domingo, 1 de julho de 2007

A febre Harry Potter


Adaptação de livros para o cinema não é coisa nova. Mas fazia tempo que não se via um casamento desse tipo obter tanto sucesso. Refiro-me aos filmes da série Harry Potter. A escocesa Joanne Kathleen Rowling, criadora do personagem, tornou-se milionária “da noite para o dia” com a série de sete livros de Harry Potter, lançados a partir de 1997. Na verdade, de acordo com a revista Time (23 de junho de 2003), Rowling é atualmente a mulher mais rica na Inglaterra. E o quarto volume da série – Harry Potter e o Cálice de Fogo – tornou-se o livro cuja edição foi mais rapidamente vendida em toda a História, com uma tiragem inicial de 3,8 milhões de cópias, segundo informou a revista Newsweek, de 30 junho de 2003. Sua obra já foi traduzida para 60 idiomas e circula em mais de 200 países. Quando se escreve as palavras “Harry Potter” num buscador como o Google, na Internet, surgem quase oito milhões de páginas.

Rowling diz desenvolver em seus livros uma simulação da batalha entre o bem e o mal, na qual Harry representa o “bem” e Voldemort, o príncipe das trevas, o “mal”. Mas a falsidade disso se vê logo de início, pois Harry recebe poderes do inimigo, quando o vence na luta em que os pais do garoto são mortos. Por causa dessa batalha, Harry carrega para sempre uma cicatriz na testa, outorgada pelo inimigo, que lhe dá poderes sobrenaturais.

A história se desenvolve numa escola de internato da Inglaterra, onde as disciplinas História da Magia, Defesa das Trevas, Trato de Criaturas, Poções, com professores especializados nessas áreas, preparam os alunos para serem profissionais na bruxaria e feitiçaria. As crianças, além de viverem em dormitórios protegidos por fantasmas, têm, cada uma, o seu “familiar”, animal pequeno com poderes sobrenaturais, usados para soluções em situações difíceis.

Harry Potter tem sua companheira, a coruja Edwirges. Roni, seu rato, já se transformou em uma pessoa, num momento de apuro. De acordo com a demonologia medieval, “familiar” era um demônio inferior que assumia a forma de um animal.

“Os livros de Rowling [e os filmes baseados neles], no mínimo, anularão os sentimentos das crianças pelos perigos do ocultismo, o que pode gerar uma simpatia geral por um conjunto de crenças espiritualmente prejudiciais”, afirma Richard Abanes, em Harry Potter, o Perigo Oculto do Menino-Bruxo.

A influência e poder de penetração tanto dos livros quanto dos filmes do menino-bruxo podem ser percebidos através da reação das crianças. Note estas duas declarações:

“Os livros de Harry Potter são incríveis. Quando crescer, vou aprender necromancia e invocar os maiores demônios da Terra.” – Houston Winters, de 11 anos.

“Os livros de Harry Potter são o máximo porque me ensinam sobre magia e como você pode usar isso para controlar as pessoas e vingar-se de seus inimigos. Quero aprender a ‘praga dos cruciatos’ para fazer sofrer a professora de ciências, por ter me dado uma nota baixa.” – Craig Nowell, 10 anos.

Em seu livro Pokémon & Harry Potter (sem tradução para o português), Phil Arms diz que “tragicamente, hoje em dia, a vasta maioria dos programas de televisão para crianças, imagens de vídeo, jogos, filmes e desenhos animados, estão inundados com o simbolismo ocultista e filosofias humanistas da Nova Era. Disfarçado em entretenimentos inocentes, o inimigo da verdade tem escondido sua mensagem de maneira brilhante num envoltório aparentemente inofensivo de jogos superdivertidos e histórias que atraem nossas crianças como a luz atrai a mariposa”.

Para o autor do livro Hidden Dangers in Harry Potter (sem tradução para o português), Steve Wohlberg, um dos grandes problemas da série é que nela existe um “contraste definido entre feiticeiros amigáveis, interessantes e inteligentes, que têm acesso a poderes sobrenaturais... e rabujentos, chatos e pouco inteligentes ‘membros da comunidade não-mágica’, aos quais todos os feiticeiros se referem como Muggles [algo como ‘trouxas’]. A idéia que está sendo comunicada às crianças é a seguinte: ser um feiticeiro como Albus Dumbledore ou Harry Potter é divertido, legal e excitante, enquanto fazer parte do ‘mundo escuro dos trouxas’ e ver através ‘dos olhos dos trouxas’ é extremamente tedioso”.

Estariam as crianças sendo confundidas por essa mistura de ficção com realidade? A própria Rowling responde a isso na edição de 1º de julho da revista Newsweek: “Tenho recebido cartas de crianças que escrevem ao Professor Dumbledore... implorando para serem aceitas na escola Hogwarts, e algumas delas estão realmente desapontadas. Porque querem muito que seja verdade, elas têm se convencido de que é verdade.”

Wohlberg acredita que as crianças não estão apenas sendo confundidas por Harry Potter. Elas estão lendo livros e assistindo a filmes que invertem valores, exaltando bruxas e considerando todos os não-feiticeiros (muggles) estúpidos.

Numa entrevista concedida ao programa de rádio The Diane Rehm Show (20 de outubro de 1999), Rowling admitiu que um terço do material [de Harry Potter] é baseado em ocultismo. “Cálice de Fogo retrata a prática ocultista da comunicação com os mortos”, diz Wohlberg. “Apesar de inserida em meio à fantasia, a mensagem sutil para as crianças é: quando você está em apuros, as almas dos seus entes queridos podem ajudá-lo. E essa idéia não é tão inacreditável hoje em dia, especialmente quando crianças assistem séries populares de TV, como Crossing Over with John Edwards, que regularmente apresenta o Sr. Edwards conversando com espíritos do ‘outro lado’.”

Em Deuteronômio 18:9, Deus adverte seriamente Seu povo a não aprender sobre as perigosas práticas ocultistas, mas é exatamente isso o que está acontecendo atualmente em todo o planeta, por meio dos livros de J. K. Rowling e dos filmes baseados em sua obra. Crianças estão aprendendo sobre os mistérios do mundo do ocultismo, com uma leitura envolvente, divertida e que tem sido, inclusive, utilizada como ferramenta pedagógica em escolas de vários países. Por certo, o verdadeiro “Sr. Voldemort” deve estar muito contente com tudo isso.

Agora leia com atenção este texto de Ellen White: “E o que dizer dos livros de magia? O que você tem lido ultimamente? Como tem empregado seu tempo? Tem procurado estudar as Sagradas Escrituras para que possa ouvir a voz de Deus falando através de Sal Palavra? O mundo está cheio de livros que espalham as sementes da incredulidade, infidelidade e ateísmo. Em maior ou menor grau, você pode estar aprendendo as lições desses livros de magia. Afastam Deus da mente e separam a pessoa do verdadeiro Pastor." – Só Para Jovens, pág. 14, edição atualizada.

“Afastam Deus da mente e separam a pessoa do verdadeiro Pastor.” Nada poderia servir mais adequadamente aos propósitos do inimigo que age nos bastidores, por meio de livros e filmes aparentemente inocentes.

(Extraído do livro Nos Bastidores da Mídia, de Michelson Borges)

Um comentário:

Anônimo disse...

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