segunda-feira, 29 de junho de 2009

"Rei da pop": apenas isso?


Na noite da passada quinta-feira, eu estava a finalizar a revisão do artigo que antecede este mesmo, quando recebo no meu e-mail um alerta de notícias de última hora da CNN que dava conta de um ataque cardíaco sofrido pela grande vedeta da música pop, Michael Jackson. Alguns minutos mais tarde, a notícia era outra, e vinha confirmada por fonte segura: o cantor havia falecido...

Já era perto da meia-noite em Portugal continental, mas ligámos a televisão para ver se havia algum acompanhamento noticioso; e, claro que havia. Um canal português que emite em sinal aberto estava em simultâneo com a sua rede de notícias e mostrava já em direto, imagens do hospital californiano onde Michael Jackson deu entrada, com centenas de fãs à porta. Os movimentos na casa onde ele residia também eram alvo de intensa cobertura.

Assim que recebi a notícia, um pensamento ocupou a minha mente: 'mais um ídolo terreno que sucumbiu...'.

Naqueles minutos imediatos, recordei a minha infância, por volta de sete anos de idade, e as ocasiões em que às escondidas via o famoso videoclip 'Thriller' - a minha mãe não autorizava que eu visse aquelas imagens de mortos-vivos a dançarem ao ritmo de uma música demasiado... barulhenta.

O nome Michael Jackson fazia parte do imaginário de crianças e jovens de então (verifico que isso não mudou até hoje). A sua figura estava presente em cartazes de rua, capas de livros, material escolar, programas de televisão e rádio, etc.. Ainda não existiam os leitores de mp3 e mp4 modernos, mas onde quer que se escutasse música, lá aparecia um ou outro tema seu.

Não que eu fosse um simpatizante das suas músicas; não era, nem nunca fui. Mas, era impossível não me aperceber da influência que ele tinha em quase todos.

Num dos locais em que trabalhei, havia uma colega que era fervorosa fã de Michael Jackson. Creio que ela tinha todos os discos, todas as camisolas, etc.. Nessa altura surgiu o escândalo de pedofilia no qual o cantor esteve envolvido; liminarmente, a minha colega tinha a certeza absoluta que nada do que ele era acusado correspondia à verdade. Nem mesmo uma dúvida lhe ficou quando o 'rei da pop' pagou uma indemnização gigante para silenciar as famílias das vítimas.

Apesar dos noticiados recentes problemas financeiros, creio que Michael Jackson terá ganho milhões de dólares ao longo da sua carreira musical. Acredito que terá conduzido os melhores automóveis, ficado hospedado nos melhores hotéis, jantado nas melhores companhias e vivido nas melhores mansões.

Há momentos, numa reportagem que atualizava as informações sobre a sua morte, vi um carrinho de transporte carregando o cadáver de Michael Jackson coberto com aquilo que me pareceu ser um tecido branco (talvez um lençol ou um saco próprio). Mais uma vez comprovei que aquilo é o que no fim o homem vale: um enorme pedaço de pó, pronto para nada mais do que ser devolvido à terra...

Perguntei a mim próprio: 'e agora...? O que vai ser dele?' Não me refiro à sua existência como morto (de acordo com a Bíblia, isso não existe), mas sim ao momento em que o nome de Michael Jackson passar nos registos do céu para ser determinado o seu destino eterno!

Que poderá ser dito acerca do dinheiro, casas, carros, até dos seus melhores amigos? Que poderá ser dito acerca da grandíssima fama mundial que ele conquistou e desfrutou? Que poderá ser dito acerca das lágrimas que as fãs mais emocionadas derramavam por simplesmente vislumbrarem a sua silhueta ao longe?

Aquele que era o Rei do universo foi nesta terra ridicularizado como rei dos judeus; na mesma terra, Michael Jackson foi apelidado prestigiadamente como rei da pop. O que poderá também ser agora dito em relação a isso?

Mateus 16:26 diz 'pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma? Ou que dará o homem em recompensa da sua alma?'; no mesmo contexto lemos em Lucas 9:25 'porque, que aproveita ao homem granjear o mundo todo, perdendo-se ou prejudicando-se a si mesmo?'

Michael Jackson já não pode mudar o título com o qual desceu à sepultura: 'rei da pop'. Quando o seu nome passar pelo perfeito e justo tribunal do céu, poderá o Rei do universo atribuir-lhe o título de 'redimido pela graça de Jesus'?

Sim, porque essa é a única conquista que realmente importa e faz a diferença eterna!

Fonte: O Tempo Final

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