A casula que o Papa Bento XVI usará na primeira missa no Brasil está exposta na cidade de Balneário Camboriú, litoral norte de Santa Catarina. Apenas o bordado do paramento, que faz uma referência à banderia brasileira, consumiu 15 km de linhas de ouro e prata. Casula é o nome dado à veste que cobre o corpo dos padres.
As roupas que vestirão cerca de 500 bispos que participarão da missa com o santo padre também foram exibidas pela empresa que produziu os paramentos. Eles deverão chegar ao Campo de Marte, na capital paulista, na manhã do dia 10 de maio.
As linhas verticais douradas e prateadas fazem referência à ressurreição de Jesus Cristo, segundo explicou o designer Thiago Benchaya. A produção da casula é fruto de uma parceria entre uma empresa de Santa Catarina que confeccionou também as roupas dos bispos, a Arte Sacro, e a belga Slabbinck, que confecciona artigos religiosos em todo o mundo. "Há dois anos estamos realizando pesquisas em conjunto, sobre sinificados das cores e das imagens para a Igreja Católica", explicou Thiago. "Usamos essa pesquisa para confeccionar as roupas de 500 bispos e 2 mil padres na cerimônia do Campo de Marte".
Segundo o designer, foram usados 20 m de tecidos belgas na casula de Bento XVI, que pesa aproximadamente 1,2 kg. O corpo do paramento é composto em 99% por lã fria e 1% de lurex ouro. Dezessete pessoas trabalharam na confeccção da roupa e só o bordado feito em máquina industrial consumiu doze horas.
Para as roupas do bispos, foram 60 dias de trabalho e 45 pessoas envolvidas. A empresa consumiu nada menos do que 6 km de tecido e os funcionários tiveram de fazer duas horas extras por dia para dar conta das 2,5 mil vestimentas - 500 para bispos e 2 mil para padres que estarão na primeira celebração de Bento XVI no Brasil.
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