quinta-feira, 26 de março de 2009

O drama da água...




PARAÍSO EM PERIGO As ilhas Maldivas, no oceano Índico, podem ser engolidas pelo mar
A água afundou a aritmética. Mais de dois mil especialistas de várias universidades se reuniram em Copenhague, na Dinamarca, para corrigir um erro de cálculo. Em 2007, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) havia divulgado que o nível do mar subiria 50 cm em um período de 230 anos, de 1870 a 2100. Mas, na semana passada, a conta foi refeita e os oceanos atingirão este nível de elevação já em 2010, ou seja, em 140 anos. A estimativa anterior não havia considerado o acelerado derretimento das calotas polares da Groenlândia e da Antártida - entre maio de 2004 e abril de 2006, por exemplo, a velocidade de degelo foi 250% maior do que no biênio anterior. A previsão é que nos próximos 90 anos o nível do mar suba pelo menos mais 50 centímetros.

"O mundo está se dirigindo para uma catástrofe e não sei se conseguiremos mudar isso", diz Koichiro Matsuura, diretor-geral da Unesco, Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura. Em algumas localidades, o fenômeno é visível. No Brasil, moradores de São João da Barra (RJ) e Olinda e Jaboatão (PE) sofrem com a elevação do nível do mar, perdendo até suas residências. As ilhas do leste da Índia estão ficando embaixo d'água e os dirigentes de países insulares como Kiribati e Maldivas procuram um novo território para abrigar suas populações.

Muitos fatores influenciam a subida do nível do mar, mas apenas um será decisivo: o total derretimento das calotas polares. "Isso pode alterar as correntes marítimas, que são responsáveis pelo equilíbrio da temperatura do mar", diz Ilana Wainer, especialista em oceanografia e mudanças no clima da Universidade de São Paulo. Segundo ela, a alteração climática dos oceanos implicará a completa mudança na biosfera. "Isso significa desequilíbrio. De um lado inundações, do outro seca. Aumento no número de furacões e erupções vulcânicas", explica Ilana.


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No outro extremo, a Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou um relatório estimando que três bilhões de pessoas sofrerão com escassez de água em 2025. As causas seriam as secas, o aumento populacional, a crescente urbanização, a mudança no clima e a má administração dos recursos. Mais: Carol Turley, do Laboratório Marinho de Plymouth, no sul da Inglaterra, disse que os mares se tornaram 30% mais ácidos nos últimos anos e a causa direta disso é a emissão de gás carbônico. "Certamente teremos uma extinção em massa de espécies marinhas. As primeiras a serem afetadas serão as estrelas-do-mar", disse Turley. "Temos que continuar investindo em energias limpas e nos preparar para criar alternativas para um futuro que já está traçado."

Fonte: Istoé

Reduzir carne vermelha diminui mortalidade


Um estudo divulgado no Jama (revista da Associação Médica Americana) aponta relação entre o consumo de carne vermelha e carnes processadas e maior número de mortes por câncer e problemas cardiovasculares. A pesquisa, uma das maiores já realizadas, analisou dados de 500 mil norte-americanos de 50 a 71 anos de idade. Em dez anos de acompanhamento, morreram 47.976 homens e 23.276 mulheres. Para os pesquisadores, 11% das mortes em homens e 16% das mortes em mulheres poderiam ser adiadas se houvesse redução do consumo de carne vermelha para 9g do produto a cada 1.000 calorias ingeridas - o grupo que mais ingeriu carne vermelha (68g a cada 1.000 calorias) foi o que apresentou maior incidência de morte. No caso das doenças cardiovasculares, a diminuição dos riscos chegaria a 21% nas mulheres se houvesse redução. "A carne processada tem mais sal e gordura saturada, o que aumenta chances de doenças cardiovasculares", diz Daniel Magnoni, nutrólogo e cardiologista do Hospital do Coração. (Leia mais)

Quem escreveu os Manuscritos do Mar Morto?


Os Manuscritos do Mar Morto podem ser considerados a maior descoberta arqueológica do século 20. Graças a eles, caiu por terra a alegação de que a Bíblia conteria erros oriundos de copistas descuidados ou mal intencionados. Datados seguramente de até 250 anos antes de Cristo, os pergaminhos preservados nas cavernas de Qumran, no deserto da Judéia, e descobertos em 1947, deixaram claro que as versões bíblicas existentes até então (e, logicamente, as de hoje também) eram plenamente confiáveis e refletiam o conteúdo da versão corrente no tempo de Jesus – a versão que Ele leu e considerou autorizada.

Nesta semana, a revista Veja traz reportagem sobre uma nova tese defendida pela historiadora israelense Rachel Elior. Há dez anos ela se dedica ao estudo dos Manuscritos e afirma que os autores deles não foram os essênios (uma seita de judeus ascéticos), como comumente alegado, mas, sim, os saduceus. Leia aqui alguns trechos da matéria:

“Elior (...) concluiu que os textos pertenciam a um clã de sacerdotes conhecidos como saduceus, e que os essênios não passam de uma ficção literária criada pelo historiador judeu Flávio Josefo, que viveu em Roma no século I. Ela argumenta que a versão fantasiosa foi acatada como verdade desde então, mas que não há uma só menção aos próprios essênios nos manuscritos: ‘Ao contrário, os autores identificam-se claramente como sacerdotes, filhos de Zadoque.’ Os saduceus foram banidos de Jerusalém no século II a.C., e Elior acredita que os manuscritos são parte da biblioteca do templo levada por eles para um esconderijo seguro no deserto. Descrições dos essênios feitas por antigos gregos e romanos afirmam que havia milhares deles vivendo em comunidade e que evitavam o sexo. Isso chama atenção, pois ia contra a exortação bíblica de ‘crescei e multiplicai-vos’, respeitadíssima no judaísmo. ‘Não faz sentido milhares de pessoas terem vivido em desacordo com a lei religiosa e não haver menção alguma a elas em textos ou fontes judaicas do período’, argumenta Elior. (...)

“Elior não cede aos críticos. ‘A maioria de meus oponentes só leu Josefo e outras referências clássicas sobre os essênios’, diz. ‘Deveriam ler os Manuscritos do Mar Morto. Neles está a prova.’”

quarta-feira, 25 de março de 2009

Arrebatamento Secreto?


Algumas semanas atrás eu abordei aqui o tema do ARREBATAMENTO SECRETO, mostrando a relação entre ele e a maneira como os Estados Unidos defendem Israel (Clique aqui).

É interessante notar que há poucos dias este tema também foi comentado em um dos maiores portais de notícias seculares do Brasil, o G1. O título foi "Crença no Arrebatamento é Colagem de Textos Bíblicos, dizem Especialistas".

Em determinado momento do artigo, há a seguinte declaração:

"Em essência, a crença no Arrebatamento é uma colagem de trechos do Novo e do Antigo Testamento, cada um deles com perspectivas diferentes sobre o futuro da humanidade e o retorno glorioso de Jesus Cristo à Terra. É uma tentativa de criar um mapa dos eventos futuros com base, por exemplo, no Apocalipse, no capítulo 13 do Evangelho de Marcos e na Primeira Carta de Paulo aos Tessalonicenses".

A última frase é de um professor de teologia da Universidade Metodista de São Paulo, o prof. Augusto Nogueira.

Em outro momento, o autor do artigo diz o seguinte:

"Ambos os pressupostos provavelmente estão errados. "É importante a gente reconhecer que há vários tipos diferentes de expectativa apocalíptica entre os autores do Novo Testamento", diz [Augusto] Nogueira, que é autor do livro "O que é Apocalipse" (Editora Brasiliense). "O único a realmente falar numa espécie de arrebatamento é Paulo, na Primeira Carta aos Tessalonicenses", afirma. Nas cartas realmente escritas pelo apóstolo Paulo (várias das que estão no Novo Testamento parecem não ser de autoria dele), o líder cristão não fala da Tribulação ou da batalha em Megiddo, mas parece ver o retorno de Cristo de forma simultânea com a ressurreição dos mortos e o arrebatamento dos fiéis ainda vivos".

Com exceção de interpretações referentes ao número da Besta, sua personificação, e alguns outros detalhes escatológicos, bem que poderia ter sido um artigo preparado por um Adventista. Isso mostra que nossa teologia não é baseada em sectarismos (por isso nos chamam de "seita"), ou "devaneios de Ellen White", como alguns sites costumam dizer.

Nossa fé é algo sólido, defendida até por pessoas que costumam nos criticar. Não precisamos ter medo de defendê-la, pois sua sustentação é amparada na Bíblia Sagrada. O que precisamos é nos manter alertas, e sempre vigilantes, como nos aconselhou o Senhor Jesus.

Estude sua Lição da Escola Sabatina, frequente aos cultos regularmente (não só os do sábado), participe de um Pequeno Grupo, dê Estudos Bíblicos... em resumo... seja um crente atuante, e você verá que nada nem ninguém conseguirá abalar a sua fé.

Em breve veremos também debates sobre o Sábado, e neste momento, provavelmente, nós é que estaremos na "berlinda".

A luta que está à nossa frente é grande... MAS A VITÓRIA É CERTA!



"julgai todas as coisas, retende o que é bom" (1Tessal. 5:21).

Trabalhar demais aumenta risco de demência


Uma pesquisa liderada por cientistas finlandeses sugere que excesso de trabalho pode aumentar o risco de declínio mental e, possivelmente, de demência. Demência é um termo genérico que descreve a deterioração de funções como memória, linguagem, orientação e julgamento. Existem vários tipos de demência, mas o mal de Alzheimer, com dois terços dos casos, é a forma mais comum. O estudo analisou 2.214 funcionários públicos britânicos de meia idade e descobriu que aqueles que trabalhavam mais de 55 horas por semana tinham menos habilidades mentais do que os que faziam o horário normal.

A pesquisa, divulgada na publicação científica American Journal of Epidemiology, descobriu que os que trabalhavam demais tinham problemas com a memória de curto prazo e lembrança de palavras. Ainda não se sabe a razão de o excesso de trabalho causar esses efeitos no cérebro. Mas os pesquisadores afirmam que os fatores mais importantes podem incluir o aumento de problemas do sono, depressão, estilo de vida prejudicial à saúde e o aumento do risco de doenças cardiovasculares, possivelmente ligados ao estresse. (...)

Cary Cooper, especialista em estresse no local de trabalho na Universidade de Lancaster, Grã-Bretanha, afirmou que já se sabe há algum tempo que trabalhar em excesso de forma regular pode prejudicar a saúde em geral, e agora este estudo sugere que também pode haver danos ao funcionamento mental. “Isso deve enviar uma mensagem aos empregadores de que insistir que as pessoas trabalhem em excesso na verdade não é bom para os negócios”, disse. “Mas a minha preocupação é que em uma recessão as pessoas trabalhem mais. (...) As pessoas irão para o trabalho mesmo se estiverem doentes, pois querem mostrar comprometimento e garantir que não sejam os próximos funcionários demitidos”, acrescentou.

BBC Brasil

Nota: “Lembra-te do dia do sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o sábado do Senhor, teu Deus; não farás nenhum trabalho” (Êxodo 20:8-10). “O sábado foi feito por causa do homem” (Marcos 2.27). “Se desviares o pé de profanar o sábado e de cuidar dos teus próprios interesses no Meu santo dia; mas se chamares ao Sábado deleitoso e santo dia do Senhor, digno de honra, e o honrares não seguindo os teus caminhos, não pretendendo fazer a tua própria vontade, nem falando palavras vãs, então, te deleitarás no Senhor. Eu te farei cavalgar sobre os altos da terra, e te sustentarei com a herança de Jacó, teu pai, porque a boca do Senhor o disse” (Isaías 58:13-14).

quinta-feira, 19 de março de 2009

Britney pastora?


Sempre polêmica, a cantora Britney Spears, mais uma vez, choca a todos. De acordo com a revista ‘Star’, a princesa pop teria confessado aos familiares mais próximos que pretende se dedicar à vida religiosa quando encerrar a carreira artística. Uma fonte ligada à cantora disse à publicação que Britney deseja se tornar uma pastora da Igreja Batista, na cidade de Kenwood, onde nasceu.“Ela sempre acreditou em Deus e cresceu em uma família de religiosos praticantes. Ela espera que virar pastora não só melhore sua vida espiritual como também aconselhar aqueles que passam por coisas que ela já passou no passado”, disse a fonte à ‘Star’. Os pais da estrela, no entanto, não botam fé na empreitada. Ainda de acordo com a fonte, eles acham que o pensamento da filha é passageiro. Será?



NOTA: Alguns ´astros´ como a Britney pensam que o ofício pastoral é uma profissão qualquer, como um ´psicólogo´ melhorado! Britney já passou por diversas dificuldades em sua vida. Ela não conseguiria pastorear suas ovelhas com o estilo de vida que leva hoje. Sabemos que Jesus pode mudar qualquer pessoa, mas para isto ela deve se entregar, e mudar sua vida e criar princípios norteados na Bíblia.

terça-feira, 17 de março de 2009

Presidente da União da Jamaica é novo Governador Geral


Pela primeira vez, em 47 anos de história da Jamaica como nação independente, um adventista do sétimo dia ocupará a mais alta posição na administração do país. Patrick Allen, até recentemente presidente da União das Índias Ocidentais da Igreja Adventista do Sétimo Dia, será empossado como o sexto governador geral da Jamaica. O primeiro-ministro jamaicano, Bruce Golding, anunciou sua nomeação numa sessão do Parlamento, no dia 13 de janeiro de 2009.



GOVERNADOR GERAL: Patrick 
Allen, até recentemente 
presidente da União das 
Índias Ocidentais da Igreja Adventista do Sétimo Dia, é o novo governador geral da Jamaica, país em que 11% da população é adventista do sétimo dia. Ele é o primeiro pastor e o terceiro adventista a chegar a tal posto em uma nação da Comunidade 
Britânica, e o primeiro adventista a assumir a função na Jamaica. Allen foi nomeado sucessor do Sir Kenneth no dia 13 de janeiro de 2009 e empossado seis semanas depois. “Isso é maravilhoso e não tenho certeza do que o Senhor está fazendo comigo, mas Ele tem algo de José e Daniel para eu realizar”, disse Allen à Adventist World em uma entrevista por telefone no mesmo dia, de Freeport, Bahamas, onde estava auxiliando em uma auditoria. “Estou apenas orando e me colocando à disposição para que Deus me use da maneira que Ele achar melhor.”

Allen disse que pedirá demissão de sua posição atual como presidente da União das Índias Ocidentais. Uma comissão executiva se reunirá em caráter especial para nomear seu sucessor, informou Israel Leito, presidente da Divisão Interamericana.

“A igreja serve à comunidade e podemos fazê-lo tanto com a organização da igreja ou como indivíduos em outras atividades”, disse Leito em um pronunciamento. “A nomeação do 
Dr. Allen como governador geral da Jamaica é algo histórico, tanto naquele país como no mundo; tanto quanto posso me lembrar, isso nunca aconteceu antes. A Divisão Interamericana está satisfeita pelo fato de um dos nossos líderes ter alcançado tal notoriedade. Isso mostra a alta reputação da igreja.”

Leito acrescenta: “Desejamos que o Dr. Allen tenha muito sucesso ao enfrentar os grandes desafios à sua frente. Embora ele não seja um líder com autoridade política, foi-lhe concedida a função de liderança sobre toda a nação. Continuaremos orando por ele, e ele pode estar seguro de que, se em algum momento desejar retornar ao ministério, as portas da igreja estarão sempre abertas. A igreja vai orar sempre para que Deus o dirija no desempenho dessa função.”

Orville Parchment, natural da Jamaica e assistente da presidência da Associação Geral da Igreja Adventista do Sétimo Dia, disse que a liderança da igreja mundial ficou feliz com a notícia: “Em nome do pastor Jan Paulsen, presidente da Igreja Adventista do Sétimo Dia, congratulamo-nos com o pastor Allen em sua nova função. Oramos pelas contínuas bênçãos de Deus ao executar suas novas responsabilidades cívicas.”

Allen, que completou 58 anos no dia 7 de fevereiro, substitui Sir Kenneth Hall, que foi nomeado governador geral em fevereiro de 2006 e renunciou por problemas de saúde.

Ironicamente, Sir Kenneth condecorou o pastor Allen com a Ordem de Distinção, no Dia dos Heróis de 2006, por sua contribuição para a igreja e para a religião na Jamaica.

Segundo o Serviço de Informação da Jamaica (SIJ), o governador geral “representa a rainha em cerimoniais como a abertura do Parlamento, apresentações de honra e desfiles militares.”

A constituição da Jamaica dá à função poderes adicionais, relatou o SIJ, inclusive “nomeando e disciplinando oficiais do serviço civil, prorrogando (dissolvendo) o Parlamento e atividades afins, mas apenas em poucos casos ele é habilitado a agir inteiramente por sua própria discrição. O governador geral também exerce a prerrogativa de clemência, em nome da rainha, incluindo o poder de conceder perdão a qualquer pessoa que tenha sido condenada à morte.



PASSADO E PRESENTE: Nessa foto de 2006, Sir Kenneth Hall, então governador geral da Jamaica (esquerda), concede a Patrick Allen a Comenda de Distinção da Jamaica no dia dos heróis nacionais. Allen foi honrado por sua contribuição para a igreja e a religião naquele país. Golding, que presidiu o Gabinete do primeiro-ministro desde novembro de 2007, é casado com Lorna. A família Golding frequenta regularmente os cultos da Igreja Adventista. Allen disse que o trabalho da igreja para melhorar a qualidade de vida na Jamaica 
chamou a atenção dos líderes para o 
seu nome.


“Tenho a impressão de que [o primeiro-ministro Golding] passou a apreciar a igreja [Adventista do Sétimo Dia] por suas atividades no país, ao longo dos anos”, disse Allen. A Igreja na Jamaica desempenha papel muito importante na edificação da nação. Um dos nossos papéis estratégicos é ‘a Igreja na comunidade’. Tanto o trabalho que desenvolvemos quanto a execução desse projeto chamaram a atenção do governo.”

Allen relata: “Golding me disse que posso oferecer à nação aquilo de que ela precisa: integridade, conduta moral e liderança.”

País com 2,8 milhões de habitantes, a Jamaica é uma democracia parlamentar constitucional que ganhou sua independência da Grã-Bretanha em 1962. Continua a fazer parte da Comunidade Britânica de Nações, e a Rainha Elizabeth II é a monarca, sendo representada pelo governador geral.

Allen estudou no Colégio Moneague Teacher, na Jamaica e, posteriormente, na Universidade Andrews, de propriedade da igreja, onde se graduou na faculdade, mestrado e doutorado. Possui o título de Ph.D. em gestão e supervisão educacional, mestre em Teologia Sistemática e bacharel em História e Religião.

É ministro ordenado da Igreja Adventista do Sétimo Dia e foi eleito presidente da União das Índias 
Ocidentais da igreja em outubro de 2000, tendo sido reeleito em 2005.

Antes disso, Allen serviu em muitos outros cargos dentro e fora da Igreja Adventista. Foi presidente da Associação da Jamaica Central, diretor de Educação e Lar e Família da União das Índias Ocidentais e pastor distrital. Com formação de professor, também serviu como diretor de escolas e professor adjunto do Colégio Índias Ocidentais, que hoje é a Universidade Norte Caribenha (UNC). Atualmente, é membro da comissão administrativa da UNC.

“Em nome da Universidade Andrews, estou extremamente feliz por um dos nossos ex-alunos ter sido escolhido para tal cargo”, declarou o reitor Heather Knight. “Como conterrâneo jamaicano, tenho em mais alta estima a função de governador geral.”

Sir James Carlisle, que foi governador geral de Antígua por mais de catorze anos e condecorado pela Rainha Elizabeth II por seus serviços, disse: “Ele foi o primeiro adventista do sétimo dia a assumir uma posição de chefe de estado. Essa é uma notícia maravilhosa”, respondeu, quando um repórter ligou para dar a notícia da nomeação de Allen.

“É também uma excelente posição para testemunhar”, disse Sir James à Adventist Review. “Só a sua presença já é um testemunho. A maioria das pessoas já sabe quem são os adventistas.”

Sir James acrescenta: “Os jamaicanos amam suas instituições e têm muito respeito por elas. Ficaria muito surpreso se ele não fosse bem reconhecido; [embora] nada seja melhor do que realizar o trabalho.”

A Jamaica abriga a União das Índias Ocidentais e a Universidade Norte Caribenha, de propriedade da igreja. Aproximadamente 11% da população é adventista do sétimo dia. Allen disse estar ciente de sua nova visibilidade como governador geral.

“Esse é um grande dia para o Adventismo e, também, para a igreja na Jamaica”, disse Allen. “Penso que os membros vão ficar muito animados e se conscientizarão de sua responsabilidade [...], pois estarão sob holofotes. Essa é uma grande oportunidade para testemunhar nas áreas a que não tínhamos acesso fácil. Penso ser essa a parte mais empolgante. Seremos capazes de apresentar nossa fé e de mostrar quem realmente somos, especialmente nos escalões mais altos da sociedade. É um bom prenúncio para a igreja.”

Ele admite que “haverá vários 
desafios, mas duvido que sejam insuperáveis. Temos um Deus que está sempre ao nosso lado e nos dará sabedoria.”

Fonte: Adventist World

sexta-feira, 13 de março de 2009

Contribuição de Ellen White para a doutrina adventista


Apresença de Ellen G. White na Igreja Adventista do Sétimo Dia é significativa. Cremos que ela possuía o dom profético. Hoje, como no passado, ainda exerce influência na vida da igreja. Qual é a natureza de sua contribuição para o desenvolvimento da doutrina adventista do sétimo dia? Alguns alegam ser ela a fonte dessas doutrinas.

As doutrinas adventistas do sétimo dia foram resumidas em 28 crenças fundamentais. Algumas dessas crenças são comuns a outras denominações cristãs: a doutrina de Deus, da criação, pecado, salvação. No entanto, temos algumas crenças que nos distinguem de todas as principais denominações do mundo. Essas crenças são o milênio pós-advento, o sábado do sétimo dia, o ministério de Cristo no santuário celestial, o julgamento pré-advento, as três mensagens angélicas de Apocalipse 14 e a imortalidade condicional da alma. Para descobrir a contribuição de Ellen White, concentremo-nos especialmente no seguinte:

Fonte das Crenças
No desenvolvimento das doutrinas cristãs em geral, é possível detectar influências diretas e indiretas. Ao prosseguir com nossa pesquisa, pode ser útil explorar a contribuição de Ellen White a partir de duas perspectivas. Houve contribuição direta, de sua parte, para as doutrinas exclusivamente adventistas?

Embora fosse profetisa, pode ser uma surpresa o fato de Ellen White não ter exercido influência direta e expressiva sobre o desenvolvimento de nossas crenças doutrinárias. Por exemplo, a doutrina do sábado do sétimo dia veio pela influência dos Batistas do Sétimo Dia; a doutrina da imortalidade condicional veio principalmente por meio de George Storrs, membro do movimento milerita. A doutrina do santuário, o julgamento pré-advento e o significado do sábado do sétimo dia nos tempos do fim, vieram de pioneiros como O. R. L. Crosier e José Bates. O movimento milerita já falava nas três mensagens angélicas. Isso significa que Ellen White não teve nenhuma influência sobre o desenvolvimento da doutrina adventista do sétimo dia? De maneira alguma. Encontramos sua influência de maneira indireta.

Pioneiros da Fé
Como regra geral, os pioneiros da Igreja Adventista do Sétimo Dia chegaram às suas crenças distintas pelo intenso estudo da Bíblia. Durante o período entre 1848 e 1850, foram realizadas aproximadamente 23 conferências bíblicas durante as quais nossas crenças distintas foram desenvolvidas. Nessas conferências, os pioneiros se reuniram para estudar e orar, às vezes, durante toda a noite. Ellen White lembra que, por anos, não conseguia compreender o raciocínio dos “irmãos” e o significado dos assuntos que estudavam nas Escrituras. “Minha mente estava nessa condição,” ela escreve, “até que todos os principais pontos de nossa fé se tornaram claros em nossa mente e em harmonia com a Palavra de Deus.”Aparentemente, Deus não queria que Seu povo fizesse atalhos nas questões bíblicas fundamentais, dependendo exclusivamente das visões de Ellen White. Sua influência veio de várias formas indiretas.

Clareza e Confirmação
Um modo indireto, mas importante, de Ellen White influenciar no desenvolvimento das doutrinas foi por meio de suas visões, que confirmavam as conclusões a que levava o estudo bíblico. Esse fenômeno ocorreu várias vezes durante as conferências bíblicas citadas acima. Pelo menos uma vez, uma visão de Ellen White ajudou a resolver opiniões divergentes sobre uma doutrina emergente. Houve divergência sobre quando se iniciava a observância do sábado. As opiniões variavam entre a meia-noite de sexta-feira, o nascer do sol de sábado, às seis da tarde na sexta-feira ou ao pôr-do-sol de sexta-feira.

J. N. Andrews foi incumbido de estudar o assunto e apresentar suas conclusões numa conferência em Battle Creek, em novembro de 1855. Ele concluiu que o horário para começar o sábado era no pôr-do-sol de sexta-feira. Mesmo após Andrews apresentar seu estudo, Ellen White e José Bates mantinham a opinião de que seria às seis horas da tarde, sendo corrigidos apenas por uma visão poucos dias após o relatório de Andrews.

Um Guia de Consulta
Nos tempos em que as crendices eram muito fortes nas 
igrejas, Ellen White foi um instrumento para encorajar a 
igreja a ser fiel à Bíblia como única fonte de fé e prática. Ela era firme no princípio da “Bíblia e a Bíblia somente, como norma de todas as doutrinas e base de todas as reformas”. Esse compromisso com a primazia das Escrituras, o qual permeou o pensamento dos pioneiros, continua a ser enfatizado no pensamento adventista de hoje.

A maioria dos sistemas doutrinários possui coerência interna porque, consciente ou inconscientemente, um conjunto de doutrinas de uma igreja tem um centro que os une, formando um sistema. Um dos resultados fundamentais da visão de Ellen White, em 1858, sobre o grande conflito, consistiu em dar aos adventistas uma perspectiva de pensamento que trouxe coerência e significado às doutrinas. Certamente, Ellen White não foi a primeira a falar sobre o conceito do conflito cósmico entre o Bem e o Mal. Entretanto, a lei de Deus e o sábado do sétimo dia sendo colocados no centro do conflito foi uma nova perspectiva. O significado do grande conflito sobre o desenvolvimento da doutrina adventista não deve ser minimizado. Ele ressalta textos bíblicos, dando uma perspectiva que de outra forma teria sido perdida. Ele dá à igreja uma filosofia da história e explica o inexorável compromisso da igreja para com a lei de Deus e com as doutrinas relacionadas com o decorrer da História.

O Dom da Graça
Desde o início, os adventistas do sétimo dia estão centrados na missão, pregando a mensagem que chama o povo de volta às verdades bíblicas negligenciadas, inclusive a lei de Deus. Alguns, entretanto, foram levados a enfatizar exageradamente a “verdade” da lei e a negligenciar a graça de Cristo. Contra aqueles que insistiam dizendo: “Você não deve se fixar na justiça de Cristo, dando-lhe tanta importância. Deve pregar sobre a lei,” Ellen White observou: “Como povo, pregamos tanto sobre a lei até nos tornarmos secos como os montes de Gilboa, onde não caía orvalho nem chuva. Devemos pregar Cristo na lei, e haverá seiva e nutrição na pregação que será como alimento para o faminto rebanho de Deus.” Os conselhos de Ellen White salvaram a igreja do enfoque legalista nas declarações públicas.

Os adventistas do sétimo dia têm em alta estima o dom profético de Ellen White. Contudo, nem Deus nem os 
pioneiros consideraram ser necessário desenvolver as 
doutrinas diretamente de seus escritos, visões ou direção pessoal. As doutrinas foram desenvolvidas a partir de 
intenso estudo da Bíblia.

Fonte: Adventist World

O Arcebispo a intolerância & a Lei de Deus


Nos últimos dias, o país ficou chocado com a barbaridade cometida contra uma menina de 9 anos da cidade de Alagoinha (230 km do Recife). O seu padrasto confessou que abusava sexualmente dela desde os seis anos de idade e, também, abusava da irmã desta de 14 anos (deficiente mental).


Ao vir à tona o estupro, a garota apresentava uma gravidez de quatro meses e, para os médicos, a continuidade da gestação – de gêmeos – poderia ser fatal à criança que pesa cerca de 30 quilos.

Interrompida a gestação, a Igreja Católica – que até então fazia o costumeiro patrulhamento ideológico junto à vítima e aos seus familiares – começou a distribuir sentenças de excomunhão e, através dos seus líderes, e a expressar um grau de intolerância para com as pessoas envolvidas diretamente no drama que faz lembrar a sua ação obscurantista dos tempos áureos do poder durante a Idade Média.

A intolerância do clero católico – que excomungou a mãe da menina e um dos médicos e, ao mesmo tempo, se calou em relação ao monstro que perpetrou as maiores barbaridades contra a enteada e sua irmã – recebeu uma saraivada de críticas e perplexidade da opinião pública. “Fiquei chocado com a posição radical desse religioso, que, ao dizer que defende uma vida, coloca em risco uma outra [a da menina de 9 anos]”, afirmou o Ministro da Saúde José Gomes Temporão.

“Como cristão e como católico, lamento profundamente que um bispo da Igreja Católica tenha um comportamento conservador como este. Não é possível permitir que uma menina estuprada pelo padrasto tenha esse filho, até porque ela corria risco de vida”, comentou o presidente Lula e completou: “[Neste caso] A medicina está mais correta que a Igreja”.

Numa das programações alusivas ao Dia Internacional da Mulher, no Recife, o ministro José Gomes Temporão desceu do placo em que discursava sobre saúde da mulher para parabenizar o médico Olímpio Moraes, que coordenou a equipe responsável pelo aborto feito na menina vítima de estupro. Ao descer, sob fortes aplausos de pessoas ligadas a programas de saúde da mulher, o ministro disse que cumprimentava um dos profissionais que “salvou a vida de uma criança”

Temporão defendeu o aborto realizado: “A lei é bastante clara: garante e protege o que foi feito. Do ponto de vista biológico, não acredito que ela teria condição de levar a termo essa gestação de gêmeos, que colocaria em risco a sua vida”.

Na ocasião, o médico reafirmou a necessidade do procedimento da menina – de família miserável e cuja gravidez era de alto risco – e da separação entre igreja e medicina em casos como este: “Acho que a religião tem seu papel, é importantíssima, mas não pode confundir: Eu não dou opinião sobre religião e espero que religiosos também não dêem opinião sobre medicina, como acontece geralmente”.

Outro profissional que fez parte da equipe que interrompeu a gestação de menina foi o médico, e professor de ciências médicas da Universidade Estadual de Pernambuco, Rivaldo Mendes de Albuquerque. Católico praticante, todo domingo ele pode ser encontrado na missa, aonde vai para “pedir luz e compreensão”.

Sobre a excomunhão decretada por dom José Cardoso Sobrinho, o médico disse: “Tenho pena do nosso arcebispo, que não conseguiu ter misericórdia por uma criança inocente, desnutrida, franzina, em risco de vida (sic), que sofre violência desde os seis anos de idade”.

Numa entrevista dada ao jornal Folha de S. Paulo, quando a jornalista Laura Capriglione lhe pergunta “Como um católico faz abortos, apesar da proibição religiosa”, o especialista em medicina da mulher responde: “Primeiro, é preciso que fique claro: Não foi Deus que proibiu a interrupção da gestação em qualquer caso. Foram os homens da igreja. E eles erram. Quando comecei a trabalhar neste programa, conversei com minha mãe, então com 80 anos de idade, católica praticante desde sempre. Perguntei se me condenaria por interromper a gestação de mulheres estupradas. Ela me disse que não. Que se fosse com ela, gostaria de encontrar um médico compassivo com sua situação. A mesma pergunta fiz à minha mulher – mesma resposta. Tenho duas filhas. O que faço por outras mulheres é o que eu gostaria que fizessem pelos meus entes queridos se com eles ocorresse uma tragédia dessas”.

Respondendo ainda às perguntas dessa entrevista, Rivaldo realça a incoerência da liderança católica: “Nós não recebemos um único centavo a mais para fazer esse tipo de intervenção. Fazemos pelo respeito que uma mulher vítima de violência merece e o que o arcebispo, infelizmente, trata sem nenhuma misericórdia. Veja que curioso: quem nos condenou à excomunhão não proferiu uma só palavra a respeito do homem que estuprou essa criança”.

Conjunto de incoerências

A atitude arbitrária e intolerante do arcebispo de Olinda e Recife encontrou respaldo na liderança maior da Igreja Católica, a nível mundial. O cardeal Giovanni Battista Re, presidente da comissão pontifícia para a América Latina do Vaticano, defendeu a excomunhão da mãe da menina que sofreu o aborto – com o amparo das leis brasileiras.

“É um caso triste, mas o verdadeiro problema é que os gêmeos concebidos eram pessoas inocentes que tinham o direito à vida e não podiam ter sido eliminados”, afirmou Re ao jornal italiano “La Stampa”. Segundo o cardeal, os ataques à igreja brasileira são injustificáveis. “A excomunhão dos que provocaram o aborto é justa, porque a operação é a supressão de uma vida inocente”.

Sem entrar no mérito da questão (a nossa posição quanto ao aborto já foi exposta em artigos neste site: veja links no final desta matéria), o que nos surpreende é a cara de pau do arcebispo e de outros líderes da Igreja Católica ao alegarem a quebra da Lei de Deus para o aborto.

Além disso, fazem uma série de racionalizações em cima dessa questão com pretensas interpretações teológicas que fazem distinções entre a gravidade de pecados (um mais grave e outro menos). Vejamos:

“De acordo com a lei de Deus, a igreja condena todos os pecados. Homicídio é pecado. Quem comete não está excomungado, mas é um pecado grave. Roubar, assaltar e estuprar também são pecados, mas não tão graves como o aborto”. – Dom José Cardoso Sobrinho, arcebispo de Olinda e Recife (PE).

Ao rebater a colocação de Lula, o arcebispo além de ironizar quanto à falta de assessoramento teológico para o presidente enfatizou o seu desconhecimento: “Até acredito que ele seja [cristão e católico]. Têm pessoas que são católicas, mas que não são suficientemente instruídas sobre a lei de Deus”.

Ao questionar os médicos responsáveis pela interrupção da gravidez, Sobrinho enfatiza novamente a sua visão teológico/bíblica da questão e arremata – mais arrasador do que um soco do Mike Tyson no auge da carreira – de forma contundente, destroçando toda a argumentação do adversário: “O médico dizia que havia o risco [de morte da menina], mas o fim não justifica os meios. A boa finalidade de salvar a vida dela não podia ter suprimido duas vidas humanas. A lei de Deus está acima de todas as coisas”.

Palmas para o arcebispo Sobrinho que ele merece! Que defesa fantástica da Lei de Deus! Quanto zelo pela “Constituição Divina”! Olha, até confesso que por um momento – fugaz que seja – o senhor me fez lembrar o maior de todos os brasileiros: "Com a lei, pela lei e dentro da lei; porque fora da lei não há salvação!" Até pensei: “Puxa, a defesa que Rui Barbosa fez da lei [dos homens] como insigne jurista, está sendo feita agora para a lei [de Deus] pelo emérito arcebispo de Olinda e Recife!”

Indo ao “Código Maior”

Já que o senhor arcebispo se deu ao trabalho de classificar pecados e, também, destacou o valor da Lei de Deus sobre todas as ações e injunções humanas, vamos – fundamentados na transcrição fiel desta Lei – analisar os seus motivos e exposição teológica.
Vamos começar pela pura e simples definição de pecado:
· “Todo aquele que comete pecado, quebra também a lei; e pecado é o quebrantamento da lei” (I S. João 3:4, Versão segundo o original hebraico e grego da Trinitarian Bible Society, Londres).
· A Função da Lei: Pela Lei vem o pleno conhecimento do pecado” (Romanos 3:20). “Que diremos, pois? É a lei pecado? De modo nenhum! Mas eu não teria conhecido o pecado, senão por intermédio da lei; pois não teria eu conhecido a cobiça, se a lei não dissera: Não cobiçarás” (Romanos 7:7).
· O Caráter da Lei: “Por conseguinte, a lei é santa; e o mandamento, santo e justo, e bom” (Romanos 7:12).
· O Valor Específico da Cada Um dos Mandamentos ou Preceitos da Lei: “Pois, qualquer que guarda toda a lei, mas tropeça em um só ponto, se torna culpado de todos. Porquanto, Aquele que disse: Não adulterarás, também ordenou: Não matarás” [este é o mandamento que o arcebispo enfatizou...]. “Ora, se não adulteras, porém, matas, vens a ser transgressor da lei” (S. Tiago 2:10-11).

Algumas conclusões inapeláveis:

1) Não existem gradações ou graus entre os pecados (mais grave ou menos grave), como o senhor arcebispo quer que fazer crer:
Pecado é pecado e, diante de Deus, tanto faz se é um adultério (ou estupro) ou o ato de matar – assassinar – alguém.

2) A lei de Deus à qual o senhor arcebispo faz alusão é a mesma de que tratam o apóstolo Paulo, João, Tiago – todos os demais escritores bíblicos – e o próprio Senhor Jesus:

“Respondeu-lhe Jesus: Por que me perguntas acerca do que é bom? Bom só existe um. Se queres, porém, entrar na vida, guarda os mandamentos. E ele lhe perguntou: Quais? Respondeu Jesus: Não matarás, não adulterarás, não furtarás, não dirás falso testemunho, honra a teu pai e a tua mãe ...” (Mateus 19:17-19).

3) A lei de Deus [não é de Moisés, João, Pedro, etc.] que o senhor arcebispo faz alusão e defende ferrenhamente possui 10 [não é 9, oito, sete, etc.] “artigos”, preceitos ou mandamentos:

Nesse texto anterior, o Senhor Jesus citou vários deles; o conjunto completo – incluindo o “Não matarás!” que o senhor tanto defende – encontra-se em Êxodo 20:1 a 17 e Deuteronômio 5:1 a 21. Como lemos acima, S. Tiago, irmão de Jesus, deixa clara a obrigatoriedade de observância – prática – de todos estes 10 mandamentos e não de apenas um ou até mesmo 9 deles:
“Porquanto, Aquele que disse: Não adulterarás, também ordenou: Não matarás. “Ora, se não adulteras, porém, matas, vens a ser transgressor da lei” (S. Tiago 2:11).

Isso ratifica [reafirma] o que disseram os profetas e escritores bíblicos e o próprio Senhor Jesus:

“Tu ordenaste os Teus Mandamentos para que os cumpramos à risca” [ou seja: Em seu conjunto, todos, completamente, etc.] (Salmo 119:4).
“Aquele, pois, que violar um destes Mandamentos, posto que dos menores, e assim ensinar aos homens, será considerado mínimo no reino dos Céus”. Aquele, porém, que os praticar e os ensinar, esse será chamado grande no Reino dos Céus” (Mateus 5:19, A Bíblia de Jerusalém).

Quanto ao Caráter e Permanência da Lei de Deus:

"Anulamos, pois, a Lei pela fé? Não, de maneira nenhuma! Antes, confirmamos a Lei" (Romanos 3:31).

"Por os simples ouvidores da Lei não são justos diante de Deus, mas os que praticam a lei hão de ser justificados" (Romanos 2:23).

“Teme a Deus, e guarda os Seus Mandamentos; porque isto é o dever de todo homem” (Eclesiastes 12:13).

"Falai de tal maneira, e de tal maneira procedei, como aqueles que hão de ser julgados pela lei da liberdade" (Tiago 2:12).

"E aquele que guarda os Seus Mandamentos permanece em Deus, e Deus, nele. E nisto conhecemos que Ele permanece em nós, pelo Espírito que nos deu" (I João 3:24).

"Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de Meu Pai, que está nos céus" (Mateus 7:21).

"Se queres, porém, entrar na vida [vida terna, no Céu], guarda os Mandamentos" (Mateus 19:17).

“A Tua Justiça é Justiça eterna, e a Tua Lei é a própria Verdade” (Salmo 119:142).

“As obras das Tuas mãos são verdade e justiça, fiéis todos os Seus preceitos. Estáveis são eles para todo o sempre” (Salmo 111:7-8).

"Quanto às Tuas prescrições, há muito sei que as estabelecestes para sempre" (Salmo 119:152).

"Não penseis que vim revogar a lei ou os profetas: Não vim para revogar, vim para cumprir" (Mateus 5:17). Leia também: Mateus 5:18-19.

Prova de Amor a Deus e Fonte de Bênçãos:

"Porque este é o amor de Deus que guardemos os Seus Mandamentos" (I João 5:3).

"Se Me amais, guardareis os Meus Mandamentos" (João 14:15).

“NISTO SABEMOS QUE O CONHECEMOS: SE GUARDAMOS OS SEUS MANDAMENTOS” (I JOÃO 2:3).

“Grande paz têm os que amam a Tua Lei; para eles não há tropeço” (Salmo 119:165).

“O temor do Senhor é o princípio da sabedoria; revelam prudência todos os que a praticam” (Salmo 111:10).

“Bem-aventurado o homem que não anda no conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. Antes o seu prazer está na Lei do Senhor, e na Sua Lei medita de dia e de noite” (Salmo 1:1).

“Bem-aventurados os irrepreensíveis no seu caminho, que andam na Lei do Senhor” (Salmo 119:1).

“Desvenda os meus olhos, para que eu contemple as maravilhas da Tua Lei” (Salmo 119:18).

Onde Mora o Perigo:

A grande questão, e nisso o clero católico dá show de interpretação que supera até os melhores atores laureados com o Oscar, é que a Igreja Católica Apostólica Romana, cumprindo as profecias bíblicas, mudou a Lei de Deus e estabeleceu sobre em seu lugar o lixo das tradições humanas. Vejamos:

“Proferirá palavras contra o Altíssimo, magoará os santos do Altíssimo e cuidará em mudar os tempos e a Lei...” (Daniel 7:25, p.p.).

A Bíblia Católica “Bíblia Sagrada, Edição Pastoral”, apresenta este mesmo texto nas seguintes palavras: “Blasfemará contra o Altíssimo e perseguirá seus santos; pretenderá modificar o calendário e a Lei de Deus” (Daniel 7:25).

Vejam as seguintes declarações corroboram quanto a esta mudança:

“Foi a Igreja católica que decidiu que o domingo deveria ser o dia de adoração para os cristãos, em honra da ressurreição”. - Karl Keating, Catolicismo e Fundamentalismo, pág. 38.

“Pergunta: Quando os protestantes profanam o trabalho no Sábado, ou sétimo dia da semana, eles estão seguindo as Escrituras como sua única regra de fé?

Resposta: Pelo contrário, eles têm apenas a autoridade da tradição para esta prática. Ao profanar o Sábado, eles violam um dos Mandamentos de Deus que, em seus princípios, nunca foi revogado: “Lembra-te do dia de Sábado para o santificar” (Êxodo 20:8)”. - Catecismo Controverso, pág. 60.

“A autoridade da Igreja não poderia estar presa à autoridade das Escrituras, porque a Igreja havia mudado o Sábado para o domingo, não por comando de Cristo, mas por sua própria autoridade”. - Cânone e Tradição, pág. 263.

OS DEZ MANDAMENTOS FORAM DADOS POR DEUS?

“No livro do Êxodo (Ex. 34:28) é dito que os dez mandamentos foram escritos por Moisés por ordem de Deus; no Deut. 4:12,13 e 10:1-4, é dito que foram escritos pelo próprio Deus, em placas de pedra.” – “Bíblia: Perguntas Que o Povo Faz”, Frei Mauro Estrabeli, pág. 61, Ed. Paulinas (1990).

“Podemos agora responder à pergunta acima feita dizendo que os 10 Mandamentos foram realmente dados por Deus, porque é Deus mesmo que está à base deles. Eles são um modo de comportar-se e de comprometer-se em relação a Deus e ao próximo. Expressam a vontade salvífica de Deus.” – “Bíblia: Perguntas Que o Povo Faz”, Frei Mauro Estrabeli, pág. 62.

OS DEZ MANDAMENTOS DADOS POR DEUS SÃO OS MESMOS AINDA HOJE?

Resposta: “São os mesmos, sem dúvida. Apenas o modo de formulá-los é diferente. Na Bíblia, os 10 mandamentos têm uma formulação; na catequese da Igreja, têm outra.” – Bíblia: Perguntas Que o Povo Faz, Frei Mauro Estrabeli, pág. 63

Não é à toa que o próprio Senhor Jesus nos advertiu, ao repreender os líderes religiosos do Seu tempo, quanto a deixar-nos moldar a nossa religiosidade em cima das tradições humanas:

“Ele, porém, lhes respondeu: Por que transgredis vós também o Mandamento de Deus, por causa da vossa tradição?” (Mateus 15:3).

“Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. E em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de homens” (Mateus 15: 8-9).

Quanto aos Evangélicos e Demais Cristãos Que Seguem as Mudanças Perpetradas Pela Igreja Romana:

“Portanto, se a crença de que Cristo aboliu a Lei na cruz é verdadeira, o homem ficou na liberdade, desde a cruz, de matar, roubar, adulterar, e, ao mesmo tempo, ser considerado um perfeito cristão”. - Walter Schubert.

EXAME DE MATERNIDADE: DNA DOUTRINÁRIO

“Já que o Sábado, e não o domingo, é especificado na Bíblia, não é curioso que os protestantes, que professam extrair da Bíblia a sua religião, observem o domingo ao invés do Sábado. Sim, é claro, não faz sentido, mas a mudança foi feita cerca de quinze séculos antes do protestantismo nascer. Eles continuaram a obedecer a este costume [TRADIÇÃO], embora esteja baseado na autoridade da Igreja Católica e não num texto explícito da Bíblia.

“Esta observância continua como uma lembrança da Igreja-Mãe da qual os protestantes se desligaram, como um garoto que foge de sua mãe mas ainda carrega em seu bolso uma foto ou um cacho de cabelos de sua mãe”. - Reverendo John O’Brian, A Fé de Milhões, págs. 421-422.

“Ora, sabemos que O temos conhecido por isto: Se guardamos os Seus mandamentos. Aquele que diz: Eu O conheço [conhece e ama ao Senhor Jesus] e não guarda os Seus Mandamentos é mentiroso, e nele não está a verdade” (I João 2:3 e 4).

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Conclusão & Identificação Final dos Fiéis:

Quero concluir este artigo-estudo sobre a Lei de Deus evocando aqui a essência das duas principais declarações do arcebispo dom José Cardoso Sobrinho:

“Têm pessoas que são católicas, mas que não são suficientemente instruídas sobre a Lei de Deus”.

“A lei de Deus está acima de todas as coisas”.

Quanto à primeira declaração, concordamos 100% com o arcebispo: Quase 100% dos católicos, excetuando boa parte do clero por motivos óbvios (embora, mesmo entre estes exista muita gente sincera), não possui instrução correta quanto à Lei de Deus – estão sendo desviados da verdade divina pela força das tradições humanas disseminadas pela liderança da Igreja. Toda a estrutura e arcabouço desta Igreja estão estabelecidos em cima do desconhecimento da Palavra de Deus, do “Assim diz o Senhor...”

No tocante à segunda colocação, ela faz jus aos fiéis – em meio à Babilônia profética destes últimos dias – a todos aqueles que buscam, amam e praticam a Verdade: “Respondendo Pedro e os apóstolos, disseram: Mais importa obedecer a Deus do que aos homens” (Atos 5:29).

Realmente: “A lei de Deus está acima de todas as coisas”. Pois, como afirma Rui Barbosa: “Com a lei, pela lei e dentro da lei; porque fora da lei não há salvação!"

No final da História, existirão apenas dois grupos:

a) Os mentirosos, perversos - ímpios de maneira geral - e aqueles que fingiam e/ou pensavam estar amando e servindo ao Senhor Jesus e que, no entanto, estarão perdidos para sempre:

"Aquele que diz eu O conheço, e não guarda os Seus Mandamentos é mentiroso, e nele não está a verdade" (I João 2:4).

"Quanto, porém, aos covardes, aos incrédulos, aos abomináveis, aos assassinos, aos impuros, aos feiticeiros, aos idólatras e a todos os mentirosos, a parte que lhes cabe será no lago que arde com fogo e enxofre, a saber, a segunda morte" (Apocalipse 21:8). Leia também: Mateus 7:21-23.

b) Os verdadeiros cristãos, os sinceros e fiéis que, ao invés de seguirem os mandamentos e orientações de homens falhos que nem eles, seguirão a Palavra infalível de Deus e obedecerão aos Seus Mandamentos e, portanto, estarão entre os salvos a quem o Senhor Jesus irá receber para viverem eternamente com Ele:

"Aqui está a perserverança dos Santos, os que guardam os Mandamentos de Deus e a fé em Jesus" (Apocalipse 14:12).

“Irou-se o dragão [Satanás: Apocalipse 12:9] contra a mulher [a Igreja Verdadeira: Apocalipse 12:1] e foi pelejar com os restantes da sua descendência [os fiéis destes últimos dias da História], os que guardam os Mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus” (Apocalipse 12:17).

De qual dos grupos o amigo quer fazer parte, agora, no final da História? Pense nisto!


Leia aqui a posição da Igreja a respeito deste assunto.

Desastres naturais: Indícios do fim


“Haverá sinais no Sol, na Lua e nas estrelas; sobre a Terra, angústia entre as nações em perplexidade por causa do bramido do mar e das ondas” (Lucas 21:25).

O mundo dificilmente esquecerá o que aconteceu no domingo, 26 de dezembro de 2004. Quatorze países da Ásia foram arrasados pelos tsunamis, ondas gigantes formadas no litoral do Oceano Índico. Fugindo do inverno no Hemisfério Norte, milhares de europeus – 20 mil suecos apenas na Tailândia, onde 80% dos mortos eram estrangeiros – estavam nos hotéis e locais paradisíacos do Sul e Sudeste da Ásia, desfrutando férias e totalmente à vontade, o que fez com que a tragédia assumisse proporções ainda maiores.

A partir das informações que circularam o mundo no dia fatídico, em jornais, telejornais, notícias pelo rádio e internet, os números só foram crescendo: “Poucas são as palavras que conseguem resumir números tão trágicos. Os mais de 12 mil mortos do domingo se tornaram, ontem, 24 mil. Muitas das fotos são impublicáveis. Corpos boiando na água. Crianças mortas enfileiradas no chão”, afirmou um dos principais jornais brasileiros, dois dias após a tragédia. [1]

Em sua manchete principal, esse jornal trouxe estampadas várias fotos expressando o desespero dos parentes dos mortos, seguidas das informações:

* 24 mil mortos * 75 mil desaparecidos * 2 milhões desabrigados

Extensão do drama choca o mundo

“Desespero. Este é o sentimento em lares nos cinco continentes depois que um terremoto e ondas gigantes devastaram o litoral de oito países no Sul e Sudeste asiáticos”. [2]

Na ocasião, operações de resgate tinham entrado em ação no Sri Lanka, Indonésia, Índia, Tailândia, Ilhas Maldivas e até na Somália, país situado a 5 mil quilômetros de distância do epicentro do terremoto e que, no entanto, foi atingido pela catástrofe.

A devastação das águas foi tamanha que, temem os estudiosos, pode ter extinto algumas etnias da Índia: “Ontem, cientistas descobriram que o terremoto de domingo arrastou o arquipélago indiano de Nicobar, com 550 ilhas. Uma ilha foi dividida ao meio e outras desapareceram. Teme-se que algumas etnias muito antigas que só existiam em Nicobar tenham sido completamente extintas”. [3]

Na quinta-feira, quatro dias após, as manchetes diziam: “Marés de corpos, Mortos já são 80 mil e podem chegar a cem mil; 5 milhões estão sem água e comida”. O texto afirmava: “Estimativas da Organização Mundial de Saúde indicam que cerca de cinco milhões de pessoas foram deixadas sem água ou comida e acesso a saneamento básico após o mais devastador maremoto da História atingir a zona costeira de 14 países no Oceano Índico, domingo. O número de vítimas, que não pára de aumentar à medida que o mar vai devolvendo quantidades enormes de corpos, já chega a 80 mil”. [4]

Os milhares de desaparecidos já faziam antever a extensão da tragédia: “A catástrofe, no entanto, pode ser bem maior, pois ainda há dezenas de milhares de desaparecidos e algumas áreas mais remotas de Sumatra e das Ilhas Andaman e Nicobar ainda não foram alcançadas pelas equipes de socorro. A Cruz Vermelha estima que os mortos podem chegar a cem mil”. [5]

A esta altura dos acontecimentos, correndo contra o tempo e as limitações logísticas impostas pela devastação de proporções dantescas, as autoridades dos países mais atingidos – Indonésia, Sri Lanka, Tailândia e Índia – se viam sobrepujadas pela enorme tarefa de recolher e identificar milhares de corpos espalhados pelas praias, ruas e escombros e levar assistência aos sobreviventes.

Na Índia, foram recuperados os corpos de mais de 500 pessoas que morreram na Basílica de Nossa Senhora de Vallankanni, apanhadas pelos tsunamis durante a missa. Maior santuário católico do país, o templo fica perto da localidade de Thanjavu, varrida do mapa pelo maremoto. “Quem não morreu no impacto (das ondas) foi arrastado e levado pela corrente” – testemunhou o padre Xavier, responsável pela basílica. [6]

Proporções inimagináveis

Juntamente com a mobilização das agências da ONU, da Cruz Vermelha e outros organismos internacionais no socorro imediato às vítimas, ficavam expostas perante o mundo a impotência humana diante destes grandes desastres naturais: “Estamos enfrentando um desastre de proporções sem precedentes na Natureza”, disse o chefe regional da Federação Internacional de Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, Simon Missiri. “A escala deste desastre é inacreditável”, assombrou-se o ministro da informação indonésio, Solyan Djalil, “no domingo o sistema simplesmente ruiu”. Em outras palavras, o governo local foi paralisado porque eles próprios foram vítimas. [7]

“Eu estive em guerras, participei de muitas operações de ajuda em furacões, tornados e outras calamidades. Mas nunca tinha visto nada como isso”, afirmou o general Collin Powell, na época Secretário de Estado americano. [8]

Outra declaração chocante foi feita por Keith Lambert, um voluntário inglês que atuou no resgate e atendimento às vítimas na Tailândia: “Algumas Pessoas querem saber como é o inferno. Bem, eu acho que se pode imaginar como ele seja pelo que se vê por aqui”.

Nos primeiros dias após a tragédia, inúmeros foram os gestos de apoio humanitário em todo o mundo – aqui no Brasil, inclusive, muitas empresas e pessoas se mobilizaram no recolher e doar alimentos e remédios para as vítimas – mensagens de condolências, expressões de pesar e avaliações sobre a extensão da catástrofe. Talvez a mais precisa e lúcida tenha sido apresentada pela revista Veja, em sua primeira reportagem sobre esse desastre natural: “Tão vasto foi o estrago, que é possível que nunca se saiba com certeza o número total de vítimas”. [9]

Realmente, as dificuldades de identificação dos mortos, aliadas à extensão geográfica da tragédia e falta de registros e identificação civil em muitas das áreas atingidas tornaram isso uma realidade cruel. Hoje, passado quatro anos, fala-se em mais de 250 mil mortes.

Globalização das tragédias

Nem bem o mundo havia concluído a contagem dos mortos vítimas dos tsunamis e se recuperado do duro golpe da tragédia na Ásia, somos sacudidos pelas notícias de seguidas devastações em cidades e Estados dos EUA provocadas pelos furacões Katrina e Wilma.

Dois terços dos habitantes de Nova Orleans são negros, uma proporção cinco vezes maior do que a média americana. Um terço deles vive abaixo da linha de pobreza. Sem dinheiro ou carro para fugir da cidade, formaram o grosso do contingente que acabou ficando em Nova Orleans para esperar a passagem do Katrina. “O desastre expôs a pobreza que atinge parte da população dos Estados Unidos, principalmente negros, quase sempre ofuscada pela prosperidade da economia americana”, afirmou a socióloga Margaret Weir, da Universidade da Califórnia. [10]

Ainda em 2005, o mundo viveria os horrores de um terremoto de proporções gigantescas que sacudiu o Paquistão e a Índia, provocou milhares de mortes e dezenas de milhares de feridos, deixando milhões de desabrigados. Dias depois, o furacão Stan mataria mais de 70 mil pessoas na Guatemala e sul do México. E o vulcão Yamatec, em El Salvador, entraria em erupção causando várias mortes e desalojando pelo menos 7.500 famílias. [11]

“O ano de 2005 poderia ter entrado para a história como o período de maior número de catástrofes naturais. Mas não foi assim. Em 2006 houve registro de ainda mais protestos selvagens da Natureza. Para completar o cenário sombrio, Markku Niskala, secretário geral da Cruz Vermelha Internacional, declarou recentemente que em 2007 houve um aumento de 20% de catástrofes em relação a 2006. Alcançou-se a assustadora cifra de quinhentos cataclismos no mundo inteiro. Na atualidade, calcula-se em 250 milhões o número de pessoas afetadas por desastres naturais a cada dez anos. Na metade dos casos, o elemento destruidor é a água”. [12]

A ira satânica no final da História



No Apocalipse, ao descrever a ação de Satanás nos dias finais da História, a Bíblia afirma: “... Ai da Terra e do mar, pois o diabo desceu até vós cheio de grande cólera, sabendo que pouco tempo lhe resta” (Apocalipse 12:12).

Por trás de quase todas tragédias é Satanás que está exercendo o seu poder de destruição, e não Deus! À medida que o mundo avança no pecado e desprezo às Leis do Criador, Deus se vê obrigado a relutantemente remover a Sua proteção e ação restringedora do mal, de forma que Satanás tem mais liberdade para aprimorar sua obra de destruição e morte, que é a sua especialidade:

“O moderador Espírito de Deus, que põe limite ao poder cruel de Satanás, foi removido em grande medida, permitindo-se que realizasse a sua vontade aquele cujo único deleite consiste na miséria humana. Os que haviam escolhido servir à rebelião, foram deixados a colher seus frutos, até que a Terra se encheu de crimes demasiado horrendos para que a pena os descreva”. [13]

Confirmando este posicionamento Bíblico que atribui a Satanás as tragédias e sofrimentos, a Sra. Ellen White escreveu:

“Nos acidentes e calamidades do mar e em terra, nos grandes incêndios, nos violentos furacões e terríveis saraivadas, nas tempestades, inundações, ciclones, ressacas e terremotos, em toda parte e sob milhares de formas, Satanás está exercendo o seu poder. Destrói a seara que está a amadurecer, e seguem-se fome e angústia". [14]

Por outro lado, é certo que os juízos de Deus já começam a cair sobre este mundo; mas estes juízos podem, em grande parte, ser vistos como o resultado da ação de Deus retirar a Sua mão protetora, permitindo que toda a degeneração que o pecado tem potencial para causar na natureza e na alma humana venham à tona com toda sua força e fúria:

“Ao avolumar-se a iniqüidade e retirar-se o protetor poder de Deus, houve tempestades e ventos destruidores. Edifícios foram destruídos pelo fogo e deitados por terremotos...”. [15]

“Um pouco das taças da ira de Deus já tem tido permissão para cair sobre a terra e o mar, afetando os elementos da atmosfera. As causas dessas condições incomuns estão sendo investigadas, mas inutilmente. Já os Seus juízos se manifestam na Terra. Ferozes e terríveis tempestades deixam a destruição e morte em sua esteira. O fogo devorador nivela a desolada floresta e a cidade apinhada. Tempestade e naufrágio aguardam os que viajam no mar. Acidentes e calamidades ameaçam a todos os que viajam em terra. Furacões, terremotos, espada e fome, seguem em rápida sucessão. Contudo, o coração dos homens se acha endurecido. Não reconhecem a voz de advertência de Deus”. [16]

Um horizonte sombrio

Após o longo governo de George W. Bush em que todos os clamores mundiais pelo respeito ao meio ambiente – controle de emissão de gases – caíram em ouvidos moucos, Barack Obama dá sinais freqüentes de respeito às questões ambientais e grande preocupação com a situação do mundo – o que é bastante positivo.

No entanto, as constantes notícias não são nada promissoras e, para muitos pesquisadores e cientistas, o mundo já atingiu aquele ponto crítico sem retorno; é isso o que dizem os jornais a partir das notícias e resultados de pesquisas apresentadas ontem no encontro de especialistas do clima que ocorre até quinta em Copenhague (Dinamarca).

Segundo os cientistas: “A quantidade de calor do Sol absorvido pelo Ártico quadruplicou nos últimos 30 anos, o que aumenta o risco de o sistema climático do planeta cruzar uma fronteira sem volta.

“O número, apresentado saiu de levantamento feito pela Nasa com imagens de satélite. A maior absorção de calor decorre da perda de superfície branca de gelo. Ela gera um ciclo vicioso no qual a própria perda da superfície congelada acelera o processo de derretimento.

“Os números da Nasa saíram de observações entre 1973 e 2007 em regiões próximas ao Alasca que perderam muito gelo. Ao contrário das placas congeladas, que refletem quase toda a luz, o mar absorve o calor e passa a contribuir diretamente para derreter a calota polar.

“De acordo com Son Nghiem, pesquisador do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa que apresentou os dados na conferência, o processo pode explicar as grandes perdas de áreas congeladas nos anos recentes.

“Entre 1998 e 2008, a redução da superfície de gelo no Ártico durante o verão foi 26% superior ao normal. A média nas duas décadas anteriores, embora já indicasse uma diminuição anormal, havia sido de 4%.

“O processo observado no Ártico revela que, devido ao aquecimento global, a região pode estar próxima ao chamado "ponto de virada" --momento em que o processo não pode mais ser revertido. A partir dessa marca o sistema climático seguiria em "resposta positiva", com sua deterioração se retroalimentando, acelerando um eventual colapso.

“No Pólo Norte, o colapso significaria a perda total de gelo durante o verão. A redução total da camada de gelo na região nos meses mais quentes, medida desde os anos 70, já é de 40%. "Ainda não podemos dizer com certeza se o gelo no oceano Ártico deixará de existir no verão. Mas dizemos que os impactos deste fenômeno seriam grandes", diz Nghiem. [17]

Ao apresentar o Sermão Profético, nosso Senhor Jesus profetizou o seguinte sobre os últimos dias que precederiam a Sua vinda: “... angústia entre as nações em perplexidade por causa do bramido do mar e das ondas” (Lucas 21:25). Sabemos que existem profecias sobre a destruição das cidades litorâneas pela elevação do nível do mar; da mesma forma, sabemos que em muitos lugares – até mesmo do Brasil – o mar tem destruído casas e vilas inteiras, retomando o seu antigo curso e território invadido pelas construções e especulação imobiliária.

Segundo os maiores especialistas em questões climáticas reunidos em Copenhague, o aumento da perda sazonal de gelo durante os verões no Ártico é de 26% e o aumento da absorção de calor do Sol na região, nestes últimos 30 anos, é da ordem de 300%.

“Pesquisas recentes da Universidade de Colorado indicam que as calotas da região poderiam deixar de existir em duas décadas. [...] Alguns cientistas voltaram a alertar que permitir que uma elevação na temperatura de 3C poderia causar o derretimento completo da cobertura de gelo da Groelândia”. [18]

Há uma polêmica e números controversos quanto ao tamanho do “estrago”. De qualquer forma, os cientistas são unânimes em afirmar que o derretimento das calotas polares e o conseqüente aumento do nível do mar – via elevação da temperatura nos oceanos e nos pólos – é inegável e o ritmo surpreende a todos.

Face a isso e ao link que Jesus estabeleceu desta profecia com os indicativos do fim, perguntamos: Como negar que a volta de Jesus está às portas?

Referências


1. Jornal do Brasil, 28 de Dezembro de 2004.

2. Jornal do Brasil, 28 de Dezembro de 2004.

3. O Globo, quinta-feira, 30 de Dezembro de 2004.

4. O Globo, quinta-feira, 30 de Dezembro de 2004.

5. O Globo, quinta-feira, 30 de Dezembro de 2004.

6. [O Globo, quinta-feira, 30 de Dezembro de 2004

7. [O Globo, quinta-feira, 30 de Dezembro de 2004]

8. [Veja, 5 de janeiro de 2005].

9. [Veja, 5 de janeiro de 2005].

10. [Veja, 14 de setembro, 2005]

11. Alejandro Bullon, Sinais de Esperança, pág. 50.

12. Ibidem.

13. O Grande Conflito, pág. 286.

14. O Grande Conflito, pág. 590.

15. Eventos Finais, pág. 100.

16. Testemunhos Seletos, vol. II, pág. 76.

17. Folha de S. Paulo, 11 de Março de 2009.

18. Ibidem.

quarta-feira, 11 de março de 2009

O que um padre escreveu sobre o sábado?


“Devem os magistrados e as pessoas residentes nas cidades repousar, e todas as oficinas ser fechadas no venerável dia do sol”[1].

Esse decreto para o repouso no dia de domingo foi promulgado no dia 7 de março pelo Imperador Romano Constantino no ano de 321 A.D.

A Bíblia tem uma lei onde o dia de sábado figura como o dia de repouso: “Lembra-te do dia de sábado, para o santificar.” (Êxodo 20:8).

Pode um decreto feito por algum poder humano alterar a Lei de Deus? Será que o sábado foi anulado com a vinda de Cristo? Por que a maioria dos cristãos guarda o domingo? Quem mudou o dia de guarda?

O Catecismo do Rev. Peter Geiermann[2] recebeu a bênção do Papa Pio X, e sobre a mudança do sábado ele diz o seguinte:

“Pergunta: Qual é o dia de repouso?

“Resposta: O dia de repouso é o sábado.

“Pergunta: Por que observamos o domingo em lugar do sábado?

“Resposta: Observamos o domingo em lugar do sábado porque a Igreja Católica, no Concílio de Laodicéia (336 A.D.), transferiu a solenidade do sábado para o domingo”.

Em outro livro Católico (The Catholic Press de Sydney) novamente a mudança é atribuída à própria igreja:

“O domingo é uma instituição católica e a reivindicação à sua observância só pode ser defendida nos princípios católicos.

“Do princípio ao fim das Escrituras não há uma única passagem que autorize a transferência do culto público semanal do último dia da semana para o primeiro”[3].

Um dos motivos que desencadeou esta mudança na lei de Deus foi a aversão aos judeus e ao dia que os identificavam, o sábado, como conseqüência (Jesus, Paulo e os discípulos eram Judeus, isso revela que o cristianismo não é contrário ao judaísmo). O desejo de conquistar pagãos adoradores do sol (o dia de identificação deles era o domingo) foi outra razão da alteração do dia de guarda na Igreja Católica.

Note o que foi escrito por Vincent Ryan na sua obra O Domingo (Esse livro Católico é recente e fala da história, espiritualidade e celebração do Domingo):

“Domingo. À primeira vista, Sunday [Sun-dia Day-sol], o nome inglês do domingo, não parece ter significado cristão. De fato, a palavra inglesa é de origem pagã, uma lembrança do culto ao sol no mundo antigo. Entre os romanos, esse era o dies solis, o dia consagrado ao deus-sol”[4].

Numa outra obra intitulada Doutrina Católica, vemos o domingo inserido como sendo o terceiro mandamento da Lei de Deus: “Guardar os Domingos e Festas”[5]. É interessante que o texto usado como base é o mesmo texto de Êxodo 20, onde o sábado aparece como o quarto mandamento[6].

Em resposta a um boletim escrito por um protestante atacando as doutrinas Católicas, o Pe. Júlio Maria é feliz quando refuta a questão do dia de guarda:

“O boletim protestante diz: Guardamos o Domingo. Mas, como é isso, caro protestante? Isto é romano! Mostre-me onde está na Bíblia o preceito de guardar o Domingo?... Aqui os sabatistas têm razão contra as outras seitas: o Sábado é o dia do senhor! (Êx. 20:10). Santificai o dia do Sábado (Jr. 17:22). Guardai o meu Sábado, diz o Senhor (Êx. 31:14). Este homem não é de Deus, pois não guarda o sábado (Jó. 9:16).

“Eis o que é bem claro e positivo. Em parte nenhuma figura o Domingo como o dia do Senhor. Como é que um protestante zeloso, cioso de observar todos os preceitos da Bíblia, desobedece tão formalmente?

“Olhe caro amigo, isto faz até duvidar do seu protestantismo!...

“Nós, católicos romanos, guardamos o Domingo, em lembrança da ressurreição de Cristo, e por ordem do chefe da nossa Igreja, que preceituou tal ordem do Sábado ser do Antigo Testamento, e não obrigar mais no Novo Testamento.

“O amigo está se afastando do protestantismo e virando católico. Meus parabéns!”[7]

Em resposta aos ataques doutrinários feitos por um protestante, de forma escrita, o Pe. Júlio Maria defende a doutrina católica. Apesar de tudo o que ele escreveu ser algo notável, muitos que se dizem cristãos não guardam o Sábado, e desta forma, estão seguindo um decreto Católico.

No dia 16 de outubro de 2002, a Revista Veja, págs 11 a 15, publicou uma entrevista com o Pe. John McCloskey. Esse padre se tornou famoso por converter protestantes nos Estados Unidos, e uma de suas declarações acabou como título do artigo: “A Igreja não vai mudar”. É interessante que o padre enfatiza o poder da igreja Católica, como legisladora de doutrinas e teses: “Quem acredita tem de se entregar totalmente às teses da Igreja”, declarou o padre.

A igreja Católica não mudou e não vai mudar, são os protestantes que estão mudando, e retornando para o local de onde vieram: a igreja de Roma. Se Martinho Lutero ressuscitasse hoje ficaria decepcionado de ver todo seu esforço deitado por terra na maioria das igrejas cristãs. A reforma iniciada por ele ficou em muitas denominações estagnada. Seu objetivo era voltar a ter “Somente a Escritura” como base de fé e doutrinas, e seu trabalho deveria ser levado a diante em outros pontos doutrinários, como o dia de guarda.

Você não precisa ser teólogo para compreender os textos abaixo, mas se compreendê-los, vai acabar se tornando um reformador como Lutero:

Êxodo 31:16 “Pelo que os filhos de Israel guardarão o sábado, celebrando-o por aliança perpétua nas suas gerações”.

Êxodo 31:18 “E, tendo acabado de falar com ele no monte Sinai, deu a Moisés as duas tábuas do Testemunho, tábuas de pedra, escritas pelo dedo de Deus”. (Os Dez Mandamentos não foram escritos por Moisés, mas pelo Próprio Deus).

Salmos 111:7 e 8 “As obras de suas mãos são verdade e justiça; fiéis, todos os seus preceitos. Estáveis são eles para todo o sempre, instituídos em fidelidade e retidão”.

Mateus 5:17 a 19: Jesus disse: “Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim para revogar, vim para cumprir. Porque em verdade vos digo: até que o céu e a terra passem, nem um i ou um til jamais passará da Lei, até que tudo se cumpra. Aquele, pois, que violar um destes mandamentos, posto que dos menores, e assim ensinar aos homens, será considerado mínimo no reino dos céus; aquele, porém, que os observar e ensinar, esse será considerado grande no reino dos céus”. (Jesus não veio mudar a lei, por isso, ela não foi cravada na cruz, como é dito por aí).

Lucas 4:16 “Indo para Nazaré, onde fora criado, entrou, num sábado, na sinagoga, segundo o seu costume, e levantou-se para ler”. (Jesus tinha o costume de ir adorar no sábado)

Atos 17:2 “Paulo, segundo o seu costume, foi procurá-los e, por três sábados, arrazoou com eles acerca das Escrituras”.

Atos 18:4 “E todos os sábados discorria na sinagoga, persuadindo tanto judeus como gregos”.

Atos 25:8 “Paulo, porém, defendendo-se, proferiu as seguintes palavras: Nenhum pecado cometi contra a lei dos judeus, nem contra o templo, nem contra César”.

(Paulo além de adorar e pregar no sábado como Jesus, ele afirma não ser transgressor).

Tiago 2:10 “Pois qualquer que guarda toda a lei, mas tropeça em um só ponto, se torna culpado de todos”. (Não adianta guardar nove mandamentos).

Danie7:25 “Proferirá palavras contra o Altíssimo, magoará os santos do Altíssimo e cuidará em mudar os tempos e a lei; e os santos lhe serão entregues nas mãos, por um tempo, dois tempos e metade de um tempo”. (A Bíblia já antecipava que a Lei de Deus seria mudada pelo poder do mal).

A Igreja Católica, quando coloca a autoridade final na própria igreja e não na Bíblia, é coerente ao guardar o domingo, pois se julgam na autoridade de mudar a Lei de Deus. Por outro lado muitos afirmam crer que a Bíblia é autoridade final e guardam o domingo, isso é incoerência.
Deus nos dá a liberdade para escolher a quem e o que seguir. Espero que sua escolha seja coerente, e se sua base for a Bíblia, tenho certeza que o Senhor ficará muito feliz.

Por Que o Sábado?

Está comprovado que cada pessoa tem necessidade de um descanso semanal. É por isso que a maioria descansa um dia na semana (normalmente o Domingo), ou como alguns pastores, na segunda-feira.

O descanso sabático não é meramente descanso físico. Deus não se cansou por criar o mundo em seis dias! A palavra “descansou” (Gên. 2:2) no original tem a mesma raiz da palavra Sábado, ou seja, poderia ser traduzida de forma literal por “sabadeou”. Isso significa que guardar o Sábado é muito mais que repouso físico, é honrá-lo como memorial da criação de Deus, reconhecendo a Ele como Criador e Mantenedor.

É por isso que Deus não nos pediu um dia em sete dias, Ele pediu o Sábado. Não é um princípio, mas algo determinado! Poderia ser a segunda-feira? Se Deus a tivesse escolhido, sim, mas Ele escolheu o Sábado. Guardando o dia escolhido por Deus, você reconhece a soberania do Criador, se mostra obediente e submisso à Sua vontade.

Dia do Senhor: “Achei-me em visão no dia do Senhor,” foi a declaração feita por João em Apocalipse 1:10. Infelizmente é necessário defender que esse dia é o Sábado, e não qualquer outro dia, no nosso meio adventista.

Alguns estão “tirando o corpo fora” dizendo que esse dia não é um dia literal, mais um dia simbólico, que representa o dia do juízo de Deus.

O próprio contexto confirma a literalidade da expressão: (v.9) João está numa ilha (uma pessoa num local preciso) chamada Patmos (ilha literal, ou há alguém que quer conseguir uma interpretação simbólica para ela, como a “solidão espiritual”); (v.10) num tempo preciso, dia do Senhor, e ouviu algo preciso, que está nos versos seguintes.

Assim como o sábado era especial para João, o deve ser para nós. Além de ser o memorial da Criação, da Redenção e da Salvação futura, ele é o dia do Senhor nosso Deus (Sábado como dia do Senhor: Êx. 20:10; Isa. 58:13; Marc. 2:27-28).

Sinal de Deus
O que é um sinal na Bíblia?
Vou responder fazendo uso de meu caderno de anotações das aulas de teologia, num estudo feito sobre sinal, pelo Pr. Reinaldo Siqueira (Ph.D. em Antigo Testamento):
Características de um sinal:

1) Intrinsecamente não há nada no sinal que o faça melhor do que o outro de sua categoria. Ex. O sábado tem a mesma quantidade de horas do que os outros dias; o ar é o mesmo; etc.

2) Está ligado ao ato que fundamenta o concerto de Deus com os homens. Ex. No Éden, o sábado está ligado com a criação; na morte de Jesus, está ligado com a redenção.

3) É algo estabelecido por Deus que requer observação e cujo sentido está baseado somente na autoridade divina.

Exemplos de sinais na Bíblia: Arco-íris (que em si mesmo não tem força para impedir um outro dilúvio, como Deus prometeu); circuncisão; batismo.

A Bíblia afirma que o Sábado é o sinal de Deus (Ezequiel 20:20). Obedecê-Lo é reconhecer Seu poder e se colocar como um servo fiel e obediente.

[1] Veja detalhes no livro de Carlyle B. Haynes, Do Sábado Para o Domingo, 7ª ed. (Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 1998), 43 e 44 .
[2] Ibid, 48.
[3] Ibid, 49 e 50.
[4] Vincent Ryan, O Domingo: História, Espiritualidade, Celebração. (São Paulo: Paulus, 1997), 49.
[5] Ver Pe. Luiz G. da Silveira D’Elboux, Doutrina Católica, 12ª ed. (São Paulo: Edições Loyola1992), 53.
[6] Ibid.
[7] Padre Júlio Maria, Ataques Protestantes às Verdades Católicas com as Respectivas Respostas Irrefutáveis, 4ª ed.. (Petrópolis, RJ: Editora Vozes Limitada, 1950), 61 e 62.

Fonte: Nisto Cremos

Super-heróis querem mesmo substituir Deus


No dia 6, escrevi que os super-heróis vireram para substituir os deuses mitológicos e estão até mesmo querendo ocupar o lugar do Deus bíblico. Pois bem, Watchmen é o novo sucesso transportado das histórias em quadrinhos (HQs) para os cinema. O filme é baseado numa graphic novel (ou "romance visual") de Alan Moore e Dave Gibbons que foi publicada em meados da década de 1980 e marcou época, sendo considerada um clássico dos quadrinhos adultos, tanto que também é a única história em quadrinhos presente na lista dos 100 melhores romances eleitos pela revista Time desde 1923. A história se passa nos EUA de 1985, um país no qual aventureiros fantasiados combatem o crime ao mesmo tempo em que vivem seus dramas pessoais. O país estaria vivendo um momendo delicado no contexto da Guerra Fria e em vias de dar início a uma guerra nuclear contra a União Soviética (eu vivi toda essa paranóia durante minha adolescência). A mesma trama envolve os episódios vividos por um grupo de super-heróis do passado e do presente e os eventos que circundam o misterioso assassinato de um deles. Resumidamente, é isso.

De modo geral, segundo a crítica, o filme segue de perto a história em quadrinhos. Mas foi necessária uma alteração no fim da produção em relação à HQ. Sobre isso, o diretor Zack Snyder comenta: "Permanece a ideia do inimigo em comum das duas superpotências que estão na iminência de uma guerra nuclear que acabará com o planeta. E esse inimigo sendo Deus me pareceu uma ideia boa demais pra ignorar. 'Deus nos traiu', adoro isso. E também dá um encerramento tão bom para a história do Dr. Manhattan... ele é meu personagem favorito, então minha tendência foi me preocupar um pouco além do que deveria com ele."

O Dr. Manhattan, que é comparado a Deus por Snyder, é um dos watchmen e se trata de um ser praticamente onipotente.

Pra que sutilezas e subliminaridades? Hoje em dia, as intenções dos diretores e produtores não precisam mais ser mascaradas.

Fonte:Michelson Borges

Cientistas identificam áreas do cérebro ligadas à fé


A ciência provavelmente não é capaz de provar se Deus existe ou não existe, mas a fé religiosa, pelo visto, é bem real – ao menos em seus efeitos sobre o cérebro. Pesquisadores americanos estudaram o órgão em ação e conseguiram mapear as regiões cerebrais que entram em atividade quando alguém pensa em Deus, no conteúdo de uma determinada doutrina religiosa ou nas cerimônias ligadas à sua fé. A pesquisa, coordenada por Jordan Grafman, dos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos, está na edição desta semana da revista científica PNAS. A primeira conclusão da equipe é que não existe nenhum “órgão divino” especializado no cérebro. Para processar informações, sensações e emoções ligadas à religião e à crença em Deus, as pessoas utilizam regiões do cérebro que também servem para outras funções do dia-a-dia mental.

Isso vale, por exemplo, para quando os voluntários tinham de imaginar Deus relativamente distante do mundo e das pessoas, sem se envolver com os assuntos terrenos; Deus enraivecido e Deus amoroso. Em todas essas situações, as áreas do cérebro que ficaram ativas, de acordo com exames de ressonância magnética, tinham a ver com a chamada Teoria da Mente. A Teoria da Mente é uma propriedade mental humana que tem a ver com a detecção de emoções e intenções em outras pessoas ou seres. É a capacidade que você usa para imaginar por que um amigo ou um parente ficou bravo com você por algum motivo, por exemplo. Nesse caso, os voluntários estão pensando num agente sobrenatural (Deus) como se ele tivesse uma mente como a de outros seres humanos.

Da mesma forma, áreas cerebrais tipicamente associadas com o raciocínio abstrato, a memória e a fala “acenderam” quando as pessoas tinham de pensar em dogmas de sua religião, enquanto regiões associadas com o processamento sensorial ficavam ativas quando a pessoa tinha de pensar em rituais religiosos. Assim, para o cérebro, decorar informações sobre a Santíssima Trindade não seria muito diferente de aprender uma equação matemática, e assistir a uma missa seria parecido com ir ao teatro, por exemplo.

Os pesquisadores ressaltam que a pesquisa foi feita exclusivamente com cristãos ocidentais. A religiosidade de pessoas de outras partes do mundo pode envolver aspectos cognitivos diferentes.

(G1 Notícias)

Nota: Na verdade, não existe mesmo um “órgão divino” dentro do cérebro. O próprio cérebro pode ser considerado uma “antena parabólica” capaz de sintonizar Deus (por isso mesmo deve ser mantido nas melhores condições possíveis). Diferentemente dos animais, o ser humano tem noção de transcendência e inclinação natural para a fé (os estudos do psicanalista fundador da logoterapia, Viktor Frankl, são bem interessantes a esse respeito). O fato é que fomos programados para crer, criados para outro mundo, conforme disse C.S. Lewis.

terça-feira, 10 de março de 2009

Elas querem um romance de cinema



Deu na IstoÉ desta semana: “Nas comédias românticas, quando o cosmos entra em ação, não é necessário esforço, apenas a sorte de estar no lugar certo, na hora certa. Basta não discutir com os deuses e deixar que os olhares e a sintonia de pensamentos fluam. Essas produções atraem milhões de espectadores ao cinema, que saem das salas de projeção enlevados, certos de que é possível viver histórias de amor como a que acabaram de assistir. Pesquisadores escoceses comprovaram que tais devaneios só prejudicam os relacionamentos do outro lado da tela.

“[Essas] produções são mais populares entre as mulheres. Para elas, reforçam crenças do relacionamento predestinado – a tal outra metade da laranja – e a ideia de que o amor prescinde de conversa, pois um apaixonado pode ler o pensamento do outro. (...) Já os homens pensam ter encontrado a cara-metade quando a química sexual é intensa.
O estudo também mostra que 90% dos entrevistados recorrem ao cinema e 94% à televisão para aprender a lidar com relações amorosas na vida real. É certo que o reforço dos estereótipos dos ideais românticos é alavancado pela força da indústria cinematográfica. (...)”

Tanto homens quanto mulheres imaginam a relação ideal com base em pressupostos inadequados. A tom meloso e a promessa do “felizes para sempre” distorce a verdadeira relação que deve haver entre os casais. O romantismo é fundamental, sem dúvida, mas haverá problemas ao longo da vida de casados, e esses problemas devem ser resolvidos com maturidade, diálogo, compreensão e amor. Não um amor baseado apenas em sentimentos, mas um amor comprometido, fruto também da razão e da decisão diária de se amar a pessoa escolhida. Esse é o amor princípio. Um amor sereno, nem sempre arrebatador como o das produções hollywoodianas, mas eterno, posto que não é chama. E que deve ser alimentado diariamente. Como? Com ambos indo à fonte do verdadeiro amor: Deus (1 João 4:8).

Istoé

Bento XVI: "Roma deve reencontrar sua alma"


O Papa Bento XVI se dirigiu hoje às autoridades civis da cidade de Roma, e as animou a voltar a "encontrar a alma desta cidade, berço da civilização", de seu passado imperial e cristão, para poder responder aos desafios atuais. "Na época pós-moderna, Roma deve voltar a apropriar-se de sua alma mais profunda, de suas raízes civis e cristãs, se quiser tornar-se promotora de um novo humanismo que coloque no centro a questão do homem reconhecido em sua realidade plena", afirmou. O Papa foi recebido nesta manhã pelas autoridades civis da Urbe no Campidoglio, sede da prefeitura hoje governada por Gianni Alemanno, e em cuja praça milhares de romanos se reuniram para dar-lhe as boas-vindas.

Em seu discurso, na Sala Giulio Cesare, em presença dos vereadores e demais autoridades civis, Bento XVI afirmou a importância de redescobrir, especialmente as novas gerações, os "valores perenes" do homem, especialmente a referência a Deus. "Os episódios de violência, deplorados por todos, manifestam um mal-estar mais profundo; são sinal de uma verdadeira pobreza espiritual que aflige o coração do homem contemporâneo."

"A eliminação de Deus e de sua lei, como condição da realização da felicidade do homem, não alcançou de fato seu objetivo; ao contrário, priva o homem das certezas espirituais e da esperança necessárias para enfrentar as dificuldades e os desafios cotidianos", acrescentou.

Diante do "enfraquecimento preocupante dos ideais humanos e espirituais" que fizeram de Roma o "modelo" de civilização para o mundo inteiro, o Papa propôs a colaboração da Igreja, através das paróquias e instâncias educativas. (...)

O Papa mostrou seu conhecimento de que, "extraindo nova seiva das raízes de sua história, plasmada pelo direito antigo e pela fé cristã, Roma saberá encontrar a força para exigir de todos o respeito às normas da convivência civil e rejeitar toda forma de intolerância e discriminação". (...) [Grifos acrescentados.]

Zenit


Nota: O grande problema da igreja cristã primitiva foi justamente sua romanização. Enquanto os discípulos e seus seguidores diretos puderam preservar a doutrina pura deixada por Jesus e registrada nos evangelhos, a força da igreja residia no poder do Espírito Santo e no testemunho poderoso dos cristãos. Com o tempo, esse poder foi substituído pelos compromissos com o Estado. O poder espiritual foi eclipsado pela influência política. Ao mesmo tempo, doutrinas pagãs como a observância do dia do Sol (sunday), o domingo, e a veneração aos mortos, além do culto às imagens, passaram a invadir a igreja sob a influência do Império Romano, agora cristianizado (mas com um pé no paganismo). É essa a "alma de Roma" que o papa quer resgatar? Quando fala em "lei de Deus", Bento XVI pensa em Êxodo 20 ou no Catecismo, com seu mandamento que ordena a guarda do domingo em lugar do sábado, o memorial da Criação? A solução para o mundo dependeria, então, de um sistema político-religioso? Se, para responder aos desafios modernos, é necessário voltar ao "passado imperial e cristão" da igreja, os perigos de uma religião opressora que conta com o apoio do Estado podem estar mais uma vez rondando a humanidade. O passado está cada vez mais próximo...

segunda-feira, 9 de março de 2009

Deuses e super-heróis


No livro Nossos Deuses São Super-Heróis (Ed. Cultrix), Christopher Knowles mostra o que está por trás das histórias em quadrinhos (HQs). Segundo ele, que trabalhou no meio, é possível identificar raízes esotéricas, de magia e misticismo em diversas HQs e personagens de quadrinhos. Knowles afirma que os super-heróis vieram ocupar o papel que os deuses e semideuses representavam para os antigos. Essa associação entre quadrinhos e religião (infelizmente, com a religião bíblica também) vem se tornando cada vez mais evidente. Recentemente, os três principais personagens da DC Comics - Superman, Batman e Mulher-Maravilha - foram chamados de Trindade. Na ilustração acima (à esquerda), lê-se o título "Segunda vinda". Alguns anos atrás, a mesma DC lançou a série "Batman, o Messias" e a série "Kingdon come", numa alusão clara à oração do Pai Nosso, que pede: "Venha o Teu reino." As histórias em quadrinhos trabalham com o imaginário religioso messiânico especialmente forte nos Estados Unidos protestantes. O problema (além de todo o misticismo apontado por Knowles) é que elas põem de lado o verdadeiro Messias, membro da verdadeira Trindade e que realmente vai voltar à Terra, e colocam em Seu lugar os messias imaginários de capa vermelha, capa preta, que soltam teias das mãos, etc. Pelo visto, os super-heróis não vieram apenas para substituir os deuses, querem ocupar também o lugar do verdadeiro Deus.

sexta-feira, 6 de março de 2009

Gravidez de menina de 9 anos é destaque na imprensa internacional


O caso da menina de 9 anos que sofreu um aborto no Recife, na quarta-feira (4), ganhou destaque na imprensa internacional. Jornais e sites destacaram a decisão do arcebispo de Olinda e Recife, dom José Cardoso Sobrinho, que disse que a mãe dela e os médicos foram excomungados após a interrupção da gravidez.

A rede inglesa "BBC" informou que o aborto é permitido no Brasil, nos casos de violência sexual e quando a vida da mãe corre risco. O texto afirma que os médicos disseram que a menina de 9 anos estava incluída nos dois casos. O americano "The New York Times" citou uma entrevista com a diretora do hospital onde foi realizado o aborto, Fatima Maia, que confirmou os riscos para a mãe.

O "Daily Mail" lembra que o advogado da arquidiocese pernambucana, Márcio Miranda, afirma que "não matar" é uma lei de Deus. A publicação diz ainda que "há mais católicos no Brasil do que em qualquer outro país do mundo".

O caso também continua causando polêmica no Brasil. O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, falou sobre o assunto na quinta-feira (5). "Ao defender levar a gravidez até o fim, estaria se colocando a vida dessa menina em risco. Há uma questão extremamente grave e eu fiquei impactado com os dois eventos: a agressão contra a menina e a posição desse bispo, que realmente é lamentável."

Em resposta, o arcebispo disse que não se arrepende de ter falado em excomunhão e ter se colocado contra o aborto. "Eu me arrependeria se não tivesse feito isso. Seria um pecado de omissão".

Ao site espanhol "Elpais.com", que também fez reportagem sobre o caso, o arcebispo disse, por telefone, que tem o dever de "alertar o público, para que tenham temor às leis de Deus".

NOTA: Este é um tema sempre difícil de discutirmos, mas sempre devemos pedir orientação a Deus para que nos ilumine para entermos seus propósitos. No livro Declarações da Igreja (p. 117-120) encontramos a posição oficial da IASD sobre o aborto. Entre outras coisas lemos: "O ideal de Deus para os seres humanos atesta a santidade da vida humana, criada à imagem de Deus, e exige o respeito pela vida pré-natal... O aborto nunca é um ato de pequenas consequências morais. Assim, a vida pré-natal nunca deve ser irrefletidamente destruída... O aborto por motivo de controle natalício, escolha do sexo ou conveniência não é aprovado pela igreja. Contudo, as mulheres, às vezes, podem deparar-se com circunstâncias excepcionais que apresentam graves dilemas morais ou médicos, como: ameaça significativa à vida da mulher gestante, sérios riscos à sua saúde, defeitos congênitos graves cuidadosamente diagnosticados no feto e gravidez resultante de estupro ou incesto. A decisão final quanto a interromper ou não a gravidez deve ser feita pela mulher grávida após o devido aconselhamento".

Quanto à declaração do arcebispo católico (posição oficial da Igreja Católica) contrário ao aborto neste caso, ele falou algo certo "a lei de Deus está acima de qualquer lei humana", porém, ao não levar em conta o bom senso e outros fatores médicos, sua posição acaba sendo uma aplicação de justiça sem nenhuma misericórdia. Será que ele vai lembrar do que disse (a lei de Deus está acima de qualquer lei humana) quando a Lei Dominical for imposta? E o sábado da Lei de Deus?