quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

O Vaticano admite consulta aos mortos


Há anos radicada na Europa, psicóloga goiana divulga a aprovação pela Igreja da comunicação com os mortos através de médiuns.

Oficialmente a Igreja Católica nunca admitiu o contato com os mortos, como prega a doutrina espírita. Nem mesmo a atividade de médiuns e paranormais, até há bem pouco tempo, era levada em consideração pelos religiosos. Essa opinião mudou. Através do jornal Osservatore Romano, órgão oficial da Igreja com sede em Roma, em edição de novembro de 1996, o padre Gino Concetti concedeu uma entrevista, depois reproduzida em outros periódicos, como os italianos Gente e La Stampa e o mexicano El Universal, revelando os novos conceitos católicos em relação às mensagens ditadas pelos espíritos depois da morte carnal. Padre Gino Concetti, irmão da Ordem dos Franciscanos Menores, considerado um dos mais competentes teólogos do Vaticano, admite ser possível dialogar com os desencarnados. Segundo ele, o catecismo moderno ensina que “Deus permite àqueles que vivem na dimensão ultraterrestre enviar mensagens para nos guiar em determinados momentos da vida. Após as novas descobertas no domínio da psicologia sobre o paranormal, a Igreja decidiu não mais proibir as experiências do diálogo com os trespassados, desde que elas sejam feitas com finalidades religiosas e científicas e com muita seriedade”.

Alegria

A medida ditada pela nova cartilha da Igreja Católica deixou eufórica a espírita Terezinha Rey, psicóloga e ex-professora goiana, que reside há mais de 40 anos na Suíça. Ela é tradutora e divulgadora do texto do padre Gino Concetti. De férias em Goiânia, faz a divulgação desse material. Terezinha diz que as novas opiniões dos católicos a respeito da doutrina pregada por Allan Kardec é uma questão da evolução natural das coisas. “Tenho um grande respeito pela Igreja Católica e creio ser oportuna esta revisão de suas opiniões sobre o espiritismo”, afirma ela, que preside um centro espírita em Genebra, freqüentado por centenas de pessoas. Terezinha considera importantes as pregações do padre italiano porque tiram a culpa dos católicos por procurar os espíritas em busca de contatos com seus entes queridos. “Conheço padres na Europa que são médiuns”, revela a professora, citando como exemplo o padre Biondi, capelão dos jornalistas de Paris. Fundadora do Instituto Pestalozzi, Terezinha Rey foi para a Suíça em 1957 para fazer um doutorado em psicologia. Lá conheceu o renomado professor Andre Rey, um dos criadores da psicologia clínica, e acabou ficando em Genebra, onde também foi aluna da professora Helene Antipoff, educadora de grande prestígio no mundo inteiro. Hoje, paralelamente às atividades que desenvolve no centro espírita, faz palestras e organiza os arquivos científicos do marido.

Matéria transcrita da revista O Espírita, de Brasilia/DF,
que, por sua vez, o transcreveu do
Jornal O Popular, de Goiânia


Fonte: www.azenilto.com

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