quarta-feira, 28 de outubro de 2009

A missa como expiação?


A missa como culto é digna de todos os elogios se não fosse pelo fato por que ela foi instituída. A missa como conhecemos começou no ano de 394. Isto foi maravilhoso, pois assim os fiéis podiam ouvir a palavra diariamente. Mas ano 1000, uma bula papal estabeleceu a missa como um sacrifício e, em 1414, ficou definida que a hóstia deveria ser o único elemento usado na missa, sendo assim o pão usado por Nosso Senhor Jesus Cristo na Santa Ceia não precisaria ser mais usado, mesmo Jesus tendo dito “Fazei isto em memória de mim” Luc 22:19 e I Cor 11:23-24. O cálice, que Jesus deixou para todos os fiéis ficou restrito somente ao sacerdote. De acordo com o relato bíblico todos os fiéis deveriam participar da Santa Ceia até a volta de Jesus. Entretanto no Concilio de Trento, isto foi colocado de lado sem nenhuma autorização da Palavra de Deus. Além do mais foi instituída a hóstia que é um elemento totalmente desconhecido nas Escrituras Sagradas. Jesus não colocou nada em substituição á Santa Ceia.

Mas não é este o principal problema. Quando se ouve em falar de missa muitos tem o pensamento de um momento para comungar-se com Deus. Mas para a Igreja Católica, o significado da missa é outro, o que muitas pessoas desconhecem. Em 1562, a missa foi declarada como propiciatória com poderes de perdoar pecados. Veja o que o Concílio de Trento diz: “A missa é um sacrifício propiciatório, que expia nossos pecados e os pecados dos vivos e dos mortos em Cristo por quem é oferecido”. “ A missa é um sacrifício idêntico ao da cruz porque Cristo é o Sacerdote e Vítima em ambos; a única diferença está no modo como a oferta é feita: na cruz a oferta foi feita com sangue, e, no altar, ela é feita sem sangue”.

O nosso grande escritor Rui Barbosa apresenta como a Igreja Católica considera a missa ao citar um dos dogmas católicos.

“Confessamos que todo e qualquer padre é maior que a mãe de Deus. Maria, mesma, que apenas deu a luz ao Nosso Senhor uma vez só, enquanto um padre romano sacrifica e cria Jesus Cristo, não só uma vez em intenção, mas, na realidade, onde quer que lhe parece, e, depois de criá-lo, ingere-O por completo.
Muito abaixo do padre, estão os anjos e arcanjos; porque ele pode em nome de Deus, perdoar os pecados ao passo que os anjos nunca o puderam. Nós somos superiores a Mãe de Deus, porquanto ela deu a luz o Cristo senão uma vez e nós O criamos todo o dia. Sim, os sacerdotes estão ate de certo modo, acima de deus; visto que Ele deve achar-se, a todo tempo e em toda parte, á nossa disposição e, por ordem nossa baixar do Céu para a consagração da missa”. Você acha isto correto?

A missa como sacrifício em nada se parece com que oferecido por Cristo no Calvário. Veja por quê:

• O sacrifício da missa repete-se todos os dias, só que no Calvário foi oferecido somente “uma vez para sempre”. “Porque Cristo não entrou num santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para agora comparecer por nós perante a face de Deus; Nem também para a si mesmo se oferecer muitas vezes, como o sumo sacerdote cada ano entra no santuário com sangue alheio; De outra maneira, necessário lhe fora padecer muitas vezes desde a fundação do mundo. Mas agora na consumação dos séculos uma vez se manifestou, para aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo. E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo, assim também Cristo, oferecendo-se uma vez para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para salvação”. Heb 9:24-28.
• O sacrifício e a morte de Cristo não precisam de repetição, apenas serem lembrados. “Porque com uma única oferta aperfeiçoou para sempre quantos estão sendo santificados”. Heb 10:24
• A missa não é sacrifício de espécie alguma. Não há nas Escrituras nenhuma referência de que a missa seja como sacrifício. Cristo, na cruz, foi o único e suficiente sacrifício propiciatório: “Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo. E ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo”. I Jo 2:1-2.
• Missa alguma é necessária para tornar o sacrifício de Cristo válido para o pecador. “Quem quiser, receba de graça a água da vida”. Apoc 22:17
• Quando Cristo disse: “Fazei isto” Luc 22:19, Ele não ordenou os apóstolos como sacerdotes. As palavras foram as seguintes: “Fazei isto em memória de Mim” I Cor 11:24 e 25. Ele não disse, fazei isto como um sacrifício a Deus. E sim que os discípulos deveria sempre lembrar do Senhor e do seu sacrifício perfeito, que seria consumado na cruz.

Outro fato importante a ser lembrado que a missa é realizada para tirar os mortos do purgatório. Mas qual a base bíblica para esta prática? Não existe base bíblica alguma para tal conduta. E quanto mais cobrar por tal. A Igreja Católica cobrar para realizar missas para tirar essa almas do purgatório. Isto você pode pensar que o sacerdote precisa trabalhar e receber por tal serviço. Mas a Bíblia afirma: “O teu dinheiro seja contigo para a perdição, pois julgaste adquirir por meio dele, o dom de Deus” Atos 8:20. Analisemos, se Pedro o autor dessas palavras, falou tão duramente a um homem que queria comprar, que não diria Ele aqueles que, em Seu nome, pretendem vender a graça de Deus? “Aquele que nem mesmo a seu próprio Filho poupou, antes o entregou por todos nós, como nos não dará também com ele todas as coisas?” Rom 8:32.

Jesus já fez o maior sacrifício de todos. O seu sangue nos trouxe redenção, não há necessidade de sacrificá-lo novamente através da missa ou de qualquer outra cerimônia. Que ao ler estas palavras o Espírito Santo possa trabalhar em sua mente e seu coração para lhes abrir os olhos, e ver que o sacrifício de Cristo já foi mais do que suficiente para nossa redenção.

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