quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Desvendando o Apocalipse: as sete pragas


Antes de libertar Seu povo do cativeiro do Egito, Deus fez com que dez pragas terríveis caíssem sobre o poder opressor. Da mesma maneira, antes do segundo advento de Cristo, Deus fará cair sete tremendas pragas sobre os opressores de Seu povo. Elas serão derramadas sobre os que tomaram sua decisão com a besta, sua imagem, receberam o seu sinal e oprimiram o povo de Deus. As pragas serão o resultado da desobediência aberta aos mandamentos de Deus.

As sete pragas são luzes de advertência à civilização atual do grave perigo futuro. Trarão o cunho da ira de Deus, sem mescla de misericórdia, como desfecho da história de uma civilização que O desonra. Serão lançadas na Terra exatamente ao fechar-se a porta da graça. Todo aquele que as receber é digno delas, pois menosprezou o evangelho da graça que o poderia livrar do grande perigo; endureceu o coração com a mensagem de misericórdia e zombou do Salvador.

Deus é amor. Embora o povo O amaldiçoe diante de Sua face, Ele continua a abençoá-lo, derramando Suas bênçãos, como o Sol e a chuva, tanto sobre justos como injustos (Mt 5:45). Em breve a taça da ira de Deus ficará cheia e Ele, então, fará o que a Bíblia chama de Sua estranha obra (Is 28:21). É chamada assim porque Deus é amor (1Jo 4:8) e não tem prazer no castigo do ímpio (Ez 18:32).

Naquele dia, Deus protegerá Seu povo. Ele diz: “Vai pois, povo Meu, entra nos teus quartos e fecha as tuas portas sobre ti; esconde-te só por um momento, até que passe a ira. Pois eis que o Senhor sai do Seu lugar, para castigar a iniqüidade dos moradores da terra; a terra descobrirá o sangue que embebeu e já não encobrirá aqueles que foram mortos” (Is 26:20-21).

De acordo com a Bíblia, as sete pragas durarão um dia profético, ou seja, o período de um ano. “Por isso, em um só dia, sobrevirão os seus flagelos” (Ap 18:8).

Apocalipse 16:1: “Então ouvi, vinda do templo, uma grande voz que dizia aos sete anjos: Ide, e derramai sobre a terra as sete taças da ira de Deus.”

Apocalipse 16:2: “O primeiro saiu e derramou a sua taça sobre a terra, e apareceu uma chaga feia e dolorosa nos homens que tinham o sinal da besta e que adoravam a sua imagem.”

As sete pragas serão derramadas na Terra logo após o fechamento da porta da graça. A mão misericordiosa que deteve a ira não poderá mais interceder. Será o chamado “tempo de angústia”, sem paralelo na história, predito por Daniel (Dn 12:1). As pragas são inteiramente literais. Cada praga perdurará até que todas sejam derramadas.

Não haverá quem possa curar aquele que for ferido por esta praga da ira de Deus. É este o verdadeiro quadro da profecia de Zacarias: “E esta será a praga com que o Senhor ferirá a todos os povos que guerrearam contra Jerusalém: a sua carne será consumida, estando eles de pé, e lhes apodrecerão os olhos nas suas órbitas, e lhes apodrecerá a língua na sua boca” (Zc 14:12).

A primeira praga terá por alvo uma classe definida de pessoas. Ela cai sobre os que têm “o sinal da besta” e adoram “a sua imagem”. Assim a primeira praga será uma resposta categórica aos pretensos teólogos que, cheios de prevenção e aversão à lei de Deus, ensinam o povo a guardar o domingo, um dia que foi estabelecido por um Imperador Romano, e a rejeitar abertamente o selo de Deus, o santo sábado. Esses senhores do falso púlpito sofrerão a ira de Deus, sem misericórdia.

Antes da primeira praga cair sobre o seu alvo, anunciando o fechamento da porta da graça, a mensagem do terceiro anjo terá realizado a sua obra de advertência contra a adoração da besta, sua imagem e seu sinal. Portanto, antes que os anjos derramem as pragas, toda a família humana estará selada e dividida em duas classes de pessoas:

1. Os que guardam os mandamentos de Deus (Ap 12:17).

2. Os que têm o sinal da besta (Ap 14:9-10).

Para cada praga existe uma promessa para o povo de Deus. Não há tentação sem um escape. Não há ameaça sem uma promessa.

Promessa de Deus

“Não te assustarás do terror noturno... nem da peste que se propaga nas trevas... Caiam mil ao teu lado, e dez mil à tua direita; tu não serás atingido... Nenhum mal te sucederá, praga nenhuma chegará à tua tenda” (Sl 91:5-10).

Apocalipse 16:3: “O segundo anjo derramou a sua taça no mar, que se tornou em sangue como de um morto, e morreram todos os seres viventes que estavam no mar.”

Esta segunda praga, que será lançada no mar, redundará numa catástrofe. Todas as águas salgadas do mundo tornar-se-ão em sangue de morto. É difícil conceber algo mais infeccioso do que o sangue de um morto. Após a morte, o sangue se transforma imediatamente. Basta dizer que todos os animais marinhos morrerão. Por certo um odor repugnante inundará a Terra, levado pelos ventos. Evidentemente, todo o tráfego internacional marítimo terá que ficar repentinamente paralisado.

Apocalipse 16:4: “O terceiro anjo derramou a sua taça nos rios e nas fontes das águas, e se tornaram em sangue.”

Apocalipse 16:5: “Então ouvi o anjo das águas dizer: Justo és tu, ó Senhor, que és e que eras, o Santo, porque julgaste estas coisas;”

Apocalipse 16:6: “porquanto derramaram o sangue de santos e de profetas, também tu lhes deste sangue a beber; são merecedores disto.”

Apocalipse 16:7: “E ouvi uma voz do altar responder: Na verdade, ó Senhor Deus Todo-Poderoso, verdadeiros e justos são os teus juízos.”

Os rios e as fontes das águas são o alvo da terceira praga – Todas as águas tornar-se-ão em sangue de morto. Será uma calamidade mundial. Os reservatórios não conterão água potável, mas apenas “sangue como de um morto”.

Promessa de Deus

Deus assegura proteção ao Seu povo: “Os aflitos e necessitados buscam águas, e não as há, e a sua língua se seca de sede; mas eu, o Senhor, os ouvirei, Eu, o Deus de Israel, não os desampararei” (Is 41:17).

Apocalipse 16:8: “O quarto anjo derramou a sua taça sobre o Sol, e foi-lhe permitido que abrasasse os homens com fogo.”

Apocalipse 16:9: “Os homens foram abrasados com grande calor, e blasfemaram contra o nome de Deus, que tem poder sobre estas pragas, mas não se arrependeram para lhe darem glória.”

O Sol, adorado pelos pagãos e pelo cristianismo apostatado, revoltar-se-á contra os seus adoradores, abrasando-os. Os infiéis continuarão blasfemando contra Deus. Eles não podem arrepender-se, porque o arrependimento é obra do Espírito Santo - a quem rejeitaram -, e antes que as pragas caiam o Espírito de Deus terá sido retirado da Terra.

Promessa de Deus

Deus promete proteger Seu povo: “O Senhor é quem te guarda; o Senhor é a tua sombra à tua direita. De dia não te molestará o Sol, nem de noite, a Lua” (Sl 121:5, 6).

Apocalipse 16:10: “O quinto anjo derramou a sua taça sobre o trono da besta, e o seu reino se fez tenebroso. Os homens mordiam as suas línguas de dor,”

Apocalipse 16:11: “e por causa das suas dores, e por causa das suas chagas, blasfemaram contra o Deus do céu, e não se arrependeram das suas obras.”

O objetivo desta quinta praga é o trono da besta. Ao cair sobre o seu trono, ficará constatado, mais que nunca, que o seu poder pertence ao reino das trevas e está sob o controle do príncipe das trevas. Deus é um Deus de luz. A primeira coisa que Ele fez na criação do mundo foi criar a luz. Ele disse: “Haja luz.” Jesus disse: “Eu sou a luz do mundo.”

Há uma semelhança entre estas pragas e as pragas que caíram no Egito. Foram juízos de Deus que caíram sobre um pequeno país, enquanto as sete últimas pragas afetam o mundo inteiro.

Promessa de Deus

Quando o Egito estava em trevas, havia luz nas habitações dos israelitas. Deus não deixará o Seu povo na escuridão.

Apocalipse 16:12: “O sexto anjo derramou a sua taça sobre o grande rio Eufrates, e a sua água secou-se, para que se preparasse o caminho dos reis do Oriente.”

Por ocasião da queda da Babilônia literal, foram secando as águas do Eufrates pelo qual Ciro teve acesso à cidade. Quando Babilônia espiritual cair, as águas (que são “povos, multidões, nações e línguas” [Ap 17:15]) vão secar. Multidões enormes apóiam “Babilônia”. A Babilônia moderna confia no seu “Eufrates” (o apoio da população mundial) de maneira tão ingênua quanto a antiga Babilônia confiou no seu Eufrates (o literal). Esse apoio vai secar.

Apocalipse 17:16 diz que os chifres (as nações de todo o mundo) se voltarão contra a meretriz. Milhões e milhões de pessoas ao redor do mundo vão, de repente, perceber a hipocrisia de seus líderes espirituais e terão repugnância do clero, em quem depositaram sua confiança. Elas ficarão desiludidas e retirarão o apoio que deram ao falso sistema religioso conhecido como Babilônia.

Apocalipse 16:13: “Então vi três espíritos imundos, semelhantes a rãs, saírem da boca do dragão, da boca da besta e da boca do falso profeta.”

Apocalipse 16:14: “São espíritos de demônios que operam sinais e vão ao encontro dos reis de todo o mundo, a fim de congregá-los para a batalha, naquele grande dia do Deus Todo-poderoso.”

As contrafações de Satanás:

1. O livro de Apocalipse fala sobre os três anjos de Deus que proclamam uma mensagem ao mundo. Os três espíritos imundos de Satanás proclamam uma falsa mensagem ao mundo.
2. A Trindade (Pai, Filho e Espírito Santo) é imitada pelo dragão, a besta e o falso profeta, formando uma falsa e demoníaca trindade.
3. Deus tem um trono e o Apocalipse fala sobre o trono da besta.
4. No Calvário, Jesus recebeu uma ferida mortal e ressuscitou. A besta-leopardo recebe uma ferida mortal e é curada.
5. Deus promete selar-nos com o selo de Deus. Satanás oferece o sinal da besta.

Promessa de Deus

"E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará."

Apocalipse 16:15: “Eis que venho como ladrão! Bem-aventurado aquele que vigia e guarda as suas vestes, para não andar nu, e não se veja a sua vergonha.”

Apocalipse 16:16: “Então congregaram os reis no lugar que em hebraico se chama Armagedom.”

Armagedom – Uma das mais importantes encruzilhadas do mundo fica no vale do Megido. Essa região conhecida como o Armagedom é o ponto de encontro de três continentes. Uma estrada vai para o Egito e a África; outra leva para a Europa e uma terceira leva para a Ásia. Foi ali que as rivalidades dos grandes poderes mundiais colidiram. Ali foi o campo de batalha onde os maiores conflitos entre Israel e seus inimigos ocorreram.

Armagedom é um símbolo da última grande batalha que ocorrerá na Terra. Será muito mais que uma ação militar em algum ponto do Oriente Médio. Será uma luta universal liderada por demônios, os quais reunirão todas as nações e as levarão a guerrear contra Deus. Será a última parte da grande controvérsia iniciada muito tempo atrás por Lúcifer. E todos nós estaremos envolvidos. Assim, como não houve neutros nos dias de Noé, tampouco haverá neutros neste conflito.

Armagedom será, na verdade, uma luta entre o diabo e as nações ímpias de um lado, e Deus e Seu povo do outro. A batalha do grande dia de Deus Todo-poderoso terá fim, não pela supremacia de uma nação sobre outra ou de um grupo de nações sobre outro, mas pelo súbito aparecimento de Jesus Cristo ao vir em grande poder e glória. Os ímpios fugirão aterrorizados.

Quando os santos que dormem forem despertados para a imortalidade, e os santos vivos tomados para encontrar o Senhor nos ares, os ímpios que recusaram a salvação fugirão aterrorizados, tão-somente para serem destruídos “com o resplendor de Sua vinda” (2Ts 2:8).

Que cena – vitória para os santos, tragédia para os pecadores intransigentes!

Promessa de Deus

"Sê fiel até o fim, e dar-te-ei a coroa da vida."

Apocalipse 16:17: “O sétimo anjo derramou a sua taça no ar, e saiu grande voz do templo do céu, do trono, dizendo: Está feito.”

Apocalipse 16:18: “E houve relâmpagos, vozes, trovões, e um grande terremoto, como nunca tinha havido desde que há homens sobre a terra, tal foi o terremoto, forte e grande.”

Apocalipse 16:19: “A grande cidade fendeu-se em três partes, e as cidades das nações caíram. Deus Se lembrou da grande Babilônia, para lhe dar o cálice do vinho da indignação da sua ira.”

Apocalipse 16:20: “Todas as ilhas fugiram, e os montes não mais se acharam.”

Apocalipse 16:21: “E sobre os homens caiu do céu uma grande saraivada, pedras que pesavam cerca de um talento. E os homens blasfemaram contra Deus por causa da praga da chuva de pedra, porque a sua praga era muito grande.”

A indignação da ira de Deus culminará numa tempestade mundial assoladora. Uma grande voz procedente do templo de Deus anunciará: “Está feito.” Está consumado o juízo sobre a última geração. Um horrível quadro se vê na Terra. Multidões estão cobertas de chagas; as águas se tornaram em sangue; o Sol abrasa como fogo; o reino da besta está em trevas; os exércitos das nações estão congregados no Armagedom; por fim, o sétimo anjo terminará o quadro sacudindo violentamente todo o globo da Terra. Todas as cidades das nações ruirão como castelos de cartas. Todas as obras do homem desaparecerão para sempre.

O verdadeiro nome desta grande cidade simbólica é “Babilônia”. Ela é formada de três partes, ou três distintos poderes mundiais: o dragão, a besta e o falso profeta. É a Babilônia espiritual que cairá.

Promessa de Deus

Para os fiéis discípulos de Deus haverá plena proteção nesse tempo futuro. O Salmo 91 lhes dá plena certeza do cuidado de Deus. E o profeta Joel diz: “O Senhor bramará de Sião, e dará a Sua voz de Jerusalém; os céus e a terra tremerão. Mas o Senhor será o refúgio do Seu povo, e a fortaleza dos filhos de Israel” (Jl 3:16).

A mão protetora de Deus estará sobre os fiéis que O amam de todo coração.

(Texto da Jornalista Graciela Érika Rodrigues, inspirado na palestra do advogado Mauro Braga.)

Um comentário:

Anônimo disse...

Muito bom o texto... é tão bom que vou basear um sermão para o Proximo Sabado nele...muito bom