As chuvas torrenciais que castigam o sul da Ásia já causaram cerca de 450 mortes no nordeste da Índia, Nepal e Bangladesh, segundo os últimos números divulgados, enquanto continuam os trabalhos de resgate e de assistência a milhares de pessoas isoladas.
Pelo menos 39 pessoas morreram durante o fim de semana em Bangladesh, o que eleva para 120 o número de vítimas fatais até agora no país, de acordo a imprensa local.
O nível das águas está começando a baixar no norte e nordeste de Bangladesh, mas a situação se agravou na zona central, onde se encontra Daca, a capital.
"Dezenas de milhares de pessoas incomunicáveis na capital", informa a edição digital do jornal "Daily Star".
Nas regiões indianas de Bihar e Assam, fronteiriças com Bangladesh, as inundações deixaram até agora 81 e 33 mortos, respectivamente, e cerca de 16,5 milhões de afetados, segundo as autoridades locais.
No Estado de Uttar Pradesh, fronteiriço com o Nepal, os mortos pelas chuvas aumentaram para 122, enquanto mais de mil aldeias ficaram alagadas.
No Nepal, as inundações e deslizamentos de terra mataram pelo menos 93 pessoas, enquanto quase 10 mil famílias tiveram de abandonar seus lares, informou o Ministério do Interior.
O sul da Ásia se encontra em plena época da monção, que atinge a região de julho a setembro e que a cada ano causa graves perdas humanas e materiais.
Mais de 650 pessoas morreram nas últimas semanas na China devido às enchentes e deslizamentos de terra causados por fortes chuvas, segundo a imprensa estatal do país.
As chuvas violentas do verão chinês afetaram 119 milhões de pessoas, destruíram 450 casas e cerca de oito milhões de hectares de lavouras, segundo a agência Xinhua.
Apenas no final de semana 17 pessoas foram mortas em quatro províncias.
A Cruz Vermelha fez um pedido de US$ 7,7 milhões para atender as vítimas. Segundo a entidade, esta é a pior enchente na China em dez anos.
"Existe uma necessidade urgente de arroz, água potável, abrigo, roupas, serviços médicos e desinfetantes", disse Gu Qinghui, da Federação Internacional da Cruz Vermelha e Crescente Vermelho.
"Os pobres da área rural, incluindo muitos agricultores, estão sofrendo mais", acrescentou.
Mais chuvas fortes estão previstas no sudoeste, noroeste e nordeste da China nos próximos dias, segundo a Xinhua.
Durante o final de semana tempestades fortes mataram dez pessoas na província de Hubei, no centro da China, onde os níveis de água do maior rio chinês, o Yangtse, ficaram mais altos neste ano.
Cinco pessoas morreram na província de Shaanxi enquanto uma outra foi morta por um raio na província de Sichuan, sudoeste do país, segundo a Xinhua.
Uma pessoa também foi morta na província de Anhui, no leste, onde milhões de pessoas foram afetadas pela enchente do rio Huai.
Enchentes graves são um problema anual na China, com milhões de pessoas nas áreas centrais e sul do país vivendo em áreas que antes eram planícies inundadas por rios.
Em 2006, cerca de 2,7 mil pessoas morreram devido a enchentes e furacões na China, segundo a Administração Meteorológica do país.
Mas especialistas alertam que o aquecimento global vai fazer com que as tempestades sejam ainda mais intensas e freqüentes.
As enchentes também estão afetando o leste da Índia, Bangladesh e o Nepal, levando milhões de pessoas a abandonarem suas casas.
Cerca de quatro milhões de pessoas foram afetadas em Bihar, West Bengal e Assam, onde pelo menos 30 pessoas morreram.
No Nepal mais de 70 pessoas morreram nas enchentes das últimas duas semanas.
E, em Bangladesh, o nível da água dos rios Ganges e Brahmaputra, que está em elevação, afetou milhares de pessoas.
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