quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Por que oramos


Algumas pessoas, quando passam por situações de perda e sofrimento, deixam totalmente de orar, enquanto outras intensificam suas orações.

Grande parte das orações se resume a pedidos. A ênfase está em expressões do tipo: “Ajuda-me a mudar esta situação! Intervém em meu favor!”

Muitos perguntam: “Pelo que eu deveria orar? O que mais me ajudaria?”. Fazemos muitos pedidos a Deus. Mas a oração é mais do que pedidos. Pelo que você ora não é a pergunta mais importante; ao contrário, é o motivo por que você ora.

Orar não tem nada a ver conosco; tem a ver com Deus. Quem nos criou? Quem nos ama mais do que qualquer outra pessoa? Quem nos redimiu a preço altíssimo? Tudo o que temos e somos é dele. O objetivo da oração é conhecê-lo, e não receber algo.

C. S. Lewis disse: “Deus projetou a máquina humana para funcionar nEle mesmo. Ele é o combustível que o espírito foi projetado para queimar, ou o alimento que o espírito foi projetado para comer [...]. Deus não pode dar-nos felicidade e paz fora de si mesmo, porque não há. Não existe tal coisa”.

Na maior parte do tempo, em nossas orações, requeremos ações ou coisas. Elas não satisfazem. O relacionamento com Deus é mais importante. A oração que diz “Deus, quero conhecer mais de ti” é um bom ponto de partida, principalmente quando você se sente sozinho e isolado em seu sofrimento.

Se você perdeu alguém, é provável que esteja sofrendo por essa pessoa. E você nem sente tanta saudade dela pelo que ela poderia fazer por você, mas por quem ela era. A dor é fruto da perda de um relacionamento. Você sente saudades dessa pessoa.

Suspiramos por Deus, e muitas vezes não estamos cientes disso. Ao orar e pedir para conhecê-lO mais, leia mais as Escrituras. Você O conhecerá melhor, e o seu conhecimento de Deus aumentará. Isso aconteceu com Jó.

Veja o que ele disse:
“Sei que podes fazer todas as coisas; nenhum dos teus planos pode ser frustrado [...j Certo é que falei de coisas que eu não entendia, coisas tão maravilhosas que eu não poderia saber. [...] Meus ouvidos já tinham ouvido a teu respeito, mas agora os meus olhos te viram. Por isso menosprezo a mim mesmo e me arrependo no pó e na cinza” (Jó 42:2-6).

Jó teve um encontro com o Deus vivo em algum tipo de experiência mística. Isso já sabemos. O encontro superou o limite da linguagem e da lógica. As palavras lhe faltaram.

Jó ficou completamente parado e em silêncio, totalmente sem fala por causa da indescritível presença de Deus. Ele não teve mais dúvidas, não fez mais exigências, não requereu mais direitos. Ele simplesmente se prostrou e se entregou porque, finalmente, recebeu o que mais precisava e ansiava — um encontro com o Deus vivo.

Texto extraído de H. Norman Wright, Palavras de Consolo Para Momentos de Dor.

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