sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Desvendando o Apocalipse: a Grande Babilônia


Mulher em profecia significa igreja. O capítulo 12 de Apocalipse apresenta uma mulher cujos símbolos que a representam não deixam dúvidas quanto a ser a verdadeira igreja de Deus. Mas neste capítulo, o 17, outra mulher é apresentada. Uma mulher “vestida de púrpura e de escarlate, e adornada com ouro, pedras preciosas e pérolas”. Uma mulher que tem em sua mão “um cálice de ouro cheio das abominações e da imundícia da sua prostituição”. Uma mulher com a qual “se prostituíram os reis da Terra”; que embebeda os habitantes da Terra “com o vinho da sua prostituição”; que “está embriagada com o sangue dos santos e com o sangue das testemunhas de Jesus”. Uma mulher denominada de “a grande Babilônia, a mãe das prostituições e das abominações da terra”. Enfim, uma mulher “montada numa besta escarlate, que estava cheia de nomes de blasfêmias, e que tinha sete cabeças e dez chifres”. A profecia não deixa dúvidas de que essa mulher é a igreja de Roma.

Apocalipse 17:1: “Veio um dos sete anjos que tinham as sete taças e me disse: Vem, mostrar-te-ei a condenação da grande prostituta que está assentada sobre muitas águas.”

O apóstolo João descreve a cena em que um anjo se aproxima e o leva a uma visão da condenação da “grande prostituta” – assim é declarada essa igreja porque foi infiel ao Senhor Jesus Cristo. Adulterou, tornando-se amante da idolatria.

Apocalipse 17:2: “Com ela se prostituíram os reis da terra, e os que habitam na terra se embebedaram com o vinho da sua prostituição,”

Essa tem sido a história da igreja de Roma, desde o quarto século até nossos dias. Deixou de ser uma igreja para ser um Estado em meio aos Estados do mundo. Sua influência entre os governos da Terra, com raras exceções, é a mais poderosa de todas as influências humanas.

E, como igreja, não está ligada ao Estado por afinidades espirituais, mas por finalidades políticas, isto é, para fazer do Estado um instrumento de sua política sob o véu da religião.

Uma pessoa embriagada tem a mente entorpecida pela ação do álcool. Perde-se a razão e o domínio próprio, e a mente se torna totalmente indefesa.

Mas o que é, afinal, o “vinho da sua prostituição?” Sabemos que a “mulher” aqui é a igreja que se prostituiu por abandonar a verdade de Cristo. Portanto, é o seu corpo de falsas doutrinas que constitui o “vinho da sua prostituição”, com o qual “os habitantes da Terra se embebedaram”.

Embriagadas com o vinho servido pela “grande prostituta”, as multidões da Terra não podem entender as verdades do evangelho. A mente está embotada pelo vinho dos enganos da “grande Babilônia” e, por mais clara que seja a verdade de Cristo, seus olhos e ouvidos não podem vê-la e aceitá-la.

Apocalipse 17:3: “Então o anjo me levou em espírito a um deserto, e vi uma mulher montada numa besta escarlate, que estava cheia de nomes de blasfêmia, e que tinha sete cabeças e dez chifres.”

A mulher santa do capítulo 12, que representa a igreja de Cristo, foi vista nas alturas dos Céus. A mulher deste capítulo 17, a “grande prostituta”, fora vista no deserto, lugar da habitação dos demônios.

A besta de cor escarlate sobre a qual a mulher está montada tem todas as características do dragão vermelho do capítulo 12 e muita semelhança com a besta do capítulo 13. O dragão, diz a profecia, é Satanás no controle do Império Romano, sendo também Roma-pagã. A besta do capítulo 13, que recebera o poder do dragão, é Roma papal, sucessora de Roma pagã. Assim podemos ter uma idéia da besta sobre a qual a igreja de Roma fora vista “montada”.

Blasfêmias são palavras que ofendem a Deus. A besta sobre a qual a mulher está montada age dessta forma. Proclamar-se intermediário entre o povo e Deus e afirmar que pode perdoar pecados são algumas das blasfêmias cometidas por essa igreja prostituta.

Apocalipse 17:4: “A mulher estava vestida de púrpura e de escarlate, e adornada com ouro, pedras preciosas e pérolas. Tinha na mão um cálice de ouro cheio das abominações e da imundícia da sua prostituição.”

Há mais de dois mil anos, João descreveu exatamente as cores das roupas usadas pelos líderes dessa Igreja. Púrpura e escarlate são as cores predominantes na indumentária dos cardeais da igreja de Roma. Os adornos de “ouro, pedras preciosas e pérolas” mostram a riqueza dessa igreja milenar. Cumprem-se, um a um, os detalhes da profecia.

A igreja que se arroga ser depositária da verdade serve em taça de ouro abominações e imundícias resultantes da sua prostituição.

Apocalipse 17:5: “E na sua testa estava escrito: Mistério, a grande Babilônia, a mãe das prostituições e das abominações da terra.”

A testa é a sede da razão e da consciência. Isso significa que a liderança da igreja de Roma tem plena consciência do que a profecia diz a seu respeito. O apóstolo Paulo se referiu ao “mistério” da grande Babilônia, denominando-o de “mistério da injustiça” (2Ts 2:7).

Não era um mistério Roma pagã perseguir a igreja cristã. Mas uma igreja que se dizia cristã embriagar-se “do sangue dos santos e do sangue das testemunhas de Jesus”, isso é verdadeiramente um mistério.

Comparando a igreja de Roma com a antiga Babilônia, a revelação faz uma drástica denúncia ao responsabilizá-la pela corrupção da fé cristã. A antiga Babilônia é reconhecida por dominar as consciências humanas, impondo a idolatria e uma religião que tinha por fundamento a salvação pelas obras ao invés da salvação pela fé instituída no plano de Deus. Desse modo, Roma é a Babilônia do Apocalipse.

Quem são essas “prostitutas” das quais a igreja de Roma é a mãe? As filhas são as igrejas protestantes que com ela comungam em muitos pontos de doutrinas. Babilônia mãe e suas filhas são acusadas de provocar a confusão reinante no seio do cristianismo com suas centenas de denominações e falsas doutrinas.

Apocalipse 17:6: “Vi que a mulher estava embriagada com o sangue dos santos e com o sangue das testemunhas de Jesus. Quando a vi, admirei-me com grande espanto.”

Na Inquisição, os seguidores fiéis da Palavra de Deus foram perseguidos e assassinados. Cada detalhe da profecia é comprometedor contra a igreja de Roma. A revelação de Deus denuncia essa instituição como anticristã.

Apocalipse 17:7: “Então o anjo me disse: Por que te admiras? Eu te direi o mistério da mulher, e da besta que a leva, a qual tem sete cabeças e dez chifres.”

Por que João ficou admirado? Certamente não era em face da perseguição ao povo de Deus, afinal, ele havia testemunhado a feroz perseguição do poder romano contra Jesus. Mas essa perseguição vinha da Roma pagã, inimiga declarada de Cristo. Agora ele via uma igreja nominalmente cristã perseguindo cristãos verdadeiros.

Apocalipse 17:8: “A besta que viste era e já não é, e subirá do abismo, e irá à sua destruição. Os que habitam na terra (cujos nomes não estão escritos no livro da vida desde a fundação do mundo) se admirarão, vendo a besta que era e já não é, mas que virá [agora é].”

Aparentemente, esse texto pode parecer um tanto confuso, mas existe uma explicação lógica para o verso. Nunca é sábio ser dogmático quando se estudam profecias não cumpridas. Um princípio bíblico é claro: Jesus disse: "Disse-vos agora, antes que aconteça, para que, quando acontecer, vós creiais (Jo 14:29).

Os acontecimentos, quando acontecerem, sem dúvida esclarecerão muitas dessas passagens difíceis. Alguns estudiosos sustentam que se pode dizer que a besta, ou poder político do papado, era de 538 a 1798; já não era de 1798 a 1929; mas que virá.

A mulher representa o poder eclesiástico; a besta, o poder político. Nesse símbolo, encontramos completa união entre igreja e Estado, e todos cujos nomes “não estão escritos no livro da vida” ficam admirados ao testemunhar o surgimento e influência desse tremendo poder político-religioso descrito como “a besta que era, e que já não é, mas que virá”.

Apocalipse 17:9: “Aqui é necessário a mente que tem sabedoria. As sete cabeças são sete montes, sobre os quais a mulher está assentada.”

A Bíblia revela o local ou sede da igreja prostituta: Roma, a cidade edificada sobre sete montes, chamada de “a cidade das sete colinas”, denominadas: Aventino, Palatino, Quirinal, Viminal, Ceoli, Janículo e Esquilino. Assim, em primeiro plano, as sete cabeças apontam para a cidade de Roma.

Apocalipse 17:10: “São também sete reis. Cinco já caíram, um existe, o outro ainda não é chegado. Quando vier, convém que dure um pouco de tempo.”

Em segundo plano, as sete cabeças da besta “são também sete reis”. Ao tempo em que esta profecia teve sua especial aplicação, cinco das sete cabeças da besta já haviam “caído”. Embora possa não ser sábio mostrar-se dogmático sobre a identificação dessas cabeças, é significativo que há sete diferentes e distintos poderes introduzidos nas Escrituras pelos símbolos proféticos. Eles estão claramente indicados: Babilônia (o leão, Dn 7:4); Pérsia (o urso, Dn 7:5); Grécia, o leopardo, Dn 7:6); Roma pagã (a besta com dez chifres, Dn 7:7); Roma papal, ou eclesiástica (a besta com sete cabeças de Ap 13 e também a ponta pequena de Dn 7:8; Ap 13:2, 5); Democracia ou os EUA (a besta com dois chifres que fará uma imagem à besta, Ap 13:11-14) e a última grande confederação do mal (a besta escarlate, Ap 17:3).

Apocalipse 17:11: “A besta que era e já não é, é o oitavo rei. Pertence aos sete, e vai à sua destruição.”

O poder romano é um só, quer na fórmula pagã quer na papal; a besta é um único poder e suas sete cabeças a representam em toda a sua história. Desse modo, o poder revitalizado do papado é a sétima das sete cabeças da besta. E quando, por um breve tempo, a besta e o falso profeta unirem seus poderes, constituirão o “oitavo rei”.

Apocalipse 17:12: “Os dez chifres que viste são dez reis que ainda não receberam o reino, mas receberão a autoridade, como reis, por uma hora, juntamente com a besta.”

Apocalipse 17:13: “Estes têm um mesmo intento, e entregarão o seu poder e autoridade à besta.”

Esses assim chamados reis têm um mesmo intento, e entregarão o seu poder e autoridade à besta. Essa grande nova confederação de poder político e eclesiástico tem pouca duração (cerca de uma hora profética). Isaías 8:9-15 fala a respeito de uma confederação que existirá nos últimos dias, a qual equivale à declaração acerca de dez reis com apenas um propósito. Apocalipse 16:13 e 14 fala acerca de três espíritos imundos que reúnem os reis do mundo inteiro para a batalha do Armagedom.

Apocalipse 17:14: “Guerrearão contra o Cordeiro, e o Cordeiro os vencerá, porque é o Senhor dos senhores e o Rei dos reis; vencerão também os que estão com Ele, chamados eleitos e fiéis.”

Apocalipse 17:15: “Então o anjo me disse: As águas que viste, onde se assenta a prostituta, são povos, multidões, nações e línguas.”

Apocalipse 17:16: “A besta e os dez chifres que viste são os que odiarão a prostituta, e a tornarão desolada e nua, e comerão as suas carnes, e a queimarão no fogo.”

Um dia, os que foram enganados pelos falsos mestres religiosos terão um triste despertar, e se voltarão contra os que os ludibriaram. Eles ficarão furiosos pela maneira errônea com que foram orientados, e deixarão de apoiar a igreja de Roma.

Apocalipse 17:17: “Pois Deus lhes pôs no coração o realizarem o intento dele, concordando dar à besta o poder de reinar, até que se cumpram as palavras de Deus.”

Apocalipse 17:18: “A mulher que viste é a grande cidade que reina sobre os reis da terra.”

Alguma forma de religião apostatada sempre tem sido usada pelo inimigo para manipular o poder civil, tentando atrapalhar os planos de Deus e criando dificuldade para Seu povo. Durante os tempos modernos o povo de Deus tem tido descanso de perseguições governamentais.

Em breve a ferida mortal estará curada e a besta vai recobrar seu poder e o mundo todo a seguirá. O falso profeta começará a falar como dragão e todos os outros eventos acontecerão sucessivamente.

Nenhum filho fiel à Palavra de Deus será pego de surpresa, muito pelo contrário, o cumprimento das profecias bíblicas irá mais uma vez confirmar a fé em Jesus e em Seu breve e certo retorno.

(Texto da Jornalista Graciela Érika Rodrigues, inspirado na palestra do advogado Mauro Braga.)

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

O Movimento Reformista de 1914 e Posteriores - Parte I

QUANDO, ONDE E PORQUE SURGIU O MOVIMENTO DE REFORMA NA IASD?
O Movimento de Reforma, intitulado “Sociedade Missionária Internacional dos
Adventista do Sétimo Dia Movimento de Reforma”, surgiu em 1914, na Alemanha,
baseado no fanatismo de algumas pessoas, em sua maioria líderes da IASD naquele
país.
Quando ocorreu a Primeira Guerra Mundial, alguns pastores adventistas,
líderes da Igreja na Alemanha, sem qualquer autorização da Associação Geral,
escreveram alguns artigos apoiando a participação de jovens adventistas na
guerra. Isso causou polêmica entre os membros, pois alguns não concordavam com
tal atitude, e começaram a criar uma outra guerra – agora dentro da IASD. Em vez
de tentarem resolver pacificamente o problema, começaram a acusar a Igreja
Adventista de ser “Babilônia”.
Estes irmãos não esperaram a decisão da Conferência Geral sobre o assunto,
ocorrida em 1920. A esta altura, os “reformistas” já estavam organizados
separadamente da IASD.

“Na América do Norte, não examinamos profundamente vossa causa, de forma
que não tomamos ainda nenhuma decisão. Sentimos que não podíamos tomá-la devido
à grande distância que havia entre nós. Também sentimos que não era prudente
aprofundar o assunto e chegar a conclusões durante a grande luta, e em meio a
todas as dificuldades que estava encerrada. Desejamos deixá-lo até virmos aqui
para discuti-lo face-a-face” (Protocolo de Friendensau, p. 3).,0

Vejamos um diálogo entre A. G. Daniels, então presidente da Associação
Geral dos Adventistas, e E. Dorsheler, primeiro presidente do Movimento de
Reforma.

Daniels: Desde quando começou sua organização?
Dorsheler: Desde 1915.
Daniels: Querem dizer vocês que este quadro (a verdadeira igreja)
representa a congregação de vocês, e o outro quadro (a igreja apóstata)
significa a nossa organização?
Dorsheler: Não sabemos nada, todavia, da América do Norte. Não sabemos se
está baseado nos princípios antigos; porém, se na Alemanha não se retira o
documento dirigido ao ministério da guerra, nós representamos um quadro (a
verdadeira igreja) e vocês o outro.

A Conferência Geral daquela época não apoiou os documentos publicados pelos
dirigentes alemães. Vejamos o que o presidente da IASD declarou:
“Nestes países se fizeram algumas declarações que não nos parecem de todo
bem. Gostaria de dizer que quando recebemos na América do Norte a declaração do
irmão Dail, não nos pareceu correta, e lamentamos isso” (Protocolo de
Fiendensau, p. 32).

Esse mesmo pastor Dail, reconheceu seu erro posteriormente. Em 1922 o
Comitê executivo da Divisão Européia fez uma declaração reconhecendo que eles
erraram em terem publicados os artigos sobre a participação dos jovens na
guerra:
“No concílio do comitê da Divisão Européia, em Gland, Suiça, de 27 de
dezembro de 1922 a 02 de janeiro de 1923, revisou-se nossa posição durante a
guerra, conforme expressa em diversos documentos, e nós por meio desta, mediante
nossas assinaturas, confirmamos novamente o que já foi declarado em Fridensau,
em 1920, o nosso pesar pelo fato de terem sido omitidos tais documentos” (O
Movimento de Reforma entre o Povo Adventista, p. 11).

Apesar desse reconhecimento de erro, os reformistas continuaram acusando a



IASD, dizendo que ela não é mais a Igreja de Deus. Sobre este tipo de acusação,
a senhora White escreveu:
“Coisa alguma ofende tanto a Deus como os servos de satanás se esforçarem
para privar Seu povo de seus direitos. O Senhor não abandonou o Seu povo.
Satanás aponta os erros que eles têm cometido, e procura fazê-los crer que se
separaram de Deus” (Mensagens Escolhidas, vol. 2, p. 397).

O Movimento de Reforma surgiu sem qualquer base profética, pois vivem
apenas para acusar a Igreja Adventista, pregando sempre a divisão, e não a
união, pela qual Ellen White tanto apelou.

“Os que têm proclamado ser a Igreja Adventista do Sétimo Dia babilônia, tem
feito uso dos testemunhos para dar a sua atitude um aparente apoio, mas por que
é que não apresentaram aquilo que por anos tem sido a preocupação da minha
mensagem – unidade da Igreja? Por que não citaram as palavras do anjo: Uni-vos,
uni-vos, uni-vos?” (Testemunhos para Ministros, p. 56).

A divisão e discórdia sempre fizeram parte deste Movimento. A prova é que
já em 1951, em uma reunião da Conferência Geral deles, na Holanda, brigaram
tanto que acabaram se dividindo e formando duas Conferências Gerais da Reforma,
uma com sede na Alemanha, e outra, nos Estados Unidos. Vivem acusando-se
mutuamente. De vez em quando tentam a união, mas acabam intensificando as
divergências. Professam a mesma doutrina, a mesma regra de fé... mas vivem
separados... que incoerência!


A IGREJA ADVENTISTA DO SÉTIMO DIA NUNCA CAIRÁ
Os reformistas gostam de afirmar que a Igreja Adventista caiu. No entanto,
o Espírito de Profecia sempre afirmou que isso nunca aconteceria.

“Erguem-se continuamente pequenos grupos que crêem que Deus está unicamente
com os poucos, os dispersos, e sua influência é derrubar e espalhar o que os
servos de Deus constroem. Espíritos desassossegados, que desejam ver e crer
constantemente alguma coisa nova surgem de contínuo, uns aqui, outros ali,
fazendo todos uma obra especial para o inimigo, e todavia, pretendendo possuir a
verdade. Eles ficam separados do povo a quem Deus está conduzindo e fazendo
prosperar, e por meio de quem a de realizar Sua grande obra” (Testemunhos
Seletos, vol. 1, p. 166, originalmente escrito em 1863).

“A Igreja talvez pareça prestes a cair, mas não cairá. Ela permanece, ao
passo que os pecadores de Sião são jogados fora no joeiramento – a palha
separada do trigo precioso. É esse um transe terrível, não obstante importa que
tenha lugar” (Mensagens Escolhidas, vol. 2, p. 280).

Em 1913 ela escreveu:
“Quando a noite não consigo dormir, elevo o coração a Deus em oração, e Ele
me fortalece e me dá a certeza de que está com os Seus servos ministradores em
campo nacional e em terras distantes. Cobro ânimo, e sinto-me abençoada ao
reconhecer que o Deus de Israel ainda está guiando o Seu povo, e continuará com
eles até o fim” (Mensagens Escolhidas, vol. 3, p. 439).

“Não há necessidade de duvidar, de temer que a obra não terá êxito. Deus
está à frente da obra, e Ele porá tudo em ordem. Se na direção da obra houver
coisas que careçam de ajustamentos, Deus disso cuidará e operará para corrigir
todo erro. Tenhamos fé em que Deus há de pilotar seguramente ao porto a nobre
nau que conduz ao povo de Deus” (Idem, vol. 2, p. 363).

Os vários movimentos reformistas têm se especializado em afirmar que a
Igreja Adventista do Sétimo Dia caiu em 1914, e não é mais a Igreja de Deus,
constituindo-se, portanto, em babilônia (ou parte dela). Também afirmam que os
que desejam se salvar devem abandonar a Igreja Adventista e se unirem aos
reformistas.
Idéias como estas já existiam nos tempos de Ellen White, quando muitos se
levantaram para afirmar o mesmo que os reformistas afirmam hoje em dia. Qual a



resposta do Espírito de Profecia? Vejamos...

“Quando se levanta alguém, de nosso meio ou fora de nós, tendo a
preocupação de proclamar uma mensagem que declare que o povo de Deus pertence ao
número dos de babilônia, e que pretenda que o alto clamor é um chamado para sair
dela, podereis saber que esse tal não é portador da mensagem da verdade. Não
recebais, não lhe desejeis bom êxito; pois Deus não falou por ele, nem lhe
confiou uma mensagem, mas ele correu antes de ser enviado... Surgirão mensagens
de acusação contra o povo de Deus, imitando a obra feita por Satanás em acusar o
povo de Deus” (Testemunhos para Ministros, p. 41-42).

“Aqueles que afirmam que as Igrejas Adventistas do Sétimo Dia constituem
babilônia ou qualquer parte de babilônia, deveriam antes ficar em casa” (Idem,
p. 37).

“A mensagem que declara a Igreja Adventista do Sétimo Dia babilônia, e
chama o povo de Deus a sair dela, não vem de nenhum mensageiro celeste, ou
nenhum instrumento humano inspirado pelo Espírito de Deus” (Mensagens
Escolhidas, vol. 2, p. 66).

“Em todas as épocas do mundo têm havido homens que pensam terem uma obra a
fazer para o Senhor, e não manifestam respeito por aqueles que o Senhor tem
usado. Não fazem aplicações corretas das Escrituras, e torcem as Escrituras para
manterem suas próprias idéias. Quaisquer que sejam as pretensões dos que se
afastam do corpo para proclamar teorias de sua própria invenção, eles estão a
serviço de Satanás, a fim de maquinar algum outro ardil para desviar almas da
verdade para este tempo” (Meditações Matinais 1980, p. 170).


CONCLUSÕES
Vemos nesta primeira etapa que o Espírito de Profecia nos oferece as
seguintes conclusões:

1. A Igreja Adventista do Sétimo Dia não é babilônia, nem participa dela;
2. As igrejas denominacionais caídas é que fazem parte de babilônia;
3. Não é necessário sairmos da IASD para realizarmos uma reforma;
4. Aqueles que acusam a IASD de ser babilônia estão fazendo a obra do
diabo;
5. Os que andam com estas acusações devem arrepender-se, e unirem-se ao
corpo de Cristo.

Fonte: http://prgilsonmedeiros.blogspot.com

Por que creio no ministério de Ellen White?


Tenho observado um crescente desinteresse dos Adventistas pelo estudo dos livros do Espírito de Profecia, escritos por Ellen Gould White, apesar de a Igreja, especialmente aqui na Divisão Sul-Americana, promover nos últimos anos algumas facilidades para a aquisição de livros, barateando-os ao máximo. Existem algumas Uniões, como a Nordeste, por exemplo, que também promovem anualmente campanhas de incentivo à leitura do Espírito de Profecia, com livros a menos de R$ 5,00.

Mas mesmo assim parece que os Adventistas da atualidade perderam um pouco o respeito e o interesse pelos estudos dos livros do Espírito de Profecia... o que é uma pena!

Ao longo destes anos como membro da IASD tenho percebido que a firmeza na fé e a solidez da vida espiritual estão intimamente ligados com o estudo das mensagens proféticas que Deus revelou ao Seu povo remanescente destes últimos dias.

Devemos sempre evitar os DOIS EXTREMOS:
1 - Considerar os escritos de Ellen White como funcionando num nível canônico idêntico ao das Escrituras.
2 - Ou considerá-los como literatura cristã comum.



Que relação os livros de Ellen White têm para com as Escrituras?*

AFIRMAÇÕES:
1. Cremos que as Escrituras são a Palavra de Deus divinamente revelada e que são inspiradas pelo Espírito Santo.
2. Cremos que o cânon das Escrituras é composto apenas dos sessenta e seis (66) livros do Velho e Novo Testamentos.
3. Cremos que as Escrituras são o fundamento da fé e a autoridade final em todos os assuntos de doutrina e prática.
4. Cremos que as Escrituras são a Palavra de Deus em linguagem humana.
5. Cremos que as Escrituras ensinam que o Dom de Profecia será manifesto na Igreja Cristã depois dos tempos do Novo Testamento.
6. Cremos que o ministério e escritos de Ellen G. White forma uma manifestação do Dom de Profecia.
7. Cremos que EGW foi inspirada pelo Espírito Santo e que seus escritos, o produto dessa inspiração, são aplicáveis e autoritativos, especialmente para os Adventistas do Sétimo Dia.
8. Cremos que os propósitos dos escritos de EGW incluem a direção na compreensão dos ensinos das Escrituras e a aplicação destes ensinos, com urgência profética, à vida moral e espiritual.
9. Cremos que a aceitação do Dom Profético de EGW é importante para o crescimento espiritual e unidade da IASD.
10. Cremos que o uso que EGW faz de fontes e assistentes literários encontra paralelo em alguns dos escritos da Bíblia.

NEGAÇÕES:
1. Não cremos que a qualidade ou grau de inspiração dos escritos de EGW seja diferente da Bíblia.
2. Não cremos que os escritos de EGW sejam uma adição ao cânon das Escrituras Sagradas.
3. Não cremos que os escritos de EGW funcionem como o fundamento e autoridade suprema da fé cristã, como as Escrituras.
4. Não cremos que os escritos de EGW possam ser usados como base de doutrina.
5. Não cremos que o estudo dos escritos de EGW possa ser usado para substituir o estudo das Escrituras.
6. Não cremos que as Escrituras possam ser compreendidas somente através dos escritos de EGW.
7. Não cremos que os escritos de EGW exauram o significado das Escrituras.
8. Não cremos que os escritos de EGW sejam essenciais para a proclamação das verdades das Escrituras à sociedade em geral.
9. Não cremos que os escritos inspirados de EGW sejam meramente produto de devoção cristã.
10. Não cremos que o uso que EGW fez de fontes e assistentes literários negue a inspiração de seus escritos.

* Conforme VOTO pela Associação Geral, em abril de 1980, com as alterações de 2/1983.

Para aqueles que desejam conhecer mais a fundo o que os Adventistas crêem e ensinam sobre o ministério de Ellen White, eu recomendo a leitura da excelente obra do Dr. Herbert E. Douglass, Mensageira do Senhor, publicado pela CPB.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Sepultamento ou cremação?


Os adventistas do sétimo dia nunca tomaram uma posição sobre cremação, porque nossa compreensão bíblica acerca da morte e ressurreição faz com que o assunto perca sua importância (veja Jó 19:27; Daniel 12:2; Lucas 24:39). Contrários à idéia de uma dicotomia entre corpo e alma, afirmamos que o ser humano tem uma existência física tanto antes da morte como na ressurreição. O Deus que nos criou no princípio é igualmente capaz de nos recriar das cinzas da incineração, ou do pó que resulta do lento processo da decomposição. Todas substâncias orgânicas retornam a seus elementos básicos. A única diferença é sobre quanto tempo isso leva.

Na verdade, não defendemos a idéia de que na ressurreição o novo ser será composto das mesmas células e átomos que antes lhe formavam o corpo. As células morrem e os átomos se dispersam, e a restauração de uma pessoa não consiste apenas na reunião e reestruturação dos átomos, mas na expressão do poder criativo de Deus, não importando quais átomos estejam envolvidos (Salmo 104:29-30). Sabemos que cada ser vivo é um conduto por onde novos átomos entram enquanto que os velhos se dispersam, de modo que, numa escala maior, em 10 anos cada pessoa será composta por átomos inteiramente diferentes.

A pessoa que morre permanece na mente de Deus e, por meio de Seu poder criador, Ele haverá de restaurar-lhe a vida segundo Sua vontade, num novo corpo isento dos efeitos os pecado (I Coríntios 15:52). Na ressurreição, o Criador não depende de elementos previamente existentes.

Alguns dentre nós têm usado Amos 2:1 para se opor à prática da cremação. O profeta afirma que Deus Se irou contra Moabe “porque queimou os ossos do rei de Edom, até os reduzir a cal” (ARA). O principal problema de interpretação nesse texto é a frase “até os reduzir a cal”, que reflete com precisão o texto hebraico. O substantivo sid não significa “cinzas” mas “cal”. A cal era usada para rebocar paredes e pedras. Alguns têm sugerido que, nesse caso em particular, os ossos foram queimados ou calcinados para se obter cal. Seja como for, não há dúvida de que Moabe está sendo reprovado por causa de seu desprezo para com restos mortais humanos. Portanto, o profeta está se referindo a um ato de ódio e vingança que resultou no desrespeito para com a dignidade humana. Isso não é o que chamaríamos de cremação.

Cremação, propriamente falando, poderia ser um ato de piedade. Em I Samuel 31:11-13 lemos como os israelitas tomaram o corpo de Saul e seus filhos “do muro de Bete-Seã e os levaram para Jabes, onde os queimaram” (NVI). Esse não foi um ato de vingança, mas uma maneira adequada de pôr fim à humilhação de um corpo humano, nesse caso, o do primeiro rei de Israel.

Para alguns cristãos, a questão do sepultamento em lugar da cremação é muito importante. Eles notam que a cremação é adotada em países como Índia e China, cuja cultura predominante não é cristã. Na verdade, esses países superpopulosos já enfrentaram há muito tempo o dilema de poucas terras férteis e a necessidade de cemitérios, introduzindo em sua religião a noção da cremação, compreendida em termos de uma espécie de purificação pelo poder do fogo. Do ponto de vista científico, esse método oferece vantagens relacionadas com a prevenção de infecções. É fato que na tradição judaica os mortos eram consistentemente sepultados, costume esse que foi incluído nos cânones católicos e assim perpetuados na comunidade cristã. Mas, quando analisado à luz de nossa compreensão acerca de como Deus age, a cremação não representaria nenhum problema.

Hoje em dia, cerca de 50% das pessoas que morrem nos Estados Unidos são cremadas, principalmente por causa dos altos custos envolvidos num sepultamento. A cremação, em geral, não custa mais de 10% do valor de um sepultamento. Em relação a esse assunto, os adventistas permitem que seus membros sigam a consciência, e pelas razões acima citadas será difícil adotarmos uma posição oficial a respeito.

Fonte: Revista Diálogo - George W Reid (Th D. pelo South-western Baptist Theological Seminary) atuou por 20 anos como diretor do Biblical Research Institute da Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia. Aposentado, ele continua fazendo palestras e escrevendo. Seu email: missiontvl@juno.com

Interpretação equivovada da Biblia

Você vai ver agora uma história muito estranha. Ela envolve um homem que se diz pastor evangélico, a vizinha dele e o marido da vizinha.



A casa no bairro de Vila Nova de Colares, na cidade de Serra Grande, em Vitória, virou o centro das atenções. É onde mora um pedreiro que também se diz pastor. A vizinhança desconfia.

“Que é esquisito, é”, diz um morador da cidade.

“Ouvi falar que existia isso, que pastor tem direito a essas coisas”, comenta uma vizinha.

Essas coisas significam casos extraconjugais. O pedreiro-pastor é Justino de Oliveira, de 50 anos. E foi na bíblia que o pastor viu que poderia ter outras mulheres.

“Eu gostaria de ter alguém que mostrasse biblicamente onde foi proibido um homem ter mais de uma mulher”, desafia o pedreiro.

Pouca gente freqüenta os cultos do pedreiro, que apresenta como pastor. Umas 12 pessoas, nas contas dele mesmo. E foi na convivência com os fiéis que Justino se viu envolvido em mais um caso extraconjugal. Aconteceu depois que uma mulher que mora na vizinhança contou a ele uns sonhos que vinha tendo.

Na casa dela, a música evangélica pode ser ouvida de longe. A mulher tem quatro filhos, é casada e prefere não aparecer. Disse que sonhou que teria filhos com o pastor. Uma revelação.

“Deus me levou a fazer isso, não teve pra onde eu correr”, afirma ela.

O marido também conversou com o pastor. Aceitou.

“Eu pensei comigo que se fosse da vontade de Deus, seria feito”, diz o marido.

“Entramos em oração, pedindo a Deus misericórdia, e foi uma das coisas mais difíceis da minha vida tomar essa decisão de pegar uma mulher com marido”, admite Justino.

O pastor também é casado. Como explicar? A bíblia. Oséias, capítulo 3.

“Esse profeta, um homem como nós, diz assim: ‘Deus mandou tomar uma mulher e adulterar”.

Mas é a palavra adulterar ou a palavra adúltera? ‘Receba essa mulher que foi adúltera?

“Não. Aqui está dizendo ‘Vai outra vez, ama uma mulher, amada de seus amigo, e adúltera, como o Senhor ama os filhos de Israel, embora eles olhem para outros deuses e amem os bolos de uvas’”

A palavra tem acento, ou seja, uma interpretação equivocada. É um grande equívoco, na opinião do pastor da Igreja Batista de Vitória, Francisco Mecenas. O capítulo de Oséias fala de perdão a uma mulher adúltera. A Bíblia também é clara em relação às obrigações de um pastor.

“’A conduta de um pastor ou um bispo deve ser irrepreensível e deve ser marido de uma só mulher’. Isso é a palavra de Deus. A necessidade do povo comum é conhecer a palavra de Deus para não ser enganado por qualquer pessoa que se levante com um livro preto na mão, com a Bíblia, levando as pessoas a errar”, alerta Francisco.

Fonte: Fantastico

Nota: Fica claro que as pessoas muitas vezes são levadas por seus lideres religiosos, isto é perigoso. Ou seja, se formos guiados somente por homens sem conhecermos verdadeiramente a palavra de Deus podemos ser enganados por falsas doutrinas.

Demanda por Bíblias cresce na China


A demanda de Bíblias na China tem crescido tanto que a Amity Print, empresa que publica mais Bíblias no país e, provavelmente, no mundo, tem encontrado dificuldades para atender os pedidos. "Desde que começamos, em 1988, não paramos de crescer", disse o diretor da editora, o neozelandês Peter Dean. "Este ano publicamos 3,1 milhões de exemplares, somente na China", acrescentou.

A Amity Print, que tem sede em Nanquim, no sul da China, produz Bíblias também para exportação, principalmente para Rússia e países da África. Desde que começou a funcionar, a empresa já vendeu 41 milhões de Bíblias na China e 9 milhões para exportação.

Dean explicou que a Amity produz Bíblias baseando-se em pedidos do Conselho de Cristãos da China, o órgão reconhecido pelo governo chinês, que depois se encarrega da distribuição. "O procedimento para vender diretamente nas livrarias é mais complexo e nós não somos uma editora, o editor é o Conselho de Cristãos", disse Dean. "Também a Igreja Católica chinesa nos pediu uma grande quantidade de exemplares", acrescentou.

De 500 mil cópias em 1988, a Amity passou para 3 milhões em 2007, em uma demanda que cresce de acordo com a economia chinesa. "A que mais vende é a edição de bolso, acho que isso significa que quem compra a Bíblia são os jovens", afirmou Dean.

A mudança foi profunda desde o início dos anos 70, quando a polícia comunista queimava livros religiosos em público. Segundo números oficiais, na China existem hoje 4 milhões de católicos, 17 milhões de protestantes e 100 milhões de seguidores do budismo e do taoísmo.

Em seu livro Jesus in Beijing, o jornalista norte-americano David Aikman afirma que os cristãos são mais de 80 milhões, enquanto observadores independentes afirmam que aqueles que praticam os ritos das religiões tradicionais na China são pelo menos 200 milhões.

O problema da religião na China continua a ser delicado. O governo de Pequim reserva-se o direito de nomear os bispos católicos e de encontrar a reencarnação dos lamas tibetanos.

Em outubro passado, o Comitê Organizador das Olimpíadas de 2008 em Pequim foi obrigado a voltar atrás em sua decisão de proibir os membros das equipes olímpicas de trazer ao país "livros de propaganda religiosa".

"Se virmos o assunto em perspectiva, o que acontece hoje na China não é muito diferente do que aconteceu antes na Europa, quando não havia sido resolvido o problema da relação entre os governos e o poder espiritual", afirmou Dean.

A difusão da Bíblia e de outros livros religiosos é permitida na China desde 1979. a maior parte das Bíblias é distribuída pelas igrejas durante cerimônias religiosas e uma rede de livrarias especializadas, mas não é difícil encontrar exemplares nas grandes livrarias, como a que pertence à Nova China, a editora proprietária da maior agência de notícias do país.

(O Estado de S. Paulo)

Nota: “E este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as gentes, e então virá o fim” (Mt 24:14).

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Desvendando o Apocalipse: as sete pragas


Antes de libertar Seu povo do cativeiro do Egito, Deus fez com que dez pragas terríveis caíssem sobre o poder opressor. Da mesma maneira, antes do segundo advento de Cristo, Deus fará cair sete tremendas pragas sobre os opressores de Seu povo. Elas serão derramadas sobre os que tomaram sua decisão com a besta, sua imagem, receberam o seu sinal e oprimiram o povo de Deus. As pragas serão o resultado da desobediência aberta aos mandamentos de Deus.

As sete pragas são luzes de advertência à civilização atual do grave perigo futuro. Trarão o cunho da ira de Deus, sem mescla de misericórdia, como desfecho da história de uma civilização que O desonra. Serão lançadas na Terra exatamente ao fechar-se a porta da graça. Todo aquele que as receber é digno delas, pois menosprezou o evangelho da graça que o poderia livrar do grande perigo; endureceu o coração com a mensagem de misericórdia e zombou do Salvador.

Deus é amor. Embora o povo O amaldiçoe diante de Sua face, Ele continua a abençoá-lo, derramando Suas bênçãos, como o Sol e a chuva, tanto sobre justos como injustos (Mt 5:45). Em breve a taça da ira de Deus ficará cheia e Ele, então, fará o que a Bíblia chama de Sua estranha obra (Is 28:21). É chamada assim porque Deus é amor (1Jo 4:8) e não tem prazer no castigo do ímpio (Ez 18:32).

Naquele dia, Deus protegerá Seu povo. Ele diz: “Vai pois, povo Meu, entra nos teus quartos e fecha as tuas portas sobre ti; esconde-te só por um momento, até que passe a ira. Pois eis que o Senhor sai do Seu lugar, para castigar a iniqüidade dos moradores da terra; a terra descobrirá o sangue que embebeu e já não encobrirá aqueles que foram mortos” (Is 26:20-21).

De acordo com a Bíblia, as sete pragas durarão um dia profético, ou seja, o período de um ano. “Por isso, em um só dia, sobrevirão os seus flagelos” (Ap 18:8).

Apocalipse 16:1: “Então ouvi, vinda do templo, uma grande voz que dizia aos sete anjos: Ide, e derramai sobre a terra as sete taças da ira de Deus.”

Apocalipse 16:2: “O primeiro saiu e derramou a sua taça sobre a terra, e apareceu uma chaga feia e dolorosa nos homens que tinham o sinal da besta e que adoravam a sua imagem.”

As sete pragas serão derramadas na Terra logo após o fechamento da porta da graça. A mão misericordiosa que deteve a ira não poderá mais interceder. Será o chamado “tempo de angústia”, sem paralelo na história, predito por Daniel (Dn 12:1). As pragas são inteiramente literais. Cada praga perdurará até que todas sejam derramadas.

Não haverá quem possa curar aquele que for ferido por esta praga da ira de Deus. É este o verdadeiro quadro da profecia de Zacarias: “E esta será a praga com que o Senhor ferirá a todos os povos que guerrearam contra Jerusalém: a sua carne será consumida, estando eles de pé, e lhes apodrecerão os olhos nas suas órbitas, e lhes apodrecerá a língua na sua boca” (Zc 14:12).

A primeira praga terá por alvo uma classe definida de pessoas. Ela cai sobre os que têm “o sinal da besta” e adoram “a sua imagem”. Assim a primeira praga será uma resposta categórica aos pretensos teólogos que, cheios de prevenção e aversão à lei de Deus, ensinam o povo a guardar o domingo, um dia que foi estabelecido por um Imperador Romano, e a rejeitar abertamente o selo de Deus, o santo sábado. Esses senhores do falso púlpito sofrerão a ira de Deus, sem misericórdia.

Antes da primeira praga cair sobre o seu alvo, anunciando o fechamento da porta da graça, a mensagem do terceiro anjo terá realizado a sua obra de advertência contra a adoração da besta, sua imagem e seu sinal. Portanto, antes que os anjos derramem as pragas, toda a família humana estará selada e dividida em duas classes de pessoas:

1. Os que guardam os mandamentos de Deus (Ap 12:17).

2. Os que têm o sinal da besta (Ap 14:9-10).

Para cada praga existe uma promessa para o povo de Deus. Não há tentação sem um escape. Não há ameaça sem uma promessa.

Promessa de Deus

“Não te assustarás do terror noturno... nem da peste que se propaga nas trevas... Caiam mil ao teu lado, e dez mil à tua direita; tu não serás atingido... Nenhum mal te sucederá, praga nenhuma chegará à tua tenda” (Sl 91:5-10).

Apocalipse 16:3: “O segundo anjo derramou a sua taça no mar, que se tornou em sangue como de um morto, e morreram todos os seres viventes que estavam no mar.”

Esta segunda praga, que será lançada no mar, redundará numa catástrofe. Todas as águas salgadas do mundo tornar-se-ão em sangue de morto. É difícil conceber algo mais infeccioso do que o sangue de um morto. Após a morte, o sangue se transforma imediatamente. Basta dizer que todos os animais marinhos morrerão. Por certo um odor repugnante inundará a Terra, levado pelos ventos. Evidentemente, todo o tráfego internacional marítimo terá que ficar repentinamente paralisado.

Apocalipse 16:4: “O terceiro anjo derramou a sua taça nos rios e nas fontes das águas, e se tornaram em sangue.”

Apocalipse 16:5: “Então ouvi o anjo das águas dizer: Justo és tu, ó Senhor, que és e que eras, o Santo, porque julgaste estas coisas;”

Apocalipse 16:6: “porquanto derramaram o sangue de santos e de profetas, também tu lhes deste sangue a beber; são merecedores disto.”

Apocalipse 16:7: “E ouvi uma voz do altar responder: Na verdade, ó Senhor Deus Todo-Poderoso, verdadeiros e justos são os teus juízos.”

Os rios e as fontes das águas são o alvo da terceira praga – Todas as águas tornar-se-ão em sangue de morto. Será uma calamidade mundial. Os reservatórios não conterão água potável, mas apenas “sangue como de um morto”.

Promessa de Deus

Deus assegura proteção ao Seu povo: “Os aflitos e necessitados buscam águas, e não as há, e a sua língua se seca de sede; mas eu, o Senhor, os ouvirei, Eu, o Deus de Israel, não os desampararei” (Is 41:17).

Apocalipse 16:8: “O quarto anjo derramou a sua taça sobre o Sol, e foi-lhe permitido que abrasasse os homens com fogo.”

Apocalipse 16:9: “Os homens foram abrasados com grande calor, e blasfemaram contra o nome de Deus, que tem poder sobre estas pragas, mas não se arrependeram para lhe darem glória.”

O Sol, adorado pelos pagãos e pelo cristianismo apostatado, revoltar-se-á contra os seus adoradores, abrasando-os. Os infiéis continuarão blasfemando contra Deus. Eles não podem arrepender-se, porque o arrependimento é obra do Espírito Santo - a quem rejeitaram -, e antes que as pragas caiam o Espírito de Deus terá sido retirado da Terra.

Promessa de Deus

Deus promete proteger Seu povo: “O Senhor é quem te guarda; o Senhor é a tua sombra à tua direita. De dia não te molestará o Sol, nem de noite, a Lua” (Sl 121:5, 6).

Apocalipse 16:10: “O quinto anjo derramou a sua taça sobre o trono da besta, e o seu reino se fez tenebroso. Os homens mordiam as suas línguas de dor,”

Apocalipse 16:11: “e por causa das suas dores, e por causa das suas chagas, blasfemaram contra o Deus do céu, e não se arrependeram das suas obras.”

O objetivo desta quinta praga é o trono da besta. Ao cair sobre o seu trono, ficará constatado, mais que nunca, que o seu poder pertence ao reino das trevas e está sob o controle do príncipe das trevas. Deus é um Deus de luz. A primeira coisa que Ele fez na criação do mundo foi criar a luz. Ele disse: “Haja luz.” Jesus disse: “Eu sou a luz do mundo.”

Há uma semelhança entre estas pragas e as pragas que caíram no Egito. Foram juízos de Deus que caíram sobre um pequeno país, enquanto as sete últimas pragas afetam o mundo inteiro.

Promessa de Deus

Quando o Egito estava em trevas, havia luz nas habitações dos israelitas. Deus não deixará o Seu povo na escuridão.

Apocalipse 16:12: “O sexto anjo derramou a sua taça sobre o grande rio Eufrates, e a sua água secou-se, para que se preparasse o caminho dos reis do Oriente.”

Por ocasião da queda da Babilônia literal, foram secando as águas do Eufrates pelo qual Ciro teve acesso à cidade. Quando Babilônia espiritual cair, as águas (que são “povos, multidões, nações e línguas” [Ap 17:15]) vão secar. Multidões enormes apóiam “Babilônia”. A Babilônia moderna confia no seu “Eufrates” (o apoio da população mundial) de maneira tão ingênua quanto a antiga Babilônia confiou no seu Eufrates (o literal). Esse apoio vai secar.

Apocalipse 17:16 diz que os chifres (as nações de todo o mundo) se voltarão contra a meretriz. Milhões e milhões de pessoas ao redor do mundo vão, de repente, perceber a hipocrisia de seus líderes espirituais e terão repugnância do clero, em quem depositaram sua confiança. Elas ficarão desiludidas e retirarão o apoio que deram ao falso sistema religioso conhecido como Babilônia.

Apocalipse 16:13: “Então vi três espíritos imundos, semelhantes a rãs, saírem da boca do dragão, da boca da besta e da boca do falso profeta.”

Apocalipse 16:14: “São espíritos de demônios que operam sinais e vão ao encontro dos reis de todo o mundo, a fim de congregá-los para a batalha, naquele grande dia do Deus Todo-poderoso.”

As contrafações de Satanás:

1. O livro de Apocalipse fala sobre os três anjos de Deus que proclamam uma mensagem ao mundo. Os três espíritos imundos de Satanás proclamam uma falsa mensagem ao mundo.
2. A Trindade (Pai, Filho e Espírito Santo) é imitada pelo dragão, a besta e o falso profeta, formando uma falsa e demoníaca trindade.
3. Deus tem um trono e o Apocalipse fala sobre o trono da besta.
4. No Calvário, Jesus recebeu uma ferida mortal e ressuscitou. A besta-leopardo recebe uma ferida mortal e é curada.
5. Deus promete selar-nos com o selo de Deus. Satanás oferece o sinal da besta.

Promessa de Deus

"E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará."

Apocalipse 16:15: “Eis que venho como ladrão! Bem-aventurado aquele que vigia e guarda as suas vestes, para não andar nu, e não se veja a sua vergonha.”

Apocalipse 16:16: “Então congregaram os reis no lugar que em hebraico se chama Armagedom.”

Armagedom – Uma das mais importantes encruzilhadas do mundo fica no vale do Megido. Essa região conhecida como o Armagedom é o ponto de encontro de três continentes. Uma estrada vai para o Egito e a África; outra leva para a Europa e uma terceira leva para a Ásia. Foi ali que as rivalidades dos grandes poderes mundiais colidiram. Ali foi o campo de batalha onde os maiores conflitos entre Israel e seus inimigos ocorreram.

Armagedom é um símbolo da última grande batalha que ocorrerá na Terra. Será muito mais que uma ação militar em algum ponto do Oriente Médio. Será uma luta universal liderada por demônios, os quais reunirão todas as nações e as levarão a guerrear contra Deus. Será a última parte da grande controvérsia iniciada muito tempo atrás por Lúcifer. E todos nós estaremos envolvidos. Assim, como não houve neutros nos dias de Noé, tampouco haverá neutros neste conflito.

Armagedom será, na verdade, uma luta entre o diabo e as nações ímpias de um lado, e Deus e Seu povo do outro. A batalha do grande dia de Deus Todo-poderoso terá fim, não pela supremacia de uma nação sobre outra ou de um grupo de nações sobre outro, mas pelo súbito aparecimento de Jesus Cristo ao vir em grande poder e glória. Os ímpios fugirão aterrorizados.

Quando os santos que dormem forem despertados para a imortalidade, e os santos vivos tomados para encontrar o Senhor nos ares, os ímpios que recusaram a salvação fugirão aterrorizados, tão-somente para serem destruídos “com o resplendor de Sua vinda” (2Ts 2:8).

Que cena – vitória para os santos, tragédia para os pecadores intransigentes!

Promessa de Deus

"Sê fiel até o fim, e dar-te-ei a coroa da vida."

Apocalipse 16:17: “O sétimo anjo derramou a sua taça no ar, e saiu grande voz do templo do céu, do trono, dizendo: Está feito.”

Apocalipse 16:18: “E houve relâmpagos, vozes, trovões, e um grande terremoto, como nunca tinha havido desde que há homens sobre a terra, tal foi o terremoto, forte e grande.”

Apocalipse 16:19: “A grande cidade fendeu-se em três partes, e as cidades das nações caíram. Deus Se lembrou da grande Babilônia, para lhe dar o cálice do vinho da indignação da sua ira.”

Apocalipse 16:20: “Todas as ilhas fugiram, e os montes não mais se acharam.”

Apocalipse 16:21: “E sobre os homens caiu do céu uma grande saraivada, pedras que pesavam cerca de um talento. E os homens blasfemaram contra Deus por causa da praga da chuva de pedra, porque a sua praga era muito grande.”

A indignação da ira de Deus culminará numa tempestade mundial assoladora. Uma grande voz procedente do templo de Deus anunciará: “Está feito.” Está consumado o juízo sobre a última geração. Um horrível quadro se vê na Terra. Multidões estão cobertas de chagas; as águas se tornaram em sangue; o Sol abrasa como fogo; o reino da besta está em trevas; os exércitos das nações estão congregados no Armagedom; por fim, o sétimo anjo terminará o quadro sacudindo violentamente todo o globo da Terra. Todas as cidades das nações ruirão como castelos de cartas. Todas as obras do homem desaparecerão para sempre.

O verdadeiro nome desta grande cidade simbólica é “Babilônia”. Ela é formada de três partes, ou três distintos poderes mundiais: o dragão, a besta e o falso profeta. É a Babilônia espiritual que cairá.

Promessa de Deus

Para os fiéis discípulos de Deus haverá plena proteção nesse tempo futuro. O Salmo 91 lhes dá plena certeza do cuidado de Deus. E o profeta Joel diz: “O Senhor bramará de Sião, e dará a Sua voz de Jerusalém; os céus e a terra tremerão. Mas o Senhor será o refúgio do Seu povo, e a fortaleza dos filhos de Israel” (Jl 3:16).

A mão protetora de Deus estará sobre os fiéis que O amam de todo coração.

(Texto da Jornalista Graciela Érika Rodrigues, inspirado na palestra do advogado Mauro Braga.)

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Paz na Terra - A maior notícia de todos os tempos


descrição do último dia do planeta Terra que mais me impressiona está escrita no best-seller mundialmente conhecido como O Grande Conflito. Nas páginas 640 e 641, a autora, Ellen G. White, pinta assim a cena: “Surge logo no Oriente uma pequena nuvem negra, aproximadamente da metade do tamanho da mão de um homem. É a nuvem que rodeia o Salvador, e que, à distância, parece estar envolta em trevas. O povo de Deus sabe ser esse o sinal do Filho do homem. Em solene silêncio fitam-na enquanto se aproxima da Terra, mais e mais brilhante e gloriosa, até se tornar grande nuvem branca, mostrando na base uma glória semelhante ao fogo consumidor e encimada pelo arco-íris do concerto. Jesus, na nuvem, avança como poderoso vencedor. ... Com antífonas de melodia celestial, os santos anjos, em vasta e inumerável multidão, acompanham-nO em Seu avanço. ... Nenhuma pena humana pode descrever esta cena, mente alguma mortal é apta para conceber seu esplendor.”

Fantástico demais? Parece apenas um lindo sonho que nunca se realizará? Seriam simbólicas essas palavras, assim como as centenas de citações bíblicas relacionadas com esse evento? Afinal de contas, Cristo voltará mesmo algum dia?

Tempo de paradoxos

O fim do século 20 foi caracterizado por grandes paradoxos, que se ampliaram nas últimas décadas. De um lado, os avanços científico-tecnológicos enchem-nos de esperança: realidade virtual, engenharia genética e clonagem, viagens espaciais rotineiras e Internet são palavras que deixaram a ficção para se tornar realidade. De outro, a fome e as epidemias dizimando milhões de seres humanos em vários países; o aquecimento da temperatura global; crianças armadas matando colegas na escola; desastres aéreos, navais e automobilísticos; lixo “cultural” exibido em horários nobres na TV; doenças incuráveis como a Aids levando milhões à sepultura precocemente... Isso sem falar na crise econômica e no desemprego.

Depois da queda do comunismo na ex-União Soviética, as atenções de todo o mundo se voltaram para o capitalismo como “a grande solução”. Entretanto, em anos recentes, constatou-se a ilusão de tal crença. Em outubro de 1997, a crise asiática assustou o mundo e provocou um efeito cascata nas bolsas de valores. Menos de um ano depois (em agosto de 1998), a moratória russa gerou incerteza e derrubou a poderosa Bolsa de Nova Iorque em 4,2%. O desespero dos investidores se estampava nos jornais, cumprindo, em parte, as palavras de Jesus: “Haverá homens que desmaiarão de terror e pela expectativa das coisas que sobrevirão ao mundo” (Lucas 21:26).

De fato, este início de século e milênio está marcado pelos paradoxos. Boas e más notícias se mesclam nos noticiários diários. Esperança e desespero convivem de mãos dadas. Em quem devemos crer: nos “profetas do fim do mundo”, ou nos pregoeiros da paz e da Nova Era? Existe, afinal, uma boa notícia que seja, acima de tudo, confiável e definitiva? Existe!

A grande notícia

Há quase dois mil anos, Deus assumiu a forma humana e habitou entre os homens (ver João 1:1-3). Jesus – chamado de o Verbo de Deus, a Palavra encarnada – trouxe-nos a maior e melhor notícia de todos os tempos: há salvação para o pecador arrependido e para este mundo enfermo; as desgraças e a miséria humana não durarão para sempre. Veja o que Ele mesmo disse: “Não fiquem tristes e preocupados. Confiem em Deus e confiem também em Mim. Na casa de Meu Pai há muitos cômodos, e Eu vou preparar um lugar para vocês. ... E, depois que Eu for ... voltarei e os levarei comigo para que vocês estejam onde Eu estiver” (João 14:1 a 3, BLH). Sem dúvida, a segunda vinda de Cristo (prometida por Ele mesmo) é o maior acontecimento da História. Mas como será essa vinda?

Passagens bíblicas como Mateus 24:30; 25:31; Atos 1:11 e outras, deixam claro que a segunda vinda de Cristo à Terra será bem visível, pois Ele virá “sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória”. Além disso, junto com Ele virão milhares de anjos. Para que não houvesse nenhuma dúvida, inclusive, Jesus comparou Sua vinda a algo bem visível: um relâmpago que cruza o céu de ponta a ponta (ver Mateus 24:27). A Bíblia diz, também, que todos os povos da Terra verão o Filho do homem descendo nas nuvens, com poder e grande glória (ver Apocalipse 1:7 e Mateus 24:30).

Outro evento espetacular que terá lugar na segunda vinda de Cristo é a ressurreição dos mortos. O apóstolo Paulo deixou palavras muito animadoras a respeito dos que dormem na sepultura. Disse ele que “haverá a ordem de comando, a voz do Arcanjo, o som da trombeta de Deus, e então o próprio Senhor descerá do Céu. Ressuscitarão primeiro aqueles que já morreram crendo em Cristo” (I Tessalonicenses 4:16, BLH). Essa é, sem dúvida, uma feliz notícia para todos os que perderam um amigo ou familiar querido. Pense na possibilidade de rever essa pessoa num mundo onde não haverá mais dor, choro ou morte! (Ver Apocalipse 21:1-4.)

Com relação aos que estiverem vivos na vinda de Cristo, Paulo diz: “Então nós, os que estivermos vivos, seremos todos reunidos com eles [os mortos ressuscitados] nas nuvens, para nos encontrarmos com o Senhor no ar; e assim estaremos sempre com Ele” (I Tessalonicenses 4:17, BLH). Paulo, inspirado por Deus, também disse que os que estiverem vivos por ocasião da segunda vinda, serão transformados, deixarão de ser mortais e ganharão um corpo imortal (ver I Coríntios 15:51 e 52).

Agora pense nisso: se na segunda vinda de Cristo os mortos serão ressuscitados e os vivos transformados serão levados para o Céu, isso quer dizer que não haverá uma outra chance para arrependimento naquele dia. Note o que disse Jesus: “Eu venho logo! Vou trazer comigo as Minhas recompensas, para dá-las de acordo com o que cada um tem feito” (Apocalipse 22:12, BLH). Jesus virá, desta vez, para dar a recompensa: a vida eterna.

A salvação de todo ser humano já foi providenciada quando o Filho de Deus entregou a vida na cruz. Em Sua segunda vinda, Ele virá buscar aqueles que aceitaram essa salvação. “Quando chegou o tempo de mostrar a Minha bondade” – diz Deus – “Eu atendi o seu pedido e o socorri quando chegou o dia da salvação. Escutem! Este é o tempo em que Deus mostra a Sua bondade! Hoje é o dia de ser salvo!” (II Coríntios 6:2, BLH).

Naquele dia, só haverá duas classes de pessoas. Jesus dirá aos que estiverem à Sua direita, aos salvos: “Venham, vocês que são abençoados pelo Meu Pai! Venham e recebam o Reino que, desde a criação do mundo, foi preparado pelo Meu Pai.” Já aos da esquerda, os que rejeitaram todos os apelos do Espírito Santo e não quiseram manter um relacionamento de amizade com Cristo, Ele dirá: “Afastem-se de Mim” (ver Mateus 25:34 e 41, BLH).

Quando virá Jesus?

“Quanto ao dia e hora ninguém sabe” (Mateus 24:36), mas Cristo deixou algumas profecias cujo cumprimento serviria de sinal para os vigilantes, os que estudam a Palavra de Deus, a Bíblia Sagrada. Dentre esses sinais, podemos destacar os seguintes:

· Pessoas querendo imitar a vinda de Cristo, dizendo ser Ele e fazendo, inclusive, milagres (Mateus 24:5 e 24);

· Guerras, fomes, pestes, doenças e terremotos em todos os lugares (Mateus 24:7);

· Tempos difíceis (II Timóteo 3:1);

· Homens amantes de si mesmos, ambiciosos, egoístas, blasfemos, orgulhosos, mais amigos de prazeres do que amigos de Deus (II Timóteo 3:1-5);

· Multiplicação do conhecimento das profecias apocalípticas e da ciência (Daniel 12:4).

A freqüência e intensidade com que esses sinais têm ocorrido nos últimos anos apontam para a proximidade da segunda vinda de Jesus Cristo. É verdade que muitas pessoas duvidam desse acontecimento. Alguns até zombam dos que crêem nisso. Sem saber, esses céticos cumprem outro sinal: “Vocês precisam saber que nos últimos dias vão aparecer homens dominados pelas suas próprias paixões. Eles vão zombar de vocês, dizendo: ‘Ele prometeu vir, não foi? Onde está Ele? Os nossos pais morreram, e tudo continua do mesmo jeito que era desde a criação do mundo!’” (II Pedro 3:3 e 4, BLH).

Por isso, um bom conselho bíblico é: “Fiquem vigiando e orando sempre, para poderem escapar de tudo o que vai acontecer e continuarem firmes diante do Filho do homem” (Lucas 21:36, BLH).



Michelson Borges é jornalista da Casa Publicadora Brasileira, membro da Sociedade Criacionista Brasileira e editor do site www.criacionismo.com.br

10 Erros da Doutrina Espírita Claramente Definidos


. Erro : Usar a Bíblia só segundo pareça conveniente, incoerentemente segmentando seu texto, usando e abusando de textos, sentenças e mesmo palavras isoladas, sem levar em conta O TEOR GLOBAL de seu ensino, mesmo desqualificando- a como um livro indigno de confiança, quando não pareça conveniente, encontrando "contradições gritantes" em seu texto, o que torna o seu emprego pelos próprios espíritas injustificável, já que é um livro que não serve para defender doutrinas (a não ser as espíritas, em segmentos seletos).

. Erro: Ter uma visão distorcida da Divindade, negando que tenhamos um "Deus pessoal" e deixando de entender que Deus é não só AMOR, como JUSTIÇA. Esse tipo de Deus "Saci Pererê" do espiritismo (que se apóia só sobre uma "perna"--do amor), com a imagem do Deus bíblico condenada por espíritas como injusto por causa de relatos do Velho Testamento que não conseguem entender à luz de sua contextuação cultural, histórica, e dentro do TEOR GLOBAL do ensino bíblico, impede-os de realmente entender que na cruz houve o encontro de AMOR e JUSTIÇA (Salmo 85:10).

. Erro: A noção de que Cristo veio trazer uma nova e revolucionária legislação, eliminando os 10 Mandamentos como normativos aos cristãos e trocando-os pela "lei áurea" de "amor a Deus" e "amor ao próximo", quando em tal "lei áurea" Ele apenas repete o que Moisés já havia dito em Lev. 19:18 e Deu. 6:5, sintetizando a lei divina. Sempre, em todos os tempos, a lei de Deus teve como princípio subjacente o amor--a Deus e aos semelhantes, pelo que Cristo não apresentou nenhuma "novidade cristã" como pensam os espíritas e outros mais.

. Erro: A negação do castigo final dos pecadores, e da própria existência de Satanás e demônios a seu serviço, o que torna a Jesus um mentiroso, pois Ele deu testemunho claro da existência de tal ser ao dizer: "Eu via Satanás, como raio, cair do céu" (Luc. 10:18). A negação do castigo final é fruto da tese de salvação universal, uma noção que não inspira ninguém a crescer espiritualmente, já que sempre se pode deixar para depois o devido preparo e progresso ético, moral, espiritual, já que no final todos terão o mesmo destino, mais cedo ou mais tarde. Jesus não disse para ninguém ser cristão "mais ou menos" e sim desafiou a todos: "Sede vós perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos céus" (Mat. 5:48).

. Erro: A idéia de salvação dever-se às obras humanas, uma impossibilidade que contraria o TEOR GLOBAL do ensino bíblico, sobretudo diante da exposição clara, didática, insofismável de Paulo [o "codificador dos evangelhos"] quanto ao papel da graça de Deus como única fonte de salvação, sendo as obras mera demonstração da genuinidade da fé salvadora. Qualquer noção de que obras humanas, imperfeitas como sempre serão, "contem pontos" para a salvação é uma afronta ao Senhor e Salvador Jesus Cristo. É o mesmo que dizer-Lhe que o Seu supremo sacrifício expiatório foi incompleto, daí precisamos acrescentar algo de nossa própria experiência à experiência Dele, num impossível paralelo do humano e imperfeito com o divino e absolutamente perfeito.

. Erro: A noção típica de todos os povos pagãos, do presente e do passado, de que o homem é um ser dualístico, formado por um corpo material e uma alma imortal, que prossegue viva e consciente na morte, quando o ensino bíblico é de que Deus criou o homem para viver com um ser físico, num paraíso físico, e que por conseqüência do pecado passou a experimentar a morte. A única forma de restaurar a vida é pela RESSURREIÇÃO DOS MORTOS, que representa a vitória sobre a morte e a sepultura, como diz Paulo em 1 Cor. 15:54, 55. Entre a morte e a ressurreição nada existe, pois os que morrem, como no sono, nada sabem do que se passa, não têm conhecimento de coisa alguma e adentram o mundo do silêncio (Ecl. 9:5, 6, 10; Sal. 6:5).

. Erro: A noção de reencarnação, negando o claro ensino bíblico de que só mediante a ressurreição dos mortos, bem detalhadamente descrita em várias passagens, como Ezequiel 37, 1 Coríntios 15, 1 Tessal. 4:13-16, é que alcançaremos a vida eterna, que é apresentada na Bíblia como um dom de Deus aos que se habilitarem a para sempre habitar nos lugares que Cristo prometeu preparar para os Seus fiéis, e que iriam ser ocupados quando Ele retornasse para vir buscar os Seus (ver Rom. 2:7; 2a. Tim. 1:10 e João 14:1-3).

. Erro: A negação da volta de Cristo em glória e majestade, embora citem textos como Mateus 16:27 que fala claramente dessa volta, e muitos outros claros versos das Escrituras. E Sua volta é a única saída para tirar o homem do "aperreio" em que se acha, em decadência moral e espiritual clara e evidente, e não o progresso rumo a um róseo futuro, como indicado pelo espiritismo.

. Erro: A própria idéia de que graças às contínuas reencarnações a humanidade só tem melhorado e só haverá de melhorar mais e mais no futuro, quando isso não só está inteiramente fora da realidade, com negam as profecias bíblicas, proferidas pelo próprio Cristo, que fala que os tempos que antecederiam Sua volta literal e visível seriam uma repetição da maldade de Sodoma e Gomorra, ou dos dias anteriores ao dilúvio. Isso é confirmado por Paulo, Pedro e outros autores bíblicos.

10º. Erro: A possibilidade de comunicação entre vivos e mortos, sendo que a proibição divina é clara a respeito, tanto em Deut. 18:9-11 como séculos depois confirmada em Isa. 8:19, 20. Sendo que não há uma "alma imortal" que tenha consciência após a morte do corpo, e permanecerá como num sono inconsciente até a ressurreição, qualquer suposta comunicação entre vivos e mortos é claramente suspeita, e proibida por Deus que quis proteger o Seu povo de terríveis enganos satânicos nessa linha.

Enfim, creio que por ora já temos destacado esses claros enganos da doutrina espírita. Mas certamente haverá outros mais que poderemos mais adiante comentar.


Prof. Azenilto G. Brito

Alimentos sofrerão alta em 2008


De acordo com a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), embora a safra global de cereais tenha sido recorde em 2007, os preços dos alimentos continuarão a pressionar a inflação em todo o mundo no ano que vem. Isso deve afetar principalmente os países em desenvolvimento e as camadas mais pobres das populações.

A colheita de cereais no mundo atingirá em 2007 um volume de 2,1 bilhões de toneladas. Em 2008, a produção tende a ser ainda maior. O problema, segundo a FAO, é que nem mesmo essa produção recorde está dando conta da demanda por trigo, milho e outros produtos.

(Opinião e Notícia)
Fonte:http://www.michelsonborges.com/

Desvendando o Apocalipse: o início do fim


O capítulo 15 do Apocalipse encerra dois grandes fatos estreitamente ligados ao plano da salvação de Deus. O primeiro é uma introdução às sete pragas vindouras da ira de Deus, que assinalam o fim da graça divina. O segundo é uma grandiosa visão dos salvos vitoriosos, vistos num glorioso lugar denominado “mar de vidro”.

A segunda parte do Apocalipse, que começa no capítulo 15, apresenta as cenas preparatórias para a punição final e para a recompensa final. Os rebeldes impenitentes recebem as pragas e são sentenciados ao lago de fogo e enxofre. Os crentes fiéis são instalados em tronos e estabelecidos para sempre em seus lares na Nova Jerusalém.

Apocalipse 15:1: “Vi no céu outro sinal, grande e admirável: sete anjos, que tinham as sete últimas pragas; porque nelas é consumada a ira de Deus.”

Esta cena é uma das mais majestosas dentre as visões do Apocalipse. João não esconde a emoção que sentiu ao ter visto no Céu “outro sinal, grande e admirável”. Um novo grupo de sete anjos surge ante seus olhos. O primeiro grupo, o das sete trombetas, representa os vitoriosos guerreiros de Deus contra Seus inimigos desde Roma. O segundo grupo, que é o que agora vislumbramos, representa os mensageiros da ira de Deus sobre Seus inimigos vencidos.

Essa expressão torna claro que outras pragas foram derramadas no passado. O antigo Egito recebeu o impacto direto de dez juízos especiais de Deus – dez tremendas pragas – relatadas no livro de Êxodo. Existem semelhanças interessantes entre as pragas do Egito (Êx 7:20 a 12:30) e as sete últimas pragas. Nos dois casos, encontramos um rio, sangue, rãs, úlceras, granizo e escuridão ameaçadora. Mas não são a mesma coisa.

As sete últimas pragas representam o clímax ou limite superior da punição. E elas são derramadas “sem mistura” (Ap 14:10), ou seja, não-suavizadas pela misericórdia de Deus que em todas as ocasiões anteriores limitou o sofrimento. Ao fim dos mil anos, haverá o derramamento de outra punição (Ap 20:11-15).

Consumar implica terminar. A consumação da ira de Deus nas sete últimas pragas não é uma revelação de ódio da parte de Deus pelos pecadores impenitentes, mas sim a manifestação da justiça de Deus sobre todos os que desprezam o imenso sacrifício da cruz.

Apocalipse 15:2: “E vi como que um mar de vidro misturado com fogo, e os que tinham vencido a besta e a sua imagem e o número do seu nome, estavam em pé junto ao mar de vidro. Tinham as harpas de Deus,”

O próprio profeta não achou palavras precisas para descrever o lugar que viu. Só estando lá se poderá ter uma visão exata do que seja um mar de vidro como cristal misturado com fogo. Os que já contemplaram o espetáculo de um pôr-do-sol à beira do mar podem ter uma pálida idéia da glória que o profeta tentou descrever aqui. À medida que o Sol, como uma enorme bola de fogo, esconde-se atrás da linha do horizonte, o mar parece explodir em chamas de glória. As ondas são retocadas com um tom de vermelho e toda a cena é transformada numa mescla de muitas águas e fogo. Assim foi a visão que se abriu ante o profeta em Patmos, que ainda ouviu os sons de cânticos de vitória. Finalmente os santos estão no lar!

Apocalipse 15:3: “e cantavam o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro, dizendo: Grandes e maravilhosas são as Tuas obras, ó Senhor Deus Todo-Poderoso. Justos e verdadeiros são os Teus caminhos, ó Rei dos séculos.”

Apocalipse 15:4: “Quem não Te temerá, ó Senhor, e não glorificará o Teu nome? Pois só Tu és santo. Todas as nações virão, e se prostrarão diante de Ti, pois os Teus juízos são manifestos.”

João captou os ecos de um poderoso hino que surge dos lábios daqueles que, pela graça, derrotaram o poder do inimigo. É o cântico de Moisés, pois esse cântico transmite o louvor dos que, assim como os do antigo Israel no Mar Vermelho, foram milagrosamente libertos da iminente destruição. Mas é também o cântico do Cordeiro, porque fala da vitória do povo de Deus sobre a morte e a sepultura. Será um cântico de experiência pessoal, e somente os que passaram por ela poderão unir suas vozes nesse louvor.

Apocalipse 15:5: “Depois disto olhei, e abriu-se no céu o santuário do tabernáculo do testemunho,”

Apocalipse 15:6: “e os sete anjos que tinham as sete pragas saíram do templo, vestidos de linho puro e resplandecente, e cingidos à altura do peito com cintos de ouro.”

Apocalipse 15:7: “Um dos quatro seres viventes deu aos sete anjos sete taças de ouro, cheias da ira de Deus que vive para todo o sempre.”

O templo no Céu abre-se agora não para a proclamação de uma nova mensagem de graça, mas para dar saída aos sete mensageiros da destruição. Esses anjos receberam a terrível e solene incumbência de derramar as taças cheias da ira de Deus sobre a cabeça daqueles que persistentemente menosprezaram o convite da misericórdia divina.

Vestidos com vestes emblemáticas da pureza e da fé, estão preparados para cumprir a terrível missão a eles confiada. Esses seres santos, que tantas vezes procuraram auxiliar os mortais na aquisição da salvação gratuita de Deus, são agora novamente enviados a eles, não mais para renovar os apelos do Céu, mas para lhes dar aquilo que seus próprios atos voluntariamente determinaram.

De um dos quatro seres viventes recebem as sete taças de ouro cheias da ira de Deus, sem a mínima mescla de misericórdia de que era acompanhada em outros tempos. O pecador terá que receber, sem qualquer clemência, a conseqüência do que ele mesmo escolheu. Receberá não o que Deus para ele havia separado - porque isso decididamente rejeitou - mas aquilo que foi a sua própria escolha em desafio aos desígnios divinos.

Apocalipse 15:8: “E o templo se encheu de fumaça, procedente da glória de Deus e do Seu poder, e ninguém podia entrar no templo, enquanto não se consumassem as sete pragas dos sete anjos.”

Na dedicação do primeiro templo, o rei Salomão subiu numa pequena plataforma de bronze, ajoelhou-se, abriu os braços e fez uma grandiosa oração. Quando terminou, a glória do Senhor encheu o templo. “Os sacerdotes não podiam entrar na Casa do Senhor, porque a glória do Senhor tinha enchido a Casa do Senhor” (2Cr 7:2). Aquela antiga manifestação de glória marcou o começo do ministério sacerdotal no templo de Salomão. A glória do tempo do fim, antevista em Apocalipse 15, logo marcará o término do ministério sacerdotal no santuário celestial.

Os versos finais de Apocalipse 15 descrevem uma das mais arrebatadoras cenas de todo o livro. Quando os sete anjos saem com as taças da ira, a Escritura diz que até que sua obra seja concluída, “ninguém podia entrar no templo”. Antes que as taças da ira sejam derramadas sobre os culpados, o convite de Deus será ouvido por toda pessoa sobre a Terra; a oportunidade do homem para a salvação terá passado, e a porta da misericórdia será fechada para sempre.

As sete pragas serão derramadas sobre os que receberam o sinal da besta, e esse sinal será aplicado pouco antes do aparecimento de Cristo em glória. Esses juízos cairão depois de haver Cristo terminado o Seu ministério em favor dos pecadores.

Antes do derramamento das sete taças da ira de Deus, a porta da graça divina aberta ao pecador por quase seis milênios terá que se fechar para sempre. O fato de ninguém mais poder entrar no templo durante o lançamento das sete pragas é indicativo de que não haverá mediador em prol do pecador durante o período em que elas serão lançadas na Terra; o templo se encherá a fumaça da glória de Deus e de Seu poder.

Multidões, infelizmente, ficarão do lado de fora como fizeram no tempo de Noé ao vir o dilúvio. A porta da arca salvadora, figura da porta da graça divina, fechou-se sem que as massas percebessem que haviam lavrado o próprio destino.

Ainda há tempo – hoje ainda podemos achegar-nos “confiadamente junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia” (Hb 4:16). Apocalipse 15 fala a respeito de um tempo quando ninguém poderá entrar. Deus tem permitido que o tempo da graça continue para que todos, inclusive assassinos, torturadores e os piores criminosos, possam ter tempo e oportunidade para se arrepender. Mas chegará a hora em que o tempo da graça terminará. Deus dirá: “Continue o injusto fazendo injustiça, continue o imundo ainda sendo imundo; o justo continue na prática da justiça, e o santo continue a santificar-se” (Ap 22:11).

Quando a porta da graça se fechar, o povo de Deus estará tão arraigado na verdade que não será mais possível separá-lo dela. Esse povo já estará portando “o selo de Deus”. A vitória contra a besta e a sua imagem estará assegurada.

Graça

Muitas pessoas desconhecem o que seja a graça, embora creiam que serão salvas por ela. Para esquivar-se de certas responsabilidades impostas pela vida cristã, com freqüência afirmam que estão agora na dispensação da graça, como se não houvesse graça nos tempos do Antigo Testamento. Se não houvesse graça antes da cruz, os que viveram antes dela não poderiam ser salvos, pois todos pecaram e o salário do pecado é a morte (Rm 6:23). Que somos salvos pela graça não há dúvida. Mas é claro que a graça não nos exime de todas as responsabilidades da vida cristã.

Então, afinal, o que é a graça? Muitos dos que dizem ser salvos pela graça não sabem explicá-la. Paulo define a graça: “Pois a graça de Deus se manifestou, trazendo salvação a todos os homens” (Tt 2:11). Entendemos que a graça de Deus é o grande plano divino centralizado em Cristo para a salvação de todo pecador arrependido. Em outras palavras: é o evangelho de Cristo (At 20:24). Vê-se, pois, que graça e evangelho são sinônimos.

Como podemos nos apoderar da graça? Diz Paulo: “... mediante quem [por Cristo] obtivemos entrada pela fé e esta graça...” (Rm 5:2). E, depois de nos apoderarmos da graça pela fé, somos justificados por ela dos nossos pecados: “Pois todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus, e são justificados gratuitamente pela Sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus” (Rm 3:23, 24).

Mas, quem poderá, em verdade, ser justificado pela graça por meio de Cristo? Aqui está a resposta do apóstolo: “... mas os que praticam a lei hão de ser justificados” (Rm 2:13).

Ora, uma vez que a fé é indispensável para nos apossarmos da graça e é necessária a observância da lei de Deus para sermos justificados por ela, concluímos que a fé e a lei estão unidas na salvação pela graça. É preciso, portanto, harmonizar a fé com a lei para nos apoderarmos da graça e da justificação, ambas indispensáveis para a salvação.

Agora, sim, somos salvos pela graça através da fé que nos conduz inexoravelmente a aceitar e observar a lei de Deus: “Pois é pela graça que sois salvos, por meio da fé – e isto não vem de vós, é dom de Deus – não das obras, para que ninguém se glorie. Pois somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas” (Ef 2:8-10). “Anulamos, pois, a lei pela fé? De maneira nenhuma! Antes confirmamos a lei” (Rm 3:31).

Resumindo: o pecador é perdoado e justificado pela graça do Salvador, não para continuar a violar a lei, mas para, daí em diante, viver em harmonia com ela. Nas palavras de Paulo: “Pois o pecado não terá domínio sobre vós, porque não estais debaixo da lei, mas debaixo da graça. Que diremos, pois? Havemos de pecar por não estarmos debaixo da lei, mas debaixo da graça? De modo nenhum” (Rm 6:14, 15).

Quando Paulo afirma que não estamos “debaixo da lei”, ele quer dizer como meio de salvação, “pois é pela graça que sois salvos”. Ninguém é salvo pelas obras da lei. Não há qualquer dúvida quanto a isso. No entanto, ele enfatiza que os que estão “debaixo da graça” não pecam contra a lei de Deus. Pelo contrário, vivem em harmonia com ela exatamente por estarem debaixo da graça de Deus.

Por fim, o apóstolo apela para que todos nos acheguemos “com confiança ao trono da graça” (Hb 4:16). A existência de um trono implica a existência de um reino; e a existência de um reino, implica a existência de uma lei real. Não pode existir um reino da graça sem a sua respectiva lei. Desse modo, os que pretendem viver no reino da graça eximindo-se de cumprir sua lei, não sabem realmente o que fazem.

A graça de Deus é estendida a todos. O tempo de decidir é agora. Aceite-a.

(Texto da Jornalista Graciela Érika Rodrigues, inspirado na palestra do advogado Mauro Braga.)

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Desvendando o Apocalipse: as três mensagens


O capítulo 14 trata de três assuntos principais: os 144 mil na glória, a tríplice mensagem angélica e a intervenção do Céu na Terra. Os detalhes deste capítulo dentro de suas divisões são de suprema solenidade. São eles: (1) Predição da restauração do evangelho eterno num movimento mundial e o anúncio da chegada da hora do juízo; (2) a denúncia da queda da Babilônia espiritual ou do falso cristianismo; (3) a mais grave e solene advertência jamais feita aos mortais contra a adoração da besta, de sua imagem e a recepção de seu sinal; (4) evidencia-se um povo que guarda os mandamentos de Deus e tem a fé de Jesus; (5) é referida a colheita da Terra pela segunda vinda de Cristo; (6) o juízo de Deus é executado no símbolo das uvas que são pisadas no lagar da Sua ira.

Apocalipse 14:1: “Então olhei e vi o Cordeiro em pé sobre o monte Sião, e com ele cento e quarenta e quatro mil que traziam escrito na testa o seu nome e o nome de seu Pai.”

De tudo quanto se diz sobre os 144 mil neste capítulo e nos capítulos sete e décimo quinto, temos muitas razões para crer que eles constituem os justos que estarão vivendo na Terra por ocasião da segunda vinda de Cristo. Eles são um grupo especial que foi selado com o “selo do Deus vivo”. Foram congregados de todas as nações.

O nome “Deus Criador” contido no mandamento do sábado é também aplicado ao Filho de Deus visto que Ele também é Deus e Criador dos Céus e da Terra. Assim, terão os 144 mil em suas testas o nome do Cordeiro e o nome do Pai.

O monte Sião é citado tanto no Antigo quanto no Novo Testamento como o trono de Deus.

Apocalipse 14:2: “E ouvi uma voz do Céu, como a voz de muitas águas, e como a voz de um grande trovão. A voz que ouvi era como de harpistas, que tocavam com suas harpas.”

A voz dos 144 mil triunfantes do monte Sião.

Apocalipse 14:3: “E cantavam um cântico novo diante do trono, e diante dos quatro seres viventes e dos anciãos. Ninguém podia aprender aquele cântico, senão os cento e quarenta e quatro mil que tinham sido comprados da terra.”

Os 144 mil cantarão um “novo cântico” que está bem esclarecido no capítulo quinze. Este é um novo cântico, pois registra uma nova experiência. Ninguém senão os 144 mil, em toda a eternidade, poderá aprender esse novo cântico, pois será o cântico que expressará uma experiência pela qual jamais alguém terá passado em tempo algum além deles. E isso prova que todos os 144 mil terão idêntica experiência em um tempo único, definido, como relata Apocalipse 15:2-3.

Apocalipse 14:4: “Estes são os que não se contaminaram com mulheres, pois são virgens. Estes são os que seguem o Cordeiro para onde quer que vai. Estes são os que dentre os homens foram comprados para ser as primícias para Deus e para o Cordeiro.”

Mulher, em profecia, significa igreja. Em Apocalipse 17:5, temos o quadro de uma mulher impura com suas filhas, as quais participam de sua mesma natureza corrompida. Esta mulher é chamada “Mistério, a Grande Babilônia”.

As “mulheres” desta profecia são figuras das igrejas caídas, do mundo cristão, com as quais os 144 mil não estarão contaminados ou não terão com elas relação alguma no momento da segunda vinda de Cristo. Não quer dizer que nunca pertenceram antes a igrejas caídas. Lemos no capítulo dezoito que Deus faz um forte apelo a Seu povo, enganado, que está ainda na Babilônia espiritual, ou nas igrejas caídas, para que saia dela a fim de não participar de seus pecados. Ao deixar Babilônia, em atenção ao chamado de Deus, escapam da contaminação das falsas “mulheres” ou das falsas igrejas. Dessa maneira, uma vez desligados das igrejas corrompidas, eles serão “virgens”, pois não estarão praticando o adultério espiritual.

A igreja que estará esperando o retorno do Mestre é descrita como dez virgens (Mt 25:1-13). São virgens porque têm a fé pura. Guardam os dez mandamentos de Deus e têm a fé de Jesus (Ap 14:12). As “lâmpadas” nas mãos das virgens são símbolo da Palavra de Deus (Sl 119:105). Mas não basta possuir a lâmpada; é preciso ter também o óleo – uma profunda experiência cristã que vem por meio da presença do Espírito Santo de Deus.

Apocalipse 14:5: “Na sua boca não se achou engano; são irrepreensíveis.”

Não se achou “mentira” em seus lábios. Não revelaram qualquer intimidade com a falsa mãe Babilônia e suas filhas prostitutas. Não adoraram a besta e sua imagem. Eles “não amaram a própria vida” “mesmo em face da morte” (Ap 12:11). Eles seguem a Cristo sem medo da morte. Eles O seguem na prosperidade e na adversidade, na alegria e na tristeza, na perseguição e no triunfo. Eles rejeitaram toda falsa doutrina e proclamaram a verdade de Deus. Na sua boca não se achou engano. Eis o caráter daqueles que hão de ser eternos.

Apocalipse 14:6: “Vi outro anjo voando pelo meio do céu, tendo um evangelho eterno para proclamar aos que habitam sobre a terra e a toda nação, e tribo, e língua, e povo.”

Simbolizando uma mensagem ou um mensageiro, este primeiro anjo representa um movimento de âmbito mundial; não alguma mensagem nova, mas a mesma mensagem do passado.

Deus sempre teve apenas um único evangelho. O evangelho eterno nunca muda. Ele foi anunciado primeiro no Éden (Gn 3:15), depois para os filhos de Israel (Hb 4:1-2), e é proclamado de novo a cada geração.

No capítulo oito do livro de Daniel, está bem assentada a profecia de que Roma papal lançaria por terra a pura verdade do evangelho e que a trocaria pelas tradições de homens sem Deus. E essa ação da igreja de Roma determinou a apostasia do cristianismo que redundou no surgimento do “homem do pecado” que se assenta “como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus”, decretando dogmas religiosos em substituição aos do “evangelho eterno” de Deus.

Também o protestantismo, que pretende ter-se afastado de Roma, tem aviltado de igual maneira a Bíblia, introduzindo novos erros em lugar do evangelho eterno. Porém, o primeiro anjo, “voando pelo meio do Céu”, a representar um movimento de Deus nestes últimos tempos, anuncia a restauração do “evangelho eterno”.

O aviso do primeiro anjo

Apocalipse 14:7: “Dizendo com grande voz: Temei a Deus, e dai-Lhe glória, porque é chegada a hora do Seu juízo. E adorai aquele que fez o céu, a terra, o mar e as fontes das águas.”

O que significa temer a Deus? “De tudo o que se tem ouvido, a suma é: Teme a Deus e guarda os Seus mandamentos; porque isto é o dever de todo homem” (Ec 12:13).

A declaração atesta haver um tempo pré-definido em que a hora do juízo chegaria. A mensagem do juízo seria proclamada no mundo imediatamente ao chegar o “tempo do fim”, em 1798. Dessa data em diante, poderíamos esperar o anúncio da chegada da hora do juízo. Além disso, a hora do juízo chegaria quando o “evangelho eterno” fosse proclamado por meio de um grande movimento mundial “a toda nação, e tribo, e língua, e povo”, o que só poderia ser possível com o concurso da ciência, segundo anunciara o profeta (Dn 12:4). Desde o ano de 1844, segundo o profeta Daniel, teve início o juízo no Céu.

Enquanto no Céu, no santuário de Deus, se processa o juízo desde 1844, na Terra a mensagem do primeiro anjo adverte os homens sobre a sua realidade.

Em seu sermão em Atenas, Paulo disse que Deus “estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com justiça, por meio de um Varão que destinou e creditou diante de todos” (At 17:31).

Os que aceitam o “evangelho eterno” se distinguem dos demais ditos cristãos, exatamente por obedecerem aos mandamentos da lei de Deus. Sabem que não estarão obedecendo ao evangelho eterno desprezando esses mandamentos. Sabem que não serão perdoados, se insistirem na transgressão da lei divina, que é a norma do juízo pela qual serão afinal julgados.

É unicamente o quarto mandamento do Decálogo que aponta “Aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas” (Êx 20:8-11). O mandamento do sábado foi estabelecido por Deus com um propósito claramente definido, isto é, para que o homem se lembre perpetuamente de que Deus é o Criador do Céu, da Terra, do mar e de tudo quanto neles há. É pela observância do sábado que Deus espera ser reconhecido e adorado pelos habitantes do mundo como Criador, mantenedor e doador de todas as coisas. Antes do fim do mundo e da segunda vinda de Cristo, a partir de 1844, esta verdade deveria ser restabelecida na Terra segundo a profecia.

Em 1856, quando o “evangelho eterno” já estava sendo anunciado ao mundo havia doze anos por um povo remanescente especial, e Deus sendo dado a conhecer como Criador, surgiu Charles Darwin com o seu livro A Origem das Espécies, no qual contraria abertamente a doutrina criacionista do quarto mandamento da lei de Deus e do evangelho de Cristo.

Uma vez que o registro bíblico da Criação está sendo contrariado e uma vez que o sábado de Deus, um sinal do Seu poder criador, foi posto de lado pela humanidade em geral, é vital que todas as pessoas, em todas as partes, sejam alertadas sobre essa questão crucial que tem a ver com a verdadeira adoração.

A mensagem do primeiro anjo: (1) abrange todas as pessoas; (2) chama o ser humano para adorar a Deus (guardar os Seus mandamentos); (3) anuncia a hora do juízo divino; (4) chama o povo para adorar o Criador (guardar o sábado).

O aviso do segundo anjo

Apocalipse 14:8: “Um segundo anjo o seguiu, dizendo: Caiu, caiu a grande Babilônia, que a todas as nações deu a beber do vinho da ira da sua prostituição.”

A palavra Babilônia, ou Babel, quer dizer confusão. Ela teve sua origem com a cidade e a torre que o povo tentou construir na terra de Sinar, depois do Dilúvio. Foi lá que as línguas do mundo foram confundidas. É um símbolo adequado para as igrejas populares e seculares, com suas centenas de diferentes seitas e doutrinas contraditórias. Apocalipse 12 fala sobre a mãe verdadeira, a igreja pura. Babilônia também é uma mãe; ela é chamada “a mãe das meretrizes” (Ap 17:5).

O grande pecado imputado à Babilônia é que “a todas as nações deu a beber do vinho da ira da sua prostituição”. Essa taça de veneno que ela oferece ao mundo representa as falsas doutrinas que propagou. Multidões têm bebido o vinho dessas falsas doutrinas.

O aviso do terceiro anjo

Apocalipse 14:9: “Seguiu-os ainda um terceiro anjo, dizendo com grande voz: Se alguém adorar a besta, e a sua imagem, e receber o sinal na sua testa, ou na sua mão,”

Apocalipse 14:10: “também o tal beberá do vinho da ira de Deus, preparado, sem mistura, no cálice da Sua ira. E será atormentado com fogo e enxofre diante dos santos anjos e diante do Cordeiro.”

A mensagem é dada em alta voz e há quatro pontos que devem ser considerados:

1. Alerta contra a adoração da besta. O primeiro anjo convida para adorar “aquele que fez o Céu e a Terra”. O terceiro anjo alerta contra a adoração da besta. Deve haver e há uma diferença essencial. Se aceitarmos os ensinos e mandamentos da besta em vez da Palavra e da Lei de Deus, estamos adorando-a.

2. Alerta contra a adoração da imagem da besta. Se cedermos à pressão do protestantismo apostatado, ao este dar a mão ao poder civil para impor a marca da besta, não seremos considerados verdadeiros adoradores do Criador.

3. Alerta contra receber o sinal da besta. Nas derradeiras horas da crise, a marca papal da guarda do domingo será imposta pela lei civil. O alerta de Deus é proferido contra essa marca. Ao Deus chamar as pessoas para adorar ao Criador, a questão sábado-domingo será claramente delineada.

4. Alerta acerca da ira de Deus sobre aqueles que não ouvirem Seu aviso. Todos temos que escolher entre a ira do homem e a ira de Deus. É entre a obediência ao homem e a obediência a Deus que a decisão precisa ser tomada.

Desde tempos passados até ao presente, a ira de Deus tem se manifestado, mas sempre permeada da Sua misericórdia. Mas quando ela for consumada nas sete pragas, não será acompanhada da misericordiosa graça. Assim, quando a substituição do sábado bíblico pelo domingo humano se tornar universal, Deus intervirá no mundo e punirá seus habitantes pelas iniqüidades deles.

Apocalipse 14:11: “A fumaça do seu tormento sobe para todo o sempre. Não têm repouso nem de dia nem de noite os que adoram a besta e a sua imagem, e aquele que receber o sinal do seu nome.”

A expressão implica na afirmação de que receberão o castigo de Deus aqui na Terra, onde em verdade há dia e noite em sucessão contínua. Isaías usou a mesma figura de linguagem ao se referir à destruição dos antigos edomitas, quando disse que o fogo da destruição “nem de dia nem de noite se apagará; para sempre o seu fumo subirá; de geração em geração será assolada; de século em século ninguém passará por ela” (Is 34:10). Porém, não consta que os edomitas, destruídos na Terra, onde há dia e noite, estejam ainda ardendo no fogo da destruição. As expressões de Isaias e João enfatizam uma destruição total e irremediável e não uma continuidade de castigo interminável. Vemos que, enquanto houver qualquer partícula a queimar, os ímpios queimarão; transformadas em cinza, o fogo cessará.

Apocalipse 14:12: “Aqui está a perseverança dos santos, daqueles que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus.”

Eis o traço marcante do povo de Deus do “tempo do fim”, o que indica sua firmeza em cumprir o propósito que Deus lhe confiou, em meio a um mundo ímpio e a um cristianismo decadente.

Considerando os que guardam os dez mandamentos de Deus serem assim colocados em contraste com os que adoram a besta e sua imagem, e recebem o seu sinal, é claro que a guarda da lei de Deus, por um lado, e sua violação, por outro, deverão assinalar a distinção entre os adoradores de Deus e os da besta.

A lei de Deus é a grande norma perante a qual todos os indivíduos deverão prestar suas contas no tribunal de Deus (Ec 12:13, 14). Saibam todas as pessoas que jamais serão justificadas de seus pecados pelo sangue de Cristo se não viverem em harmonia com os preceitos dos Seus mandamentos.

Disse Paulo: “Porque todos os que sem lei pecaram, sem lei também perecerão; e todos os que sob a lei pecaram, pela lei serão julgados. Porque os que ouvem a lei não são justos diante de Deus; mas os que praticam a lei hão de ser justificados” (Rm 2:12, 13).

Apocalipse 14:13: “Então ouvi uma voz do céu, que dizia: Escreve: Bem-aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, descansarão dos seus trabalhos, pois as suas obras os acompanharão.”

Em primeiro lugar, são bem-aventurados os mortos que morrem “no Senhor” – pois não há esperança após a morte a não ser que o morto tenha morrido “no Senhor”. Em segundo lugar, essa mensagem faz alusão a mortos “que desde agora morrem no Senhor”. “Desde agora” sugere dizer desde quando, ao ser proclamada a advertência final do terceiro anjo, aparecerem os fiéis de Deus que guardam os Seus mandamentos. E por que os mortos desse período serão bem-aventurados? Porque serão poupados de enfrentar as tribulações que vêm pela frente.

Apocalipse 14:14: “Olhei, e vi uma nuvem branca, e assentado sobre a nuvem um semelhante a filho de homem, tendo na cabeça uma coroa de ouro, e na mão uma foice afiada.”

Colocada nesta profecia em seguida à mensagem final do terceiro anjo, a segunda vinda de Cristo comprova que a última mensagem do terceiro anjo a precede imediatamente.

O apóstolo Paulo afirma que Ele “aparecerá segunda vez, ... aos que O esperam para a salvação” (Hb 9:28). Sim, os que O esperam devem estar se preparando para esse dia.

Mas o dia da volta de Cristo será o mais terrível para todos quantos recusaram a Sua salvação. Terão que sofrer as amargas conseqüências dessa decisão. Terão que avaliar o quanto estiveram enganados.

A coroa de ouro que Lhe dera o Pai forma um flagrante contraste com a de espinhos que Lhe deram os homens, na Terra, para zombarem de Sua realeza.

A foice afiada representa a colheita do bom trigo, que é símbolo dos justos que Jesus virá buscar.

Apocalipse 14:15: “Então outro anjo saiu do templo, clamando com grande voz ao que estava assentado sobre a nuvem: Lança a tua foice e ceifa, porque é chegada a hora de ceifar, pois já a seara da terra está madura.”

Apocalipse 14:16: “E aquele que estava assentado sobre a nuvem meteu a sua foice à terra, e a terra foi ceifada.”

Apocalipse 14:17: “Outro anjo saiu do templo, que está no céu, o qual também tinha uma foice afiada.”

Apocalipse 14:18: “Ainda outro anjo saiu do altar, o qual tinha poder sobre o fogo, e clamou com grande voz ao que tinha a foice afiada, dizendo: Lança a tua foice afiada e vindima os cachos da vinha da terra, porque já as uvas estão maduras.”

Apocalipse 14:19: “E o anjo meteu a sua foice à terra e colheu as uvas da vinha da terra, e lançou-as no grande lagar da ira de Deus.”

Apocalipse 14:20: “E o lagar foi pisado fora da cidade, e saiu sangue do lagar até aos freios dos cavalos, pelo espaço de mil e seiscentos estádios.”

Segundo este capítulo de Apocalipse, há no mundo dois tipos de plantações distintas: A seara do Senhor e a vinha de Satanás. O trigo do Senhor e as uvas satânicas.

O lagar onde as uvas eram espremidas e convertidas em vinho, nesta profecia, é um símbolo da destruição dos ímpios como uvas negras da vinha do adversário da justiça. A colheita do trigo e das uvas ocorrerá simultaneamente por ocasião da segunda vinda de Cristo ao mundo.

(Texto da Jornalista Graciela Érika Rodrigues, inspirado na palestra do advogado Mauro Braga.)