sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Deus mata pessoas?


Será que Deus mata pessoas? No sentido de assassinar? É lógico que não. Ele proíbe tal ato no sexto mandamento (Ex. 20:13). E no sentido de uma execução judicial? Sim. Mas mesmo em tal caso, *o Juiz de toda a Terra* (Gên. 18:25) sofre profundamente. *Dize-lhes: 'Tão certo como Eu vivo, diz o Senhor Deus, não tenho prazer na morte do perverso, mas em que o perverso se converta do seu caminho e viva. Convertei-vos, convertei-vos dos vossos maus caminhos; pois por que haveis de morrer...?*' Ez. 33:11.

Alguns cristãos sinceros argumentam que a execução de pecadores impenitentes por parte de Deus é contrária à Sua natureza de amor. Esse tipo de argumento pretende exaltar o caráter amorável de Deus, mas, na realidade, o deprecia. O amor de Deus é santo, não indulgente ou sentimental. O salmista diz: *Justiça e direito são o fundamento do Teu trono; graça e verdade Te precedem* Sl. 89:14. Amor e justiça são dois lados da mesma moeda e precisam ser colocados no devido equilíbrio. Que tipo de segurança teríamos no governo civil se o governo não pudesse punir os infratores da lei? Ou se o governo deixasse que os criminosos destruíssem a si mesmos? Deus não é menos justo e ordeiro do que o ser humano!

A opinião de que Deus não executará o impenitente O destitui da soberania em Seu Universo. Seria verdadeira justiça permitir que um pecador se auto-destruísse fisicamente? Considere um exemplo extremo: O ditador Adolf Hitler morreu com sangue de milhões de pessoas inocentes em suas mãos. Será que o universo dos leais e redimidos ficaria verdadeiramente satisfeito se no juízo Deus dissesse a Hitler: *Você, Hitler, é um homem ímpio e perdido. Eu o sentencio a morrer da maneira que você desejar, pode ser por suicídio ou que você seja ferido por alguém que esteja perto de você e também esteja condenado. Eu não vou tocá-lo, pois Eu sou amor?* Que pensariam as vítimas deste criminoso? Veria o Universo qualquer justiça em tal sentença.

Conquanto a destruição dos ímpios seja mencionada como o *estranho ato* de Deus (Is. 28:21, ARC), a verdadeira justiça requer punição e execução apropriadas. *[Deus] recompensará cada um segundo as suas obras.* Rm. 2:6. Tormento infindável não é justiça. Mas a justiça requer castigo adequado pêlos pecados e crimes que o impenitente tenha cometido.
Amor e justiça são dois aspectos do caráter divino. É o santo amor que finalmente torna o Universo seguro.

Os anjos não vêem injustiça no fato de Deus punir diretamente os ímpios. As sete últimas pragas são descritas como *a ira de Deus* (Ap. 15:1). Depois de derramar a terceira praga (água se transformando em sangue), diz o anjo a Deus: *Justo és Tu, ó Senhor, que és, e que eras, e santo és, porque julgaste estas coisas. Visto como derramaram o sangue dos santos e dos profetas, também Tu lhes deste sangue a beber; porque disto são merecedores.* Em resposta a estas palavras o profeta ouve outra voz dizer: *Na verdade, ó Senhor Deus todo-poderoso, verdadeiros e justos são os Teus juízos* (Ap. 16:5-7).

Deus é frequentemente comparado com um pai. Um pai amoroso e justo às vezes castiga o filho desobediente. Não é errado um pai exercer juízo diretamente. Espera-se que o faça. No caso do pecado, dois princípios lutam pela soberania: o princípio do amor altruísta e o princípio do egoísmo egocentrismo. Eles não podem coexistir. A divindade determinou
juízo sobre o pecado: separação e morte eterna. Rm. 6:23.

Unicamente Deus, a Fonte de vida, tem o direito e autoridade de privar um ser vivente de sua vida. Aos que escolheram permanecer rebeldes e impenitentes. Ele terá que punir de acordo com seus atos e privá-los da própria vida. Isto é simples justiça e misericórdia. Tais pessoas prefeririam morrer a ter que viver na santa atmosfera da Nova Terra - a qual eles rejeitaram enquanto estiveram neste planeta. Por isso a advertência de Cristo:

*Não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei, antes, aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo.* (Mt. 10:28, cf. Hb. 10:30 e 31).


Frank B. Holbrook, jubilado, foi diretor

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Desvendando o Apocalipse: a imagem da besta


Em 1492, Cristóvão Colombo aportou no continente americano, descobrindo-o para o resto do mundo. Foi inquestionavelmente na América solitária que se ergueu a nova besta, o novo poder que iria ter extraordinária influência sobre o planeta.

Apocalipse 13:11: “Então vi subir da terra outra besta, e tinha dois chifres semelhantes aos de um cordeiro, mas falava como dragão.”

Chifres, em Daniel e Apocalipse, são símbolos de poder governamental. Esta besta de dois chifres como de cordeiro usa seu poder governamental de uma maneira gentil, quase cristã. Os chifres não têm coroas como o grande dragão vermelho (Romã pagã) e a besta com corpo de leopardo (Roma papal). Isso indica que não haverá nem papa, nem rei, mas um poder democrático. O fato de ter dois chifres, neste caso, pode ser uma alusão às duas características principais dos Estados Unidos: a liberdade civil e a liberdade religiosa.

Há três poderes religiosos no mundo. O paganismo abrange todas as nações não cristãs, o que compreende mais da metade da população da Terra. O catolicismo pertence a nações que compõem uma grande parte da cristandade e o protestantismo é outro grande poder religioso.

A profecia fala sobre uma nação que representa um forte poder religioso, que não é nem o paganismo nem o cristianismo, e que é representado por uma besta com dois chifres e que emerge da Terra.

Um governo fala por meio de suas leis. De acordo com esta profecia, podemos estar preparados para enfrentar perseguições. O dragão foi um perseguidor implacável da igreja. O leopardo, que veio a seguir, também foi um poder perseguidor que ceifou a vida de milhões de cristãos durante os 1.260 anos. Quando esta besta fala como um dragão, isso quer dizer que sua natureza muda de cordeiro para dragão, e que ela faz o mesmo tipo de obras do dragão que veio antes dela.

A “fala” da nação são os atos de suas autoridades legislativas e judiciárias. Quais serão os atos dos Estados Unidos através de seus dois órgãos – legislativo e judiciário – que representarão a voz do dragão? Antes de tudo, tenhamos em vista que, em outros textos do Apocalipse, a besta semelhante a cordeiro é identificada como o “falso profeta” (Ap 16:13; 19:20 e 20:10). E um falso profeta, segundo as Sagradas Escrituras, tem a pretensão de falar e ensinar matéria de religião em nome de Deus, quando em verdade sua mensagem é falsa. É em matéria de religião, portanto, que os Estados Unidos falarão, futuramente, “como o dragão”, através de suas autoridades legislativas e judiciárias.

Apocalipse 13:12: “Exercia toda a autoridade da primeira besta na sua presença, e fazia que a terra e os que nela habitavam adorassem a primeira besta, cuja chaga mortal fora curada.”

A primeira besta da visão é o papado. Portanto, a autoridade que a besta de dois chifres irá exercer é o poder religioso arbitrário sobre as consciências. Chegará a ponto de exercer o poder perseguidor do papado contra todos quantos não se puserem em harmonia com seus ensinos em matéria de religião. E esse poder opressor será exercido pelos Estados Unidos na presença do papado.

A profecia anuncia aqui a união dos Estados Unidos, como nação protestante, com o papado romano. O tempo se encarregará dessa união. Não haverá como deter o poder cada vez mais crescente do catolicismo nos Estados Unidos. Uma nação capaz de fazer com que “todas” as pessoas façam alguma coisa – com exceção unicamente dos seguidores de Deus – tem de ser necessariamente um país poderoso, um líder mundial.

A declaração de que “a terra e os que nela habitavam” deverão adorar a primeira besta indica que a autoridade desta nação deve ser exercida pela imposição de alguma observância de natureza religiosa em homenagem ao papado. Somente em flagrante violação das garantias constitucionais de liberdade religiosa da nação norte-americana poderá qualquer observância religiosa ser imposta pela autoridade civil. Mas a incoerência desse procedimento está contida no símbolo profético. Afinal, não é a besta semelhante ao cordeiro que fala como dragão?

Assim é que a nação norte-americana quebrará logo a barreira constitucional que diz respeito à liberdade religiosa, para exaltar o papado e perseguir os verdadeiros seguidores de Cristo. Leis serão promulgadas pelo Congresso norte-americano em exaltação do papado e seus dogmas.

O Congresso e o presidente provavelmente não decretarão a legislação inicial com o intuito de atingir a minoria que guarda os mandamentos de Deus, do mesmo jeito que Nabucodonosor não ergueu sua imagem de ouro com o propósito de lançar na fornalha os três amigos de Daniel. O rei até mesmo concedeu àqueles homens a oportunidade de modificarem sua postura. Porém, quando os três jovens hebreus responderam bravamente: “Não serviremos a teus deuses, nem adoraremos a imagem de ouro que levantaste”, a ira do rei não conheceu limites (Dn 3:18).

Apocalipse 13:13: “E fez grandes sinais, de maneira que até fogo fazia descer do céu à terra, à vista dos homens.”

Em Apocalipse 16:13 e 14 é enfatizado que da boca do falso profeta, o protestantismo apostatado, como também da boca do dragão e da boca da besta, saem “espíritos imundos” ou “espíritos de demônios que fazem prodígios”. Em Apocalipse 19:20, é dito que o falso profeta “fizera os sinais, com que enganou...” Assim, os “grandes sinais” incluindo até “fogo descer do céu”, são obra exclusiva de demônios por meio da besta que subiu “da terra”, cujo objetivo é enganar as pessoas. Trata-se, portanto, de um poder sobrenatural que opera sob o controle de demônios enganadores.

Que poder é esse? O espiritismo. Basta que a besta de dois chifres fale “como o dragão” – Satanás – para que nos certifiquemos de que todos os seus atos, que cumprem a profecia, sejam atos do próprio dragão e seus demônios expulsos do Céu.

Verificou-se no Jardim do Éden a primeira sessão espírita havida na Terra. A serpente era o médium e o espírito que por ela atuara era Satanás. Não era possível que um espírito de morto atuasse através do animal porque ninguém ainda havia morrido na Terra. Porém, em Apocalipse 12:9 temos a certeza de que Satanás foi o agente enganador invisível.

Apocalipse 13:14: “Por causa dos sinais que lhe foi permitido fazer na presença da besta, enganava os que habitavam na terra, e dizia-lhes que fizessem uma imagem à besta que recebera a ferida da espada e vivia.”

A imagem da besta deverá ser feita pela besta de “dois chifres semelhantes aos de um cordeiro” – os Estados Unidos. O fato de o versículo seguinte (15) dizer que a “imagem da besta” ao ser feita falará e matará é evidência de que não se trata, como alguns entendem, de uma imagem do culto do catolicismo.

Segundo Apocalipse 15:2, a “imagem da besta” é um poder contra o qual sairão vitoriosos os que estarão afinal no mar de vidro, significando que, para saírem vitoriosos, terão que lutar contra ele. Trata-se, portanto, a “imagem da besta” a ser formada pelos Estados Unidos verdadeiramente de um poder perseguidor vindo da união da Igreja com o Estado.

Segundo a profecia, a “imagem da besta” será realizada nos Estados Unidos como uma homenagem a Roma, em virtude de se propor exaltar o “sinal da besta” – o domingo – por uma lei constitucional. Assim, o protestantismo apostatado e o catolicismo conjugam suas forças num desmedido esforço marchando juntos para a consecução da “imagem da besta” em homenagem ao papado romano.

Apocalipse 13:15: “Foi-lhe concedido também que desse fôlego à imagem da besta, para que ela falasse, e fizesse que fossem mortos todos os que não adorassem a imagem da besta.”

Como a “imagem da besta” é a união entre a Igreja e o Estado, em que a Igreja faz do Estado o seu servo, a Igreja terá o poder para falar e o Estado, o dever de executar o que ela fala. Ou podemos dizer também que o Estado falará não mais como um Estado civil livre, mas como um Estado religioso opressor que é a “imagem da besta”. É isto o que quer dizer: “E foi-lhe (ao Estado pelo dragão) concedido também que desse fôlego à imagem da besta, para que ela falasse”, e falasse como dragão.

Sobre isto a profecia é muito evidente. A “imagem da besta”, revestida do poder da própria nação, falará contra os que se lhe oporem, isto é, contra aqueles que protestarão contra a união da Igreja e Estado. Sua fala contra eles será de morte, dada a fidelidade deles aos mandamentos de Deus e a recusa da aceitação da “imagem da besta” e de suas imposições.

Mas nenhum dos servos de Deus há de morrer pelas sentenças da “imagem da besta”. Deus os protegerá de modo a não lhes cair um só fio de cabelo. Serão protegidos pelas legiões de santos anjos celestiais, pelo que não será executada contra eles a sentença de morte em razão da lealdade que manifestam à lei de Deus e ao evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo. Eles, reza a profecia, sairão “vitoriosos da besta, e da sua imagem” (Ap 15:2). Esse futuro tempo será para eles a “angústia de Jacó” e não morte de Jacó, pois este não morreu em sua angústia.

Apocalipse 13:16: “E fez que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e escravos, lhes fosse posto um sinal na mão direita, ou na testa,”

Apocalipse 13:17: “para que ninguém pudesse comprar ou vender, senão aquele que tivesse o sinal, ou o nome da besta, ou o número do seu nome.”

Em harmonia com o exposto acima, o “sinal da besta” é o sinal do papado, que é a “besta”. Portanto, como o papado é um poder religioso, seu sinal deve ser necessariamente uma instituição religiosa sua por meio da qual pretenda ser reconhecido no mundo como autoridade suprema.

O apóstolo Paulo descreve o papado, na pessoa do papa, como “homem do pecado” que se arroga o direito de supremacia “contra tudo o que se chama Deus” ou revela o nome de Deus, “se adora” e se assenta “no templo de Deus”, a igreja, “querendo parecer Deus” (2Ts 2:3, 4). Desse modo, pretende o papado destronar a Deus e ser olhado por toda a igreja como autoridade em lugar de Deus e acima de Deus, pois o apóstolo revela que ele se exalta “contra tudo o que se chama Deus”.

Quando um poder pretende ter derrubado outro poder, trata imediatamente de modificar a lei daquele a quem destronou, por meio da qual ele exercia a sua autoridade. Estabelece então outra lei ou Constituição que revele a sua autoridade como novo soberano vencedor. E foi precisamente isso que o papado procurou realizar para exaltar a si mesmo acima de Deus, como usurpador dos direitos de Deus.

Referindo-se às suas pretensões, o profeta Daniel menciona três coisas que o papado faria ao colocar-se acima de Deus:

1) “Proferirá palavras contra o Altíssimo.”
2) “Destruirá os santos do Altíssimo.”
3) “Cuidará em mudar os tempos e a lei” (Dn 7:25).

Analise a lógica profética sobre um poder usurpador:

1) Fala contra o poder que derrubou.
2) Persegue e elimina os súditos do poder derrubado, se não simpatizarem com a nova ordem.
3) Muda a lei ou a Constituição do poder vencido. E não foi nada mais do que isso que o papado fez em relação a Deus.

Dos três pontos, porém, o que a profecia mais destaca é o que trata da lei em que é dito que o papado cuidará em mudar os tempos e a lei. A lei que o papado cuidaria em mudar não pode ser outra senão a lei de Deus. Pois jamais poderia ele exercer o despotismo religioso e colocar-se acima de Deus a menos que alterasse a lei divina, afastando dela a autoridade de Deus. Enquanto Daniel profetizara que o papado cuidaria em mudar a lei de Deus, nós hoje vemos a profecia cumprida.

Assim o cristianismo tem duas leis – a lei original, escrita pelo dedo do Criador, e a lei adulterada pelo papado. A lei de Deus, que é a expressão do Seu próprio caráter, requer a obediência de Seus fiéis seguidores. A lei papal, que emana de Roma, exige fidelidade à vontade do papa. Ambos, o Deus do Céu e o deus de Roma exigem obediência às suas leis. A lei a que os homens obedecem revela o Deus que eles adoram e servem.

Para que Deus não continuasse mais a reinar na Terra e sim o papado, era imprescindível que este poder afastasse da lei de Deus o preceito que expressa a Sua suprema autoridade e o substituísse por outro que revelasse, na lei, a suprema autoridade papal. E, na lei de Deus, o preceito que expressa a Sua autoridade como legislador e soberano nos Céus e na Terra é o quarto mandamento. Inquestionavelmente, o quarto mandamento, que ordena a santificação do sábado do sétimo dia, contém, por suas próprias expressões, a assinatura de Deus como legislador do Decálogo.

Todo homem que acata o sábado como dia de repouso divino e o observa conforme a ordenança do quarto mandamento, homenageia a Deus como Criador e O reverencia como seu Deus a quem unicamente adora e serve na Terra.

Para que o papado pudesse colocar-se acima de Deus e o seu pontífice pretendesse ser deus na Terra, é evidente que deveria abolir especialmente o quarto mandamento que ordena a santificação do sábado do sétimo dia e apresenta a Deus como Criador, e substituí-lo por outro dia de repouso semanal que designasse, não mais ao Criador como legislador da lei e supremo Deus nos Céus e na Terra, mas sim ao papa ou ao papado como “deus deste mundo” ou substituto de Deus entronizado em Roma.

E, posto que a Bíblia chamada católica, a Vulgata, conserve intacto o quarto mandamento ordenando o repouso do sétimo dia, temos nos catecismos autorizados da Igreja Católica uma lei, neles denominada de lei de Deus, em que o dia do repouso semanal original não é mais apresentado como dia de repouso. O primeiro dia da semana é definido nos catecismos como dia de repouso substituto do sábado do sétimo dia. E essa mudança do dia de repouso é expressamente confessada por autoridades católicas como obra real do papado em evidência de sua autoridade.

Na transferência do repouso semanal do sábado do sétimo dia para o primeiro dia da semana, o papado não fez nada mais nem menos do que substituir o sinal da autoridade suprema de Deus pelo sinal de sua própria autoridade como um falso deus sobre a Terra. Daí o domingo, na lei modificada do catecismo católico, ser o sinal do papado e como tal o “sinal da besta”.

É bom repetir que a “besta” é o papado e que a “imagem da besta” são os Estados Unidos. Agora tudo está claro diante de nós. Ao ser alterada a Constituição norte-americana e o protestantismo apostatado tornar-se religião oficial do Estado, então a igreja obrigará o Estado a impor pela lei o “sinal da besta” papal, isto é, a observância obrigatória do domingo.

Perceba que o movimento do protestantismo norte-americano visa ao mundo inteiro. Nisso vemos o cumprimento da profecia, pois reza ela que a besta de dois chifres induzirá a “todos os que habitam sobre a terra” a fazer uma “imagem à besta” pela exaltação do seu sinal.

Para a “imagem da besta” será indiferente estar o sinal na mão direita ou na testa; o que lhe importa é que todos ostentem a marca da apostasia papal.

A mão direita é a mão da ação e a grande massa da nação submeter-se-á à imposição do repouso obrigatório do domingo simplesmente por consideração de comodidade ou conveniência pessoal, sem com isso reconhecer nenhum fundamento religioso, mas dando, desse modo, indiretamente, o seu apoio a uma instituição religiosa e aceitando implicitamente a autoridade da besta imposta por sua imagem. Esses receberão o sinal na sua mão direita com a qual, indiretamente, apóiam as pretensões da besta e sua imagem.

A outra classe será constituída pelos que espontaneamente se hão de submeter às suas imposições, mas pelo coração e pelo entendimento, crendo estar servindo e apoiando uma causa justa. Estes estarão identificados com a doutrina e por ela com o caráter da besta, tanto pelo coração como pela inteligência, e terão o sinal em suas testas.

Portanto, por convicção ou não, todos serão obrigados, pelo protestantismo e Estado irmanados, a receber o “sinal da besta”. Quando tudo isso suceder, em breve, na América protestante agora livre ficará assentado com toda a evidência que o ponto característico especial da besta e de sua imagem é a violação dos mandamentos de Deus.

Os protestantes estão abrindo a porta para o papado a fim de readquirir na América protestante a supremacia que perderam no Velho Mundo.

Os cristãos das gerações passadas observaram o domingo supondo que em assim fazendo estavam a guardar o sábado bíblico; e hoje existem verdadeiros cristãos em todas as igrejas, que crêem sinceramente ser o domingo o dia de repouso divinamente instituído. Deus aceita a sinceridade de propósito de tais pessoas e sua integridade.

Quando, porém, a observância do domingo for imposta por lei, e o mundo for esclarecido relativamente à obrigação do verdadeiro sábado, quem então transgredir o mandamento de Deus para obedecer a um preceito que não tem maior autoridade que a de Roma, honrará desta maneira ao papado mais do que a Deus. Prestará homenagem a Roma e ao poder que impõe a instituição que Roma ordenou. Adorará a besta e a sua imagem.

Ao rejeitarem os homens a instituição que Deus declarou ser o sinal de Sua autoridade, e honrarem em seu lugar a que Roma escolheu como sinal de sua supremacia, aceitarão, de fato, o sinal de fidelidade para com Roma – “o sinal da besta”. E somente depois que esta situação estiver plenamente exposta perante o povo, e este seja levado a optar entre os mandamentos de Deus e os dos homens, é que, então, aqueles que continuam a transgredir hão de receber “o sinal da besta”.

Mas ninguém deverá sofrer a ira de Deus antes que a verdade se tenha apresentado à consciência, e haja sido rejeitada. Há muitos que nunca tiveram oportunidade de ouvir as verdades especiais para este tempo. A obrigatoriedade do quarto mandamento nunca lhes foi apresentada em sua verdadeira luz. Aquele que lê todos os corações e prova todos os intuitos, não deixará que pessoa alguma que deseje o conhecimento da verdade seja enganada quanto ao desfecho da controvérsia. O decreto não será imposto ao povo cegamente. Cada qual receberá luz bastante para tomar inteligentemente a sua decisão.

Temos assim que “o sinal da besta” e o sinal de Deus só serão impostos quando o mundo for logo esclarecido de toda esta questão, como se acha predito em Apocalipse 18:1-4.

Apocalipse 13:18: “Aqui há sabedoria. Aquele que tem entendimento calcule o número da besta, pois é o número de um homem. O seu número é seiscentos e sessenta e seis.”

O versículo anterior diz que a “besta” tem um nome e que seu nome encerra um número. Para encontrarmos o seu número é imprescindível saber antecipadamente o seu nome. Sendo a “besta” um poder, é evidente que o seu nome deve ser um título representativo do seu poder empregado pelo homem que a representa.

Quer dizer ainda que esse homem e a “besta” que ele representa, pertencem a uma nacionalidade cujo sistema numeral é exemplificado em letras do seu próprio idioma (algarismos romanos). É assim que o número do seu nome é encontrado nas letras do seu nome.

O homem, cujo nome revela o título do papado, é o seu representante pessoal – o papa. Há muitos nomes e títulos arrogados pelo papa, mas o mais significativo deles é “Vicarivs Filii Dei”, que significa “Substituto do Filho de Deus”.

O número do seu nome:

V I C A R I V S F I L I I D E I

5 + 1 + 100 + 0 + 0 + 1 + 5 + 0 0 + 1 + 50 + 1 + 1 500 + 0 + 1 =

112 + 53 + 501 = 666

A profecia diz que o “número da besta” é o “número de um homem”, o que revela que o poder papal não é divino ou de instituição divina, como ele pretende que seja, mas exclusivamente humano. O capítulo 13 de Apocalipse revela peculiaridades distintas do poder perseguidor. No próximo estudo, vamos conhecer características daqueles que serão perseguidos, ou seja, os verdadeiros adoradores de Deus.

(Texto da Jornalista Graciela Érika Rodrigues, inspirado na palestra do advogado Mauro Braga.)

Vaticano usa diplomacia para reconquistar a supremacia mundial


O Brasil tem um novo cardeal. Dom Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo, foi nomeado hoje pelo Papa Bento XVI. Na Basílica Dourada, hoje o vermelho púrpura brilhou mais. Bento XVI veio com o chapéu mitra que pertenceu a Pio IX. A estola, do século XV, usada por João Paulo II.

O nome de cada um dos 23 escolhidos foi proclamado pelo Papa. Eles juraram fidelidade. Para cada novo cardeal, Bento XVI repetiu, em latim, uma fórmula, um princípio: "Prontos a se comportar como fortalezas até a efusão do sangue".

Dom Odilo Scherer caminhou para o altar. Recebeu do pontífice alemão o barrete, uma evolução de um chapéu medieval. Agora é um cardeal. Um conselheiro próximo do Papa.

"Não sei se é o momento de dar conselhos ao Papa, mas eu gostaria de expressar, aquilo que são as nossas preocupações em São Paulo, que nós possamos levar o evangelho de Jesus Cristo, da paz, da fraternidade, da justiça, do perdão, da misericórdia, de maneira que todos possam sentir realmente a proximidade de Deus", comentou Dom Odilo Scherer, Cardeal arcebispo de São Paulo.

23 religiosos ganharam hoje as honras cardinalicias. 18 deles com menos de 80 anos podem votar num eventual conclave. Cinco superaram a idade, como o patriarca dos caldeus, do Iraque.

Pela primeira vez na historia da Igreja um Papa concedeu o título de cardeal a um iraquiano. Um gesto de atenção e estima que foi bem recebido pelas autoridades de Bagdá... [Grifo acrescentado]

Fonte: Jornal Nacional

Nota: "É nítido que Roma está mudando suas políticas em busca de ter a simpatía de todos - inclusive do Islã" [Fernando Machado].
Não sou contra a diplomacia, muito menos contra a paz entre as religiões. Porém, ninguém deve se iludir: o Vaticano almeja apenas reconquistar a supremacia mundial perdida no passado. Uma vez que "Roma nunca muda", todos deveriam estar preocupados com esse acúmulo de poder e influência da Santa Sé...

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Desvendando o Apocalipse: as duas bestas


Apocalipse 13 é um capítulo extenso e repleto de nomes e figuras simbólicas. São muitos detalhes e dados históricos, por isso este estudo será dividido em duas partes. Neste primeiro, vamos tratar até o versículo 11, e no posterior até o fim do capítulo. A palavra “besta” é muito utilizada neste capítulo e para não dar margem a especulações, sua identidade está revelada em Daniel 7:17. Besta significa um poder dominante – civil ou eclesiástico. Todos os detalhes, como veremos, enquadram-se perfeitamente na história de dois poderes.

Apocalipse 12:18: “E o dragão parou sobre a areia do mar.”

É ali que a terra e o mar se encontram. Este capítulo descreve duas bestas, uma que vem do mar e outra que vem da terra.

Apocalipse 13:1: “Eu vi subir do mar uma besta que tinha dez chifres e sete cabeças, e sobre os seus chifres dez diademas, e sobre as suas cabeças um nome de blasfêmia.”

Apocalipse 13:2: “A besta que vi era semelhante ao leopardo e os seus pés como os de urso, e a sua boca como a de leão. O dragão deu-lhe o seu poder, o seu trono e grande autoridade.”

Em profecia, as águas do mar simbolizam “povos e multidões” (Ap 17:15) e besta, como já dissemos, é símbolo de poder dominante – civil ou eclesiástico (Dn 7:17). O profeta viu levantar-se dentre as nações um poder que sobre elas exerceria o seu domínio. E tudo, em cada detalhe desta revelação, demonstra que essa besta não é um poder civil e sim eclesiástico. Certos pormenores não deixam dúvida de que se trata de Roma papal, como sucessora de Roma pagã.

Leopardo, urso e leão são imagens que já vimos em Daniel 7, quando o profeta descreveu a história política do mundo, ainda por vir. Primeiro o leão (Babilônia), depois o urso (Pérsia), a seguir o leopardo (Grécia) e finalmente a besta de dez chifres (Roma). Todas essas características estão incorporadas nesta besta de Apocalipse 13, demonstrando que a Roma papal possuía características do paganismo dos três reinos anteriores que a precederam. Nesses reinos, o paganismo era a religião oficial.

Os quatro reinos - Babilônia, Pérsia, Grécia e Roma –, no conjunto, possuíam sete cabeças e dez chifres (o leopardo possuía quatro cabeças, cada um dos outros três animais possuíam uma cabeça, e a quarta besta apresentava dez chifres). Ver Daniel 7. Entre os dez chifres da quarta besta (Roma) surgiu um décimo primeiro elemento, o qual a princípio era um “chifre pequeno”, mas que veio a tornar-se um poder perseguidor poderoso e blasfemo.

O dragão dá à besta o seu poder – “A vinda desse iníquo é segundo a eficácia de Satanás, com todo poder, e sinais e prodígios da mentira” (2Ts 2:9).

Aqui ocorre a transferência do poder do dragão de Roma pagã para a Roma papal. O dragão – o diabo e Satanás (Ap 12:9) – sempre opera por meio de reinos e instituições terrestres. O antigo Egito, por exemplo, foi comparado ao dragão (Ez 29:3). Quer dizer que o poder humano utilizado pelo dragão continuou o mesmo – o Império Romano – havendo tão somente sofrido uma metamorfose do paganismo declarado para o paganismo cristianizado.

Roma papal foi empossada pelo dragão no trono de Roma pagã, na sede do Império Romano, na cidade de Roma. Isso prova ter o dragão dado à besta o seu trono, ou o espaço físico de seu domínio; seu poder representado nas sete cabeças romanas e seu grande poderio ou domínio representado nos dez chifres, ou a Europa.

Realmente Constantino deu o seu trono para o papa. O trono dos césares foi deixado vago. Foi nessa vaga que o papado se assentou. Aqui estão as palavras de um escritor católico: “E piedosamente subindo ao trono de César, o vicário de Cristo tomou o cetro diante do qual imperadores e reis da Europa se curvariam em reverência por muitas eras” (American Catholic Quarterly Review, abril de 1911).

Outros imperadores também outorgaram poder ao papado. Passo a passo, o Império Romano (o grande dragão vermelho) deu grande autoridade à igreja (a besta com corpo de leopardo), com o clímax ocorrendo em 538, quando os exércitos do império expulsaram os ostrogodos de Roma, o que iniciou o período de 1.260 anos.

Desse modo, o símbolo da besta representa o papado, que sucedeu o poder, trono e poderio mantidos pelo antigo Império Romano.

Apocalipse 13:3: “Então vi uma de suas cabeças como golpeada de morte, mas a sua chaga mortal foi curada. Toda a terra se maravilhou, seguindo a besta,”

Apocalipse 13:4: “e adoraram o dragão que deu à besta a sua autoridade, e adoraram a besta, dizendo: Quem é semelhante à besta? Quem poderá batalhar contra ela?”

A cabeça que foi ferida de morte era a cabeça do papado. Em 1798, durante a Revolução Francesa, sob ordens de Napoleão, o papa Pio VI foi preso pelo general Alexander Berthier. Em 1929, Benito Mussolini assinou um tratado devolvendo as terras ao Estado do Vaticano. Conforme a profecia, estava restaurado o poder temporal do papado. A ferida mortal de 1798 já estava cicatrizada.

Embora restaurado ao poder temporal em 1929, o papado jamais se conformou com apenas 44 hectares que compreendem o Estado do Vaticano. Mas nem mesmo com a Europa inteira, seu antigo domínio, se conforma o papado. As pretensões vão muito além. Reza a profecia que o papado almeja o domínio de “toda a Terra”, a totalidade do globo, todas as nações.

Sentado no trono de um Estado, o menor do mundo, é o papa um soberano mundial cujos súditos espirituais se encontram em todas as nações da Terra. Assim, já podemos dizer, em parte, que “toda a terra se maravilhou seguindo a besta”. Tempo virá, porém, em que a profecia se cumprirá em toda a sua plenitude, e o poder temporal do papado será exercido em toda a Europa, como fora exercido no passado, e estender-se-á aos países católicos da América e de outros continentes.

Não podendo receber Satanás uma adoração direta do mundo, recebe-a indiretamente por intermédio da besta. Satanás não poderia ter empregado idéia mais enganadora do que esta de receber homenagens de adoração do mundo através de um poder denominado cristão. Este é o perigo da adoração da besta “semelhante ao leopardo”.

Adorar um poder que recebeu autoridade do dragão significa cometer grave pecado contra Deus e o Céu. No entanto, o papado, na pessoa de seus pontífices, não só pretende adoração como a tem recebido de milhões de adeptos grandes e pequenos. Todo mundo sabe que o papado e também seu clero em toda a Terra exigem e recebem a adoração que só a Deus e a Seu Filho Jesus Cristo pertencem de direito.

De outro lado, multidões adoram Roma papal, obedecendo a suas leis e dogmas. A um decreto seu, os expedientes governamentais, em toda a Terra, fecham suas portas, como também o comércio e a indústria detêm suas transações. As instituições de ensino, mesmo as protestantes, cerram suas portas. Sim, respeitando seus dias santificados, a Terra, em grande parte, está homenageando e curvando-se aos pés da besta.

“Quem é semelhante à besta?” Este é o desafio dos adoradores da besta. Jamais existiu outro poder comparável ao do papado, nem o dos soberanos das nações. O poder do papado é tão maior do que o das nações que exerce sua influência sobre elas. Os súditos do Vaticano são os próprios súditos das nações do mundo. Centenas de milhões de habitantes da Terra são mais fiéis a Roma do que às suas próprias nações. Por isso os seus adoradores orgulham-se em dizer: “Quem é semelhante à besta?”

“Quem poderá batalhar contra ela?” Esta pergunta é um desafio dos adoradores da besta a seus adversários. Nenhum poder terreno destruirá jamais o poder papal. Esse poder não cairá jamais pelo braço do homem. Porém, sua queda irreversível é apenas uma questão de tempo. Sua derrocada virá de cima, inesperada e segura. Deus logo ajustará contas com o poder que usurpou o Seu nome. O mundo vai se ver livre da intolerância do poder da besta “semelhante ao leopardo”.

O papado e a democracia – O papado não é uma democracia nem mesmo no seu Estado. Numa democracia, o soberano é eleito pelo povo de seu Estado para se tornar governante. Não se dá isso com o soberano do Vaticano. O papa, em seu Estado, não é eleito pelo povo católico. Este não comparece às urnas para elevá-lo ao trono. Nenhum católico do mundo, exceto os cardeais, elege o seu pontífice. O que o papa estabelece é executado. Ele domina suas consciências. E quando o futuro restaurar completamente o seu domínio temporal, e ainda muito mais ampliado, veremos coisas e leis espantosas demandarem a Terra procedentes do trono de Roma.

Apocalipse 13:5: “Foi-lhe dada uma boca para proferir arrogâncias e blasfêmias, e deu-se-lhe autoridade para continuar por quarenta e dois meses.”

Apocalipse 13:6: “E abriu a sua boca em blasfêmias contra Deus, para blasfemar do Seu nome, e do Seu tabernáculo e dos que habitam no céu.”

Se as palavras arrogantes da besta atingissem apenas os seus iguais na Terra e os seres celestiais comuns, isto ainda não seria tão grave. Porém, suas mais ofensivas palavras são dirigidas “contra Deus, para blasfemar do Seu nome, e do Seu tabernáculo”.

Os 42 meses proféticos da dominação temporal do papado equivalem a 1.260 anos (42x30=1.260), que foram contados da derrota dos ostrogodos em Roma (538), até a ferida mortal da Revolução Francesa (1798). Vemos assim que no ano 538 o catolicismo foi estabelecido por Justiniano como religião oficial do Estado, sendo proibidas todas as outras religiões. O bispo de Roma foi declarado o cabeça de todas as igrejas. O paganismo cedeu lugar ao papado. O dragão deu à besta “o seu poder, o seu trono e a sua autoridade”. E começaram então os 1.260 anos da opressão papal.

Na verdade, uma blasfêmia só pode mesmo ser dirigida contra Deus. Em primeiro lugar, diz a profecia que a besta profere blasfêmias contra o nome de Deus. E quando é que um ser mortal blasfema do nome de Deus? Nos evangelhos encontramos uma indicação muita clara do que seja blasfemar contra o nome de Deus. Num dos debates entre Cristo e os judeus, estes Lhe responderam: “Não Te apedrejamos por alguma obra boa, mas pela blasfêmia; porque, sendo Tu homem, Te fazes Deus a Ti mesmo” (Jo 10:30-33). A acusação dos judeus contra Jesus era falsa porque Ele realmente era e é Deus. Mas, quando um homem se intitula Deus e assume as prerrogativas de Deus e os títulos relativos à divindade, isso constitui verdadeiramente uma blasfêmia.

Há no direito canônico papal uma proposição que estabelece: “O papa romano não ocupa o lugar de um mero homem, senão o do verdadeiro Deus neste mundo. ... O papa tem tão grande autoridade e poder que pode mesmo modificar, explicar ou interpretar as leis divinas.”

Quando a igreja de Roma se arroga perdoar pecados de vivos e mortos, em desacordo com o ritual do templo celestial onde os pecados são perdoados somente pelo Filho de Deus, isso também é blasfêmia. Essa atitude desmantela a obra mediadora de Jesus no santuário e significa blasfemar “do Seu tabernáculo”.

Apocalipse 13:7: “Também foi-lhe permitido fazer guerra aos santos, e vencê-los. E deu-se-lhe poder sobre toda tribo, língua e nação.”

Aos que o papado perseguiu taxando-os de hereges, a profecia de Deus chama-os de santos. Logo que se iniciaram os 1.260 anos de supremacia temporal do despotismo papal, os cristãos foram obrigados a optar entre renunciar a sua integridade e aceitar as cerimônias e cultos estabelecidos pelo papa, ou passar a vida nas masmorras, sofrer a morte pelos instrumentos de tortura ou pela fogueira.

Desencadeou-se a perseguição sobre o povo de Deus com maior fúria e o mundo se tornou um campo de batalha. Durante séculos a igreja de Cristo encontrou refúgio no isolamento e obscuridade. Diz a profecia: “A mulher [igreja] fugiu para o deserto, onde já tinha lugar preparado por Deus, para que ali fosse alimentada por mil duzentos e sessenta dias” (Ap 12:6).

Os governos europeus, os quais se aliaram ao papado e estiverem sob seus pés por 1.260 anos, consentiram e ajudaram-no a massacrar os seus povos em favor de Roma.

Apocalipse 13:8: “E todos os que habitam sobre a terra a adorarão, esses cujos nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo.”

Apocalipse 13:9: “Se alguém tem ouvidos, ouça.”

Apocalipse 13:10: “Se alguém deve ir para o cativeiro, para o cativeiro irá. Se alguém deve ser morto à espada, necessário é que à espada seja morto. Nisto repousa a perseverança e a fidelidade dos santos.”

Em outras palavras, quem ainda tem consciência, ouça a advertência e abandone Roma e ponha-se sem temor ao lado da verdade divina.

Quando o papa foi levado prisioneiro por Berthier, essas palavras foram cumpridas. O papado tinha feito milhões de cativos e aprisionados, e agora ele mesmo estava indo para o cativeiro. No futuro, outra espada predita cairá sobre o mesmo poder opressor, então para eliminá-lo para sempre do mundo.

Apocalipse 13:11: “Então vi subir da terra outra besta, e tinha dois chifres semelhantes aos de um cordeiro, mas falava como dragão.”

A primeira besta, o papado, surgiu do mar, ou seja, de uma região onde havia muitas nações e povos. Portanto, a segunda besta que subiu “da terra” e não do mar, surgiu de um território desocupado e deserto. Uma região da Terra onde ainda não havia povos e nações.

Que poder surgiu de forma pacífica (longe de povos e nações) ao tempo em que o papado recebeu o golpe mortal dos revolucionários franceses em 1798? A Europa, Ásia e África não só eram continentes habitados como sacudidos por guerras, não preenchendo os requisitos de territórios desertos e pacíficos de onde deveria surgir a segunda besta desta profecia. Na continuação do estudo deste capítulo vamos descobrir quem é este poder.

(Texto da Jornalista Graciela Érika Rodrigues, inspirado na palestra do advogado Mauro Braga.)

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Igreja Ortodoxa reconhece o Papa e Roma


As Igrejas Ortodoxas reconheceram o Papa como "o primeiro patriarca" e Roma como a "primeira sede", dois reconhecimentos que abrem caminho para a reunificação entre católicos e ortodoxos, separados desde o cisma de 1054. Assim assegura hoje [14] o diário italiano La Repubblica, que assinala que esse reconhecimento é o fruto da reunião realizada em outubro em Ravena (nordeste italiano) entre uma delegação da Igreja Católica e outra das Igrejas Ortodoxas.

A delegação da Igreja Católica foi liderada pelo presidente do Pontifício Conselho para a Unidade dos Cristãos, o cardeal Walter Kasper, e a das Igrejas Ortodoxas foi presidido pelo metropolita Zizioulas do Patriarcado Ecumênico de Constantinopla.

O documento, segundo o diário, é "reservado" e contém 46 parágrafos. O jornal acrescenta que se trata de um "mapa de caminho" que pode levar à união destruída há quase mil anos. Embora os ortodoxos reconheçam o Papa e Roma, o texto acrescenta que "é preciso esclarecer qual será o papel do bispo da primeira sede", ou seja, as prerrogativas do Pontífice. De acordo com o diário, o documento "delineia três pontos fundamentais: a comunhão eclesial, o concílio e a autoridade".

Acrescenta ainda que se reconhece o bispo como chefe da igreja local, que ninguém pode substituir, e que todas as partes concordaram em reconhecer que a "única e santa Igreja se realiza de maneira contemporânea em todas as igrejas locais, que realizam a eucaristia e realizam a comunhão de todas as igrejas". Em outras palavras, embora as Igrejas Ortodoxas reconheçam o Papa como primaz, sublinham que o Pontífice não pode atuar como um soberano absoluto que decide por si só e sem levar em conta as igrejas locais.

O Vaticano, por enquanto, não fez declaração alguma a este respeito. Oriente e Ocidente se separaram com o cisma de 1054, com as excomunhões do Papa Leão IX e do patriarca Miguel Celurario. Desde então, quase mil anos de desentendimentos se passaram. Os ortodoxos não reconhecem a validade dos sacramentos católicos, ao tempo que a Igreja Católica admite os da Igreja Ortodoxa desde o Concílio Vaticano II. Os ortodoxos culpam Roma de proselitismo e de tentar expandir-se em territórios até agora sob seu controle.

(Yahoo Brasil)

Nota do blog Minuto Profético: A profecia do Apocalipse tem se cumprido diante de nossos olhos. O mundo inteiro tem se curvado aos pés de Roma que, passo a passo, tem recuperado a supremacia política mundial perdida ao fim da Idade Média. O grande problema nessa história é que Roma, em essência, jamais mudou, mas tão somente adotou novas estratégias para reconquistar o domínio do mundo. A base teológica que sustenta a autoridade de Roma (Mt 16:16-19), conforme ensina a Igreja Católica, não possui fundamento sólido (conheça melhor o texto de Mt 16:16-19 aqui).

Desvendando o Apocalipse: o Grande Conflito


Apocalipse 12 revela por meio de símbolos o grande conflito dos séculos travado entre as forças do bem e as do mal, entre a luz e as trevas, entre a verdade e o erro. Seu simbolismo claro lembra, em primeiro lugar, a origem do mal, para depois tratar da oposição cerrada à igreja de Cristo. O capítulo deixa muito claro que, na era cristã, os verdadeiros seguidores de Cristo não pertencem à igreja dominante e aliada aos poderes políticos da Terra, mas é um povo perseguido, fiel aos Dez Mandamentos de Deus e ao Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo.

Segundo a ordem estabelecida na visão, a igreja é apresentada num glorioso símbolo, revelando sua pureza, sua divina justiça e seu fundamento profético. O grande adversário da igreja segue-a numa guerra aberta contra ela, para, se possível, destruí-la. Usando os poderes apóstatas da era cristã, procura oprimir a igreja numa guerra sem tréguas, derramando-lhe rios de sangue, porém, sem conseguir fazê-la desaparecer do mundo. No entanto, no fim do capítulo, são apresentadas as duas principais características que revelam a verdadeira igreja cristã. São elas: a fidelidade aos Dez Mandamentos de Deus e ao Testemunho de Jesus Cristo.

Apocalipse 1:1: “Viu-se um grande sinal no céu: uma mulher vestida do sol, tendo a lua debaixo dos pés, e uma coroa de doze estrelas sobre a sua cabeça.”

Mulher, em profecia, representa igreja. A igreja de Deus, pura, verdadeira é representada por uma mulher virtuosa (Jr 6:2; Is 54:5, 6; Os 2:19, 20; Jo 3:29; 2Co 11:2; Ap 19:7, 8). A igreja apóstata, corrupta é representada por uma mulher de má conduta (prostituta) (Ap 17:5; Jr 3:1, 8; Ez 16:26-29; Is 50:1).

A verdadeira igreja de Cristo tem estado sempre vestida com o “Sol da Justiça” (Ml 4:2); Cristo é também “a Luz do mundo” (Jo 8:12; 9:5).

A Lua não tem luz própria; ela é simples refletora da luz solar. Assim é também com a igreja. Não temos luz de nós mesmos, mas apenas refletimos a glória de Cristo, “o Sol da Justiça”. Isso foi revelado de modo claro no antigo santuário hebreu, cujo cerimonial era apenas “sombra dos bens futuros” (Hb 10:1).

A igreja é aqui representada como estando em pé sobre a Lua, não como menosprezo ao Antigo Testamento, a Moisés e aos profetas, mas tendo-os como fundamento. O significado aqui é que a igreja foi estabelecida sobre a Palavra de Deus.

A coroa é símbolo de realeza. A igreja é chamada de “sacerdócio real” (1Pe 2:9). Doze é o número do reino de Deus. Havia doze tribos na igreja do Antigo Testamento e doze é o número de apóstolos da igreja do Novo Testamento. Há doze fundamentos na Nova Jerusalém, e são doze as portas de entrada para a cidade. Haverá também doze tronos na igreja triunfante (Mt 19:27, 28; Lc 22:28-30).

Apocalipse 12:2: “Ela estava grávida e gritava com as dores de parto, sofrendo tormentos para dar à luz.”

Durante 4 mil anos a igreja desejou ver e ouvir o Messias, que era a ânsia da mulher por dar à luz. “Bem-aventurados”, disse Jesus, foram os discípulos que O viram e ouviram. “Mas vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou o Seu Filho” (Gl 4:4).

Apocalipse 12:3: “Viu-se também outro sinal no céu: um grande dragão vermelho, que tinha sete cabeças e dez chifres, e sobre as suas cabeças sete diademas.”

Apocalipse 12:4: “A sua cauda levou após si a terça parte das estrelas do céu, e lançou-as sobre a terra. O dragão parou diante da mulher que estava prestes a dar à luz, para que, dando ela à luz, lhe devorasse o filho.”

O dragão é o diabo, Satanás (Ap 12:9). Mas, em seus ataques ao povo de Deus, ele tem sempre operado por intermédio de perseguidores terrenos, como o antigo Egito e Roma pagã, ambos representados nas Escrituras pelo mesmo símbolo (Ez 29:2-4).

Entre o dragão de Apocalipse 12 e o quarto animal de Daniel 7, há perfeita identificação. Ambos são terríveis e espantosos; ambos possuem dez chifres; ambos estão ligados à história da igreja cristã. O quarto animal, segundo a profecia, é o quarto reino da Terra que, sem dúvida, é Roma pagã. Conseqüentemente, o dragão vermelho é Roma pagã. O quarto animal, assim como o dragão vermelho, representam o mesmo poder: Satanás com a “toga romana”.

As sete cabeças representam o Império Romano e os dez chifres indicam a divisão nos reinos que constituiriam a Europa moderna. Vemos os dez chifres do quarto animal nas sete cabeças do dragão vermelho, o que comprova que o dragão e o quarto animal simbolizam o Império Romano que se dividiria em dez partes.

Parte da força do dragão está em sua cauda, que representa a astuta maneira com que enganou a terça parte dos anjos, ou seja, a cauda do dragão representa a mentira e os enganos de Satanás.

Conhecedor profundo das profecias messiânicas, Satanás vigiou o tempo do nascimento de Jesus, na esperança de tragá-Lo ao nascer. Que o Filho da mulher é Cristo não há dúvida já que Ele foi arrebatado para Deus e Seu trono (Ap 12:5). Servindo-se de Herodes como agente humano, Satanás intentou matar todos os meninos de dois anos para baixo, nascidos em Belém, para eliminar a Jesus entre eles. Os soldados batiam nas portas, invadiam as casas, arrancavam bebês dos braços de suas mães e os matavam a sangue frio diante dos olhos de seus pais.

Cerca de 600 anos antes, o profeta Jeremias havia profetizado: “Ouviu-se um clamor em Ramá, pranto e grande lamento: era Raquel chorando por seus filhos e inconsolável por causa deles, porque já não existem” (Jr 31:15). Mas Deus não havia esquecido o Seu Filho unigênito. Homens sábios do Oriente levaram-Lhe presentes, e com o dinheiro José viajou para o Egito com o menino Jesus.

Apocalipse 12:5: “Ela deu à luz um filho, um varão que há de reger todas as nações com vara de ferro. E o seu filho foi arrebatado para Deus e para o Seu trono.”

Ele Se levantou para nossa justificação e, como Rei da justiça, ministra agora por nós diante do trono da graça (Hb 4:14; 8:1; 10:12). Quem ousa qualquer acusação contra os eleitos de Deus? Sendo justificados em Cristo, nada pode agora separar-nos do amor de Deus que está em Cristo Jesus (Rm 8:33, 34).

Apocalipse 12:6: “A mulher fugiu para o deserto, onde já tinha lugar preparado por Deus para que ali fosse alimentada durante mil duzentos e sessenta dias.”

Frustrado ao tentar matar o Filho, o grande dragão vermelho volta o seu ódio contra a mãe. Ao ver-se vencido mais uma vez por Cristo e compreendendo que a morte do Filho de Deus assegurara a sua futura destruição no tempo certo, Satanás enfureceu-se sobremaneira e procurou vingar-se na mulher, a igreja. Mas a mulher escapa para o deserto, um lugar preparado por Deus, onde seria alimentada por 1.260 dias (anos). A mulher teve que fugir da vista dos agentes do dragão para um esconderijo seguro provido por Deus, para que ela pudesse subsistir, tal a ira de Satanás.

O deserto nos faz lembrar do Israel do Antigo Testamento, quando ele escapou do Egito. Os israelitas ficaram no deserto por 40 anos, sendo alimentados fisicamente com o maná (Êx 16) e espiritualmente pelos Dez Mandamentos e os ensinamentos de Moisés.

A idade escura durou de 538 até 1798. Durante esse período, existiu uma grande igreja mostrando sua autoridade, representada pelas catedrais. Não foi essa a igreja que fugiu para o deserto, escondendo-se em cavernas e montanhas. Escondidos nas cavernas das montanhas, os verdadeiros crentes podiam adorar a Deus de acordo com os ditames de sua consciência.

Apocalipse 12:7: “E houve guerra no céu: Miguel e os seus anjos batalhavam contra o dragão. E o dragão e os seus anjos batalhavam”,

Apocalipse 12:8: “mas não prevaleceram, nem mais o seu lugar se achou nos céus.”

Apocalipse 12:9: “E foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, que se chama diabo e Satanás, que engana a todo o mundo. Ele foi precipitado na terra, e os seus anjos foram lançados com ele.”

A guerra no céu não começou no fim dos 1.260 dias, ou no tempo em que Jesus ascendeu ao Céu. Temos um parêntese aqui. O Antigo Testamento mostra que uma guerra começou há muito tempo (Ez 18:12-17; Is 14:12-14). Jesus mesmo disse: “Eu via Satanás caindo do céu como um relâmpago” (Lc 10:18).

Há entre os homens algumas hipóteses incorretas sobre a origem do mal. Alguns dizem que os homens criaram o mal. Mas, embora seja certo que eles praticam o mal, é também certo que eles não nasceram maus. Eles aprenderam com alguém a praticar o mal mesmo antes de terem consciência dele. Outros, mais ousados, dizem que foi Deus quem criou o mal.

Outros ainda afirmam que todos trazem a sua sina e o seu destino traçado por Deus e até mesmo a hora da morte. A isto perguntamos: Criou Deus homens para serem ladrões, assassinos, orgulhosos, imorais, etc.? Criou Deus Seus filhos para sofrer e depois matá-los sob as rodas de um trem, num dia que determinou para assim dar fim deles? Se Deus fizesse isso, Ele nunca seria Deus. Os que O acusam disso, deveriam pensar seriamente na responsabilidade que estão assumindo nessa decisão.

Deus não é o autor do mal. Ele é o autor do bem. Aquele que deu o Seu próprio Filho para salvar a humanidade de perecer não pode ser considerado autor do mal. No entanto, é certo que o mal existe e os homens aprenderam a praticá-lo. E com quem aprenderam?

O caráter do mal prova que ele é instigado. Na pista de aeromodelismo, o avião sem piloto porventura voa por si só? Não, alguém o comanda por controle remoto. Assim é o mal. Ele não é natural no homem. O homem não foi criado com ele nem para ele. Como no exemplo do avião, há alguém que está por trás da maldade, inspirando-a. Se o homem pode dirigir um avião sem tocá-lo com as mãos, alguém pode dirigi-lo na prática do mal sem lhe pôr as mãos. Daí o homem executa o mal por alguém inteligente que às ocultas o induz a agir.

A guerra não começou na Terra, mas no Céu. O pecado é um mistério. Ele não se originou na Terra, mas começou no Céu, quando Lúcifer instigou a rebelião entre os anjos. Como dirigente da hoste celestial, ele desafiou a soberania de Deus (Is 14:12-15). Ele era “cheio de formosura”, perfeito no caráter, “até que se achou iniqüidade” nele (Ez 28:12-15). Embora fosse o mais honrado de toda a hoste angélica, ele teve inveja do Criador e, cobiçando-Lhe o trono, começou a semear a discórdia entre os anjos, provocando assim rebelião.

Apocalipse 12:10: “Então ouvi uma grande voz no Céu, que dizia: Agora é chegada a salvação, e a força, e o reino do nosso Deus, e o poder do seu Cristo. Pois já o acusador de nossos irmãos foi lançado fora, o qual diante do nosso Deus os acusava de dia e de noite.”

Apocalipse 12:11: “Eles o venceram pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do seu testemunho; não amaram as suas vidas até a morte.”

Apocalipse 12:12: “Pelo que alegrai-vos, ó céus, e vós que neles habitais. Ai dos que habitam na terra e no mar, porque o diabo desceu a vós, e tem grande ira, sabendo que pouco tempo lhe resta.”

Esses versículos cumpriram-se inteiramente na crucificação de Jesus. Quando Jesus foi morto na cruz, Satanás viu que estava desmascarado. Sua administração foi exposta perante os anjos não caídos e o universo celestial. Revelara-se um homicida. Derramando o sangue do Filho de Deus, Satanás perdeu a simpatia dos seres celestiais.

Até a morte de Cristo, Satanás ainda ia às vezes ao Céu. Como vimos acima, sua intenção era acusar os filhos de Deus que haviam aceitado a salvação em Jesus. Aos anjos ali no Céu Satanás acusou Abraão, Jacó, Jó, Moisés e o povo de Deus em geral. A morte de Cristo, porém, fechou para ele o Céu e ali não pode mais entrar para acusar os servos de Deus.

Os que habitavam no Céu se alegraram ao ali não ser mais permitido o acesso de Satanás. Não veriam mais o indesejável pisar os átrios sagrados para depor contra aqueles pelos quais o Filho de Deus dera Sua vida na cruz. A justiça de Deus no trato com o rebelde tinha sido reconhecida.

Mas, “ai dos que habitam na terra e no mar, porque o diabo desceu a vós, e tem grande ira”. A ira de Satanás contra os habitantes da Terra é uma vingança contra o Filho de Deus.

Apocalipse 12:13: “Quando o dragão se viu lançado na terra, perseguiu a mulher que dera à luz o filho varão.”

Apocalipse 12:14: “E foram dadas à mulher as duas asas da grande águia, para que voasse até o deserto, ao seu lugar, onde é sustentada por um tempo, e tempos, e metade de um tempo, fora da vista da serpente.”

Desesperado por não poder vencer a Jesus na Terra e também por não ter mais acesso ao Céu, Satanás procura então se vingar na igreja. Imediatamente, iniciou uma terrível perseguição contra a igreja que estava em Jerusalém, empregando para tanto o próprio povo judeu e o famigerado rei Herodes Antipas. Depois, os imperadores romanos. Em seguida, após usar Roma pagã contra a igreja, Satanás usou Roma papal. Durante mais de 12 séculos a mulher permaneceu escondida no deserto.

Apocalipse 12:15: “Então a serpente lançou da sua boca, atrás da mulher, água como um rio, a fim de fazer com que ela fosse arrebatada pela corrente.”

Água em profecia representa povo (Ap 17:15). Durante a supremacia papal, diferentes povos foram usados no esforço de destruir o fiel e verdadeiro povo de Deus. As páginas da História estão manchadas com o sangue de amargas perseguições e impiedosos massacres. Mas tudo foi em vão; ao contrário, “o sangue dos mártires é semente da igreja”.

O céu se rejubila na vitória dos santos sobre o poder do dragão. “Eles o venceram pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do seu testemunho” (Ap 12:11). Mas o profeta observa que outra tentativa, e mais sutil, é feita para destruir a igreja. O inimigo lança de sua boca um dilúvio para arrastar a mulher. Com efeito, um dilúvio de falsos professores, saturados de evolucionismo e filosofias humanas, tem-se levantado para opor-se à verdade de Deus. Isso tem sido assim especialmente desde o fim dos 1.260 anos. A água vinha da boca da serpente. O que ele não logrou por meio de exércitos e das perseguições, busca alcançar por meio de um exército de falsos educadores. Propaganda mentirosa e a “falsamente chamada ciência” (1Tm 6:20) alcançará o seu clímax na batalha final contra a verdade.

Apocalipse 12:16: “Mas a terra ajudou a mulher, abrindo a sua boca e engolindo o rio que o dragão lançara de sua boca.”

A terra socorreu a mulher – Se as águas representam densa população, a terra seria bem o oposto. Áreas relativamente desabitadas foram descobertas, onde os cristãos encontravam alívio da perseguição. Eles fugiram para os vales montanhosos dos Alpes e para a América do Norte.

A terra abriu a sua boca – Foi pela boca da serpente que as mentiras originais foram pronunciadas e, desde então, uma catarata de doutrinas falsas vem saindo da boca da serpente. Mas a terra engoliu muitas dessas águas através do estudo de arqueólogos e geólogos. Arqueólogos forneceram evidências vindas da terra que ajudam a estabelecer a precisão histórica da Bíblia. A geologia fornece evidências, como a ausência de fósseis elos, a presença de inconformidades e a intensa complexidade mesmo das mais simples formas de vida, que ajudam a expor a falácia do evolucionismo.

Apocalipse 12:17: “Então o dragão irou-se contra a mulher, e foi fazer guerra ao restante de sua descendência, os que guardam os mandamentos de Deus, e mantêm o testemunho de Jesus.”

Apocalipse 12:18: “E o dragão parou sobre a areia do mar.”

A obediência é o teste. O inimigo está irado com aqueles que ainda obedecem a Deus. Milhões de cristãos têm sofrido como resultado de sua obediência. Se você obedece a Deus, Satanás atacará de todos os lados. Há uma semelhança de linguagem entre este verso e o de Gênesis 3:15: “Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.” A promessa de Deus implicava hostilidade entre a mulher e Satanás, entre a semente da mulher e a semente de Satanás.

A descendência da serpente significa que Satanás teria “filhos” que agiriam como ele. A mulher teria filhos também e Deus prometeu ajudar àqueles que desejassem resistir aos filhos do diabo.

A igreja de Cristo do tempo do fim é considerada um “resto”, evidência de que não seria uma grande corporação, mas seria constituída de poucos membros em relação ao número de adeptos de igrejas anticristãs.

Aqueles “que guardam os mandamentos de Deus e mantêm o testemunho de Jesus” sentirão a ira do dragão. Observando essas duas características, há um povo que se manterá fiel até o fim dos tempos. A Lei de Deus e o Testemunho de Jesus não podem divorciar-se. A verdadeira igreja de Deus deve apresentar essas duas características apontadas na profecia.

Deus está chamando pessoas que queiram mostrar de que lado estão. Nossa decisão determinará se somos parte da descendência da mulher ou da descendência da serpente.

(Texto da Jornalista Graciela Érika Rodrigues, inspirado na palestra do advogado Mauro Braga.)

Cinco razões para não ser darwinista



Em seu blog Desafiando a Nomenklatura Científica, o coordenador do Núcleo Brasileiro de Design Inteligente (NBDI), Enézio de Almeida Filho, afirma: "Eu já fui evolucionista de carteirinha. Hoje sou cético localizado da teoria macroevolutiva como verdade científica. Ao contrário do que os meus críticos detratores afirmam a meu respeito, o meu ceticismo ao 'dogma central' do darwinismo não é baseado em relatos da criação de textos sagrados."

Enézio diz que foi uma séria e conflituosa consideração do debate que vem acontecendo intramuros e nas publicações científicas há muitos anos sobre a insuficiência epistêmica da teoria geral da evolução que fez dele um incrédulo do "fato, Fato, FATO" da teoria geral da evolução.

"É por essas e outras razões que eu não creio mais na interpretação literal dos dogmas aceitos a priori de Darwin ideologicamente defendidos com unhas e dentes pela Nomenklatura científica, mas foi a ciência que me deu esta convicção. Mas a universidade não é lugar de se discutir 'idéias', mesmos as 'perigosas'?", pergunta Enézio, e prossegue:

"Eu aprendi na universidade que quando uma teoria científica não é apoiada pelas evidências, ela deve ser revista ou simplesmente descartada. Sou pós-darwinista já me antecipando a uma iminente e eminente ruptura paradigmática em biologia evolutiva. É por isso que propago aos quatro ventos: chegou a hora de dizer adeus a Darwin. Sem medo de ser feliz!"

Em seguida, Enézio aponta cinco motivos pelos quais ele disse "adeus" a Darwin, em 1998:

1. Genética. As mutações causam mal e não constroem complexidade. A evolução darwinista depende das mutações aleatórias que são selecionadas pela seleção natural, um processo cego e não-guiado que não tem objetivos. Tal processo aleatório e não-direcionado tende a provocar males aos organismos. Não parece ser capaz de melhorar os organismos, e não parece ser capaz de produzir novos sistemas complexos.

2. Bioquímica. Processos não-guiados e aleatórios não podem produzir complexidade celular. As células contêm complexidade incrível semelhante à maquinaria tecnológica, mas apequenando qualquer coisa produzida pelos humanos. As células usam circuitos, motores miniaturas, circuitos de feedback, linguagem codificada (DNA), e até maquinário de correção de erros que decodifica e corrige o DNA. Muitos cientistas afirmam que a evolução darwinista não parece capaz de construir esse tipo de complexidade integrada.

3. Paleontologia. O registro fóssil é desprovido de fósseis intermediários. O padrão geral do registro fóssil é o de explosões abruptas de novas formas biológicas, e os possíveis candidatos para as transições evolutivas são a exceção e não a regra. Por exemplo, a Explosão Cambriana é um evento na história da vida de mais de 500 milhões de anos atrás quando aproximadamente quase todas as principais estruturas corporais dos animais aparecem num instante geológico sem quaisquer aparentes precursores evolutivos.

4. Taxonomia. Os biólogos falharam na construção da Árvore da Vida de Darwin. Os biólogos tinham esperança de que a evidência de DNA revelaria uma grande árvore da vida onde todos os organismos apareceriam nitidamente relacionados. Mas, árvores descrevendo as supostas relações ancestrais entre os organismos baseadas num gene ou característica biológica comumente divergem de árvores baseadas num gene ou característica diferentes. Isso implica num desafio ao ancestral comum universal, a hipótese de que todos os organismos partilham de um ancestral comum.

5. Química. A origem química da vida permanece um mistério insolúvel. O mistério da vida permanece sem solução, e todas as teorias de evolução química enfrentam grandes problemas. As deficiências básicas na evolução química incluem falta de explicação de como uma "sopa primordial" poderia surgir no ambiente hostil da Terra primitiva, ou como que a informação exigida para a vida pode ser gerada por reações químicas cegas.

"Eu poderia citar mais uma — a evolução é uma teoria de longo alcance, e teorias científicas assim sofrem de uma grande deficiência epistêmica no contexto da justificação teórica: não podemos recriar esses eventos, e aí o que prevalece é a 'crença' a priori de que realmente foi assim. Nada diferente das afirmações criacionistas [Argh, parafraseando a Darwin, isso é como cometer um holocausto epistêmico!]

"E ainda dizem que não existe uma crise paradigmática em evolução, que isso é conversa de quem não sabe o que é fazer ciência. Isso é o que, então, cara-pálida?"

Terremoto de 6,7º Richter no Peru abala Equador


O terremoto de 6,7 graus de magnitude na escala aberta de Richter registrado na noite de quinta-feira no Peru foi sentido em todo o território do Equador e provocou cenas de pânico em várias cidades, onde algumas pessoas abandonaram suas casas. Até o momento, a Defesa Civil e a Cruz Vermelha equatorianas não informaram sobre vítimas. Mas houve alguns danos menores a imóveis e às redes elétrica e de telefonia de diversos lugares do país.

Segundo a imprensa, a cidade de Guayaquil, a maior do Equador, foi uma das que sentiram o tremor com maior intensidade. Vários bairros ficaram sem energia elétrica e sem serviço telefônico.

A emissora de televisão Ecuavisa informou que dois edifícios altos de Guayaquil, situados um ao lado do outro e construídos com tecnologia antiterremotos, que permite que eles balancem sem sofrer danos, se chocaram. Os moradores tiveram que ser retirados, mas saíram todos ilesos.

O abalo foi de longa duração e há informações de situações de pânico em Guayaquil e nas cidades de Quito, Ambato, Riobamba, Portoviejo, Morona, Loja, Latacunga, Jaramijó e Machala, segundo emissoras de rádio. Em Cuenca, uma casa apresentou rachaduras.

O Instituto Geofísico da Escola Politécnica Nacional do Equador, que em princípio informou em seu site que o tremor tinha alcançado 5,7 graus na escala aberta de Richter, corrigiu para 6,7 graus.

Segundo o Instituto Geofísico, o terremoto aconteceu às 22h13 (1h13 de sexta-feira, em Brasília), 354 quilômetros a sudeste de Quito, em território peruano, perto da fronteira com o Equador.

O epicentro foi localizado no norte do Peru, a 3,31 graus sul e 77,83 graus oeste, a uma profundidade de 172,46 quilômetros.

No entanto, segundo o Instituto Oceanográfico da Marinha, o terremoto foi registrado do lado equatoriano da fronteira, com epicentro na localidade de Gualaquiza, na província de Morona Santiago.

(Terra)

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Desvendando o Apocalipse: a sétima trombeta



Em primeiro lugar, este capítulo nos apresenta um panorama do santuário de Deus e Seus adoradores. Em seguida, trata das perseguições contra a igreja de Cristo pelo papado, na Idade Média, e da humilhação das Escrituras Sagradas por esse poder, no mesmo período. A Revolução Francesa vem, a seguir, com seus tremendos horrores e sua decidida ação ateísta contra o santo livro de Deus, que, por fim, triunfa sobre seus inimigos.

A sétima trombeta, com seus acontecimentos que porão fim ao império da maldade na Terra, é a grande visão deste capítulo. Porém, encontramos ainda a ira das nações modernas a despeito do anseio pela paz; o tempo do juízo e do merecido galardão aos santos; e o tempo da destruição dos que destroem a Terra. Por fim, descreve o profeta sua visão da “arca do concerto” de Deus, contendo o original da lei do Decálogo, visto no templo de Deus, cuja violação pelo mundo é apresentada como causa de sua próxima destruição.

Apocalipse 11:1: “Foi-me dada uma cana semelhante a uma vara, e foi-me dito: Levanta-te e mede o templo de Deus e o altar, e os que nele adoram.”

O ato de medir algum objeto requer que seja dada atenção especial a ele. A ordem de medir o templo de Deus implica em dizer que a igreja deveria dar atenção especial ao santuário.

O povo que constituiria o novo movimento mundial surgido do desapontamento de 1844 deveria estudar com mais cuidado a questão do santuário. E o santuário, no caso, só poderia ser o celestial, porque o templo de Jerusalém já havia sido destruído por Tito no ano 70, e João recebera a visão no ano 96.

O verdadeiro povo de Deus é medido não de acordo com a sua estatura física, mas por um padrão do que é certo, uma lei. “Falai de tal maneira e de tal maneira procedei como aqueles que hão de ser julgados pela lei da liberdade” (Tg 2:12).

Apocalipse 11:2: “Mas deixa o átrio que está fora do templo; não o meças, porque foi dado aos gentios. Estes pisarão a cidade santa por quarenta e dois meses.”

As nações européias (os “gentios”), no período de 42 meses, ou 1.260 anos, coagidas pelo papado, pisariam a Igreja de Cristo no próprio átrio do santuário, onde o Senhor oficia como seu Sumo Sacerdote.

O que João estava para testemunhar e o que registrou para nós era a batalha entre a Bíblia e o ateísmo. Essa batalha alcançou o clímax na Revolução Francesa. Os acontecimentos dessa terrível revolução têm se repetido nas últimas décadas e vão se intensificar pouco antes da volta de Jesus.

Apocalipse 11:3: “E darei poder às Minhas duas testemunhas, e profetizarão por mil duzentos e sessenta dias, vestidas de pano de saco.”

Apocalipse 11:4: “Estas são as duas oliveiras e os dois castiçais que estão diante do Senhor da terra.”

Tem havido muita especulação quanto à identidade dessas duas testemunhas. Alguns procuram vê-las como literais, chegando mesmo a nomeá-las como Moisés e Elias. Mas toda a linguagem aí é figurativa. O verso 4 diz: “Estas são as duas oliveiras e os dois castiçais que estão diante do Senhor da terra.” Em Zacarias 4:11-14, as duas oliveiras representam a Palavra de Deus, e a Palavra de Deus é, sem dúvida, uma luz. Diz o Salmo 119:105: “Lâmpada para os meus pés é a Tua Palavra, e luz para o meu caminho.” Onde não há Bíblia, há escuridão espiritual.

Analisando conjuntamente os textos de Apocalipse e de Zacarias, os dois ressaltam que da oliveira verte o azeite, que é símbolo do Espírito Santo, enquanto que os castiçais são portadores de luz; a luz do evangelho de Cristo.



Mas as Escrituras são mais do que uma luz; elas dão também testemunho da graça de Deus. Jesus declarou que as Escrituras do Antigo Testamento testificavam dEle. Em Mateus 24:14 lemos: “E este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, para testemunho a todas as nações.”

A explicação mais satisfatória desta profecia é que as testemunhas são o Antigo e o Novo Testamentos. É fora de dúvida que eles testificam de Cristo. “São estas [as Escrituras] que de Mim testificam” (Jo 5:39). Assim, na linguagem simbólica do Apocalipse, os dois castiçais e as duas testemunhas são referências à Palavra de Deus.

Durante 1.260 anos, as duas testemunhas estão vestidas de pano de saco, um símbolo de obscuridade. Nos tempos bíblicos, o pano de saco era uma referência ao luto. Por que a Bíblia estava de luto? A Bíblia ficou escondida sob linguagens desconhecidas. Quem não lesse o hebraico ou o grego não podia ler a Bíblia.

Antes da imprensa, a Bíblia, que era escrita à mão, custava tão caro que somente os que eram muito ricos podiam tê-la. Uma Bíblia custava mais do que uma fazenda. Os mestres eruditos das universidades tinham acesso à Bíblia, mas não as pessoas comuns.

As vestes de pano de saco durante 1.260 anos indicam a humilhação a que as Escrituras foram submetidas naquele grande período de supremacia temporal do papado, acertadamente chamado Idade Escura, no que diz respeito à religião.

Apocalipse 11:5: “Se alguém lhes quiser causar mal, das suas bocas sairá fogo e devorará os seus inimigos. Se alguém lhes quiser causar mal, importa que assim seja morto.”

Apocalipse 11:6: “Estas têm poder para fechar o céu, para que não chova, nos dias da sua profecia; e têm poder sobre as águas para convertê-las em sangue, e para ferir a terra com toda a sorte de pragas, quantas vezes quiserem.”

Estas palavras evidenciam o poder das duas testemunhas – Antigo e Novo Testamentos. Todos os seus inimigos, aqueles que pervertem os seus ensinos, serão consumidos com o fogo devorador que sairá de suas bocas (Ml 4:1). Pela Palavra de Deus, Elias fechou as janelas do céu de maneira que não choveu por três anos e meio. Pela Palavra do Senhor, Moisés transformou em sangue as águas do Egito. Assim, opor-se às duas testemunhas é um verdadeiro suicídio.

Apocalipse 11:7: “Quando acabarem o seu testemunho, a besta que sobe do abismo lhes fará guerra e os vencerá e matará.”

Depois do papado humilhar por 1.260 anos as duas testemunhas, ou seja, a Bíblia, outro poder surge para fazer-lhe guerra. Na profecia, “besta” significa reino ou poder (Dn 7:17, 23). Subir “do abismo” indica um poder ateu que surge da anarquia, do caos. Qual foi o poder anárquico que surgiu em torno do fim dos 1.260 anos da supremacia papal, que terminou em 1798 e que guerrearia com as “duas testemunhas” ou as Sagradas Escrituras? Qualquer pessoa que conheça a História sabe que o novo poder, que se levantou nesse período, foi a França revolucionária. Esse poder indicado na profecia rejeitaria com violência as Escrituras Sagradas.

Em 10 de novembro de 1793, Bíblias foram juntadas em Paris, amarradas à cauda de um jumento e arrastadas pelas ruas da cidade. Quem fosse encontrado com uma Bíblia em casa era condenado à morte. As ruas de Paris ficaram inundadas de sangue com a morte de 50 mil pessoas na noite de 11 de setembro de 1793.

Apocalipse 11:8: “E os seus corpos jazerão na praça da grande cidade que, espiritualmente, se chama Sodoma e Egito, onde o seu Senhor também foi crucificado.”

As duas testemunhas foram mortas pela França revolucionária “nas ruas da grande cidade”. Não há dúvida de que a grande cidade aludida é Paris. Nesta profecia, Paris é apresentada espiritualmente como “Sodoma e Egito”.

Nenhum monarca já se aventurou a rebelião mais aberta e arrogante contra Deus do que o fez o rei do Egito. Foi no Egito que Faraó mostrou o seu ateísmo, dizendo: “Quem é o Senhor, para que eu obedeça a Sua voz?” (Êx 5:2). E a licenciosidade de Sodoma era outra característica marcante de Paris.

Como é possível que Jesus fosse crucificado em Paris? Literalmente, sabemos que isso não aconteceu. Mas, quando os seguidores de Cristo são perseguidos e mortos, Ele toma isso como sendo feito diretamente a Ele. Jesus mesmo disse: “Em verdade vos digo que, quando o fizestes a um destes Meus pequeninos irmãos, a Mim o fizestes.” Para a França crucificar a Jesus em Paris, devia fazer isso na pessoa de Seus seguidores. Assim foi Jesus crucificado na “grande cidade” da licenciosidade e do ateísmo nos tempos modernos.

Podemos encontrar ateus em muitos países do mundo, inclusive nos Estados Unidos, Canadá, nos países da Europa e da América do Sul. Mas foi somente a França, como nação, que rejeitou a Palavra de Deus e toda a sua população celebrou o evento.

Apocalipse 11:9: “Homens de vários povos, tribos, línguas e nações verão os seus corpos mortos por três dias e meio, e não permitirão que sejam sepultados.”

Muitos cristãos de outras nações não compartilharam dos ímpios sentimentos dos revolucionários franceses na guerra ateísta contra a Bíblia. Ao contrário, protegeram suas nações do contágio da pestilenta atitude daqueles ateus sem escrúpulos. Não permitiram que as duas testemunhas fossem sepultadas, embora estivessem mortas por três anos e meio. Foi realizado um gigantesco esforço por parte dos verdadeiros cristãos para exaltação da Bíblia, tanto na França como em todas as demais nações da Terra.

Apocalipse 11:10: “Os que habitam na terra se regozijarão sobre eles e se alegrarão, e mandarão presentes uns aos outros, porque estes dois profetas tinham atormentado os que habitam sobre a terra.”

Temos aqui a alegria dos que odiavam as duas testemunhas que os atormentaram pela reprovação de seus maus atos. Aqueles que estavam contentes com a escuridão.

Conta a história que certa vez chamaram a atenção de uma ajudante doméstica pois ela não fizera um bom serviço na limpeza e arrumação do quarto. Então, ela replicou: “Quando eu limpei o quarto, estava escuro e não pude ver a sujeira. Foi o Sol que entrou pela janela que criou o problema.”

A Bíblia era como o Sol, mostrando a imundície na vida das pessoas. É por isso que muitos não gostavam da luz.

A Revolução Francesa se notabilizou pelo ódio contra o cristianismo e pela violência. Durante esse período, aproximadamente 50 pessoas eram decapitadas por dia na guilhotina.

Apocalipse 11:11: “Depois daqueles três dias e meio o espírito da vida, vindo de Deus, entrou neles, e puseram-se de pé, e caiu grande temor sobre os que os viram.”

Em 11 de novembro de 1793, a Bíblia foi abolida na Franca por meio de decreto. Em Novembro de 1796, foi tomada uma resolução dando tolerância à Bíblia. Essa resolução não foi promulgada até junho de 1797, cumprindo à risca o período de três anos e meio.

Apocalipse 11:12: “Então ouviram uma grande voz do céu, que lhes dizia: Subi para aqui. E subiram ao céu em uma nuvem, e os seus inimigos os viram.”

A Bíblia foi exaltada e honrada como nunca. Antes de 1804, a Bíblia havia sido impressa e distribuída em 15 línguas. Hoje, porém, sua mensagem pode ser lida em mais de 1.280 idiomas diferentes. Verdadeiramente as duas testemunhas “subiram ao céu em uma nuvem”.

Apocalipse 11:13: “Naquela mesma hora houve um grande terremoto, e caiu a décima parte da cidade. No terremoto foram mortos sete mil homens, e os demais ficaram atemorizados, e deram glória ao Deus do céu.”

Esse terremoto não é literal, mas simbólico, pois, desde o versículo sete, a profecia vem tratando da grande catástrofe que caiu sobre o povo francês com aquela revolução. O “terror” imposto pela revolução foi, na verdade, o “grande terremoto” moral que abalou toda a França.

A França era um dos dez reinos representados pelos dez dedos da imagem de Nabucodonosor, um dos chifres do animal com dez chifres de Daniel (Dn 7:24) e o dragão de dez chifres de João (Ap 12:3).

Com arrogância, a França desafiou todas as posições de autoridade, o que resultou na mais completa anarquia. Seus atos, os quais desonravam a Deus e desafiavam o Céu, encheram a França de cenas tão sanguinárias, tanta carnificina e horror, que até mesmo os próprios incrédulos tremeram e ficaram aterrorizados.

Os “remanescentes” que conseguiram escapar dos horrores daquela hora “deram glória ao Deus do Céu”, não porque quisessem, mas porque o Deus do Céu fez com que “até a ira humana” O louvasse. Todo o mundo pôde ver que os que fazem guerra contra Deus, cavam a própria sepultura.

Apocalipse 11:14: “É passado o segundo ai; eis que o terceiro ai cedo virá.”

Findou em 11 de agosto de 1840, com a queda do Império Turco-Otomano, o segundo ai, referente à sexta trombeta. É, porém, surpreendente que o profeta colocasse o fim do segundo “ai” imediatamente depois de descrever as cenas proféticas da Revolução Francesa e não em seguida à queda do Império Turco, na sexta trombeta. Possivelmente, dada a importância da Revolução Francesa em suas relações com Deus e o cristianismo, é que ela figura como um parêntese dentro da sexta trombeta.

Conjuntamente, acompanha a advertência de que o terceiro “ai”, ou seja, a sétima trombeta, que começou a soar em 1844, logo haveria de vir.

Apocalipse 11:15: “O sétimo anjo tocou a sua trombeta, e houve no céu grandes vozes, que diziam: Os reinos do mundo vieram a ser de nosso Senhor e do seu Cristo, e Ele reinará para todo o sempre.”

Apocalipse 11:16: “E os vinte e quatro anciãos, que estão assentados em seus tronos diante de Deus, prostraram-se sobre seus rostos, e adoraram a Deus,”

Apocalipse 11:17: “dizendo: Graças Te damos, Senhor Deus Todo-poderoso, que és, e que eras, porque tomaste o Teu grande poder, e reinaste.”

Apocalipse 11:18: “Iraram-se as nações; então veio a Tua ira, e o tempo de serem julgados os mortos, e o tempo de dares recompensa aos profetas; Teus servos, e aos santos, e aos que temem o Teu nome, a pequenos e a grandes, e o tempo de destruíres os que destroem a terra.”

Apocalipse 11:19: “Abriu-se no céu o templo de Deus, e a arca da Sua aliança foi vista no Seu santuário. E houve relâmpagos, vozes e trovões, e terremoto e grande chuva de pedras.”

A sétima trombeta

Ao soar a sétima trombeta, grandes vozes no Céu anunciam o maior acontecimento da história do mundo: a intervenção de Cristo na Terra. As primeiras seis trombetas anunciaram e realizaram a queda de Roma Ocidental e Oriental, pelos visigodos, vândalos, hunos, hérulos, árabes e turcos. A sétima trombeta anuncia a queda total das nações e do poderio do homem no mundo, pela intervenção de Cristo.

Uma vez mais, vemos o templo no Céu. A arca do Testamento é vista no lugar santíssimo. Os trovões, terremotos e grande saraivada representam o poder e a glória de Deus no Seu trono.

(Texto da Jornalista Graciela Érika Rodrigues, inspirado na palestra do advogado Mauro Braga.)

Leia os outros textos da série clicando no marcador "Apocalipse", logo abaixo.

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Dia de finados não passa de uma simples tradição


O dia de finados teve origem entre os clérigos romanos no início da paganização do cristianismo, institucionalizada na Igreja Católica Romana. Antes mesmo de o dia de finados ser criado, o culto aos mortos já existia no mundo pagão, e quando começou a ser praticado - inicialmente de forma sutil e depois mais abertamente - pela Igreja Católica Romana, sofreu a crítica de um pequeno grupo de cristãos da época, centrados no ensino da Palavra de Deus, e que foram rechaçados pelos líderes de Roma. Posteriormente, essa prática herética só aumentou.

Na época carolíngia, que compreende os séculos 9 e 10dC, surgiu o registro dos vivos e mortos a serem lembrados nas missas, como ocorre ainda hoje em toda Igreja Católica Romana, tomando o lugar dos antigos dípticos, tabuinhas de cera onde figuravam os nomes dos doadores de oferendas. Esses registros eram chamados libri vitae (livros da vida) e incluíam os vivos e os mortos.

Não muito tempo depois de criados esses registros, os mortos foram separados dos vivos nessas listas. Já no 7º século, na Irlanda, passou-se a escrever os nomes dos mortos em rolos que eram lidos nos monastérios e igrejas. Essa tradição deu origem às necrologias, lidas nos ofícios católicos romanos, e aos obituários que lembravam os serviços e obras dos defuntos nas datas em que completavam aniversário de falecimento. Os libri memorialis, como eram conhecidos, na época carolíngia continham de 15 mil a 40 mil nomes a serem lembrados. As necrologias da Abadia de Cluny, na França, faziam menção a 40 ou 50 nomes de defuntos por dia.

No 11º século, exatamente entre 1024 e 1033dC, Cluny instituiu a comemoração dos mortos em 2 de novembro, estabelecendo a conexão deste dia com o chamado dia de todos os os santos. O dia de todos os santos foi criado pela Igreja Católica Romana em 835dC e comemorado no dia 1º de novembro em honra aos mortos, mas foi o abade beneditiano Odílio (962-1049dC), de Cluny, que modificou e substituiu o tal dia de finados, que seria um dia reservado às orações pelas almas no purgatório. O dia de finados começou a ser aceito por Roma em 998dC, juntamente com a celebração do dia de todas as almas, e foi oficializado no início do século 11, sendo cristalizado já no século 20.

É interessante notar que o dia de todos os santos, de onde tudo começou, foi copiado dos cultos pagãos dos celtas e dos gauleses. A festa dos espíritos era celebrada pelos celtas em 1º de novembro. Nessa data os celtas ofereciam sacrifícios para liberar os espíritos que eram aprisionados por Samhain, o príncipe das trevas. O império romano também absorveu o dia de pomona, dos gauleses, transformando as duas festas em uma só. Posteriormente, a Igreja Católica Romana tomou a data para celebração do dia de todas as almas, absorvendo a crendice dos pagãos.

Em 1439, quando Roma bateu o martelo decisivamente pró doutrina do purgatório, o dia de finados foi fortalecido, sendo confirmado definitivamente com o Concílio de Trento, no século 16, que inseriu na Bíblia católica romana os livros apócrifos. É no livro apócrifo de 2 Macabeus que se baseia o culto aos mortos, promovido por Roma todo mês de novembro.

Os católicos romanos alegam que Judas realizou sacrifício pelos mortos no livro de Macabeus (2 Macabeus 12.44-45), mas não podemos de forma alguma tomar este livro como sendo parte das Escrituras Sagradas. O autor de Macabeus, ao final do livro, pede desculpas por algum erro que possa ter cometido. Se fosse um livro inspirado por Deus, o Senhor precisaria pedir perdão por alguma coisa? Veja o que o epílogo do livro de Macabeus afirma: "Finalizarei aqui a minha narração. Se ela está felizmente concebida e ordenada, era este meu desejo; se ela está imperfeita e medíocre, é que não pude fazer melhor", 2 Macabeus 15.38.

As pessoas as vezes preferem acreditar mais em tradições humanas e experiências pessoais do que procurar estudar a Bíblia para verificar o que ela realmente fala a respeito do assunto. Não há base, em nenhum trecho das Sagradas Escrituras, para o purgatório. Não se deve orar pelos mortos porque a Bíblia diz que, depois da morte, segue-se o juízo (Hebreus 9.27).

Veja o absurdo ensinado pelos romanistas ao falarem do purgatório: "Se alguém disser que, depois de receber a graça da justificação, a culpa é perdoada ao pecador penitente e que é destruída a penalidade da punição eterna, e que nenhuma punição fica para ser paga, ou neste mundo ou no futuro, antes do livre acesso ao reino a ser aberto, seja anátema" (A Base da Doutrina Católica Contida na Profissão de Fé, Seção VI, papa Pio IV).

Como pode-se ver, a doutrina do purgatório simplesmente menospreza a obra expiatória de Cristo na cruz do Calvário, quando a Bíblia diz que o que Jesus fez é definitivo. Se alguém está em Cristo, nenhuma condenação há (Romanos 8.1), há completo livramento do juízo vindouro (João 5.24). Como, então, ensinar que Deus queima seus filhos no purgatório para satisfazer à sua justiça já satisfeita pelo sacrifício de Cristo, ou mesmo para satisfazer a si mesmo, como se o que Cristo fez não fosse suficiente? Como Deus pode purgar pecados já expiados? Além disso, teria o papa mais poderes que Jesus, já que Roma ensina que Jesus, que do Céu intercede pelos pecadores, vê-se impossibilitado de livrar as almas que estão no purgatório, e só o papa possui a chave daquele cárcere?

Orar por quem já morreu NÃO adianta. É antibíblico e inócuo. O dia de finados não se sustenta, porque ele é uma mera tradição religiosa, nada mais que isso. É uma invenção religiosa, bem explorada pelo comércio e pela Igreja Católica Romana. Uma farsa, como qualquer outra. Devemos orar pelos vivos. Isso sim é bíblico!

Pense Nisso...

Que tipo de Adventista você é?


ADVENTISTA DO SÉTIMO DÍGITO
Acredita que seu único papel na Igreja é devolver o dízimo e doar ofertas. Isso já garante sua prosperidade e salvação.

ADVENTISTA PENTECOSTAL
Vive comparando a Igreja Adventista com outras denominações, sempre achando que as outras são mais animadas, ungidas, fervorosas e “quentes”. Seu maior sonho é falar "em línguas”.

ADVENTISTA CARDIOLÓGICO
Não faz qualquer esforço para mudar seu estilo de vida, pois botou na cabeça que "Jesus só quer o coração". Não se preocupa com o testemunho no vestuário, divertimentos, amizades, linguagem,etc.

ADVENTISTA 02 DE NOVEMBRO
Morre de medo de alma penada e de macumba.

ADVENTISTA BEATO
Acredita que fazendo alguma “penitência” vai chamar a atenção de Deus para si.

ADVENTISTA ATEU
Não crê que a fé é uma ferramenta poderosa, capaz de realizar coisas impossíveis.

ADVENTISTA DA NOVA ERA
Está sempre atrás de terapias naturais que tragam paz de espírito e cura da alma (iridologia, homeopatia, yoga, etc.)

ADVENTISTA XIITA
Acredita que devemos sempre que preciso usar a força na evangelização, obrigando todos a aceitarem nossas doutrinas, custe o que custar.. E todos os que se opuserem, serão tratados como inimigos mortais.

ADVENTISTA SURFISTA
Está sempre navegando nas ondas dos modismos que surgem no meio evangélico (“amado”, “abençoado”, “está repreendido”, “oh glória”, “amém, igreja?”, "determinar a bênção", etc.)

ADVENTISTA FARISEU
Passa todo tempo olhando os defeitos dos outros, e esquece que ele próprio não passa de um “sepulcro caiado”.

ADVENTISTA(S) PONTO CÃO (quem lê entenda)
Tem síndrome de conspiração e não acredita em nada que os pastores ensinem. Acham que os líderes só querem saber de ganhar dinheiro.

ADVENTISTA CIGARRA
Fica todo tempo de braços cruzados, enquanto os outros fazem todo o trabalho, e ainda zomba das “formigas” que estão empenhadas na obra de Deus.

ADVENTISTA "TÔ NEM AI"
Está sempre “lavando as mãos” e dizendo: “Eu não fui escolhido para nenhum cargo, então não tenho nada a ver com isso. Não contem comigo”.

ADVENTISTA EM GREVE
Chega em outubro e diz “não quero cargos. Vou dar um tempo para minha vida espiritual, sem me preocupar com compromissos com alguma função”. Às vezes tem muito talento, mas não os emprega na Obra de Deus. Está “dando um tempo”.

ADVENTISTA NO SÉTIMO DIA
O único momento que dedica para a religião é a manhã do sábado, mesmo assim friamente. Nunca vem na quarta-feira porque está muito "cansado". Na verdade, não quer perder a novela ou o futebol.

ADVENTISTA DO SÉTIMO DIA
É aquele que realmente vive o estilo de vida ensinado pela Bíblia e Espírito de Profecia. Procura sempre fazer sua parte na obra da Igreja, sem parar para criticar ou culpar os outros. Estuda a Bíblia e a Lição da Escola Sabatina, e está envolvido no trabalho missionário e demais programas da Igreja. É fiel nos dízimos e tem seu pacto de ofertas. Esse sim, pode encher o peito e dizer com orgulho santo: “Sou Adventista do Sétimo Dia”, assim como Jesus também era.

Que TIPO de Adventista é VOCÊ?

Nos passos de Constantino


"Estamos no limiar de grandes e solenes acontecimentos. Muitas das profecias estão prestes a se cumprir em rápida sucessão... Repetir-se-á a história passada. Antigas controvérsias serão revivescidas, e perigos rodearão de todos os lados o povo de Deus... Estudai o Apocalipse em ligação com Daniel; pois a história se repetirá..." Testemunhos para Ministros, p. 116.

A Lei Dominical que em breve será implantada nos EUA e nos demais países de tradição cristã tem seu paralelo histórico na época do imperador Constantino (321 d. C.). No entanto, uma análise mais profunda da história pode revelar a existência de outros paralelos mais entre estes dois momentos históricos.

De acordo com David Ewing Duncan, autor da obra Calendário (Editora Ediouro, p. 87-104), "a nova ordem de Constantino, como a de César três séculos e meio antes, conseguiu pôr selo no calendário, neste caso, ao criar um novo sistema, religiosamente inspirado, de medir o tempo. Constantino fez isto deixando intacto o calendário básico de César de 365 1/4 dias e doze meses, enquanto operava três grandes mudanças dentro desta estrutura: a introdução do domingo como um dia santo em uma nova semana de sete dias; o reconhecimento oficial dos feriados cristãos como o Natal com datas fixas; e o enxerto no calendário da celebração da Páscoa, que não é uma data fixa, sendo condicionada ao calendário lunar judeu em uso quando Cristo foi crucificado...

"A primeira atitude do imperador no sentido de reordenar o calendário veio em um édito divulgado em 321, nove anos depois da batalha da ponte Mílvio, quando ele estabeleceu o domingo como o primeiro dia da semana de sete dias - uma unidade de tempo desconhecida no calendário romano original de calendas, nonas e idos. Segundo o ditado de Constantino, todos os cidadãos que não fossem fazendeiros eram obrigados a se abster de trabalho no dies Solis - o dia do Sol. Ele também ordenou que os tribunais fechassem para litígios e os comandantes do exército restringissem os exercícios militares de forma que os soldados pudessem cultuar o deus de sua escolha. A opção de Constantino pelo domingo não foi sem controvérsia. Ela ostensivamente rejeitava a observância antiga do sábado como o sabá dos judeus... Sábado em uma determinada época era a escolha de muitos cristãos também, já que muitos crentes no início eram judeus que se sentiam obrigados a manter o seu feriao tradicional do sétimo dia da semana judaica. Mas como Jesus foi crucificado no sexto dia da semana judaica e, segundo a Bíblia, ressuscitou no primeiro dia da semana seguinte - um domingo -, aguns líderes cristãos no início decidiram mudar seu sabá para o domingo, e marcar este dia toda semana com um serviço religioso especial que incluísse a Eucaristia...

"Ao colocar o sabá no dia devotado ao Sol no ciclo de sete dias dos deuses-planetas pagãos, o imperador também buscava o favor dos mitraístas e de outros adoradores do Sol...

"A segunda mudança importante do calendário introduzida por Constantino foi em relação a quando celebrar a Páscoa, um assunto não tão fácil de resolver quanto a questão do domingo...

"Para Constantino a questão não era tanto determinar a data exata da Páscoa, mas como conseguir que as várias facções do Cristianismo concordassem em celebrar a ressurreição no mesmo dia, mesmo se tecnicamente esta data não fosse exata. Politicamente isto era crucial para estebelecer uma religião de Estado, com um conjunto de regras... [Nota: Outro ponto em comum com os dias atuais - Leia mais]

"A questão da Páscoa chegou a um apogeu no que é hoje uma tranqüila aldeia turca famosa como retiro à beira de um lago para turcos cansados do caos de Istambul, cerca de 130 quilômetros distante. Conhecida como Iznik, esta aldeia era há 1.700 anos uma cidade helênica próspera chamada Nicéia, grego para 'Vitória'... Foi aqui que em 325 Constantino reuniu o primeiro grande concílio cristão, que fez o primeiro esforço concentrado para resolver o problema da Páscoa e obter uma data unificada para sua celebração...

"O historiador Eusébio, uma testemunha ocular do concílio, escreve sobre a luxuosa festa acontecida em 25 de julho para celebrar o vigésimo aniversário de Constantino como imperador, e o medo hesitante sentido pelos bispos quando passavam pelos guardas nos salões onde aconteceu o banquete e viam 'o cintilar de armas' que até bem recentemente estavam voltadas contra eles. Mas sta transformação do medo em festa naõ era nada comparada à transformação súbita que Constantino realizou em uma igreja que por trezentos anos não teve uma autoridade central. Disperso e por vezes caçado pelas autoridades, o Cristianismo tinha operado menos como uma religião única e coesiva e mais como uma coleção de seitas e denominações seguindo os mesmos dogmas básicos mas diferindo em pontos de maior ou menor importância - como por exemplo em relação à data da celebração da Páscoa...

" O mandato de Constantino em Nicéia era para colocar um fim neste cada-um-por-si através do estabelecimento de um conjunto de regras governadas por uma estrutura centralizada liderada por ele próprio como imperador...

"Constantino chegou a Nicéia em cerca de 19 de junho de 325, e recebeu imediatamente um grosso pacote comtextos que detalhavam as controvérsias pequenas e grandes entre os presentes no concílio. Ele carregou o pacote consigo para o salão de audiências do seu palácio, onde oficialmente inaugurou o concílio vestindo um manto em ouro e jóias como um rei persa. Sentado em trono de ouro em frente aos prelados, ele ouviu os discursos de boas vindas antes de se levantar para responder em latim à maioria dos bispos de língua grega. Através de um tradutor ele deu boas vindas a todos mas imediatamente foi direto ao assunto da razão do concílio, segurando o pacote de textos como um pai repreendendo os filhos. Ele disse: 'Eu, seu camarada servidor, sinto uma dor profunda sempre que a Igreja de Deus está em dissensão, um mal maior do que o mal da guerra'...

"Nenhum dos cânones sobreviventes divulgados pelo concílio menciona o problema da Páscoa diretamente, embora as regras que emergiram de Nicéia sejam bem conhecidas entre os cristãos: que a Páscoa cairá no primeiro domingo depis da primeira Lua cheis depois do equinócio, mas nunca deverá cair no início da Páscoa judaica. O sentimento dos bispos reunidos foi registrado pelo próprio Constantino em uma carta endereçada a bispos e outros líderes de igrejas que não foram ao concílio: 'Pelo julgamento unânime de todos foi decidido que o mais santo festival da Páscoa deve ser celebrado em toda parte no mesmo dia'. Na mesma carta, Constantino assinala que o concílio se opôs à pratica de seguir o calendário judaico para determinar a Páscoa: 'Nós não devemos ter nada em comum com os judeus, porque o Salvador mostrou outro caminho'... [Nota: Este espírito anti-judaico também foi determinante na mudança do sábado para o domingo que persiste até hoje].

"Mas muito mais importante do que a natureza de Cristo ou a data para a Páscoa foi a codificação de Nicéia da fusão de Constantino entre Igreja e Estado, um movimento político expediente da parte deste imperador astuto que ligaria inexoravelmente a Igreja ao poder secular, à riqueza e ao absolutismo por muitos séculos por vir - primeiro como um adjunto da Roma imperial e mais tarde como uma entidade independente que derivava sua influência que tudo englobava de uma hierarquia prória ao estilo imperial e de uma presunção de poder sobre os domínios cristãos." [Nota: Outro paralelo com a atualidade].