quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Campanha Mundial pelo Ateísmo


Desde que filósofos "ilustres", como Richard Dawkins, resolveram iniciar uma ferrenha campanha publicitária contra a existência de Deus, não páram de surgir novos focos de ateísmo na mídia, além dos que já vemos "disfarçadamente" todos os dias.

Em 2009, será iniciada em Londres uma forte campanha que terá como objetivo colocar em dúvida a existência de Deus. O slogan será: "THERE'S PROBABLY NO GOD. Now Stop Worrying And Enjoy Your Life", algo como: "PROVAVELMENTE DEUS NÃO EXISTE. Agora páre de se preocupar e curta sua vida". Esta frase será estampada nos ônibus londrinos, em fachadas de lojas, etc (clique aqui e veja mais).

A jornalista que deu início a este "projeto", sentiu-se incomodada depois que viu, também nos ônibus, uma propaganda de uma determinada Igreja Cristã. A publicidade fazia menção à volta de Jesus, e depois indicava um site para mais informações. Ao acessar este site, a jornalista se deparou com a seguinte ameçada "aterradora" aos não-crentes: "Você será condenada a separar-se de Deus e passará a eternidade em tormento no inferno".

Foi o suficiente para inflamar a ira desta defensora do ateísmo, que iniciou uma campanha de arrecadação de fundos para seu projeto ANTI-DEUS, tendo já acumulado o equivalente a quase R$ 400.000,00 em doações.

A Revista Época também trouxe uma entrevista com uma família de ateus argentinos, na qual os pais demonstram seu "orgulho" em transmitirem aos 3 filhos pequenos a filosofia de vida que defendem. Recentemente o casal lançou aqui o Brasil o livro "Filhos sem Deus", onde ensinam como transmitir o ateísmo aos pequenos.

Em um ponto da entrevista, o casal (ele filósofo, e ela psicoterapeuta de crianças) afirma:

"As pessoas sempre educam os filhos de acordo com suas crenças. Nós vamos educá-los por nossas convicções. E achamos que a fé não é algo saudável para eles", afirma Rozitchner, que se refere aos filhos como "os três ateuzinhos".

O curioso é observar que o casal recebeu orientação religiosa, ou seja, ele vem de família judaica, e ela de família católica. O que os levou, então, a se tornarem ateus? Veja o que ela diz:

"Quando eu tinha 16 anos, por aí, comecei a ganhar responsabilidades na vida, passar por algumas experiências que me fizeram duvidar de Deus. E fui me dando conta de que não havia uma figura divina. O sentido da vida mudou totalmente para mim. Percebi que a chave do cotidiano era viver o presente sem fugir de suas obrigações, sem delegar a um ser superior. Conheci o Alejandro só com 25 anos e logo me identifiquei com a sua perspectiva de vida. Ele não me 'converteu', mas nosso relacionamento deixou mais claro para mim o que era uma visão ateísta do mundo".

Mas o que tem me chamado a atenção é que, na grande maioria dos casos, as pessoas se voltam contra a religião, e conseqüentemente contra Deus, devido ao comportamento hipócrita, contraditório ou fanático dos próprios crentes, ou seja... nós!

Vê o exemplo da jornalista que citei acima? Tudo começou porque ela se viu CONDENADA AO FOGO ETERNO DO INFERNO, porque não cria mais em Deus. É uma pena que tanta gente ainda prefira acreditar nesta heresia pagã de que Deus condenará eternamente Seus filhos rebeldes às fornalhas do diabo. Estes dias recebi um e-mail de um senhor que se dizia indignado com os Adventistas, exatamente porque, entre outros pontos, nós não cremos no Inferno. E não podemos crer mesmo, porque é uma doutrina absurdamente anti-bíblica , e incompatível com tudo que as Escrituras declaram sobre o caráter de Deus.

Em nossa primeira aula de uma das disciplinas do Mestrado em Sociologia aqui da UFPB, os alunos foram solicitados a dizerem quais seriam seus projetos de pesquisa. Uma das alunas da turma é titular de uma Delegacia da Mulher, e provocou um certo "ar de riso" entre os outros colegas após dizer que queria estudar a violência doméstica no seio das famílias professamente evangélicas. Após um momento de risinhos e gracejos (vocês podem imaginar!), ela disse que em seu trabalho ela tem ficado chocada com a crescente quantidade de casos de maridos (inclusive líderes: pastores, presbíteros, diáconos, etc.), que são verdadeiros "demônios" dentro de casa, oprimindo e agredindo esposa e filhos, mas que na Igreja, diante da congregação, assumem a postura hipócrita de "servos imaculados de Deus".

Entende o que estou falando?!

Parte da culpa pela crescente onda de descrença para com a instituição chamada "Igreja", e para com os "religiosos", pode ser atribuída a este falso ar de santidade e de "sou melhor que você" que muitos cristãos adotam.

Como Adventistas do 7º Dia, nós estamos sempre preocupados com as últimas profecias, os decretos dominicais pelo mundo afora, as perseguições religiosas, a guarda do sábado, etc., etc. Mas não podemos nos esquecer de que professamos uma fé muito nobre, e que DEVE nos tornar pessoas diferentes e "melhores", não no sentido de sermos superiores aos outros, pois não o somos, mas no sentido de que a religião deve provocar em nossa vida uma mudança tal, que atraia as pessoas para Jesus... e não os afaste dEle. Alguns de nós são bastante ávidos por descobrirem os pormenorizinhos das doutrinas e das profecias, mas relaxam grandemente nos pequenos atos de ética do dia-a-dia, por exemplo.

Qual o tipo de Cristianismo que temos evidenciado dentro de nossa família? Ou no trabalho? Ou na escola? Ou com os colegas da academia? Ou com nossos "irmãos" de Igreja?

Enfim, quando as pessoas olham para nós elas estão vendo cristãos sinceros e equilibrados, ou pessoas fanáticas, grosseiras, arrogantes e orgulhosas, que fazem da fé uma "muleta" ou um "escudo" para seus traumas pessoais?

Dependendo da situação, nós poderemos estar produzindo os próximos ATEUS de nosso trabalho, de nossa escola, de nosso bairro, da nossa igreja... da nossa família.



"Vós sois a luz do mundo" - Mateus 5:14

Nenhum comentário: