O diretor da seção espanhola da AIS Javier Menéndez Ros disse que “a falta de liberdade religiosa e as ameaças só têm aumentado em diversas partes do mundo.” Em 133 dos 196 países analisados constatou-se que o direito à liberdade religiosa piorou, segundo a publicação espanhola ABC.
Países que passaram pela chamada “primavera árabe” – série de revoltas em meio à transição democrática em países árabes – viram a insegurança dos cristãos se intensificar. Isso aconteceu, segundo Ros, particularmente na Tunísia, Egito e Líbia.
Mas alguns países africanos também passam por situação semelhante. Entre eles estão Quênia, Mali, Nigéria, Chade e Sudão em que atuam extremistas islâmicos.
Segundo avaliação dos especialistas que elaboraram o estudo a situação é particularmente problemática em países que possuem uma religião oficial em sua Constituição. Isso acaba por não dar espaço a outras crenças. No Tajiquistão, por exemplo, é possível expulsar legalmente pessoas de diferentes credos.
A China também constitui um dos países onde há crescente discriminação religiosa. É uma situação preocupante, segundo Ros, pois o governo tem um “controle global” dos membros da Igreja Católica.
Na própria Europa foram notados vários grupos laicizantes que tentam impor idéias seculares, bem como em estados indianos, que possuem leis que impedem a mudança de religião.
O relatório é elaborado a cada dois anos e estuda a liberdade religiosa em 196 países.
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