terça-feira, 10 de agosto de 2010

Para Globo, estudo sobre reencarnação é ciência


Deu na seção “Ciência e Saúde” do G1 (site de notícias da Globo): “Duas brasileiras são parte de um estudo feito por um médico americano, que há 40 anos investiga casos de reencarnação. Uma diz que morreu atropelada por um trem; outra, na 2ª Guerra Mundial. Apesar de não ter comprovação científica, a teoria da reencarnação é estudada pelo médico psiquiatra Jim Tucker, da Universidade da Virgínia, nos Estados Unidos. Ele dá continuidade à pesquisa iniciada há mais de 30 anos pelo também psiquiatra Ian Stevenson, que morreu em 2007. Tucker diz que foram estudados 250 casos em todo o mundo. As histórias ganharam projeção internacional ao serem exibidas pela TV inglesa. Os pesquisadores colheram relatos impressionantes, inclusive no Brasil.”

Como se não bastasse, o site aproveita para fazer propaganda da novela espírita da Globo: “Vidas passadas são tema da novela ‘Escrito nas Estrelas’. Cássia Kiss é Francisca, uma mulher que já morreu. A personagem requer uma entrega diferente da atriz. ‘Todas as vezes que eu vou gravar uma cena, eu me concentro, eu fecho os olhos. Eu não costumo fazer isso em outros personagens, eu não me lembro de nenhuma vez, fechar os olhos, juntar as minhas mãos e pedir para ser conduzida da melhor maneira possível’, conta a atriz. A busca espiritual sempre foi uma questão para Cássia. ‘Eu acredito em reencarnação. Eu já passei por várias crenças. Mas o espiritismo é o que mais me traz conforto.’”

E, depois de tudo, vem a apologia escancarada: “A ideia de reencarnação é milenar. Presente no hinduísmo e no budismo, ela foi incorporada por Allan Kardec, o francês que difundiu o espiritismo. ‘Reencarnação é uma crença antiquíssima na humanidade e que significa a transmigração de uma alma. A pessoa morre e reencarna em outro corpo, mas a identidade do ser permanece a mesma’, explica a Dora Incontri, coordenadora do Congresso Educação e Espiritualidade.”

E a admissão: “O psicólogo Jayme Roitman, que investiga fenômenos sobrenaturais, avalia que ainda não há provas suficientes da reencarnação. ‘Como é difícil para o ser humano dizer não sei, para os cientistas o exercício da ciência costuma ser mais fácil. Enquanto não têm evidências, eles dizem: Não sei, vamos pesquisar mais’, observa.”

Nota: Se não existem “provas suficientes” da reencarnação, por que os cientistas (com o apoio de setores da mídia) prosseguem nessas pesquisas e se recusam a pesquisar na linha do criacionismo (evidências geológicas de uma grande catástrofe hídrica global; evidências de design inteligente na natureza; etc.), que conta com muito mais evidências científicas para suas afirmações? Por que recusam crer na existência de Deus e na veracidade da Bíblia (que conta com apoio de inúmeras descobertas arqueológicas) ao passo em que investem tempo e dinheiro (muitas vezes até verbas públicas) na pesquisa de assuntos “espirituais”? Tem algo errado aí...

Sugestão: Para entender melhor a marcha dos acontecimentos relacionados com a disseminação do espiritualismo, leia os capítulos “É o Homem Imortal?” e “Oferece o Espiritismo Alguma Esperança?”, no livro O Grande Conflito, de Ellen G. White.

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