidos, em sua maioria, durante os dois últimos séculos a.C. Embora não fizessem parte da Bíblia hebraica dos judeus da Palestina, eles foram incorporados à tradução da Bíblia ao latim (Vulgata Latina), que preservou e popularizou esses acréscimos durante a Idade Média.

Já o Concílio de Trento decretou em sua Quarta Sessão, reunida em 8 de abril de 1546, o reconhecimento dos apócrifos da Vulgata Latina como genuinamente "sagrados e canônicos ". Conseqüentemente, todas as versões católicas da Bíblia preservam até hoje esses escritos. Os protestantes, por sua vez, reconhecem o valor histórico dos apócrifos, mas não os consideram como canônicos ou inspirados. Esta posição deriva do fato de tais escritos não fazerem parte do cânon hebraico do Antigo Testamento, não haverem sido citados por Cristo ou pelos apóstolos no Novo Testamento e apresentarem ensinamentos contrários ao restante das Escrituras.

Entre esses ensinamentos encontram-se, por exemplo, as falsas teorias da existência do purgatório, criadas no século XV (ver Sabedoria 3:1-9; contrastar com Salmo 6:5; Eclesiastes 9:5, 10); das orações pelos mortos (II Macabeus 12:42-46; contrastar com Isaías 38:18 e 19); de que anjos bons mentem (Tobias 5:10-14; contrastar com Mateus 22:30; João 8:44); de que o fundo dos órgãos de um peixe, postos sobre brasas, espantam os demônios (Tobias 6:5-8; contrastar com Marcos 9:17-29); de que as esmolas expiam o pecado (Tobias 12:8 e 9; Eclesiástico 3:30; contrastar com I Pedro 1:18 e 19; I João 1:7-9).

Obviamente isso nos impede de aceitar a inspiração e a canonicidade dos escritos apócrifos (ou deuterocanônicos).

Ellen White e o World Trade Center


Esse mês completamos 6 anos desde o atentado às torres gêmeas em Nova York. Evidentemente não poderia deixar passar essa data sem relembrar da vívida descrição do evento feita por Ellen White:

Edifícios à Prova de Catástrofes se Transformarão em Cinzas

Vi as mais dispendiosas estruturas de edifícios erigidos e que se acreditava serem à prova de fogo. E assim como Sodoma pereceu nas chamas da vingança de Deus, essas suntuosas construções também se transformarão em cinzas. ... Os lisonjeiros monumentos da grandeza de homens serão reduzidos a pó, mesmo antes que sobrevenha ao mundo a última grande destruição. (Mensagens Escolhidas, vol. 3, págs. 418 e 419).

Os homens continuarão a erigir edifícios dispendiosos, que custem milhões de dólares. Será dada especial atenção à sua beleza arquitetônica e à firmeza e solidez com que são construídos, mas o Senhor me informou que, não obstante a extraordinária firmeza e o dispendioso aparato, esses edifícios terão o mesmo fim que o templo de Jerusalém. (The Seventh-day Adventist Bible Commentary, vol. 5, pág. 1.098).

Deus não tem executado Sua ira sem misericórdia. Sua mão ainda está estendida. Sua mensagem precisa ser transmitida na Grande Nova Iorque. Deve ser mostrado ao povo como é possível para Deus, com um simples toque de Sua mão, destruir os bens que eles acumularam para o último grande dia. (Manuscript Releases, vol. 3, págs. 310 e 311).

Não tenho luz especial a respeito do que sobrevirá a Nova Iorque, mas sei que um dia os grandes edifícios que estão ali serão demolidos pela ação construtiva e destrutiva do poder de Deus. [...] A morte chegará a todos os lugares. É por isso que estou tão ansiosa de que nossas cidades sejam advertidas. (Review and Herald, 5 de julho de 1906).

Uma ocasião, achando-me eu na cidade de Nova Iorque, fui convidada, à noite, para contemplar os edifícios que se erguiam, andar sobre andar, para o céu. Garantia-se que esses edifícios seriam à prova de fogo, e haviam sido erigidos para glorificar seus proprietários e construtores. [...] A cena que em seguida passou perante mim foi um alarma de fogo. Os homens olhavam aos altos edifícios, supostamente incombustíveis, e diziam: "Estão perfeitamente seguros." Mas esses edifícios foram consumidos como se fossem feitos de pez. Os aparelhos contra incêndios nada podiam fazer para deter a destruição. Os bombeiros não podiam fazer funcionar as máquinas. (Testemunhos Seletos, vol. 3, págs. 281 e 282).

O que há de tão especial nesses textos? Nada além do simples fato que foram escritos entre os primeiros anos do século passado; mais precisamente entre os anos de 1901 a 1909. Assustador não? Analisemos a Bíblia:

"Irou-se o dragão contra a mulher [Igreja], e foi fazer guerra ao restante da sua descendência; os que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus". (Apocalipse 12:17).

Estudiosos da Bíblia vem apontando a palavra mulher em profecia como sinônimo de Igreja. Cristo é chamado várias vezes no Novo Testamento de noivo, pronto a resgatar a sua esposa, a igreja; bem-aventurado aquele que participará das bodas do cordeiro. (ver Efésios 5:25-27 e Apocalipse 19:7-9).

Dessa forma, ao analisarmos o apocalipse, chegamos a conclusão que a Igreja de Deus nos últimos dias teria duas características: Guardaria os mandamentos de Deus e teria o testemunho de Jesus. Ainda em Apocalipse 19:10 nos é dito que "o testemunho de Jesus é o Espírito da Profecia".

Em resumo, podemos afirmar que a Igreja de Deus nos últimos tempos teria, dentre suas características, o dom de profecia (ver I Coríntios 12:8-10).

Saiba mais sobre o trabalho de Ellen White e seu ministério profético em www.centrowhite.org.br.

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Desvendando o Apocalipse: despertamento


O capítulo dez revela um grande despertamento religioso. A verdadeira igreja de Cristo, por longos séculos, foi perseguida pela igreja romana, sendo dizimada pelos tribunais da Inquisição, por Cruzadas e por inúmeras chacinas. Porém, a queda do poder do papado, em 1798, trouxe uma nova era para o cristianismo, e o mundo foi sacudido por uma mensagem poderosa, exatamente como anunciado nesta profecia, que está inserida como um parêntesis entre a sexta e a sétima trombetas, devendo, portanto, cumprir-se antes do toque inicial da sétima trombeta, isto é, antes de 1844.

Apocalipse 10:1: “Vi outro anjo forte descendo do céu, vestido de uma nuvem. Por cima da sua cabeça estava o arco-íris; o seu rosto era como o sol, e os seus pés como colunas de fogo.”

Seis vezes, no Apocalipse, a mensagem enviada do Céu é simbolizada por um anjo. Mas a descrição deste anjo é mais gloriosa do que a dos outros: “O seu rosto era como o Sol.” A semelhança da descrição com a de Cristo, em Apocalipse 1:13-16, indica que este anjo seja Cristo. Quando transfigurado diante dos discípulos, o rosto de Cristo “brilhava como o Sol” (Mt 17:2). Ele é chamado “o Mensageiro do concerto” (Ml 3:1), e “o Anjo que me redimiu” (Gn 48:16).

Em Daniel 12:1 e 7, Jesus é apresentado como Miguel. Mas se Miguel é identificado como o Arcanjo, seria Cristo, então, um anjo? O Arcanjo não é um anjo. Ele é o chefe dos anjos. O presidente dos Estados Unidos é o comandante-em-chefe do exército, mas não é um soldado.

Cristo é um mensageiro. Ele não é um ser criado, como um anjo.

Outra evidência de que o Anjo forte é Jesus está em 1 Tessalonicenses 4:16. Nos é dito que é a voz do Arcanjo que despertará os mortos por ocasião da primeira ressurreição. Em João 5:25, nos é dito que é a voz do Filho de Deus que despertará os mortos.

O arco celeste é símbolo do concerto e a “nuvem” é também sinal da divindade, pois uma nuvem sobre o acampamento de Israel era evidência da presença de Deus como guia de Seu povo.

Apocalipse 10:2: “...e tinha na mão um livrinho aberto. Pôs o seu pé direito sobre o mar, e o esquerdo sobre a terra.”

A expressão um pé na terra e o outro no mar indica que a mensagem deste Anjo é de âmbito mundial, o que significa o início de um movimento religioso de extensão mundial.

Que livro aberto pode ser este? Parece haver apenas uma resposta, pois, até onde se saiba, a única parte das Escrituras que foi fechada ou selada foi uma porção do livro de Daniel. Ao profeta foi ordenado: “Fecha estas palavras e sela este livro até o tempo do fim. Muitos correrão de uma parte para outra, e o conhecimento se multiplicará” (Dn 12:4). Uma vez que esta parte do livro de Daniel foi fechada somente até o tempo do fim, segue-se naturalmente que nesse tempo do fim ele seria aberto.

Dois acontecimentos asseguram a época em que o livrinho de Daniel deveria ser aberto:

1) O advento do “tempo do fim”.

2) A era da multiplicação da ciência.

Quando chegou o “tempo do fim” predito por Daniel? No próprio livro do profeta encontramos a resposta. Em Daniel 11:30-35, temos a introdução da potência papal como poder perseguidor do povo de Deus. O versículo 35 declara que o povo de Deus seria perseguido por esse poder, “até o tempo do fim”, o que significa até ao fim da supremacia temporal do papado, ocorrido em 1798, quando a França revolucionária lhe tirou o poder e aprisionou o papa reinante, Pio VI.

Prova mais incontestável de que o “tempo do fim” chegou com o fim da supremacia temporal do papado em 1798 temos ainda em Daniel 12:7, onde é esclarecido que o povo de Deus seria perseguido até completar-se o período de “um tempo, dois tempos e metade de um tempo”, ou seja, 1.260 anos de supremacia temporal de Roma papal, em realidade findos em 1798.

Isso pareceu estranho a Daniel, e ele disse: “Eu ouvi, mas não entendi” (Dn 12:8). Não era possível que Daniel entendesse quando escreveu, porque certos acontecimentos tinham que ocorrer primeiro. Por isso, pediu explicação ao anjo, e este lhe disse: “Vai, Daniel, porque estas palavras estão fechadas e seladas até o tempo do fim” (Dn 12:9). Mas “no tempo do fim” foi garantido que alguns entenderiam. Disse o anjo: “Nenhum dos ímpios entenderá, mas os sábios entenderão” (Dn 12:10).

Outra evidência que confirma o início do “tempo do fim” em 1798 é o desenvolvimento marcante da ciência. A ciência que hoje conhecemos começou a se “multiplicar” exatamente a partir de 1798, quando, não temos dúvida em afirmar, o selo do livro de Daniel foi removido, dando início a um grande movimento religioso que se dedicaria ao estudo aprofundado das profecias relativas ao “tempo do fim”.

Apocalipse 10:3: “...e clamou com grande voz, como quando ruge o leão. Tendo clamado, os sete trovões fizeram soar as suas vozes.”

Apocalipse 10:4: “E quando os sete trovões fizeram soar as suas vozes, eu ia escrevê-las; mas ouvi uma voz do céu, que dizia: Sela o que os sete trovões falaram, e não o escrevas.”

Apocalipse 10:5: “Então o anjo que vi em pé sobre o mar e sobre a terra levantou a sua mão direita ao céu,”

Apocalipse 10:6: “e jurou por Aquele que vive para todo o sempre, o qual criou o céu e o que nele há, e a terra e o que nela há, e o mar e o que nele há, que não haveria mais demora.”

É possível identificar semelhança entre o anjo do capítulo 10 com o primeiro anjo do capítulo 14. Ambos conduzem uma mensagem de graça e de juízo. Ambos proferem uma proclamação com voz poderosa. Ambos exaltam a Deus como Criador dos céus, da Terra, do mar e tudo o que neles há. Assim, o anjo do capítulo 10 é o mesmo primeiro anjo do capítulo 14, onde é apresentada Sua obra de extensão mundial e Sua mensagem da hora do juízo.

Não haveria mais demora, ou em outra versão, não haveria mais tempo. Esta expressão indica que o movimento que este anjo representa está diretamente ligado ao “tempo do fim”, já que, depois dele, não haveria outro, segundo a profecia.

E não há dúvida de que o movimento predito neste capítulo surgiu depois de 1798, e no fim da profecia dos 2.300 dias proféticos de Daniel 8:14, concluída em 1844. Esse movimento, portanto, deve ser identificado como surgido entre 1798 e 1844, porque não encontramos na Bíblia outra profecia de tempo que se estenda além de 1844.

Apocalipse 10:7: “Mas nos dias da voz do sétimo anjo, quando ele estiver prestes a tocar a sua trombeta, se cumprirá o mistério de Deus, como anunciou aos profetas, Seus servos.”

O “mistério de Deus”, ou o “segredo de Deus”, como também é chamado nas Escrituras, é o grande plano da salvação em Jesus Cristo (Ef 3:3-6). Jesus Cristo é o único meio de salvação, não apenas para os gentios, mas também para os judeus. “E este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as nações. Então virá o fim” (Mt 24:14).

O anjo de Apocalipse 10, em seu juramento, proclama que “nos dias da voz do sétimo anjo” se cumpriria “o mistério ou segredo de Deus”. Quer dizer isso que, de 1844 até o fim, seria consumada a obra de pregação do evangelho a todo o mundo. Essa obra não foi consumada na Velha Dispensação chamada Mosaica, por incredulidade do antigo povo de Deus que, por isso mesmo, foi rejeitado como povo.

Também não foi consumada na era cristã até antes de 1844, porque o cristianismo deixou de cumprir sua missão, apostatando. Mas seria consumada de 1844 ao fim, na voz do sétimo anjo, o que implica em dizer que um movimento mundial tomaria lugar dessa data em diante, proclamando o “mistério de Deus” e consumando a obra da redenção entre as nações, através da pureza do evangelho isento de erros e tradições humanas.

Esse movimento predito surgiu em 1844, exatamente depois do primeiro movimento que findou nessa data; tem abrangido todo o mundo e logo terminará sua tarefa.

Apocalipse 10:8: “Então a voz que eu do céu tinha ouvido tornou a falar comigo, e disse: Vai, e toma o livrinho aberto da mão do anjo que está em pé sobre o mar e sobre a terra.”

O livro que é aberto na visão de João é o mesmo que foi selado nas visões de Daniel. Por quanto tempo deveria ele ficar selado? Daniel 12:7 diz que deveria ser por 1.260 anos. O livro de Daniel está sendo aberto nos últimos dias. Profecias que antes não eram entendidas, agora o são. Nem tudo no livro de Daniel foi selado. Nabucodonosor sabia quem era a cabeça de ouro na imagem de Daniel. Havia muitas coisas que foram entendidas.

O que realmente confundiu Daniel naquelas visões foram as profecias de longo tempo. Sobre elas, ele disse: “Espantei-me acerca da visão.” As profecias que o deixaram confuso foram as 70 semanas, os 1.260 dias e os 2.300 dias proféticos, ou seja, um dia equivalente a um ano.

A profecia revelada em Daniel 8:14 diz: “Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o santuário será purificado.” Em Daniel 9:25, a explanação relativa à primeira parte dos 2.300 anos nos diz que esse grande período profético teria início com “a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém”. E essa ordem, dada aos judeus que eram cativos no Oriente ao tempo da dominação mundial da Pérsia, foi emitida pelo rei Artaxerxes, na última parte do ano 457 a.C. Contando dessa data inicial, os 2.300 anos alcançam a última parte do ano de 1844, quando então a verdade seria restaurada pela pregação e o santuário seria purificado.

Segundo o ritual do santuário do antigo Israel, a purificação do santuário significava a remoção simbólica dos pecados do povo de Deus do santuário, através de um sacrifício especial, oferecido sempre no dia 10 do sétimo mês judaico, correspondendo a outubro do nosso calendário.

O santuário de Israel, erguido por Moisés conforme o modelo que lhe fora mostrado por Deus, era uma figura do verdadeiro santuário que existe no céu, onde Cristo ministra por Sua igreja desde que para lá ascendeu, depois de Sua ressurreição. Desse modo, a purificação simbólica do santuário de Israel realizada pelo sumo sacerdote uma vez ao ano era emblema da purificação do santuário celeste que Cristo devia realizar a partir do fim dos 2.300 anos, ou de 1844.

Como no santuário terrestre os serviços diários eram efetuados no lugar santo e a purificação no lugar santíssimo, de modo idêntico Cristo, desde que ascendeu ao Céu, efetuou Sua obra de intercessão no lugar santo do santuário celestial até 1844. Nessa data, em outubro, Ele deixou o lugar santo e adentrou o lugar santíssimo para efetuar a purificação do santuário, ou seja, a remoção dos pecados de Seu povo. Essa obra de purificação continuará até o fechamento da porta da graça, quando estará concluída a purificação do santuário celestial e Jesus voltará para executar o juízo.

Como os servos de Deus entenderam a purificação do santuário na profecia de Daniel? A resposta histórica é esta: eles entenderam que o santuário a ser purificado no fim dos 2.300 anos, em 1844, era a própria Terra e que, para que isso pudesse ser realizado, Jesus deveria voltar naquele ano e atear fogo e enxofre ao mundo para purificá-lo da maldade humana.

Como chegaram à conclusão de que a Terra seria o santuário a ser purificado? Simplesmente pelo fato de, em 1844, não haver mais santuário na Terra e desconhecerem a doutrina do santuário celestial, do qual o terreno era uma cópia.

O fato de conceberem, pelo livro de Daniel, que Jesus voltaria em 1844 para purificar a Terra e salvá-los, é que cumpre a profecia de ter o profeta achado o livrinho doce como o mel ao tomá-lo da mão do anjo e comê-lo. Nada mais doce para eles do que ter a indicação do ano da volta de Jesus.

Inicialmente, Guilherme Miller, pastor da igreja batista de Nova York, começou a pregar que a volta de Jesus ocorreria no dia 22 de outubro de 1844. O grande erro do movimento consistiu em não compreenderem seus dirigentes a natureza do acontecimento que tomaria lugar no fim do período profético dos 2.300 anos, isto é, em outubro de 1844.

Apocalipse 10:9: “Fui, pois, ao anjo, e lhe pedi que me desse o livrinho. Disse-me ele: Toma-o, e come-o. Ele fará amargo o teu ventre, mas na tua boca será doce como mel.”

Apocalipse 10:10: “Tomei o livrinho da mão do anjo, e o comi. Na minha boca era doce como mel, mas tendo-o comido, o meu ventre ficou amargo.”

A expressão “toma-o e come-o” significa que a mensagem seria devorada. “Achadas as Tuas palavras, logo as comi” (Jr 15:16).

O anúncio da breve volta de Jesus foi recebido com grande entusiasmo. A alegria enchia o coração dos cristãos. Mas eles estavam condenados ao desapontamento. Quando a hora chegou e Jesus não apareceu, a fé dos crentes sofreu um golpe terrível. O que tinha sido doce como mel, agora se tornara amargo como fel, tal como dissera o anjo.

Os discípulos de Cristo passaram por idêntica experiência. Poderia haver coisa mais trágica do que a morte de Jesus, para homens que haviam abandonado tudo, crendo que Ele era o Cristo? Quando eles desceram da cruz o corpo do seu Senhor e o sepultaram, também sepultaram suas esperanças. Sua obra, porém, não estava terminada. Na verdade, ela mal havia começado. Foi depois do grande desapontamento que os apóstolos realizaram sua maior obra. Na tarde após a ressurreição, lemos que o Senhor “abriu-lhes o entendimento para compreenderem as Escrituras” (Lc 24:45).

Desapontamentos humanos são, às vezes, desígnios divinos, e como os apóstolos, dezoito séculos antes, o grande desapontamento de 1844 provou-se uma bênção disfarçada. Uma mensagem maior precisava ainda ser dada ao mundo. Alguns, é certo, renunciaram a sua fé e deixaram a Palavra de Deus, mas esse próprio desapontamento conduziu outros a um estudo mais aprofundado da Bíblia.

Apocalipse 10:11: “Então foi-me dito: Importa que profetizes outra vez acerca de muitos povos, nações, línguas e reis.”

É notável como a profecia indica neste texto um novo movimento mundial constituído de crentes que participaram do grande desapontamento de 1844. Outra vez deviam levantar o clamor mundial da segunda vinda de Cristo, sem, no entanto, assinalarem uma nova data para o Seu aparecimento.

Nova luz devia incidir sobre o caminho dos pesquisadores da Palavra de Deus. Uma "mensagem maior", abarcando profecias ainda não imaginadas, devia vir à luz como resultado daquele estudo. Aquela mensagem pregada até 1844 não era a mensagem final de Deus.

No próximo capítulo, desvendaremos os segredos da sétima trombeta do Apocalipse.

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Desvendando o Apocalipse: árabes e turcos


No capítulo anterior, acompanhamos a queda de Roma Ocidental pelos acontecimentos ligados às quatro primeiras trombetas. Agora, no nono, apreciaremos a queda de Roma Oriental ou do que ainda restava daquela dominação. Há muitas informações históricas neste contexto e é preciso seguir a linha do tempo para compreender as revelações que virão nos próximos capítulos.

Vamos entender que as profecias da quinta e sexta trombetas são comprovadamente cumpridas pelos árabes e turcos. Três principais fatores comprovam, sem contestação, que esses povos cumpriram, sem saber, os juízos de Deus descritos nas duas trombetas.
São eles:

1) Os símbolos nelas contidos que somente a esses povos podem ser aplicados;

2) o testemunho histórico que não deixa quaisquer dúvidas de que o islamismo, através dessas duas nações, cumpriu precisamente a profecia;

3) a apresentação profético-matemática referente ao tempo de supremacia desses dois poderes maometanos.

Os árabes enfraqueceriam o Império Romano, causando dano a todos quantos recusassem reconhecer o profeta da Arábia e seus ensinos. Os turcos, porém, atormentariam e matariam “a terça parte dos homens” numa investida de conquista do poder dos bizantinos infiéis ao Islã.

Mas a parte mais gloriosa desta profecia reside no fato de que, ao tempo dos terríveis sucessos dessas duas trombetas, haveria um povo com o “sinal de Deus” “nas suas testas”, pelo que, segundo a revelação, seria protegido pela Providência.

Apocalipse 9:1: “O quinto anjo tocou a sua trombeta, e vi uma estrela que do céu caiu na terra. Foi-lhe dada a chave do poço do abismo.”

Na seqüência das sete trombetas encontramos duas estrelas que caem. A primeira, Átila, como vimos no toque da terceira trombeta, caiu sobre a região dos rios e fontes do Império do Ocidente. Mas esta outra estrela, que nos é apresentada na quinta trombeta, caiu na “terra”, o que indica que as conseqüências de sua queda teriam extensão mundial.

A quinta e a sexta trombetas apontam para o poder maometano. Por isso, indubitavelmente essa estrela representa o fundador do maometismo: Maomé.

Esse líder nasceu no ano 570. Casou-se 15 vezes e teve 11 concubinas. O fundador do islamismo afirmava ter recebido a visita do anjo Gabriel para lhe comunicar a elevada missão para a qual fora escolhido como profeta. Maomé tornou-se chefe político e espiritual da Arábia.

O “poço do abismo” é a descrição do Deserto da Arábia, um lugar de morte. Maomé recebera de seus concidadãos a “chave” da autoridade para exercer o seu poder num caos, ou num ambiente caótico que era a Arábia dos seus dias. O estado em que se encontrava o seu país, ao impor-se como profeta, era realmente lamentável. Não havia governo central. Numerosas tribos com governos próprios, independentes, formavam a nação.

A Arábia, com sua corrupção religiosa oriunda de vários cultos, principalmente a idolatria, era, sem dúvida alguma, “o poço do abismo”, cuja “chave” e autoridade foram entregues a Maomé nos dias em que ele se ergueu ali como pretenso profeta de Allah.

Apocalipse 9:2: “E abriu o poço do abismo, e subiu fumaça do poço, como a fumaça de uma grande fornalha, e com a fumaça do poço escureceram-se o sol e o ar.”

Maomé se tornou ditador político e religioso, seguido e adorado por um país inteiro, levando seus súditos ao fanatismo a ponto de matar ou morrer. Esse “fumo” mortífero é a religião maometana que emanou da Arábia. Um “fumo” que escureceu o “sol” da justiça de Cristo e o “ar” do evangelho, pois o ar é um elemento vital para manutenção da vida.

Principais ensinos do Corão:

>> Nega a divindade do Filho de Deus e coloca Maomá acima dEle.

>> Nega a morte expiatória de Cristo e a obra regeneradora do Espírito Santo.

>> Não encara o pecado como tal e a necessidade de perdão como indispensável.

>> Nega, enfim, todo o plano da salvação como revelado no evangelho de Cristo.

Além de ser constituído de preceitos religiosos que contrariam as Sagradas Escrituras, o Corão contém “evocações e promessas do mais requintado sensualismo” “e da poligamia”. Na verdade, a Arábia foi o “poço” que Maomé abriu e de onde emanou sobre o mundo cristão o “fumo” de uma doutrina imoral, inventada, como se fora uma revelação destinada a substituir todos os credos, inclusive o cristianismo.

Maomé morreu em 8 de Junho de 632, aos 63 anos de idade. Quando morreu, quase todos na Arábia eram seguidores de sua religião. Visitar o sepulcro de Maomé é um dos deveres capitais do islamismo. Através dos séculos, seus seguidores o reverenciam e o adoram no seu túmulo como se fosse em realidade profeta de Allah.

Apocalipse 9:3: “E da fumaça saíram gafanhotos sobre a terra, e foi-lhes dado poder, como o que têm os escorpiões da terra.”

As doutrinas do islamismo se espalharam pelo Oriente Médio, que havia sido anteriormente cristão. Jamais o mundo viu um império e uma religião alcançar em tão pouco tempo espaço territorial tão imenso. Pela rapidez com que agiam, os árabes foram comparados a espessas nuvens de gafanhotos invadindo o Oriente e o Ocidente, na tentativa de propagar pelo mundo inteiro a religião muçulmana.

Pelo sofrimento que causa a ferroada do escorpião, ele simboliza o flagelo. Enquanto os árabes invadiam as nações como enxames de gafanhotos, injetavam, como escorpiões, a doutrina islâmica. Reduzidos economicamente à condição de miséria, despojados de seus bens pelos gafanhotos-escorpiões, os povos submetidos eram picados pela religião.

Apocalipse 9:4: “Foi-lhes dito que não causassem dano à erva da terra, nem a verdura alguma, nem a árvore alguma, mas somente aos homens que não têm nas suas testas o selo de Deus.”

As conquistas maometanas duraram até dois séculos depois da queda de Constantinopla, em 1453. Portanto, desde o sétimo até ao décimo sétimo século, havia um povo que, segundo a revelação, tinha “nas suas testas o sinal de Deus”, ou o “selo de Deus”. Na explanação do capítulo sete ficou demonstrado que o selo de Deus é o santo sábado do quarto mandamento da Lei de Deus. A profecia destaca a proteção de Deus em favor dos que tinham o Seu sinal “nas suas testas”, isto é, os que observavam o repouso do sábado.

A ênfase desta profecia, contudo, está no fato de que os muçulmanos deveriam dirigir-se a uma classe de pessoas que não tinham “nas suas testas o selo de Deus”. Enquanto esses sofreriam com os ataques dos exércitos do Islã, aqueles seriam protegidos miraculosamente.

Apocalipse 9:5: “Foi-lhes permitido, não que os matassem, mas que por cinco meses os atormentassem. E o seu tormento era semelhante ao tormento do escorpião, quando fere o homem.”

Apocalipse 9:6: “Naqueles dias os homens buscarão a morte e não a acharão; desejarão morrer, mas a morte fugirá deles.”

Ainda que os muçulmanos atacassem constantemente Constantinopla, não conseguiram tomá-la, que era o seu objetivo principal. Entretanto, as constantes investidas dos gafanhotos-escorpiões causavam muito dano e tormento, conforme profetizado.

Apocalipse 9:7: “A aparência dos gafanhotos era semelhante à de cavalos aparelhados para a guerra. Sobre as suas cabeças havia como que umas coroas semelhantes ao ouro, e os seus rostos eram como rostos de homem.”

Apocalipse 9:8: “Tinham cabelos como cabelos de mulheres, e os seus dentes eram como os de leões.”

A Bíblia revela uma descrição precisa do povo que cumpriria a profecia. “Seus rostos eram como rostos de homens” (os árabes usavam barba). “Tinham os cabelos como cabelos de mulher” (seus cabelos eram longos). “Possuíam coroas de ouro” (esses guerreiros usavam turbantes amarelos ou adereços dourados). “Seus dentes eram como dentes de leão” (eles eram destemidos lutadores e eram movidos pela força irresistível do fanatismo religioso).

Apocalipse 9:9: “Tinham couraças como couraças de ferro, e o ruído das suas asas era como o ruído de carros de muitos cavalos que correm ao combate.”

Segundo o Corão, um dos dons divinos aos árabes são as couraças. Feitas de ferro e aço, foram difundidas pelos árabes por todo o mundo para propagar a nova religião.

Ao avançarem compactos como as ondas de gafanhotos, usavam as couraças para imitar o ruído das suas asas, semelhante ao barulho de carros puxados por muitos cavalos. O detalhe é tão fiel que parece até que os guerreiros árabes tinham conhecimento da profecia.

Apocalipse 9:10: “Tinham caudas e aguilhões semelhantes às dos escorpiões,e nas suas caudas tinham poder para danificar os homens por cinco meses.”

5 meses x 30 dias = 150 dias proféticos = 150 anos

Nesta parte da História foram os turcos otomanos que se tornaram adeptos do islamismo. Cumpriram essa parte da profecia, relativa ao período de tormento de 150 anos imposto ao governo civil do Império do Oriente. Os turcos arrebentaram a supremacia árabe ao aportarem na Ásia Ocidental.

Início: 27 de Julho de 1299 – Na Batalha de Bafeu, os otomanos invadiram o território do Império do Oriente.

Término: 27 de Julho de 1449 – O último imperador grego, Constantino XII, tomou o trono com a permissão do sultão do Império Otomano.

Apocalipse 9:11: “Tinham sobre si como rei o anjo do abismo, cujo nome em hebraico é Abadom, e em grego, Apoliom.”

O termo “anjo”, do grego aggelos, é a aplicação não só para designar um anjo real, como também a pessoa com missão religiosa especial. Desse modo, o “anjo do poço do abismo”, chamado também de “rei” do islamismo, é, sem nenhuma dúvida, o próprio Maomé, fundador do islamismo.

“Abadon” e “Apoliom”, do hebraico e grego, cujo significado é “destruidor”, é aplicado aqui a Maomé. Embora tenha inspirado a chamada “guerra santa”, cuja característica principal era a destruição, na verdade, o maior poder destrutivo desse anjo dos maometanos são os seus ensinos contidos no Corão, que encobrem o evangelho de Cristo aos povos árabes e aos demais povos que aceitaram o islamismo.

Apocalipse 9:12: “Passado é já um ai; depois disso vêm ainda dos ais.”

A palavra “ai”, quando utilizada na Bíblia, indica sofrimento. Desse modo, “três ais” significam muito sofrimento.

Apocalipse 9:13: “O sexto anjo tocou a sua trombeta, e ouvi uma voz que vinha das quatro pontas do altar de ouro, que estava diante de Deus,”

Apocalipse 9:14: “a qual dizia ao sexto anjo, que tinha a trombeta: Solta os quatro anjos que estão presos junto ao grande rio Eufrates.”

Apocalipse 9:15: “E foram soltos os quatro anjos que estavam preparados para aquela hora, e dia, e mês, e ano, a fim de matarem a terça parte dos homens.”

O altar aqui é o mesmo altar do incenso referido em Apocalipse 8:3. Essa voz só pode ser de quem oficiava junto ao altar de ouro ou do incenso, que é Cristo. Antes do toque da primeira trombeta, Ele aparece junto ao altar do incenso; e, antes do toque da sexta trombeta, Ele ali ainda está oficiando em favor das orações do Seu povo.

Ao invadirem a Ásia Ocidental, os turcos fundaram quatro sultanatos nas imediações do rio Eufrates: (1) Bagdad, em 1055; (2) Icônio, em 1064; (3) Damasco; e (4) Alepo, ambos em 1079. São estes os anjos que deveriam ser soltos no momento do toque da sexta trombeta.

Com a união desses quatro sultanatos, todo o povo turco estava agora unido numa só dinastia – a otomana – e posteriormente num só sultanato, o de Constantinopla.

De acordo com o versículo 15, o poder da Turquia, como nação real, iniciou sua marcha em 27 de julho de 1449, quando Constantino XII reconheceu a supremacia turco-otomana ao submeter sua eleição ao consentimento do sultão. Dessa data em diante, os turcos eram senhores do Império do Oriente, embora faltasse derrubar o pouco dele que ainda restava.

Usando o princípio de que um dia profético equivale a um ano, dá para calcular o tempo dessa profecia. Analisando de trás para diante, temos o seguinte cálculo:

1 ano = 12 meses x 30 dias = 360 dias = 360 anos

1 mês = 30 dias = 30 anos

1 dia = 1 dia = 1 ano

1 hora = 360 dias divididos por 24 = 15 dias

Somando tudo = 391 anos e 15 dias

Esse é o tempo apontado na profecia, segundo o qual a Turquia exerceria, como potência política, o seu poder independente numa das mais estratégicas regiões do mundo civilizado. Acrescentado 391 anos e 15 dias a 27 de julho de 1449, a profecia apontou também que o Império Turco cairia em 11 de agosto de 1840.

A queda de Constantinopla em 29 de maio de 1453 livrou o Ocidente e o Oriente para sempre do longo martírio imposto pelos orgulhosos césares. Visigodos, vândalos, hunos, hérulos, árabes e turcos, exatamente conforme havia determinado a profecia bíblica, fizeram ruir em escombros irreconstruíveis a cruel tirania de uma raça que arruinou o mundo por mais de 16 séculos.

Com a queda de Constantinopla, a Turquia assumiu o comando sobre todo o território do Império Romano do Oriente formado pelos seguintes países: toda a Ásia Menor, Síria, Mesopotâmia, Pérsia, Iraque, Arábia, Palestina, Trácia, Romênia, Bulgária, Hungria, Grécia, Albânia, Bósnia, Sérvia, ilhas do mar Egeu, Creta, além de ter incorporado também a seu império o Egito, a Etiópia e a Líbia. Desse modo, a Turquia matou politicamente a terça parte dos homens ou conquistou todos os seus domínios.

Mas, embora pelo raciocínio lógico humano tudo levasse a crer no contrário, as conquistas turcas tiveram fim. O outrora invicto poder chegou afinal a ponto de desmoronar-se frente às influências das nações européias. Por meio de um documento histórico datado exatamente de 11 de agosto de 1840, o sultão Maomé Ali foi deposto, dando fim ao poderio otomano em Constantinopla, com a incrível exatidão indicada na profecia.

Apocalipse 9:16: “O número dos exércitos dos cavaleiros era de duzentos milhões (miríades de miríades). Eu ouvi o número deles.”

Simboliza um número indefinido muito grande. Miríades é empregado na Bíblia quanto se trata de um número tão grande que não dá para precisar.

Apocalipse 9:17: “E assim vi os cavalos nesta visão: os seus cavaleiros tinham couraças de fogo, e de jacinto, e de enxofre. As cabeças dos cavalos eram como cabeças de leões, e de suas bocas saíam fogo, fumaça e enxofre.”

Apocalipse 9:18: “Por estas três pragas foi morta a terça parte dos homens, isto é, pelo fogo, pela fumaça e pelo enxofre, que saíram das suas bocas.”

Apocalipse 9:19: “O poder dos cavalos está na sua boca e nas suas caudas; pois as suas caudas eram semelhantes a serpentes, e tinham cabeças, e com elas causavam dano.”

No caso dos turcos, a referência a “couraças” só pode ser simbólica dada a impossibilidade de se fazerem couraças com mescla de fogo, jacinto e enxofre. Mas é fato que três eram as cores que compunham as “couraças” dos guerreiros turcos: (1) fogo, ou cor vermelha; (2) jacinto, ou cor azul; (3) enxofre, ou cor amarela. Eram exatamente essas três cores que predominavam no uniforme do exército turco.

Ferozes e astutos como leões, os turcos demonstraram ser mais desumanos do que os árabes. Os cavalos vomitavam “fogo, fumaça e enxofre”. Sem dúvida, aqui a profecia faz alusão ao emprego de armas de fogo pelos exércitos turcos. Precisamente naquela época é que se iniciara o uso da pólvora e das armas de fogo nas guerras. O resultado da detonação de uma arma de fogo é realmente uma chama de fogo, uma nuvem de fumaça e um cheiro forte de enxofre.

Fogo, fumaça e enxofre são, portanto, as três pragas que os turcos usariam para matar a terça parte dos homens.

Apocalipse 9:20: “Os outros homens, que não foram mortos por estas pragas, não se arrependeram das obras das suas mãos, para deixarem de adorar aos demônios, e aos ídolos de ouro, de prata, de bronze, de pedra e de madeira, que não podem ver, nem ouvir, nem andar.”

Apocalipse 9:21: “ Nem se arrependeram dos seus homicídios, nem das suas feitiçarias, nem da sua prostituição, nem dos seus furtos.”

Uma advertência rejeitada – “Os outros homens, que não foram mortos por estas pragas”, isto é, pelas armas de fogo da cavalaria turca, são os demais governantes cristãos europeus e seus súditos, aos quais a desolação turca não alcançou. Eles não encararam o terrível ataque turco como um flagelo merecido pelo Império do Oriente, como prêmio por seus pecados e de sua detestável idolatria, que era odiada com ódio mortal pelos maometanos. “Não se arrependeram” do culto dos “demônios”, como é considerada a idolatria pelas Sagradas Escrituras.

Nem tampouco “se arrependeram” dos seus “homicídios”, de suas “feitiçarias”, de suas “prostituições” e “de seus furtos”. Eis o quadro do cristianismo apresentado na profecia! Um cristianismo sem Cristo, odiado de morte pelos conquistadores muçulmanos.

Deus não se agrada daqueles que não aprendem as lições que Seus juízos lhes ensinam. Antes da visão das trombetas sobre os árabes e os turcos, a advertência foi clara – “ai! ai dos que habitam sobre a terra”. Mas o cristianismo nominal daqueles dias do avanço maometano nem fez caso - como hoje também não faz - das advertências do céu.

Nem antes nem depois dos açoites dos árabes e turcos se arrependeu de sua idolatria e de seus homicídios e maldades. O castigo, as “pragas” maometanas, não o induziu a melhorar a conduta e a moralidade. A lição foi desprezada com grave perda para a vida moral e espiritual. E assim caíram os dois Impérios, as duas Romas cristãs – Ocidental e Oriental –; a primeira pelas mãos dos visigodos, vândalos, hunos e hérulos, e a outra, sob o comando muçulmano dos árabes e turcos.

(Texto da jornalista Graciela Érika Rodrigues, inspirado na palestra do Advogado Mauro Braga.)

Desvendando o Apocalipse: as sete trombetas


Os capítulos 8 e 9 apresentam a terceira cadeia histórica do livro. O tema central é a abertura do sétimo selo. Uma nova corrente profética, composta de sete trombetas. Nas profecias, os toques de trombetas são emblemas de guerra; e, nesta revelação, o teor da profecia já indica isso mesmo, aliás, guerras de conquista e aniquilamento, movidas por poderes levantados contra o império mais opressor da história do mundo – o Império Romano.

Apocalipse 8:1: “Quando ele abriu o sétimo selo, fez-se silêncio no céu por cerca de meia hora.”

Que acontecimento será esse que fará com que cessem os coros e as orquestras celestiais por quase meia hora? Em Sua segunda vinda, Jesus virá acompanhado de todos os anjos do Céu. Assim sendo, haverá silêncio no Céu, enquanto não regressarem com os salvos de todos os tempos.

A meia hora de silêncio no Céu não será literal, mas profética, como o resto do Apocalipse. Para sabermos o tempo exato de quase meia hora profética, temos que dividir um dia profético por 24 horas. Um dia profético equivale a um ano, ou melhor dito – 24 horas proféticas. E, mais ainda, o ano profético compreende 360 dias literais.

Agora, para termos o tempo exato de “quase meia hora” profética, teremos que, em primeiro lugar, dividir 360 dias por 24 horas. E o resultado da operação será 15 dias. Quer dizer que uma hora profética equivale a 15 dias literais. Então, meia hora profética equivale a sete dias e meio. Como a profecia não fala em meia hora, ou sete dias e meio, mas em “quase meia hora”, isso dá exatamente sete dias (uma semana). Eis o tempo que Jesus levará para vir buscar os salvos e regressar ao Céu.

Apocalipse 8:2: “E vi os sete anjos que estavam em pé diante de Deus, e lhes foram dadas sete trombetas.”

Profeticamente falando, trombeta é símbolo de guerra ou de graves acontecimentos políticos. Como as sete igrejas revelam a condição interna e os sete selos, a condição externa da igreja cristã, as sete trombetas demonstram evidentes guerras ou juízos que desabariam sobre os seus opressores, a começar com os primeiros que foram os romanos: Roma-Pagã Ocidental e Roma-Cristã Oriental.

Apocalipse 8:3: “Veio outro anjo, e pôs-se junto ao altar, tendo um incensário de ouro. Foi-lhe dado muito incenso, para oferecê-lo com as orações de todos os santos sobre o altar de ouro, que está diante do trono.”

Apocalipse 8:4: “E da mão do anjo subiu diante de Deus a fumaça do incenso com as orações dos santos.”

Antes dos sete anjos saírem de diante de Deus para cumprirem a sua missão, uma nova cena é apresentada na visão. Um novo anjo surge, não com trombeta, mas com um incensário de ouro, pondo-se “junto ao altar”. No Céu, há um único altar, aliás, o do incenso, que se encontra no primeiro compartimento ou lugar santo do santuário.

Mas quem é o anjo que se apresentou junto do altar para ministrar o incenso? Um anjo comum não pode exercer funções de sacerdote, pelo fato de o sacerdote ser um mediador entre o pecador e Deus, e os anjos jamais foram designados como tais. O Mediador entre o pecador e Deus é um só – Jesus Cristo. Daí o anjo ministrante da visão ser o próprio Senhor Jesus, não só porque já O vimos noutra visão ministrando no santuário, mas porque a revelação O apresenta também como um anjo, o “anjo do concerto”.

Se pudéssemos ser transportados ao santuário de Israel, veríamos ali o sacrifício contínuo (diário) dos sacerdotes. Todos os dias, um deles tirava fogo do altar e, enchendo o incensário, queimava o incenso. Enquanto a fragrância permeava o acampamento, ela servia como um chamado à oração.

Em um dia do ano, o Dia da Expiação, o trabalho era desempenhado apenas pelo sumo sacerdote. Enquanto ele oferecia o incenso sobre o altar, a congregação, em atitude solene, do lado de fora do santuário, dedicava-se à oração. Jesus Cristo, nosso Sumo Sacerdote celestial, ainda faz intercessão por nós no santuário celestial. Nossas orações sobem até Ele como suave incenso.

Apocalipse 8:5: “Então o anjo tomou o incensário, encheu-o de fogo do altar e o lançou sobre a terra; e houve trovões, vozes, relâmpagos e terremotos.”

O mesmo fogo do altar que produz a nuvem de incenso que sobe para Deus com as orações dos santos é lançado na Terra, produzindo efeitos tremendos. A mesma graça que absolve o pecador torna-se condenação ao ímpio.

Para os justos, o ato do lançamento do fogo do altar sobre a Terra indica que a obra da mediação terminou. Não mais será oferecido incenso pelas orações. Por pouco tempo, os justos terão que viver sem mediação até o aparecimento do seu Senhor para arrebatá-los da Terra.

E para os ímpios que desprezaram o amor de Deus, indica o fechamento definitivo da porta da graça. Por isso, após o lançamento do fogo do altar sobre a Terra, seguem-se “vozes e trovões, relâmpagos e terremotos”, anunciando a recompensa dos ímpios. As mesmas cenas são descritas noutras visões do Apocalipse.

Apocalipse 8:6: “Então os sete anjos que tinham sete trombetas prepararam-se para tocar.”

Nos tempos bíblicos, a trombeta era usada para convocar grandes reuniões do povo (Lv 23:4), ou para anunciar a aproximação de grande calamidade ou guerra.

As sete trombetas anunciariam guerras ou juízos que desabariam sobre os opressores de todos os tempos da igreja de Deus na Terra. Segundo as profecias bíblicas na era cristã, o inimigo do povo de Deus é Roma. Primeiro, a pagã. Depois, a cristã. E, por último, a papal.

Por isso:

As quatro primeiras trombetas se referem ao colapso da Roma-Pagã, no Ocidente;

As duas seguintes: a derrota da Roma-Cristã, no Oriente;

A sétima: o colapso da Roma-Papal e de todos os persistentes inimigos da igreja de Deus.

A profecia de Daniel 2 fala da divisão do Império Romano (representado pelas pernas de ferro) através da divisão da Europa (representada pelos pés e dedos). Cada trombeta que soou era como uma martelada na estátua de Daniel 2.

Até 1844, data em que a mediação através da apresentação do incenso fora realizada no lugar santo do santuário, Roma foi, indiscutivelmente, o poder inimigo único da igreja de Cristo, sendo que, desse ano para cá, outros poderes fizeram-se também adversários abertos da igreja de Cristo, os quais cairão, pelo toque da sétima trombeta, com o resto de Roma.

Apocalipse 8:7: “O primeiro anjo tocou a sua trombeta, e houve saraiva e fogo misturado com sangue, que foram lançados na terra. Foi queimada a terça parte da terra, e terça parte das árvores, e toda a erva verde."

Naqueles dias, quando João recebeu a revelação, somente três partes da Terra eram conhecidas:

1) A Europa, tendo Roma por capital.

2) A Ásia, ou Oriente, tendo Constantinopla por sede.

3) A África, tendo Cartago por cidade líder.

Essa era também a tríplice divisão do Império Romano naqueles dias. É por isso que as primeiras trombetas indicam essas três partes da Terra, quando não eram ainda conhecidas a América e a Oceania, que completam hoje as cinco partes ou cinco continentes do mundo. Portanto, aqueles três continentes compunham todo o Império Romano.

Sucede que o Império Romano foi dividido em três partes entre os três filhos de Constantino:

1) Constâncio ficou com a Ásia.

2) Constantino II ficou com parte da Europa.

3) Constante, ficou com a Itália e a África.

Assim, cada uma dessas divisões do Império Romano representava uma terça parte do mundo então conhecido, como mencionado na profecia.

A primeira trombeta – Alarico e os visigodos

Alarico, com seus visigodos, foi o primeiro terrível inimigo de Roma a atacá-la. Ele continuou os ataques até que quebrou a espinha do poder romano. Seus constantes ataques eram como granizo estilhaçando a estátua de Daniel 2. A cidade de Roma foi cercada no ano 410 d.C.

Alarico costumava atacar pelas montanhas, queimando tudo que encontrava pelo caminho. Cidades inteiras e vilas foram queimadas, e o sangue escorreu pelas ruas.

Apocalipse 8:8: “O segundo anjo tocou a trombeta, e foi lançado no mar como que um grande monte ardendo em fogo, e tornou-se em sangue a terça parte do mar.”

Apocalipse 8:9: “E morreu a terça parte das criaturas viventes que havia no mar, e foi destruída a terça parte dos navios.”

A segunda trombeta – Genserico e os vândalos

O primeiro ataque foi por terra; o segundo, pelo mar. Os exércitos germanos de Genserico, rei dos vândalos, atacaram Roma. A segunda trombeta trata de uma batalha naval. Eles causaram tanto estrago que até hoje utilizamos a expressão vandalismo.

Genserico caiu sobre Roma como uma montanha em chamas, deixando destruição desde Gibraltar até a foz do Nilo.

Os vândalos levaram os candelabros dourados que Tito saqueara do templo de Jerusalém. Os ataques de Genserico, fiéis à profecia, foram quase todos pelo mar. Em uma noite, ele destruiu metade dos navios que pertenciam a Roma, na batalha de Cartago, destruindo 1.113 navios e matando mais de 100 mil homens.

Apocalipse 8:10: “O terceiro anjo tocou a sua trombeta, e caiu do céu uma grande estrela, ardendo como uma tocha, e caiu sobre a terça parte dos rios, e sobre as fontes das águas;”

Apocalipse 8:11: “o nome da estrela era Absinto. A terça parte das águas tornou-se em absinto, e muitos homens morreram das águas, que se tornaram amargas.”

A terceira trombeta – Átila e os hunos (os bárbaros)

O primeiro ataque ao Império Romano foi feito por terra, o segundo pelo mar e o terceiro pelo rio. Na expressão “a terça parte dos rios” está claro que a “grande estrela” iria cair sobre os rios Danúbio e Reno que abastecem os principais rios do continente.

O terceiro ataque foi feito pelos hunos sob o comando de Átila, cujo apelido era “O Flagelo de Deus”. Enquanto Genserico e os vândalos atacavam pelo mar, a invasão dos bárbaros, chefiados por Átila, começou pelo rio Danúbio destruindo tudo o que encontravam pelo caminho.

Átila se gabava de que onde ele pisava a grama não crescia mais. Ele veio pelos grandes rios: o Reno (na França e na Itália), o Pó e o Danúbio. A batalha mais importante foi na França, ou Gália, como era chamada, no ano 451 d.C. No total, 300 mil homens morreram nessa batalha, e ali a Europa foi separada da Ásia.

Tão subitamente como apareceu, Átila desapareceu. Esse mistério foi comparado a um meteoro que aparece de repente como uma grande estrela cadente e então desaparece. Muitas pessoas morreriam nos rios e riachos daquela parte da Terra, como se uma estrela sinistra caísse nas águas e elas se tornassem amargas como o absinto.

O absinto é uma planta muito amarga e que exala um cheiro forte e penetrante, como amargas foram as conseqüências da queda da “grande estrela” na região prevista pela profecia.

Apocalipse 8:12: “O quarto anjo tocou a sua trombeta, e foi ferida a terça parte do sol, a terça parte da lua e a terça parte das estrelas, de modo que a terça parte deles se escureceu. A terça parte do dia não brilhou, e semelhantemente a da noite.”

Apocalipse 8:13: “Enquanto eu olhava, ouvi uma águia que, voando pelo meio do céu, dizia com grande voz: Ai, ai, ai dos que habitam sobre a terra! Por causa das outras vozes das trombetas dos três anjos que ainda vão tocar.”

A quarta trombeta – Odoacro e os hérulos

Soa a quarta trombeta, e finalmente Roma Ocidental desaba por inteiro. Outro exército da Alemanha, chamada de Germânia, vai para a Itália. As tribos dos hérulos, lideradas por Odoacro, um dos generais de Átila, começaram o ataque.

Esses lenhadores da Germânia penetraram bem no coração do Império Romano, tiraram o rei do trono e Odoacro colocou a coroa em sua própria cabeça. As “luzes” de Roma começavam a se apagar. O imperador era referido como o Sol, e os senadores e cônsules como as estrelas. Em primeiro lugar, o imperador foi destronado, de acordo com a profecia de que o Sol se apagaria. Os senadores e cônsules continuaram a brilhar por mais um tempo, e então a escuridão cobriu totalmente a rainha das nações – Roma.

A queda do Império Romano do Ocidente, no ano 476, sob a espada de Odoacro, deu por encerrada a história do que foi o cruel império de ferro. Roma perdeu a glória que desfrutou por mais de doze séculos, de 753 a.C a 476 d.C, de ser a metrópole do mundo.

Então, segundo a profecia, se fez noite completa no Ocidente romano.

A idéia parece ser que os astros seriam feridos durante a terça parte do tempo em que brilhavam, e não que a terça parte deles seria ferida de maneira que brilhariam com dois terços do seu brilho. Portanto, uma terça parte do dia e uma terça parte da noite se escureceriam. Esta figura, aplicada às divisões do governo romano, pode descrever a extinção sucessiva dos imperadores, senadores e cônsules.

A queda total da supremacia de Roma no Ocidente, determinada pelos sucessos das quatro primeiras trombetas, trouxe completa nova ordem de coisas à Europa ou ao Ocidente. Surgiram novas formas de governo, novos países, novos líderes políticos, novas leis, novas línguas e novos costumes. Foi, por assim dizer, fundado um novo continente que deu origem à Europa de nossos dias.

É anunciado que as últimas três trombetas seriam mais severas do que as primeiras que já tinham soado. Acontecimentos de conseqüências ainda mais terríveis e maior alcance tomariam lugar. A quinta e a sexta trombetas deram fim ao Império Romano do Oriente, e a sétima trombeta, que ainda não aconteceu, marcará o fim do império mundial dos reinos da força.

(Texto da jornalista Graciela Érika Rodrigues, inspirado na palestra do advogado Mauro Braga.)

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Profecia confiável: O surgimento de Alexandre


A profecia em Daniel 8 começa com o relato daquilo que o reino medo-persa, simbolizado por um carneiro irado, haveria de fazer. O carneiro é identificado como sendo a Medo-Pérsia (Dn 8:20). Ele é seguido simbolicamente por um bode, representando a Grécia (Dn 8:2-8, 21). Esse bode começa com um grande chifre, à semelhança de um unicórnio. Esse chifre representa seu primeiro rei ao este iniciar a guerra contra o carneiro persa.

Historicamente, sabemos que esse "chifre" foi Alexandre, o Grande, que reuniu seu exército e invadiu o Oriente Próximo, derrotando os persas e conquistando todo o território numa campanha relâmpago que durou apenas três anos.

Críticos do livro têm argumentado que isso não foi uma profecia, mas apenas uma descrição histórica escrita mais tarde como se fosse uma profecia. Há, porém, uma interessante história nos escritos de Flávio Josefo, historiador judeu do primeiro século, que indica que essa profecia já era conhecida no quarto século a. C., portanto bem antes do tempo no qual os críticos dizem que foi escrita (segundo século a. C.).

A história é a respeito da campanha de Alexandre na costa da Síria e Palestina. A caminho do Egito, ele decidiu sair da rota principal e subir para Jerusalém. Ao chegar lá, um dos sacerdotes tomou o rolo de Daniel e lhe mostrou onde ele se situava na profecia, como o grego que haveria de derrotar o império dos persas. Impressionado por essa referência profética a respeito de si mesmo, Alexandre perguntou aos líderes judeus o que poderia fazer por eles. Pediram-lhe que aliviasse os impostos durante os anos sabáticos, quando os campos eram deixados em cultivo e nenhuma colheita era possível. Alexandre teria dito que atenderia ao pedido. O relato de Josefo é o seguinte:

"E quando o livro de Daniel declarou que um dos gregos haveria de destruir o império dos persas, ele supôs que ele mesmo era a pessoa indicada; e, lisonjeado, despediu a multidão. Mas, no dia seguinte, convocou-a e perguntou-lhe que favores gostariam de receber dele. O sumo sacerdote pediu que lhes fosse permitido continuar seguindo as leis de seus antepasados e recebessem isenção dos tributos no sétimo ano. Ele fez como desejavam e quando lhe pediram que permitisse aos judeus da Babilônia e Média a também seguirem suas leis, ele imediatamente prometeu que assim o faria daquele momento em diante." (veja História dos Hebreus, p. 274 - CPAD).

Se essa história de Josefo é verídica, então a profecia de Daniel 8, incluindo o detalhe do grande chifre da Grécia que representava Alexandre, já existia no quarto século a.C. Isso não apenas consistiria em evidência de uma data anterior para a composição de Daniel, mas também mostraria que um dos elementos da profecia teve seu cumprimento e foi reconhecido como tal quando aconteceu.

Desnecessário dizer, mais uma vez os críticos da natureza profética de Daniel rejeitam esse relato, tendo-o como não-histórico. Mas, há alguma evidência, no próprio relato, que testifica da natureza histórica do encontro de ALexandre com os sacerdotes em Jerusalém. Essa evidência vem da referência ao ano sabático nesse contexto.

Cerca de uma dúzia de referências a nos sabáticos tem sido encontrada em fontes extra-bíblicas. Tais textos e inscrições mencionam o equivalente a esses anos sabáticos em termos de outros calendários. Assim, uma tabela de anos sabáticos pode ser feita (Tabelas dos anos sabáticos judaicos podem ser encontradas em B. Z. Wacholder, "The Calendar of Sabbatical Cycles During the Second Temple and The Early Rabbinic Period", Hebrew Union Collge Annual, 1973, p. 153-196) . O encontro com Alexandre ocorreu em 331 a. C. De acordo com a tabela dos anos sabáticos, o próprio ano 331 foi um ano sabático. O fato de a judéia haver sido tomada pelo rei macedônio fez com que os líderes judeus se deparassem com o problema de ter que lhe pagar impostos. Eles não poderiam fazê-lo, pois naquele ano não teriam qualquer colheita. Assim, o pedido era necessário e urgente.

Esse pequeno detalhe, o pedido baseado no ano sabático, fornece evidência de que o episódio realmente aconteceu e que a transcrição histórica, que teve lugar naquele momento, fora, de fato, profetizada por Daniel antes que se cumprisse.


William H. Shea, Ph.D.

Fonte: Diálogo Universitário, Vol. 19, Nº I, 2007. "Quão confiável é a profecia bíblica? O exemplo de Daniel".

Desvendando o Apocalipse: o selo de Deus


O assunto é tão importante que Deus abriu um parêntese antes de falar sobre o sétimo selo para mostrar a João que, antes da volta de Jesus, existirá um povo especial responsável por realizar uma obra profética mundial. O capítulo sete apresenta informações adicionais particulares concernentes ao sexto selo. João visualiza essa cena antes de o céu retirar-se como um livro que se enrola, e depois dos sinais no Sol, na Lua e nas estrelas. Isso ocorre entre os versos 13 e 14 de Apocalipse 6.

Apocalipse 7:1: “Depois destas coisas vi quatro anjos que estavam sobre os quatro cantos da terra, retendo os quatro ventos da terra, para que nenhum vento soprasse sobre a terra, nem sobre o mar, nem contra árvore alguma.”

Os quatro cantos da Terra denotam os quatro pontos cardeais: Norte, Sul, Leste e Oeste. Isso significa que esses anjos têm toda a Terra para cuidar.

Os anjos são agentes sempre presentes nos negócios da Terra. Aqui fica claro que Deus lhes confiou uma poderosa obra: reter os quatro ventos da Terra. Isso é uma profecia a cumprir-se imediatamente antes da segunda vinda de Cristo.

Na Bíblia, ventos significam comoção política, agitação, guerras (Dn 7:2, 3, 16, 17; Is 17:12-14; Jr 49:35-37).

Não fosse pelos quatro anjos segurando os ventos, a civilização se auto-destruiria. Os anjos do mal estão agitando os ventos das guerras. Os acontecimentos internacionais falam em voz alta de que se aproxima o momento decisivo em que os ventos serão soltos, e se estabelecerá o caos total. Simultaneamente, ao serem soltos os ventos, virão as sete últimas pragas preditas no capítulo 16.

Mas a obra dos anjos de segurar os ventos tornará possível a realização de outra obra muito especial, que será descrita nos versos seguintes. O tempo da graça divina por um mundo caído e ingrato terá se esgotado para sempre. Multidões que estão recebendo e rejeitando o convite da misericórdia estarão excluídas da salvação que desprezam. Agora, porém, é o tempo da decisão.

Apocalipse 7:2: “Vi outro anjo subir do lado do sol nascente, tendo o selo do Deus vivo. Ele clamou com grande voz aos quatro anjos, a quem fora dado o poder de danificar a terra e o mar,”

Apocalipse 7:3: “dizendo: Não danifiques a terra, nem o mar, nem as árvores, até que tenhamos selado nas suas testas os servos do nosso Deus.”

A Bíblia usa as palavras “sinal” e “selo” de maneira intercalada. Em Gênesis 17:11, é dito que a circuncisão era um “sinal”. Em Romanos 4:11, ela é mencionada como sendo um “selo”. O selo é uma marca distinta que torna o povo de Deus diferente. Segundo as Escrituras, o selo de Deus é o sábado (Êx 31:16, 17; Ez 20:12, 20).

Os Dez Mandamentos são a Lei de Deus. Para uma lei ser autêntica, é necessário que ela tenha três características: nome do legislador, função e território.

O quarto é o único mandamento onde é possível encontrar essas três características.

Êxodo 20:8 a 11: "Lembra-te do dia do sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás, e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus; não farás nenhuma obra, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o teu estrangeiro, que está dentro das tuas portas. Porque em seis dias fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou; portanto abençoou o Senhor o dia do sábado, e o santificou."

Nome do Legislador: Deus

Sua função: Criador

Território: Terra

A expressão "selado nas suas testas" quer dizer que haveria um povo que teria consciência da importância de guardar e santificar o sábado, que é o selo de Deus. Como se trata de uma obra de evangelização, esse anjo deve representar, sem dúvida, um movimento mundial que deverá chamar a atenção dos homens para o selo de Deus.

O anjo é tão-somente o portador do selo. Mas o Selador deve ser Aquele que é o único capaz de convencer os homens a aceitar o selo de Deus. O Espírito Santo é quem convence o homem do pecado, da justiça e do juízo. Em outras palavras, Ele convence o mundo sobre a transgressão da lei, porque, segundo o apóstolo João, pecado também é a transgressão da lei.

Só guardar o sábado não garante o selamento; é preciso ser santificado. Somente depois que os pecados são apagados por Jesus no santuário celestial é que os Seus servos poderão receber o “selo do Deus vivo”, pois o sábado, como vimos, é um sinal de “santificação” (Ez 20:20).

Apocalipse 7:4: “E ouvi o número dos que foram selados, e eram cento e quarenta e quatro mil, de todas as tribos dos filhos de Israel.”

Apocalipse 7:5: “Da tribo de Judá, doze mil foram selados; da tribo de Rúben, doze mil; da tribo de Gade, doze mil;”

Apocalipse 7:6: “da tribo de Aser, doze mil; da tribo de Naftali, doze mil; da tribo de Manasses, doze mil; da tribo de Simeão, doze mil; da tribo de Levi, doze mil; da tribo de Issacar, doze mil;”

Apocalipse 7:8: “da tribo de Zebulom, doze mil; da tribo de José, doze mil; da tribo de Benjamin, doze mil.”

Essa profecia não trata do Israel que foi condenado como nação por ter rejeitado o Filho de Deus. Então, quem são os 144 mil?

Os 144 mil representam um símbolo do Israel espiritual, a igreja de Deus. O número 144 (12 tribos de Israel x 12 apóstolos) simboliza o povo de Deus de todos os tempos (Ap 21:12-14), por isso o número 144 é multiplicado por mil. Os 144 mil são um grupo especial de pessoas que estarão no Céu.

Apocalipse 7:9: “Depois destas coisas olhei, e vi uma grande multidão, que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, que estavam em pé diante do trono e perante o Cordeiro, trajando compridas vestes brancas, e com palmas nas mãos.”

Apocalipse 7:10: “Clamavam com grande voz: Salvação ao nosso Deus, que está assentado no trono, e ao Cordeiro.”

Apocalipse 7:11: “Todos os anjos estavam em pé ao redor do trono e dos anciãos e dos quatro seres viventes, e prostraram-se diante do trono sobre seus rostos, e adoraram a Deus,”

Apocalipse 7:12: “dizendo: Amém. Louvor e glória e sabedoria e ação de graças e honra e poder e força ao nosso Deus, para todo o sempre. Amém.”

Apocalipse 7:13: “Então um dos anciãos me perguntou: Estes que estão vestidos de branco, quem são eles e de onde vieram?”

Apocalipse 7:14: “Respondi-lhe: Senhor, tu o sabes. Disse-me ele: Estes são os que vieram da grande tribulação, e lavaram as suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro.”

Apocalipse 7:15: “Por isso estão diante do trono de Deus, e O servem de dia e de noite no Seu templo; e aquele que está assentado sobre o trono estenderá o Seu tabernáculo sobre eles.”

Apocalipse 7:16: “Nunca mais terão fome, nunca mais terão sede. Nem sol nem calor algum cairá sobre eles.”

Apocalipse 7:17: “Pois o Cordeiro que está no meio do trono os apascentará e os conduzirá às fontes das águas da vida. E Deus lhes enxugará dos olhos toda lágrima.”

O profeta contempla todos os santos salvos, “de todas as nações, e tribos, e povos e línguas”, de todos os séculos da história do mundo. Todos trajarão uma vestimenta única – as vestes brancas simbólicas da justiça do Salvador. Ostentarão palmas em suas mãos como emblemas da grande vitória alcançada sob o poder de Jesus. Essa multidão incontável é composta dos que “vieram da grande tribulação”.

Todos os cristãos passam por tribulações para entrar no reino de Deus (At 14:22). A Bíblia fala sobre o tempo de angústia “qual nunca houve, desde que houve nação” (Dn 12:1).

Nem fome, nem sede. Isso mostra que eles passaram fome e sede. Nas sete últimas pragas, os pastos, com todos os frutos e a vegetação, ficam secos (Jl 1:18-20), e os rios e fontes tornam-se em sangue (Ap 16:4-7). Nesse tempo, a dieta de justiça será reduzida para pão e água, e isso será certo (Is 33:16).

Nas pragas, o Sol recebe poder para “abrasar os homens com fogo” (Ap 16:8, 9). Os justos serão protegidos dos efeitos mortais.

Deus tem muitos filhos espalhados ao redor do mundo. São encontrados em todas as igrejas e até mesmo fora das igrejas. Sua mensagem de selamento está indo depressa a todas as terras, reunindo aqueles cujo coração é perfeito para com Ele.

Aqueles que estão diante do trono louvam e servem a Deus de dia e de noite porque “Deus lhes enxugará dos olhos toda lágrima”.

(Texto da Jornalista Graciela Érika Rodrigues, inspirado na palestra do advogado Mauro Braga.)

Desvendando o Apocalipse: os sete selos


No capítulo 5 do Apocalipse, João descreve a cena em que Jesus toma o livro selado da mão de Deus sob uma aclamação nunca antes vista no Universo. Neste, vamos vê-Lo abrir os selos, um por um. O capítulo 6 trata dos seis primeiros selos, o sétimo será explorado no capítulo 8 de Apocalipse. Ao invés de palavras ditadas por Jesus, João agora visualiza cenas. Assim, como em outros capítulos, a simbologia é bastante utilizada. É importante citar que a seqüência profética e simbólica dos sete selos relaciona-se com o mesmo terreno coberto pela profecia das sete igrejas, mas dando ênfase a outros eventos.

As profecias do Apocalipse não são sucessivas, mas repetitivas; isto é, elas são reafirmadas cobrindo os mesmos períodos de tempo. Os sete selos, por exemplo, e as sete trombetas cobrem o mesmo período das sete igrejas.

O princípio de interpretação profética destacado pelo próprio Senhor Jesus é que somente quando a profecia encontra o seu cumprimento é que pode ser plenamente compreendida. Três vezes Jesus disse isso no cenáculo: “Eis que vos tenho dito antes que aconteça, para que quando acontecer possais crer” (Jo 14:29, 13:19 e 16:4).

O propósito do cumprimento das profecias é fortalecer nossa fé.

Os quatro cavalos e suas diferentes cores – conforme descrito nos quatro primeiros selos – representam as quatro primeiras fases da igreja cristã (Éfeso, Esmirna, Pérgamo e Tiatira).

Os quatros cavaleiros do Apocalipse

O primeiro selo

Apocalipse 6:1: “Vi quando o Cordeiro abriu um dos sete selos, e ouvi um dos quatro seres viventes dizer, como se fosse voz de trovão: Vem!”

Apocalipse 6:2: “Olhei, e vi um cavalo branco. O seu cavaleiro tinha um arco, e foi-lhe dada uma coroa, e ele saiu vencendo, e para vencer.”

O cavalo branco simboliza pureza e vitória. Cristo é o cavaleiro.

Nos dias em que o Apocalipse foi escrito, o cavalo era o meio mais rápido de comunicação (como o e-mail, hoje). Além disso, a cavalaria era a principal arma de guerra. Cavalo, portanto, é símbolo do poder e da rapidez necessários à pregação do evangelho; tarefa incumbida ao povo de Deus. A cor branca era símbolo de vitória sobre o inimigo.

A mesma figura é aplicada na profecia que menciona a segunda vinda triunfal de Cristo, que o apresenta vindo à Terra vestido de branco e cavalgando um cavalo branco.

O cavalo de cor branca é uma alusão aos triunfos da igreja apostólica, no período de 34 a 100 d.C. A igreja cristã era pura na doutrina porque foi conduzida diretamente por Cristo. O arco que o cavaleiro trazia, nos dias antigos, era uma arma de ataque; um poderoso instrumento de guerra. A grande munição dos exércitos daquele tempo eram as flechas.

Ao sair para a batalha, o cavaleiro recebe uma coroa. Enquanto os vencedores deste mundo recebem a coroa somente após a vitória, Cristo, o cavaleiro do primeiro selo, recebe a coroa antecipadamente, como evidência segura de Sua vitória.

O segundo selo

Apocalipse 6:3: “Quando o Cordeiro abriu o segundo selo, ouvi o segundo ser vivente dizer: Vem!”

Apocalipse 6:4: “Então saiu outro cavalo, vermelho. Ao seu cavaleiro foi dado tirar a paz da terra para que os homens se matassem uns aos outros. Também lhe foi dada uma grande espada.”

O cavalo vermelho simboliza sangue, corrupção e pecado. O cavaleiro representa o Império Romano pagão.

O segundo selo apresenta a igreja em estado de corrupção. A cor vermelha, em se tratando de vida espiritual, simboliza o pecado. “Ainda que os vossos pecados sejam vermelhos como o carmesim...” (Is 1:18).

A igreja incorporou doutrinas pagãs e abandonou a pureza da verdade. Este período do segundo selo, de corrupção dos princípios básicos da igreja, estendeu-se do ano 100 ao ano 313 d.C.

Milhões morreram quando o Império Romano tentou varrer o cristianismo da face da terra. A perseguição contra cristãos foi seguida de muitas mortes, porém, por causa do sangue de muitos mártires, o cristianismo crescia a cada dia.

Os cristãos primitivos não tinham liberdade como nós hoje de ir às igrejas prestar culto a Deus. Ser cristão era um crime punido com a morte. Conta-se que no Concílio de Nicéia, em 325 d.C., quase todas as pessoas presentes apresentavam algum tipo de mutilação, resultado da perseguição. O tempo do cavalo vermelho foi o tempo em que os pagãos perseguiram os cristãos.

O terceiro selo

Apocalipse 6:5: “Quando o Cordeiro abriu o terceiro selo, ouvi o terceiro ser vivente dizer: Vem! Olhei, e vi um cavalo preto. O seu cavaleiro tinha uma balança na mão.”

Apocalipse 6:6: “E ouvi uma como que voz no meio dos quatro seres viventes, que dizia: Uma medida de trigo por um denário, e três medidas de cevada por um denário, e não danifiques o azeite e o vinho.”

O cavalo preto simboliza luto e trevas espirituais. O cavaleiro representa a figura do Imperador Romano.

O cristianismo já não era mais ilícito, mas popular. As pessoas eram incentivadas a tornarem-se cristãs. Mas o cristianismo já não era mais puro. Não era mais branco. Era tão corrupto que foi representado por um cavalo preto. As doutrinas pagãs tomaram o lugar das doutrinas verdadeiras e puras da igreja primitiva.

Foi durante esse período que a igreja começou a dominar o Estado ou o governo (313 a 538 d.C.). A partir daí não eram mais os pagãos que perseguiam os cristãos. Eram os cristãos que passaram a perseguir os pagãos.

A balança é o símbolo da justiça. A utilização desse símbolo demonstra que a Igreja e o Estado estariam unidos para exercer a autoridade judicial. Isso foi verdade entre os imperadores romanos desde Constantino até Justiniano, quando ele entregou a mesma autoridade judicial ao bispo de Roma.

Nesta visão, João viu uma balança na mão do cavaleiro. “Uma medida de trigo por um denário; e três medidas de cevada por um denário.” Deus havia ordenado que o pão da vida devia ser de graça. Mas agora estava sendo vendido. A religião tornou-se um negócio.

O trigo representa a pura verdade do evangelho de Cristo, enquanto a cevada que não é tão pura assim, as tradições e erros que penetraram na igreja. Em razão de sua escassez, o trigo era vendido por valor maior do que a cevada. Três medidas de cevada eram vendidas pelo mesmo preço de uma medida de trigo.

E até hoje esse estado de coisas perdura no chamado cristianismo nominal. Aquele que apresenta ao mundo, evidentemente, mais “cevada” do que “trigo”, ou seja, mais erros tradicionais do que verdades fundamentais.

Nas Escrituras Sagradas o azeite é símbolo do Espírito Santo, enquanto o vinho representa o sangue de Cristo. A ordem “Não danifiques o azeite e o vinho” reclama que não se pode invocar o nome de Cristo e do Espírito Santo quando se prega o erro e a “tradição dos homens” em lugar da verdade de Deus.

O quarto selo

Apocalipse 6:7: “Quando o Cordeiro abriu o quarto selo, ouvi a voz do quarto ser vivente, que dizia: Vem!”

Apocalipse 6:8: “Olhei, e vi um cavalo amarelo. O seu cavaleiro chamava-se Morte, e o Inferno o seguia. Foi-lhes dado poder sobre a quarta parte da terra para matar com a espada, com a fome, com a peste e com as feras da terra.”

O cavalo amarelo simboliza a morte. O cavaleiro é representado pelo Papado.

Na verdade, a palavra grega que designa a cor deste cavalo é chloros, que é um esverdeado pálido. A cor da morte.

Foi durante os 1.260 anos da perseguição que os templos pagãos viraram igrejas cristãs. Mas o povo verdadeiro de Deus teve que fugir para as montanhas a fim de adorar o seu Deus.

Não eram mais pagãos perseguindo cristãos. Não eram mais cristãos perseguindo pagãos. Agora eram cristãos perseguindo e matando outros cristãos. A Roma cristã não crucificava pessoas como a Roma pagã fazia. A Roma cristã as queimava vivas. A Roma pagã torturava criminosos por roubarem, mas a Roma cristã torturava cristãos por lerem a Bíblia.

No período do quarto selo, que foi de 538 a 1517 d.C., foi dado ao cavaleiro que monta o cavalo amarelo ou tem as rédeas da igreja em suas mãos o nome de “Morte”. É uma prova real da carnificina que foi a Inquisição. O papado efetuou grande chacina e levou multidões à sepultura. Inferno, ou “hades”, designa o lugar dos mortos ou sepultura.

O quinto selo

Apocalipse 6:9: “Quando ele abriu o quinto selo, vi debaixo do altar as almas dos que foram mortos por causa da palavra de Deus e por causa do testemunho que deram.”

Apocalipse 6:10: “E clamavam com grande voz, dizendo: Até quando, ó verdadeiro e santo Soberano, não julgas e vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra?”

Apocalipse 6:11: “E foram dadas a cada um deles compridas vestes brancas, e foi-lhes dito que repousassem ainda por pouco tempo, até que se completasse o número dos seus conservos e seus irmãos, que haviam de ser mortos, como também eles foram.”

O quinto selo é uma sucessão do quarto e estende-se do período que vai do ano 1517 a 1755. No quarto selo vimos os terríveis extermínios do papado contra o povo de Deus. O quinto selo nos mostra o quadro das testemunhas de Deus e de Seus filhos mortos pela espada papal.

Para entender o que significam as almas debaixo do altar é preciso considerar quatro questões:

1. O que significa o termo “alma”?

A palavra “alma”, do nosso texto, vem do grego psyche e é mencionada 103 vezes no Novo Testamento. Psyche é traduzido em inúmeras passagens por “pessoa”. Por exemplo, referindo-se aos convertidos no Pentecostes, é dito que “naquele dia agregaram-se quase três mil almas” [psyche] (At 2:41). Fica claro que João teve a visão das próprias pessoas dos mártires das perseguições papais do quarto selo, e não supostas almas desencarnadas.

2. Existe algum altar de sacrifícios no Céu?

Por outro lado, no Céu não existe um altar para sacrifícios. Por isso, a declaração de João de que viu “debaixo do altar as almas dos que foram mortos” no período da perseguição papal deve ser entendida como uma afirmativa de que eles estão debaixo da terra, ou em seus sepulcros.

3. Pode haver espírito de vingança no Céu?

Não podemos imaginar que o espírito de vingança pudesse dominar de tal maneira as mentes das almas no Céu a ponto de fazer com que, a despeito da alegria e da glória do Céu, elas não ficassem satisfeitas enquanto não vissem a vingança praticada contra os seus inimigos. Há lugar para ódio no coração dos habitantes do Céu? Não, nunca. Jamais.

4. Por que essas almas estariam clamando por vingança?

Se a idéia popular que coloca essas almas no Céu fosse verdade, seus perseguidores estariam queimando num suposto inferno. Por que essas almas estariam clamando por vingança? Que vingança maior poderiam querer?

O sangue clama por vingança é a mesma expressão usada no livro de Gênesis. O sangue de Abel clama por vingança (Gn 4:9, 10).

O clamor figurado dos milhões e milhões de mártires do quarto selo longe está de afirmar que eles estejam no Céu. É apenas um alerta de que Deus punirá, no tempo certo, os Seus inimigos. O que João viu – numa visão simbólica – foi o clamor de justiça que será satisfeito no devido tempo. “A voz do sangue do teu irmão clama a Mim desde a Terra” (Gn 4:10). E, por acaso, sangue tem voz? É evidente que se trata de uma linguagem figurada.

As vestes brancas comprovam o caráter daqueles que foram covardemente martirizados, não porque fossem criminosos, mas “por causa da palavra de Deus e por causa do testemunho que deram”.

A frase "repouso por pouco tempo" é outra evidência de que não poderiam estar no Céu, mas em seus sepulcros onde deveriam permanecer mais um pouco.

O sexto selo

Apocalipse 6:12: “Olhei enquanto ele abria o sexto selo. Houve um grande terremoto. O sol tornou-se negro como saco de cilício, e a lua tornou-se como sangue.”

Apocalipse 6:13: “As estrelas do céu caíram sobre a terra, como quando a figueira, sacudida por um vento forte, deixa cair os seus figos verdes.”

Apocalipse 6:14: “O céu recolheu-se como um pergaminho quando se enrola, e todos os montes e ilhas foram removidos dos seus lugares.”

Apocalipse 6:15: “Os reis da terra, os grandes, os chefes militares, os ricos, os poderosos e todo escravo e todo livre se esconderam nas cavernas e nos penhascos dos montes,”

Apocalipse 6:16: “e diziam aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós, e escondei-nos do rosto daquele que está assentado sobre o trono, e da ira do Cordeiro!”

Apocalipse 6:17: “Pois é vindo o grande dia da ira deles, e quem poderá subsistir?”

João visualiza a abertura do sexto selo, onde estão descritos os sinais da iminente volta de Jesus. A linguagem que antes era simbólica passa a ser literal. Os escritores do Antigo Testamento, e o próprio Cristo, falaram muitas vezes de grandes sinais no universo físico, no Sol, na Lua, nas estrelas e na Terra. Esses sinais seriam indicações especiais da volta de nosso Senhor.

No século 18, em 1º de novembro de 1755, na cidade de Lisboa, Portugal, ocorreu o maior terremoto de toda história. A maior parte da cidade foi destruída em apenas seis minutos. O sismo abalou outras cidades da Europa e da África.

O dia escuro ocorreu no dia 19 de maio de 1780, principalmente na cidade de Connecticut.

Na noite seguinte ao dia escuro, a Lua se mostrou vermelha como sangue.

Na noite de 12 de novembro de 1833, uma tempestade de estrelas cadentes irrompeu sobre a Terra. A América do Norte recebeu o maior impacto desse chuveiro de estrelas.

De acordo com a profecia descrita em Apocalipse 6, estamos vivendo entre os versos 13 e 14. Os eventos do verso 13 já ocorreram. Os próximos acontecimentos no programa de Deus estão descritos no verso 14. O Céu se retira como um rolo. Cada montanha e ilha serão removidas.

João descreve que haverá um tempo em que as pessoas irão correr e se esconder da ira de Deus. Numa grande reunião irão desejar que montes e vales caiam sobre eles, pois não conseguirão encarar a face do Senhor. Essas pessoas são todos aqueles que, infelizmente, não dedicaram a vida a Deus. Não reconheceram Jesus como Salvador, Senhor e Advogado e recusaram todas as ofertas de salvação. Mas ainda há tempo! É preciso tomar uma decisão - a escolha deve ser imediata.

(Texto da jornalista Graciela Érika Rodrigues, inspirado na palestra do advogado Mauro Braga)

Desvendando o Apocalipse: o Cordeiro de Deus


Este novo capítulo encerra a continuação da visão precedente, no santuário celestial. O tema central apresentado é um livro selado com sete selos. Uma só pessoa, em todo o Universo de Deus, foi achada digna de abrir o livro e remover os seus sete selos.

Ao ter sido encontrada a pessoa digna, denominada “Leão da Tribo de Judá”, a Divindade e toda criatura na vastidão universal sem fim, promoveram um coro inigualável de louvor e honra ao Todo-Poderoso e a Seu Filho.

O livro de Jó fala de uma comemoração que ocorreu no Céu por ocasião da criação do mundo, quando miríades de anjos entoaram louvor em um hino para a criação: “Quando as estrelas da alva juntas, alegremente cantavam, e rejubilavam todos os filhos de Deus” (Jó 38:7). Em Apocalipse 5, temos outro concerto, ainda mais bonito. É o hino da redenção.

Apocalipse 5:1: “Vi na mão direita do que estava assentado sobre o trono um livro escrito por dentro e por fora, selado com sete selos.”

João fala sobre um livro que estava na mão de Deus. O livro não tinha a forma como hoje conhecemos. Na verdade, eram rolos em papiro ou pergaminho. O livro continha uma nova seqüência profética em sete partes, como no caso das sete igrejas. Cada parte estava fechada com um selo.

Apocalipse 5:2: “Vi também um anjo forte, bradando com grande voz: Quem é digno de abrir o livro, e de lhe romper os selos?”

Apocalipse 5:3: “E ninguém no céu, nem na terra, nem debaixo da terra, podia abrir o livro, nem olhar para ele.”

Apocalipse 5:4: “E eu chorava muito, porque ninguém fora achado digno de abrir o livro, nem de o ler, nem de olhar para ele.”

O anjo não pergunta “quem é capaz” de abrir o livro, mas “quem é digno”. O Universo inteiro ficou em silêncio. Diante desse silêncio, João chora copiosamente. Se não aparecer alguém digno de abrir o livro e romper-lhe os selos, todas as promessas dos profetas, todas as esperanças do povo de Deus, todas as mensagens dos apóstolos terão sido em vão. João desconhece o conteúdo do livro. Ele fica tão preocupado que chora.

Os querubins, os serafins, os 24 anciãos e as hostes angelicais param de cantar e, silenciosamente, esperam até que alguém tome o rolo da mão de Deus, e quebre os sete selos.

Apocalipse 5:5: “Todavia, um dos anciãos me disse: Não chores! Olha, o Leão da tribo de Judá, a raiz de Davi, venceu para abrir o livro e os seus sete selos.”

Apocalipse 5:6: “Então vi, no meio do trono e dos quatro seres viventes, e entre os anciãos, em pé, um Cordeiro, como havendo sido morto, e tinha sete chifres e sete olhos, que são os sete espíritos de Deus enviados por toda a terra”.

Apocalipse 5:7: “E veio e tomou o livro da mão direita do que estava assentado no trono.”

O leão, além de ser o rei dos animais, é o mais poderoso deles; invencível. Jesus é chamado assim porque é o Rei dos reis e Senhor dos senhores. Procedeu da tribo de Judá, que era a tribo líder do povo de Deus em Israel.

A raiz é quem sustenta a planta. Assim, Cristo era o sustentáculo de Davi como rei de Israel. O reino de Davi era um emblema do futuro reino de Cristo.

Cristo venceu todos os Seus inimigos e foi então capacitado “para abrir o livro e desatar os seus sete selos”.

Jesus é apresentado perante João sob os símbolos de “Leão da Tribo de Judá” e de um “Cordeiro” como havendo sido morto. Esses símbolos representam a união do poder onipotente e do sacrifício do amor.

O Cordeiro não foi abatido pela morte, mas triunfou sobre ela.

Novamente o número sete representa uma unidade em sua plenitude. Os sete chifres simbolizam plenitude de poder – onipotência. Os sete olhos simbolizam plenitude de conhecimento – onisciência. Por isso, os sete chifres e os sete olhos são os sete espíritos de Deus – onipresença.

Apocalipse 5:8: “Logo que tomou o livro, os quatro seres viventes e os vinte e quatro anciãos prostraram-se diante do Cordeiro, tendo todos eles uma harpa e taças de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos.”

Apocalipse 5:9: “E cantavam um novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro, e de abrir os seus selos, porque foste morto, e com o Teu sangue compraste para Deus homens de toda tribo, e língua, e povo e nação.”

Apocalipse 5:10: “Para o nosso Deus os fizeste reino e sacerdotes, e eles reinarão sobre a terra.”

Jesus é digno, não porque viveu uma vida santa, mas “porque [foi] morto”. Ele foi feito pecado por nós. Houve uma substituição. Ele recebeu em Seu corpo a punição, para que pudéssemos ser conduzidos a Deus.

A redenção tem suas raízes no passado, mas sua plena realização está no futuro. O preço da nossa redenção foi pago quando o Senhor morreu na cruz. Mas a nossa redenção só se completará quando Jesus vier pela segunda vez.

Este mundo deve ser recuperado e entregue outra vez ao povo de Deus: “Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a Terra.” Essa herança está no futuro.“Quando estas coisas começarem a acontecer, levantai as vossas cabeças, porque a vossa redenção está próxima” (Lc 21:28).

Quando Adão pecou, ele cedeu todos os direitos sobre este mundo. E a herança não somente saiu de suas mãos, mas das mãos de toda a sua posteridade. Satanás se declara senhor do mundo. Porém, por todo esse tempo, os verdadeiros donos têm estado à espera de que o Remidor tome o livro selado e reassuma a herança perdida.

Antes, porém, que o inimigo e sua semente possam ser despejados, e os verdadeiros herdeiros reinstalados em sua propriedade, tem que haver uma completa verificação de todos os argumentos e alegações. Isso exige a abertura dos livros no Céu. Esses livros devem ser examinados antes que a sentença seja proferida. Antes que o nosso Senhor volte em glória e poder para receber Sua igreja, todo caso terá sido decidido, pois Ele traz consigo o Seu galardão “para dar a cada um, segundo a sua obra” (Ap 22:12).

O juízo investigativo teve início em 1844 e a sentença será dada quando Jesus retornar.

Julgamento

Em todo julgamento há três fases: (1) a investigação; (2) a sentença; (3) a execução da sentença.

No grande tribunal do Céu, são evidentes essas mesmas fases. Antes da sentença, deve haver uma investigação de cada caso. Não porque Deus necessite disso, pois Ele sabe todas as coisas, mas para que todo o Universo possa conhecer a justiça e a correção da sentença.

O apóstolo Paulo diz: “Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo” (2Co 5:10). Cristo “há de julgar os segredos dos homens” (Rm 2:16). “Porquanto [Deus] tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do Varão que destinou” (At 17:31).

Esse Homem não é outro senão Jesus Cristo, pois Ele próprio declara de Si mesmo: “O Pai a ninguém julga, mas deu ao Filho todo o juízo.” “E deu-Lhe o poder de exercer o juízo, porque é o Filho do homem” (Jo 5:22, 27). Assim, Jesus é ao mesmo tempo nosso Advogado e Juiz.

Sabemos, pois, que para um advogado nos representar, é preciso que lhe demos uma procuração. Jesus Cristo será o juiz no dia do julgamento pelo qual todos iremos passar, mas Ele só será o advogado de quem lhe entregar a “procuração”.

Apocalipse 5:11: “Então olhei, e ouvi a voz de muitos anjos ao redor do trono, e dos seres viventes, e dos anciãos; e o número deles era milhões de milhões e milhares de milhares,”

Apocalipse 5:12: “proclamando com grande voz: Digno é o Cordeiro, que foi morto, de receber a glória, e riqueza, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e louvor.”

Apocalipse 5:13: “Então ouvi a toda criatura que está no céu, e na terra, e debaixo da terra, e no mar, e a todas as coisas que neles há, dizerem: ‘Ao que está assentado sobre o trono, e ao Cordeiro, seja o louvor, e a honra, e a glória, e o poder para todo o sempre.’”

Apocalipse 5:14: “E os quatro seres viventes diziam: Amém. E os anciãos prostraram-se e adoraram.”

Ao mover-Se o Remidor exibindo o título de propriedade da posse alienada, irrompeu um novo canto diante do trono: “Digno é o Cordeiro que foi morto.” Os anjos, os quatro seres viventes e os 24 anciãos compreendem claramente o que significa o livro nas mãos do Cordeiro – o Remidor celestial. O cântico de glória é para Aquele que é digno de toda honra e louvor.

(Texto da jornalista Graciela Érika Rodrigues, inspirado na palestra do advogado Mauro Braga)